Narrador
— Tem a resposta àquela pergunta? — Irene perguntou.
— Qual pergunta? — Tae disse. Depois se lembrou, e ela ergueu uma sobrancelha, satisfeita. Ele não escreveu nada no papel, ainda estava guardado em sua pasta. Ele começou a fazer pastinhas de suas listas, gostava de reviver os aprendizados que teve, mas não foi o caso. — Eu não escrevi, mas posso escrever agora.
Irene ofereceu a caneta a ele e o viu rabiscando o papel.
"Todas as coisas que eu queria sentir quando humilhava Diana:
EU QUERIA ME SENTIR AMADO"
— Não é uma conclusão ruim, todos querem se sentir amados. — Disse Irene. &m
NarradorShimin congelou. Primeiro de tudo, pausou a respiração até ter certeza de que não ouviu errado.— Espere... Grávida? Tem certeza?— Sim, Shimin, eu fiz o teste duas vezes. — Diana olhava para o quarto de sua mãe, apreensiva.— Isso é fantástico! É incrível! Meu irmão vai ficar tão fel... — A voz de Shimin murchou.— O que houve? — Diana sentiu o desânimo na entonação dele.— Se o Tae souber, ele vai querer voltar para o Brasil imediatamente... E ele está evoluindo tanto, Diana... Narrador— O que disse, infeliz?! — Tae indagou com a mais pura frieza. Jurou que conseguiria suportar e agir com tranquilidade diante das adversidades, mas não. Seu sangue era o puro caldo vulcânico. E nesses momentos, seu ódio tremendo invocava o que ele tinha de mais diabólico: sua frieza.— É o que você ouviu. — Dylan respondeu. — Você foi embora, e ela não quer mais saber de você. A menstruação dela atrasou e fizemos um teste. Ela está grávida.Tae ligou todas as suas defesas instantaneamente, queria quebrar todos os ossos de Dylan, um a um, naquele momento.51. Desgraças
NarradorTae estava parado, de braços cruzados, na sala de espera. Ele não estava agitado, e sim aguardando novas notícias sobre seu pai. Jieun, por outro lado, chorava, rezava, gemia de agonia. Ela imaginou que seu marido não ia voltar, pois viu a maneira como o levaram na maca: ele tinha uma mancha roxa no peito.Jieun não conseguia controlar sua imensa ira, e acabou descontando em Tae:— Viu o que você fez? É culpa sua!— Eu o demiti, como tantas vezes ele fez com tantas pessoas. — Tae encolheu os ombros, mas entendia a dor dela.— Ele é o seu pai!— Ele me queria morto! — Tae grunhiu.
NarradorTae estava diante de uma grande mesa, assistindo à apresentação de um dos seus diretores sobre expansão do mercado.Ele assistia a tudo e tomava notas.Presidente.Ele não estava surpreso. Já sabia que quando herdasse as ações de seu pai, ocuparia essa posição. Já sabia que seu destino estava traçado.Tae optou por colocar todos os seus sentimentos em outro lugar quando estava dentro da Mellony, e estava executando a tarefa com maestria.Quando saía da empresa, fumava tantos cigarros que sua voz estava ficando mais rouca. Seu secretário se chamava Arthur, um rapaz loiro de láb
NarradorDepois de entender todos os seus enganos, Tae secou as lágrimas. Arthur o ajudou a levantar-se, muito preocupado com seu chefe. Como ele poderia ter ficado tão abalado com uma pichação? Um vandalismo barato.Algumas gotas de chuva começaram a cair suavemente lá fora, e o ruído encheu seus ouvidos..Tae parecia alheio a tudo. Perdido, repensando tudo que tinha vivido até o momento. O filho é meu, ele pensou. A criança que Diana esperava tinha seu sangue. Ia ser um pequeno Kim.Ele chorou de novo, apoiando-se no capô do carro. Eram muitos sentimentos juntos. Diana tinha se vingado dele, mas por que escondeu?Bem, ela tentou falar. Por
NarradorDiana encontrou Dylan depois da consulta, aguardando-a ansiosamente. Ele tinha faltado ao trabalho naquele dia para acompanhá-la em um dia tão importante. Diana não conseguia deixar de sentir um pouco de culpa por estar dando falsas esperanças a ele. Mas, ele não parecia medir esforços para ajudá-la. Seria culpa por causa do filho que eles perderam? Estava tentando melhorar?Ou só queria mais uma chance com ela?Ela já tinha deixado claro que não iam namorar, então por que ele insistia em agradar tanto? Dylan passou um cheque imediatamente após receber toda a conta pelo tratamento, incluindo os remédios. Apesar de saber que iria pagar tudo nem que estivesse endividada até seu último dia de vida, Diana sent
Narrador— Está brincando comigo. Está blefando. — Dylan deu uma risada sem graça e nervosa. Estava tremendo tanto que precisou se sentar.— Eu já sei que o filho é meu. — Tae murmurou, falando o que estava preso à garganta.— Ha! — Dylan soltou um silvo, gelando da cabeça aos pés. — Minta até se convencer.— Sua tentativa foi muito boa, Dylan. — Tae falou friamente. — E, me enganou por um tempo, é verdade. Mas, agora que sei de tudo, pode começar a contagem regressiva, porque a Diana vai ser minha.— O filho que a Diana está esperando é meu! — Dylan grunhiu, olhando em vol
Narrador— Maldito. Coreano maldito e infeliz! — Dylan murmurou a si mesmo. Tinha saído para respirar um ar puro agora que tinha resolvido o problema.As estrelas se escondiam no meio daquela iluminação artificial. Ele já estava há duas horas na rua, e uma fumaça saía de sua boca. Era hora de voltar, mas ele tremia e não era só de frio.O loiro começou a olhar em volta, certo de que tinha alguém o seguindo. Ele não viu ninguém específico, mas era óbvio. É exatamente o que ele faria se estivesse na situação do Tae.Começou a ficar paranóico. Todos pareciam suspeitos sob sua ótica.Último capítulo