Akoni narrandoAkoni - pequena, isso é nojento - falo enquanto observo ela comerKalena - nojento para você, eu estou achando ótimo - ela da mais uma mordida no picles que está cheio de ketchup e mostardaLendon - eu nunca vi ninguém comer isso assim - ele faz cara de nojoDiego - nem sei o que dizer - ele olha com total espanto para elaBarbara - na gravidez da Kalena eu sentia vontade de comer tijolo - ela deu de ombros achando normal o desejo da filhaKalena - gente, é só vocês não olharem - ela ri - para mim está delicioso - nego com a cabeçaAkoni - espero que o meu filho não venha verde e com cara de picles - todos riem e ela reviro os olhosPela nossa última consulta o médico falou que o Athos pode nascer a qualquer momento, o que me deixou bem nervoso apesar de que isso já tinha sido falado na outra consulta, mas agora realmente é real.Kalena completou quarenta semanas de gestação, então realmente é a qualquer momento e pensar nisso deixa o meu coração acelerado.Diego - eu v
Akoni narrando2 anos depoisKalena - jura Akoni ? - ela cruza os braços me jogando um olhar mortal - Athos acabou de completar dois anos e você está querendo dar chocolate para o garoto ? - reviro os olhosAkoni - não é como se fosse matar ele um pedacinho do tamanho de um grão de arroz - ela respira fundoKalena - eu não sei o que eu faço com vocês trêsDiego - três ? - ele pergunta com a melhor cara de ofendido dele - eu estou incluso nisso porque ? - prendo a risadaKalena - quem acabou de volta do Brasil com uma mala cheia de doces ? - ele da de ombrosDiego - os doces daqui são péssimos, não posso deixar o meu sobrinho crescer sem conhecer o que é bom de verdade - mais uma vez ela respira fundoKelena - tudo bem - ela levanta - o filho é de vocês, façam o que quiserem - vira de costas saindo da sala, me viro trocando um olhar com o Diego e caímos na gargalhada, Athos sem ao menos entender o que está acontecendo da risada também.Começando do começo, os últimos dois anos foram ch
Akoni narrando Me chamo Akoni Rodrigues e tenho 30 anos, sou dono da maior empresa de produção de vinhos do Brasil, a Try.Fundei essa empresa quando tinha 23 anos junto com um amigo, o Lendon Alcântara, conheci ele quando eu tinha 17 anos, ele tinha 24 e estava começando a construir a sua vida com a sua esposa na época, ele e a sua esposa Barbara são o que eu tenho de mais parecido com uma família.Eu nunca fui o mocinho, nunca andei pelo caminho certo, de onde eu venho os garotos não constumam ser bem vistos, mas eu fiz de tudo para não seguir o caminho que era mais fácil.Hoje eu tenho uma vida boa, posso me considerar um homem rico, digamos assim.Mas como nem tudo que reluz é ouro, a minha riqueza não vem apenas da Try, fora dessa empresa, fora dos bairros nobres da cidade, eu sou conhecido como Guerra.Não exatamente conhecido, já que ninguem sabe da minha real identidade, mas digamos que eles procuram por Guerra.O dono do morro do alemão, Guerra, um homem completamente difere
Akoni narrandoEu estava sentado conversando com Lendon quando Kalena desceu acompanhando a Barbara, ela sorria enquanto conversava alguma coisa com a sua mãe, por um segundo eu notei ela.Quando eu conheci Kalena ela era praticamente um bebê, ela tinha 4 ou talvez 5 anos, sua presença pela casa de Lendon nunca foi escondida.Ela sempre foi uma garotinha bem barulhenta e atrevida, ainda me lembro quando ela gostava de receber doces, eu os trazia sempre que vinha encontrar com os seus pais, ela sempre agradecia com um grande sorriso e Barbara sempre me dizia que eu ainda estragaria a filha dela, mas era o meu jeito de me aproximar dela porquê sempre que me encontrava ela se escondia atrás de Lendon ou de Barbara assustada.Hoje as coisas já mudaram bastante, eu já não venho aqui com tanta frequência e ela já não consome doces tão regulamente, como o seu pai citou alguns dias atrás enquanto falava de suas dietas malucas, então não me preocupei em trazer nada.Kalena - boa noite - ela fa
