Uma mulher de meia idade desceu do carro, usava óculos escuros e uma bolsa grande pendurada no braço, usava um conjunto social vinho e pérolas no pescoço, tinha o cabelo castanho quase preto. Pietra bateu na porta do lado de dentro, estava tentando falar com Argos.Ele não se moveu e a mulher não disse nada, apenas abaixou um pouco os óculos e sorriu. Pietra abaixou o vidro.— Argos, é a minha mãe!— Quem? — Ele ficou surpreso, Pietra não falava com a mãe desde que saiu do hospital quando foi atacada em casa, na época a mãe se recusou a recebê-la.Ele fez um gesto com a mão e os seguranças se dispersaram, guardou a arma na cintura e abriu a porta do carro, Pietra saiu ainda com Laysa nos braços e parou junto a Argos.— Filhinha quanto tempo? — Ela se aproximou e apertou a bochecha de Pietra, parecia reencontrar uma criança.— Oi mãe, o que faz aqui? — O tom era pesado, parecia que o reencontro não seria fácil.— Queria te ver, faz séculos que não tenho notícias suas...— Senho
Pietra resolveu não insistir, deixaria essa conversa para outro dia.Já na mansão, Argos pôde assumir uma forma mais calma e ficar com a filha nos braços, a menina dormia e ele estava com ela no colo.— Você vai acostumá-la mal, a deixe no berço.— Meu amor eu quase não a peguei por estar fazendo sua segurança, agora que pude ficar um pouco com ela.— Não se preocupe na hora de trocar a fralda eu te chamo.Argos sempre fugia nessa hora, fazia tudo pela filha, mas deixava essa parte para mãe.Ele colocou Laysa no berço e a cobriu, saiu do quarto abraçado a esposa.— Quer ver um filme ou algo assim? — Ele perguntou.— Argos, quem foi Antonella?— Pietra...— Desculpa, mas o nome não sai da minha cabeça.— Um dia te conto, mas eu preciso estar preparado para isso. Nunca pensei que teria que entrar nesse assunto.— Alguém além da minha mãe sabe quem ela foi?— Sua mãe acha que sabe de alguma coisa, mas não sabe de nada, os únicos que sabem de toda história sou eu e Carlos. Va
A noite Argos foi checar a segurança como de costume, passou por todos os cômodos, quando chegou a cozinha a luz estava apagada, Lind estava com uma roupa transparente e provocante esperando por Argos. Assim que acendeu a luz a viu sentada na mesa de pernas cruzadas.— A senhorita perdeu o juízo?— Qual é Argos? Estou lhe oferecendo prazer.— Isso eu tenho com a minha esposa! Vai embora agora mesmo desta casa!— Se eu te chamar de meu soldado vou poder matar minha curiosidade de você?— Saia daqui! — Argos dizia furioso entre os dentes.Argos não iria esperar o fim da discussão, ele se virou para sair e Lind pulou em suas costas.— Vamos brincar um pouco, algumas horas no meu quarto é o suficiente.— Se quiser eu mesma vou no seu quarto e te ensino uma lição, vadia! — Pietra gritou surgindo na frente de Argos, ele se soltou da mulher e pegou a mão da esposa.— Senhora Pietra, eu... eu...— Sou a senhora Light, estou lhe devendo essa surra faz tempo.Lind olhou para Argos co
Argos não dormiu muito acordou pensativo, ele andou pela casa e ficou um tempo olhando Laysa dormir, tentava se acalmar e decidir se era a hora da verdade.Ele pensava sobre o passado e principalmente sobre a conversa com Carlos. O amigo dizia que ele deveria sim contar a Pietra o que aconteceu, que ela merecia saber, dizia que a relação deles ficaria mais forte depois disso e estaria realmente livre do passado.Argos pegou um café e sentou na varanda, ele olhava a chuva cair na grama e pensava sobre tudo que teria que revelar, organizava os fatos em sua mente, lembrava bem cada um deles, mas preferia ter esquecido.Pietra desceu depois de cuidar de Laysa, ela deixou a filha com Margoth e se juntou a ele, sentou a sua frente e se encostou em seu peito.— Eu não sabia que a sua mãe era amiga da Antonella... Depois de tantos anos eu pensei que esse assunto estivesse morto com a pessoa. — Argos começou.— Argos, não precisa falar disso...— Preciso, você me contou cada detalhe da s
