Quando entramos na casa, Axel colocou o braço sobre mim e disse:- Sua irmã não aprovou o casamento pelo visto.Eu não disse nada. Ficou bem claro que Martina era contra a união entre os Collins e os Miller da maneira como foi feita.- Por que a irmã de Meg não aprovaria o casamento? – perguntou Noah curioso e confuso.- É uma longa história... – respondeu Axel. – Quando tivermos mais tempo, lhe contamos. Mas agora estou com sono... E precisamos dormir.- “Você” está com sono... Será que sua esposa também está? - provocou Noah.Axel me olhou.- Não estou com sono, mas estou cansada. Foi uma viagem longa e um dia difícil. Quero conhecer o quarto. Boa noite, Noah.Ele não respondeu nada. Foi servir uma bebida e eu segui com meu marido para conhecer o lugar onde ser
Acordei e Axel não estava mais na cama. Olhei no relógio e vi que já passava das 10 horas. Estranho também não estava mais no quarto. Decidi que hoje eu voltaria para a faculdade. Como era sexta teria aula à tarde e à noite. Fui até o banheiro e por sorte (ou azar) desta vez não encontrei Noah seminu. Tomei meu banho tranquilamente e vesti minha roupa lá mesmo. Já fiquei pronta para sair depois do almoço. Desistir da faculdade não passava pela minha cabeça, principalmente com menos de um ano para concluir. Dirigi-me para a sala de jantar e o café estava servido ainda, mas não havia ninguém ali.- Querida, deixei tudo preparado para você.Olhei para o lado e vi a doce Ema puxando a cadeira para mim.- Bom dia, Ema. E obrigada.- Axel achou que você acordaria tarde. Disse que estava cansada da viagem.- Sim.
Cheguei na mansão Collins às 19 horas e o carro de Michelle já estava lá. Quando abri a porta vi todos os convidados presentes, conversando, com um som de fundo que de alguma forma animava um pouco o lugar. Pareciam estar se divertindo sem a minha presença. Axel estava sentado ao lado de Amanda. Michelle estonteante num vestido vermelho que praticamente mostrava seus seios enormes. Adam estava do lado dela. Martina bebia uma taça de algo borbulhante sentada no braço do sofá. Onde estaria ele?Axel veio me dar um beijo. Eu aceitei seu beijo morno e sem graça na minha bochecha ao mesmo tempo que Noah retornava à sala, trazendo um copo com um drinque perfeito e bem montado com frutas, entregando na mão de Michelle. Beijei Martina e Michelle, que sequer levantou de seu lugar, quase ignorando minha presença. Noah me encarou e sentou ao lado de minha irmã, onde provavelmente est
Ele foi vindo até mim e eu disse:- Não se aproxime, Noah. – eu estava completamente envergonhada.Ele não me obedeceu e em minutos estava do meu lado:- Você está bem?- Sim.- Mentirosa. Você não está bem...- Por que você veio atrás de mim? Eu não queria que visse isso...- Acha mesmo que eu me importo com isso? Eu já vi muito mais, caso não lembre...Ele me pegou pela mão, me amparando com o corpo.- Caso não lembre... – imitei ele ironicamente. – Acha mesmo que eu não lembraria? Eu poderia lhe dizer com detalhes tudo que aconteceu há três anos... – falei com uma coragem que eu nunca pensei ter na minha vida.Ele apertou minha mão e me fez parar, pegando meu queixo e me fazendo encará-lo:- Você me perguntou se eu pensei em vo
Acordei mais tarde no sábado, para evitar encontrar Noah e Amanda no café da manhã. Não sei por quanto tempo eu ficaria fugindo, mas por enquanto precisava fazer isso. Não me sentia preparada para enfrentar Amanda e suas desconfianças, muito menos Noah. Axel novamente não estava na cama. Abri o armário e procurei uma roupa. Tudo já estava organizado. Provavelmente Ema havia feito aquilo para mim.Não fiquei na mesa da sala de jantar. Fui diretamente para a cozinha. Ema estava preparando o almoço. O cheiro era bom.- Já tomou café da manhã? – ela perguntou.- Eu vou comer uma fruta... Não estou com fome.Mal sabia ela que eu não queria era encontrar nenhum Collins aquela manhã.- Viu Axel? – perguntei.- Deve estar fazendo algo na área externa.- Amanda?- Saiu cedo. Foi comprar
Pedi um suco e ficamos esperando por Amanda Collins. O clima estava agradável, nem frio, nem calor. Minha roupa estava perfeita.- Não vai comprar seu biquíni antes de irmos ao cinema? – perguntou Axel.- Não... Acho que não vou entrar na piscina amanhã.- Não? Por quê? – perguntou Noah.- Não acho que esteja calor para isso. Além do mais está um nojo aquilo.- Já mandei limpar. Vai estar perfeita a água amanhã, posso garantir. – disse Axel.- Ainda assim não vou comprar o biquíni. – me mantive firme.Amanda chegou, bem mais rápido do que eu esperava.- Consegui comprar tudo que precisamos para amanhã. – ela disse. – Noah, vai nos dar o prazer da sua comida, não é mesmo?- Claro. – ele garantiu. – Cozinhar é um gesto de amor... Que faço questão de demonstrar a todos vocês.Olhei para ele, que desviou o olhar. Será que o gesto de amor não servia para mim também? O que eu pensava? Que Noah pudesse me amar como eu o amava?
Sim, Noah tinha razão: éramos adultos para resolver. Mas eu era uma adulta covarde. Precisava fugir dele para não cair em seus braços e mandar o resto do mundo se ferrar.Fiquei um tempo deitada na cama, pensando nos acontecimentos loucos daquele dia. Eu precisava de um banho gelado. Peguei minhas roupas e entrei no primeiro banheiro do corredor. Fechei a porta desatentamente e lá estava ele, arrumando os cabelos em frente ao espelho, envolto na toalha branca que o cobria da cintura para baixo. Parecia que o destino estava disposto a ver o quanto eu suportava. Imediatamente corei, não conseguindo deixar de olhar seu corpo. Ele riu:- Meg... Que surpresa!- Por que você não trancou a porta? – questionei.Ele veio na minha direção e trancou. Eu me afastei dele.- Você pediu... – ele debochou.- Noah, não faça isso. Quer mesmo que todos aqui percebam?- Sinceramente? Não me importo. – ele disse colocando o pente na pia e me encarando.Eu fui até a port
Eles chegaram mais cedo do que eu esperava. Noah ficava me encarando e não parecia nada feliz com a presença de Thomas, tratando-o sempre com certa hostilidade. Eu até pensei que poderia ser ciúme. No entanto Axel era gentil com ele, assim como com todos os presentes. Eu acho que Axel não conseguia se alterar com ninguém. Até duvidava que ele pudesse ter sentimentos reais por pessoas. Ele só demonstrava afeto pelo meu cachorro.- Vou ver se Estranho está bem. – eu disse saindo.- Eu coloquei-o cedo para rua. Ele estava bem. – observou Axel.Martina me acompanhou. Estava ficando frio na rua. Chamei e logo Estranho veio do meio das árvores, balançando o rabo alegremente.- Você trouxe Thomas por quê? – perguntei.- Ele soube que eu viria. Estava curioso para saber como foi a lua de mel e tudo o mais...- Vocês estão bem?- Eu e Thomas? Não estamos mais juntos.- Mas... Você disse que estavam.- Não mais. Voltei para Dex.- Como assim? Cust