Isabel falava de maneira ácida e mordaz, e Sílvia sentia uma leve tensão no fundo dos olhos, mas não queria discutir mais com Isabel, então apenas apertou os lábios e não disse nada.Por outro lado, ao perceber que Sílvia se mantinha em silêncio, o sarcasmo nos olhos de Isabel se intensificava.Ela falou suavemente:- Eu já havia dito que não concordaria com Marcos se casando com uma mulher de sua origem. Agora que você se aproximou da família Santana, seria melhor simplesmente deixar Marcos e preservar um pouco de sua dignidade.A expressão de Sílvia permanecia inalterada, ela ergueu os olhos para Isabel, seus olhos castanho-avermelhados transbordando calma:- Isso é algo que você deveria dizer a Juliana.Isabel soltou um riso frio e desdenhoso, se preparando para falar, quando viu Marcos saindo do escritório.Ela então voltou sua atenção para Marcos, com uma expressão indiferente, e o lembrou:- Não se esqueça do jantar de fim de semana com a Srta. Bruna.Marcos parou por um momento,
Marcos olhava para baixo, seus olhos escuros não revelavam muita emoção.Após um momento, sua garganta se movia levemente enquanto ele dizia: - Não há pressa.A expressão no rosto de Juliana quase desapareceu. Ela estava assim, e ainda assim Marcos não se mostrava disposto.Mas ela também compreendia; Marcos poderia tolerar sua teimosia moderada, mas não gostava que ela fosse excessiva.Então, ela apertou os lábios, olhando para Marcos com um ar profundamente magoado por um bom tempo, antes de finalmente dizer, resignada: - Então você tem que se lembrar de confiar em mim, eu também não sou má.Marcos deu um tapinha na cabeça dela e acenou com a cabeça, dizendo: - Suba.Juliana então saiu do carro, mas assim que se virou, o sorriso radiante em seu rosto desabou lentamente.Sílvia estava ocupada até uma e meia da madrugada antes de finalmente ir se lavar e dormir. Ela estava tão cansada que adormeceu assim que encostou a cabeça no travesseiro.No entanto, o churrasco que ela oferece
Sílvia encarava Marcos diretamente, esperando sua resposta.Marcos escureceu o olhar por um instante e, em seguida, se dirigiu a Sílvia com uma expressão inexpressiva:- Faça como achar melhor.Sua voz soava indiferente, marcada por um desinteresse aparente.Contudo, Sílvia captou o subtexto nas palavras de Marcos; se ela decidisse demitir Juliana com base em desempenho e outras avaliações, era provável que Marcos lhe causasse problemas.Sílvia abaixou os cílios, ocultando seus pensamentos, e concordou:- Entendi, obrigada.Depois de falar, se virou e saiu do escritório.Juliana, que esperava do lado de fora, ao perceber a expressão quase inalterada no rosto de Sílvia, intuiu que sua efetivação estava assegurada e, por isso, diminuiu sua cautela.Ao passar por ela, Sílvia pausou brevemente e, lançando a ela um olhar lateral e com voz suave, lembrou:- Não se esqueça de entregar seu pedido de efetivação dentro do prazo, caso contrário, não poderemos esperar além dele.Juliana se sentiu
A voz de Juliana não era alta, porém os estagiários próximos a escutaram com clareza, fazendo com que suas expressões ficassem um tanto quanto carregadas.Somente Sílvia se manteve tranquila, afirmando:- Se não há mais nada, você já pode ir.Juliana soltou uma risada constrangida:- Eu só queria oferecer um lembrete amistoso.No entanto, Sílvia não lhe deu mais atenção, e Juliana se viu sem alternativa senão se afastar, embora se sentisse desconfortável por dentro, percebendo que Sílvia ainda a subestimava.E ela mal havia dado alguns passos quando escutou a voz de um estagiário atrás dela:- Sílvia, por que a Juliana quer se tornar efetiva no secretariado? Ela não é do departamento superior?- Ela ainda não foi transferida. - Respondeu Sílvia, com indiferença.- Ah, entendi. - A voz do estagiário perdeu força, agora todos no Grupo LH estavam cientes de que Juliana e o Presidente Marcos estavam em um relacionamento.Ao ver os estagiários com expressões diversas, Dora falou sem titubea