1 ANO DEPOIS....O tempo passou rápido, Pietra estava se preparando para a formatura.— Está linda minha esposa, com essa barriguinha então...— Ai meu soldado, estou feliz, muito feliz...Pietra entrava no terceiro mês de gestação e já falava que seria mais uma menina.Ele a abraçou e a beijou, era intenso e quente aquele beijo ele deslizou a mão pelo corpo dela, sempre disse que se entendiam na cama, Pietra tinha ainda aquele jeito travesso e aventureiro, já Argos era sério e responsável, mas quando estavam juntos nos momentos de intimidade eram apaixonados e insaciáveis, suas almas combinavam perfeitamente assim como seus corpos.— Vou tirar seu vestido...— Então tranque a porta.Argos sorriu e trancou a porta, abriu o vestido de Pietra e o tirou, não era muito justo, um pequeno puxão e ele caiu aos pés dela.Ele a pegou pela mão e a deitou na cama, voltou a beijá-la e rolou com ela. Pietra parou e sorriu para ele, estava no controle agora.— Vai mandar hoje senhora Li
Megan estava no porta-malas com Laysa. A menina de dois anos começou a chorar.— Porra Meg, quase atirei em você! — Disse Danilo bravo.As mulheres correram para o carro e Pietra pegou a filha nos braços.— O que faz aqui? — Danilo perguntou.— Me escondendo!— Meg nosso pai, Argos e Marcos estão lá dentro atrás de você, tem que falar e rápido.— Eu estava próxima a entrada falando com Marcos, ele recebeu um recado por rádio e disse que eu precisava me esconder, que o lugar ficaria perigoso.— Tá, vou buscar nosso pai.Danilo estava indo em direção ao salão da universidade quando avistou Argos, Carlos e Marcos. O jovem foi atingido na perna de raspão, se apoiava em Carlos para ir o mais rápido possível e Argos cobria as costas dos dois.— Tio, temos que ir e rápido, estão atrás de você. — Disse Marcos, ele tinha a perna da calça banhada em sangue, mas seguia firme, apesar da pouca idade era mais corajoso e resistente do que parecia.Danilo foi guiando o carro com Marcela, Vi
Anne deixou os três homens passarem pela porta, Danilo, Carlos e Adam. O próximo chefe Escocês estava já casado com Dayse e criavam uma menina que foi rejeitada pela mãe ao nascer.— Você eu não conheço... Como se chama? — Anne perguntou.— Me chamou Adam, sou cunhado do Danilo e amigo pessoal de Argos Light.— Ah claro! Se é amigo do meu genro é meu amigo também. — A mulher falava sorridente, parecia alheia a qualquer preocupação.Eles colocaram os documentos na mesa e Adam pediu para ir ao banheiro, ele andou um pouco pela casa e entrou em alguns cômodos, ele usou luvas para olhar cuidadosamente algumas gavetas atrás de alguma informação.— Mas que merda é essa? — Adam usou o celular para gravar o local, ele colocou escutas em pontos estratégicos e depois voltou para sala.— Senhora Anne, está tudo certo agora, no próximo mês você já começa a receber a pensão que sua filha estipulou. — Disse Carlos.— Muito obrigada senhores... Mandem lembranças a minha querida Pietra. — Anne
Naquela mesma semana Danilo foi a Escócia, ele aproveitou a carona de Adam e foi com Violeta e Daniel para passar alguns dias com Dayse.A irmã parecia outra pessoa, estava feliz com o casamento com Adam e a mais ainda com pequena Rosa, a menina era filha de uma brasileira que Violeta e Dayse tratavam como irmã, ela havia sido vítima de uma violência e rejeitou o fruto desse ato, mas Dayse amou a criança desde o dia que ela nasceu.— Minha irmã, terei que marca com o nosso pai, toda vez que eu venho aqui ele está viajando, assim nunca vou vê-lo. — Disse Violeta.— Pois é, ele passa muito tempo com a Juliana, a relação deles é linda.Morgan fazia viagens constantes ao Brasil, lá ele tinha um relacionamento com a advogada que conheceu no casamento de Danilo, agora ele e Juliana eram um casal de verdade.Juliana recusou se mudar para a Escócia e Morgan dizia ser inviável viver no Brasil, a solução foi o relacionamento a distância, ele passava dias e até meses no Brasil na companhia