JeffBati na porta anunciando a nossa chegada para o meu primo. Olhei para o lado e notei que Kathy estava um pouco tensa, percebi que toda vez que ela ficava nervosa, tinha o costume de girar o pulso direito, um gesto que talvez passasse despercebido por ela mesma.Ouvi a porta ser destravada e senti a mão de Kath tocar a minha, meu coração deu um salto como se eu nunca tivesse segurado a sua mão antes. E eu, um homem com mais de trinta anos, me sentia um adolescente toda vez que Kathy me tocava, não conseguia compreender o turbilhão de sentimentos que havia se apossado de mim na última semana, era como se não vê-la, sem ouvir seus trocadilhos e suas piadas que eu achava idiotas, fosse uma espécie de tortura por eu agir como um completo imbecil, usando-a como se fosse um simples objeto.Ouvi um pigarro e dei de cara com Rick com um sorriso no rosto.— Boa noite Rick — entrelacei os meus dedos aos de Kathy.— Ótima noite, entrem! Como vai Kath? Posso te chamar de Kathy, certo? — Seu to
KathyPor mais que estivesse um pouco confusa com o que Rick acabou de dizer, a minha dedução foi mais rápida. Jeff inventou aquele jantar de última hora. O que eu realmente não conseguia entender era o motivo que o tinha levado a fazer aquilo. Foi um jantar muito agradável, Rick e Alice eram pessoas maravilhosas, pareciam realmente gostar da minha presença e me sentia péssima por estar mentindo para eles.Jeff não perdeu a oportunidade de me tocar durante o jantar, perdi a conta de todas as vezes ele beijou meus lábios naquela noite. Algo nele parecia diferente, certamente era só a minha mente me pregando peças e me fazendo ver coisas inexistentes.Respirei fundo e soltei a mão de Jeff , ela estava gelada, provavelmente por ter sua mentira descoberta.Apertei o passo assim que ouvi o barulho do seu carro ser destravado, abri a porta rapidamente e entrei sem olhar na sua direção. Ele entrou no carro e não disse uma palavra sequer, sua expressão fechada não passou despercebida. Sua cot
JeffEstava feliz por ter falado sobre como me sentia para Kathy e estava ainda mais feliz por ver aquele brilho reluzente em seus olhos, ela era linda e agora seria minha de verdade. Eu estava agindo como adolescente apaixonado, mas a leveza que ela transmitia me deixava assim.Isso não impedia de querer matar o maldito que fez de um momento que deveria ser especial para Kathy, algo traumatizante. Tentava conter a minha raiva enquanto fazia carinho no joelho de Kathy e dirigia. Imaginar qualquer outro homem tocando a minha Kathy me fazia sentir uma vontade súbita de cometer um assassinato, e ainda mais um filho da puta que sequer a tocou como merecia. Eu a faria esquecer tudo que viveu com esse moleque e fazê-la se sentir especial como realmente era.Só eu sabia o quanto a desejava e quanto queria ter terminado o que havíamos começado, porém, ela teria mais que uma rapidinha. Eu deixei de ser um homem romântico a um bom tempo, talvez esse tivesse sido o motivo pelo qual meu casamento
KathyFechei a porta depois de inúmeras tentativas de me desgrudar de Jeff . Meu corpo formigava de excitação. Nós estávamos juntos e éramos reais. Sorri, ainda recostada na porta como se fosse uma adolescente depois do seu primeiro beijo. Eu estava flutuando.Tinha medo de dormir e acordar e tudo ser um sonho. A forma como tudo havia acontecido era surreal. Eu jamais esperaria ouvir aquelas palavras vindas de Jeff por mais que eu as quisesse escutar.— Ele gosta de mim e quer que eu seja sua namorada de verdade — falei baixinho tentando conter a euforia.Eu me apaixonei por Jeff de uma forma que desconhecia. Ele teve o meu coração desde o dia que me defendeu na boate quando ninguém o fez, eu tentei esconder de mim mesma cada resquício desse sentimento para não me quebrar. Tinha medo de tudo que ele me fazia sentir e meu coração doía das as vezes que me lembrava o porquê dele ter se aproximado de mim. Agora nada disso importava. Ele gostava de mim, talvez não do jeito que eu gostava
