Morgan ficou irado com a cena, praticamente jogou a menina no banco de trás do carro.— No que estava pensando Violeta? Eu disse a Carlos que você era uma flor delicada, ele deve pensar que você não tem pudores, que é uma desavergonhada, me deixará em maus lençóis assim. Talvez até cancele o acordo te julgando uma mulher vulgar.— Não pai! Isso não... — Violeta respirou fundo, gostou de Danilo, a primeira coisa que fez quando chegaram foi buscar sua imagem com os olhos, se sentiu realmente tímida quando notou o olhar dele para ela também. Mesmo sendo mais novo o achou alto e bonito, olhou para Carlos e viu as semelhanças, os cabelos lisos e escuros, bem cortado, os olhos castanhos e profundos, sua postura e porte fino e ao mesmo tempo forte, se era assim que o menino ficaria quando mais velho, talvez não fosse tão ru.im assim o casamento.— Arrependida? Fique sabendo que se Carlos me ligar para desfazer o acordo, não vou nem argumentar, pedirei desculpa pelo seu comportamento e vou
— Pai, ela se machucou?Carlos não teve tempo de dizer a Morgan que o telefone continuava no viva voz.— Danilo, vamos dar algum tempo, Morgan precisará cuidar da Violeta, mais tarde ligo novamente e pedirei a ele permissão para você falar com ela. O sorriso de Danilo desapareceu.A noite depois do jantar Danilo estava em seu quarto, queria saber de Violeta, mas não tinha como falar com ela.— Meu filho, está acordado? — Carlos estava na porta.— Estava só deitado.Carlos estava com o telefone na mão. — Diga Morgan, como ela está? Danilo ficou preocupado.— Carlos, a menina me tira do sério, eu ia ajudá-la a descer, ela sabe que não consegue sozinha, mas como eu te liguei primeiro ela pulou e quebrou a perna. Tive que levá-la ao hospital, ela está com gesso.— Senhor Morgan posso falar com ela? — Perguntou Danilo.— No momento não, ela tomou alguns medicamentos no hospital, chegou dormindo já, mas se me ligar amanhã eu permito.— Obrigado Morgan, por agora e só. Boa noite.
— Minha filha acorde! Danilo está aqui.— O que? Como assim?— Ele ficou preocupado, convenceu o pai a vir até aqui para te ver.— Meu Deus pai, nem acredito nisso. Pode chamar a Dayse?— A Dayse? É só se levantar Violeta...— Pai, chame a Dayse por favor...Dayse foi a contragosto ao quarto da irmã, ela passou pela sala e deu bom dia a Carlos e Danilo.— Violeta, estou ocupada com o almoço, o que quer?— Preciso de ajuda para me arrumar.— Você consegue se vestir sozinha, não seja preguiçosa.— Ai Dayse, é que...— Diga logo!— É o Danilo que está na sala, eu quero estar bonita, mas não quero parecer vulgar ou uma beleza forçada, eu não sei como fazer isso, quero que ele goste de mim.Dayse riu e achou bonito o sentimento da irmã, a ajudou a colocar um vestido florido que vai até abaixo dos joelhos, não era curto e nem colado, mas a deixava bonita e era apropriado para a idade, penteou os cabelos da irmã e prendeu com uma presilha de borboleta, Violeta ficou linda, mas p
Carlos seguiu o conselho de Morgan deu a Danilo um celular, ele não conhecia muitas pessoas para quem ligar, mantinha contato com alguém do Brasil e com Violeta, as ligações para ela eram diárias, normalmente por vídeo chamada, falavam sobre tudo. Desde a escola até mesmo os planos de viagem para quando estivessem casados.Morgan não permitia que a filha tivesse rede social, mas ela vivia tirando fotos, todas enviadas a Danilo, como acordo o celular não poderia ter senha, Morgan fiscalizava as conversas também, normalmente eles se falavam com a presença do pai, ou da irmã. Ficaram 2 anos sem se ver pessoalmente, mas não deixaram de se falar um só dia.Danilo agora estava com 14 anos e Violeta com 16, ela ainda não acreditava que ele se formaria antes dela, Danilo já estava se preparando para o vestibular, faria sua graduação em administração com especialização em finanças, não era o sonho dele, queria fazer astronomia, mas faria algo útil para máfia e para os negócios do pai.— Min