Sílvia estava ocupada com o trabalho ultimamente, e Henrique havia acabado de voltar de uma viagem, então realmente fazia um bom tempo que não se viam.Sílvia sorriu:- Você parece ter estado bastante ocupado recentemente.- Há alguns projetos em casa dos quais preciso cuidar. - Henrique disse, um pouco resignado, mas logo perguntou a Sílvia. - E você, tem se dedicado muito ultimamente?Ele sabia que o avô de Sílvia ainda estava no hospital, então ela provavelmente estava dividida entre a empresa e o hospital.- Estou bem. - Sílvia manteve sua expressão inalterada e fez uma pausa antes de dizer. - Não vai durar muito tempo.Ela já havia entregado sua carta de demissão, afinal, era apenas uma questão de aproximadamente um mês.Henrique sempre soube dos planos de Sílvia de deixar o Grupo LH, então perguntou:- Decidiu mesmo?- Sim.Os olhos e o sorriso gentil de Henrique se iluminaram, exibindo uma expressão calorosa:- Então vamos considerar esta noite uma celebração. Decidir sair també
A equipe de manutenção foi rápida e, em meros dez minutos, conseguiu destrancar a porta do elevador.- Lamentamos o transtorno, este elevador deveria ter sido reparado ao meio-dia. Por um descuido nosso, causamos a ela inconvenientes...A equipe pediu desculpas sinceramente, e Sílvia, com uma resposta gentil, se apressou em deixar o elevador.O encontro com Enrico estava marcado em uma churrascaria.Ao chegar, Sílvia já se encontrava vinte minutos atrasada e se sentiu um tanto constrangida:- Desculpe, enfrentei um imprevisto no caminho e isso me atrasou.Enrico, trajando seu habitual conjunto simples, uma camisa branca e calça social, se sapresentava limpo e elegante.Ele acenou, dizendo:- Vamos entrar, todos já estão à nossa espera no reservado.Um dos principais motivos pelo qual Sílvia se sentia à vontade ao redor de Enrico era sua naturalidade ao falar e agir, sem nunca parecer artificial ou forçado.Ela relaxou a expressão e seguiu Enrico até o reservado, onde foi recebida pela
Bruna olhava para Sílvia sem maldada nos olhos, apenas com curiosidade, e a convidou generosamente:- Somos todos amigos. Por que não nos divertimos juntos?Sílvia, sem expressar qualquer emoção, disse:- Você entendeu errado. Eu e Enrico não somos o que você está pensando.- Isso não importa. Se encontrar é destino. Vamos nos divertir juntos, ainda mais que é fim de semana. Vamos relaxar um pouco. - Bruna era muito direta e, apesar da explicação de Sílvia, não levou a sério, pensando ser apenas uma desculpa tímida dela.Com a insistência de Bruna, Sílvia achou difícil recusar novamente, especialmente por Enrico ser um amigo e pelo jeito que ele agia, parecia que realmente tinham uma boa relação.Ela então assentiu em concordância.Enrico a lembrou baixinho:- Não se force.- O que você está dizendo? Como assim, se forçar estando conosco? Esqueceu que costumávamos ir à escola juntos quando éramos crianças? - Bruna, com os ouvidos aguçados, ouviu a conversa de Enrico e não pôde deixar d
A expressão de Sílvia ficou sombria, e ela disse, friamente:- Marcos!Marcos estava completamente envolto em sombras, sua voz fria agora misturada com um tom de escárnio:- Depois de tudo o que você fez, ainda tem medo de que as pessoas descubram?Sílvia sentiu um desconforto no peito, como se tivesse engolido um tufo de algodão, extremamente desconfortável.Ela olhou para Marcos por um momento antes de se virar para Enrico e dizer:- Desculpe, pode nos dar um momento?Enrico baixou seus longos cílios, escondendo seus pensamentos, e murmurou:- Me chame se precisar.Somente após Enrico deixar o camarote, Sílvia, contendo sua frustração, falou lentamente:- Marcos, não basta me diminuir, precisa envolver outros também?- Diminuir? - Marcos repetiu, finalmente elevando seu olhar para Sílvia. - O que você tem de tão valioso que eu iria querer diminuir?Sílvia fechou os olhos momentaneamente:- Então, peço que na próxima vez guarde seus comentários para si mesmo.- Parece que agir sem adm