Jeff Não imaginava que iria dormir tão rápido depois de falar com Kathy, imaginei que a euforia e a ansiedade por estar com ela no dia seguinte fosse atrapalhar meu sono, mas foi o contrário. Havia dormido até demais. Talvez saber que Kathy agora era oficialmente minha tenha me relaxado a esse ponto. Olhei no relógio e vi que já aram nove horas. Saltei da cama pronto para tomar banho e ir para o apartamento da minha namorada.Estava agindo mais uma vez como um adolescente que conquistou a garota dos seus sonhos.Eu estava enfeitiçado, queria passar todo meu todo ao lado dela, não tinha mais controle sobre a minha mente e muito menos sobre meu corpo. Todas as vezes em que nos beijamos na noite passada, tive que me esforçar para esquecer o que prometi e trazê-la para o meu apartamento e matar toda essa vontade que eu sentia dela. Eu não faria algo assim, faria com que fosse especial para minha garota para que ela se lembrasse com carinho de tudo. Kathy era especial e fazia com que eu m
KathyA pele do meu rosto estava em combustão. Ficar sozinha com Jeff se Tornou uma espécie de prova de resistência. Caminhei rapidamente em direção a porta, abrindo-a. Busquei controlar minha respiração antes de sair, olhei na direção de Jeff e ele ostentava um sorrisinho idiota no rosto. Estava achando engraçado o meu embaraço, revirei os olhos e sai.Maddie estava no corredor ao lado do pai de Jeff e que sorria. Sim! Ele estava rindo de algo que minha irmãzinha disse, fiquei surpresa por ele ter dado atenção a Maddie quando a conheceu. Marco era carrancudo, quando o conheci imaginei que fosse do tipo que assustava criancinhas e não que as ensinava jogar xadrez com toda paciência do mundo.Talvez Jeff estivesse certo e ele visse um pouco de Marianne em Maddie.— Kathy, onde estava? — Maddie correu com uma certa dificuldade em minha direção.— Eu... eu estava conhecendo a casa — Marco se aproximou com uma cara cínica demais para o meu gosto. Será que ele sabia sobre mim e Jeff ? Não
KathyA semana passou rápido, talvez porque foi as melhores semanas da minha vida. Poder ver Jeff todos os dias, tocá-lo e beijá-lo sempre que eu sentisse vontade era maravilhoso, ele não era meu primeiro namorado, porém, sentia como se fosse, ele era o primeiro a me fazer sentir.Não havíamos ficado sós durante a semana, as vezes parecia que Jeff estava me evitando. Queria não pensar que isso poderia ter sido causado por ter dito que não tinha experiencia alguma quando o assunto era sexo.Agora estávamos namorando de verdade, eu sabia que isso iria acontecer em um momento ou outro e queria que acontecesse logo. Não que eu fosse uma safada ou algo do tipo, é que cada momento mais íntimo com Jeff era incrível, as sensações, a forma como meu corpo reagia fazia com que eu ansiasse por mais o tempo todo.— Será que estou me Tornando uma pervertida? — perguntei em voz alta, jogando o travesseiro no rosto.— KATHEEEEEEEEEEEEEE — A porta se abriu e uma Maddie animada surgiu pulando em minha
KathyJeff mantinha um sorriso travesso no rosto. Onde ele pretendia me levar?— Iremos sair da cidade? — olhei na direção da sala procurando minha mãe e Maddie com o olhar.— Talvez — deu de ombros — Vamos sair sem que Rick nos veja e nos poupar de um vexame.Agarrou minha mão e começou a me puxar.— Eu não posso sair da cidade assim, e se minha mãe ou Maddie passar mal?Ele parou e se virou, segurando meus ombros com delicadeza e me fazendo o encarar.— Meus pais e sua amiga Lissa estarão à disposição delas. Não precisa se preocupar, elas ficarão bem — sorriu e afagou meu rosto.O frio na barriga foi inevitável. Eu estava me apaixonando ainda mais por ele, e talvez um sentimento além da paixão estivesse começando a nascer, ou já tivesse nascido e enraizado em meu coração, atitudes com essa regavam esse sentimento o fazendo crescer, e por mais que fosse bonito, me fazia sentir medo. A única coisa que me cabia era pedir a Deus ou qualquer outra entidade de poder superior que Jeff sent