Kalena narrando Akoni está na minha vida desde que me lembro, eu era apenas uma garotinha quando ele chegou aqui e o tempo foi passando e ele permaneceu visitando a nossa casa.Lembro de todos os presentes que ele trazia sempre que vinha visitar a gente, era legal, mas o tempo foi passando e eu deixei de gostar da maior parte das coisas que ele trazia.A frequência de suas visitas foram diminuindo cada vez mais e eu não sabia dizer o porquê de sentir falta dele durante os nossos jantares em família, para ser honesta ele era completamente chato.Akoni é um homem arrogante, acha que é melhor que todos, é presunçoso e me irrita de um jeito inexplicável.Mas a alguma coisa nele que despertar um sentimento estranho dentro de mim, talvez seja aquelas mãos dele, ou o jeito que seus braços ficam ainda mais músculos quando ele dobra a manga da blusa na altura do cotovelo.Talvez seja os seus olhos verdes que se destacam ainda mais na sua pele morena, ou talvez seja apenas o jeito como ele me
Akoni narrando Eu cheguei em casa totalmente fora de mim, não consigo acreditar que aquelas coisas passaram pela minha cabeça de verdade.Eu só preciso me distrair um pouco para esquecer toda essa loucura que está passando pela minha cabeça agora.Subi direto para o meu escritorio e fui checar o meu e-mail e comecei a ver a lista de preparativos para o baile de mascaras que vai acontecer na proxima semana.Por mais que eu tentasse ocupar a minha cabeça com as milares de coisas que preciso fazer, eu não conseguia, a lembrança dela nua naquele quarto voltava de minuto em minuto.Peguei o meu celular e fui até a lista de contatos e procurei pelo seu numero, abri sua conversa e a unica mensagem que tinha era de meses atrás, era ela avisando que Lendon estava sem bateria e já estáva chegando na reunião.Os meus dedos formigaram, eu queria mandar mensagem para ela, mas eu não sou bom nessas coisas, como eu iria explicar a ela que era tudo um mal entendido por uma simples mensagem de texto
Akoni narrandoFinalmente chegamos ao restaurante, pedi uma mesa mais afastada e fomos sentar, a mesa ficava encostada a uma janela enorme que tem a vista para o mar.Fizemos os pedidos e Kalena ficou olhando para a paisagem encantada, observei ela por alguns segundos, as suas expreções, os seus olhos brilhando enquanto olhava para o mar, ela fica muito bonita com essa paisagem de fundo.Ela olhou para mim e sorriu inocentemente, seus olhos estavam presos aos meus e ela lentamente desceu os seus olhos até a minha boca e lambeu os labios me fazendo perder totalmente o foco do encontro.Akoni - eu te chamei aqui para falar do que aconteceu - ela respira fundoKalena - não sei o que você teria para falar sobre aquiloAkoni - eu não quero que você me entenda mal, eu realmente estava te olhando - ela sorriKalena - eu sei dissoAkoni - mas não foi nessa intenção, eu passei e vi, não foi na maldadeKalena - a baba que estava escorrendo no canto da sua boca não era na maldade ? - revirei os
Akoni narrando Akoni - me responde Kalena - ela me olhava seria, encarando a minha bocaKalena - ta, estamos bem - dou um pequeno sorriso e o meu celular tocaAkoni - já volto - levanto e pego o celular para atender, numero desconhecido, já imagino quem deve serLigaçãoAkoni - pode falarGarcia - o que você está fazendo ?Akoni - o mesmo de sempreGarcia - quando foi a ultima vez que você checou o morro ?Akoni - tem alguns mesesGarcia - meses ? será que você perdeu a noção do perigo ?Akoni - eu tenho uma vida, não posso estar sempre láGarcia - é a sua obrigação, ou você se esqueceu do que eu mandei você fazerAkoni - não, eu não esqueciGarcia - vou fazer uma visita para te lembrar do nosso combinadoAkoni - não precisa, eu sei muito bem o que tenho que fazerGarcia - então faça LigaçãoRespiro fundo com os olhos fechados, Garcia sempre aparece nos piores momentos, eu sei que se ele aparecer aqui vai me encher o saco.Eu detesto ir naquele lugar, mas vou ter que ir para dizer a