Nesse momento Morgan percebeu a movimentação e caminhou até eles, Violeta estava com uma cara assustada e Danilo se fosse com certeza assumiu a feição do mafioso que tinha dentro dele, quando o pai assumia esse sorriso debochado e o olhar escuro alguma coisa acontecia, mas eram adolescentes apenas, Morgan não deixaria nada sair do controle, ele mesmo pensou que Danilo era muito novo para carregar a escuridão que todas as pessoas do seu mundo tinham dentro de si.— Algum problema meu genro? — Morgan interviu.— Nada, eu e Violeta estamos cansados, acho que pra nós por hoje já deu... — Danilo disse e olhou para Violeta, que se levantou e agarrou o braço do pai. Danilo a puxou, para que andasse com ele.Morgan não gostou da atitude do menino ele bufou e o olhou com furia. Mas deixou a bronca para Carlos. O caminho foi feito praticamente em silêncio.Em determinado momento Danilo se aproximou do ouvido de Violeta, pode parecer que não, mas Morgan pôde acompanhar o que o menino disse p
Violeta se sentia feliz com o contato que tinha com Danilo, falava para as amigas da escola que tinha um noivo inglês que era mais novo, mas já estava no último ano. Ele mandava fotos e as garotas a invejavam, dizendo que o noivo era bonito, algumas nem acreditavam, diziam que Violeta pegava fotos de revistas ou na internet de algum perfil.As ligações era supervisionadas, mas hoje ninguém queria acompanhar Violeta, ela acabou pedindo ao primo Ian para ficar na sala com ela. Ela sabia que Danilo não gostava dele, sentia um ciúme fora do comum.Danilo ficou bravo por ele se intrometer na conversa deles, quando era Morgan ou Dayse ninguém se metia, falavam de tudo, sabia que alguém estava ouvindo, mas não se importavam.Depois de desligar, Violeta resolveu explicar a regra ao primo.— Ele ficou bravo? Qual é a desse moleque? — Disse Ian em tom de deboche.— Ian, nós conversamos faz muito tempo, temos nossas regras, todas as ligações são supervisionadas, mas seja lá quem for que est
Já era quase hora do almoço, Danilo estava rodeando Carlos, em todo lugar que o pai ia ele estava lá, parecia querer falar algo, mas não iniciava o assunto.Carlos estava no escritório, cuidando de alguns documentos, Danilo entrou e ficou olhando os títulos dos livros.— Pede logo! — Disse Carlos com uma folha na mão.— Como sabe que quero pedir algo?— Te conheço e sei que você já leu metade desses livros, então não está a procura de um.— Quero ver a Violeta. — Danilo disse timidamente.— Liga pra ela, vocês se falam todos os dias, por que ir até lá?— Pai, ela está chateada comigo, não quero pedir desculpas por telefone.— Não vou discutir, sei que se disser não você falará com a Marcela pra me convencer. Mas vamos amanhã, hoje não...Danilo deu um abraço no pai e saiu do escritório. Tinha dúvidas se ligava ou não para Violeta, pensava que ela não queria falar com ele.A noite, Carlos foi avisar Marcela de sua saída.— My heart! Amanhã levarei Danilo na casa do Morgan, s
Danilo estava feliz e satisfeito com o aprendizado na universidade, tinha acabado de começar quando o pai o alertou de um perigo eminente, a máfia italiana estava a procura de Marcela. Ele e a irmã passaram a assistir as aulas de casa, não saiam por nada, outros seguranças foram contratados e Carlos estava alerta junto com Argos.Danilo tinha encerrado a aula online, era extremamente cansativo para ele essa parte, já faziam meses nessa situação, resolveu ligar para Violeta.— Olá minha flor, o que faz de bom?— Estudando, cheguei a pouco da escola, estamos em ritmo das provas finais.— Sabe que se precisar de ajuda estou aqui.— Não, essa parte a gente já repassou, mas a parte de química ainda me preocupa...Nesse momento Megan entrou no quarto e deitou junto com ele.— Lilo, estou com fome. — Disse ela.— Cadê a mamãe, pede algo pra ela.— Ela está dando ordens ao soldado novo.— Meg, a mamãe não conversa com os soldados, quem era ele?— A mamãe disse que se chamava Lorenz