Após ouvir a declaração de Mattia, Kalie se afastou lentamente e deixou a biblioteca, deixando Mattia perplexo com sua reação. Ele decidiu segui-la pelo corredor, mesmo que em silêncio. Enquanto caminhavam, a governanta se aproximou deles, questionando:— Senhor Parganno, posso mandar servir o jantar?Mattia refletiu por um momento antes de responder:— Não, mas mande servir a senhora Maroni e seu filho no quarto.Após a governanta se afastar para organizar o jantar, o casal retornou ao quarto. Mattia fechou a porta atrás deles, sentindo a tensão no ar enquanto se aproximava de Kalie, esperando por uma resposta ou talvez um momento de conexão. No entanto, ao tentar beijá-la, ela se afastou rapidamente, sem proferir uma palavra. Mattia suspirou, sentindo a frustração crescer, mas não desistiu. Ele segurou o braço dela suavemente, tentando trazê-la para perto, acariciando seu rosto com gestos gentis. Mas Kalie resistiu mais uma vez, afastando-se dele e começando a falar:— Eu sinceramen
Acompanhadas pelo som suave de seus passos, Kalie e Felícia se dirigiram à sala de jantar. Foi então que a curiosidade tomou conta de Kalie, e ela não pôde deixar de perguntar:- Quem é essa família Maroni que o Mattia mencionou?Felícia respondeu com uma familiaridade que revelava anos de proximidade:- É a senhora Carla e o filho Junior, um garoto de 7 anos, amigos da família Parganno há muito tempo.Enquanto o jantar era servido, Kalie alimentava-se lentamente, sua mente a mil por hora. Ela estava imersa em pensamentos, ponderando sobre os possíveis destinos de Mattia naquela hora avançada. A pergunta persistia, martelando em sua consciência, exigindo atenção. Mas, por fim, ela deixou o jantar para trás, suas pernas a guiando automaticamente de volta ao refúgio de seu quarto, enquanto a incerteza e a preocupação continuavam a acompanhá-la.Kalie procurou refúgio nas páginas de um livro, buscando uma fuga para sua mente agitada. No entanto, as palavras se embaralhavam diante de seus
Na manhã seguinte, quando Kalie finalmente abriu os olhos, sentiu uma dor generalizada percorrer todo o seu corpo. Cada movimento parecia um esforço, como se os músculos tivessem se enrijecido durante a noite. Apesar disso, Kalie se levantou, esforçando-se para se arrumar. Mattia ainda dormia profundamente, alheio ao desconforto que Kalie enfrentava.Determinada, ela saiu do quarto, seus passos ecoando suavemente pelo corredor da grande casa. Sua mente estava focada em encontrar a governanta, Felícia, alguém em quem confiava para resolver a situação com Mattia. Após percorrer pela casa, avistou Felícia, que estava ocupada com suas tarefas matinais.— Bom dia, Felícia! Kalie chamou, sua voz carregando um misto de urgência e cansaço.A governanta se virou, uma expressão de curiosidade e leve preocupação surgindo em seu rosto.— Bom dia, senhora Parganno. O que aconteceu? Perguntou Felícia, percebendo imediatamente que algo estava errado.— Por favor, eu preciso que venha até meu quarto.
Durante a semana que se seguiu, Mattia decidiu ignorar Kalie deliberadamente. Ele percebia que isso a incomodava, mas se manteve firme em sua decisão, determinado a criar uma distância entre eles. Kalie, sentindo a ausência de qualquer interação com Mattia, procurou um refúgio onde pudesse encontrar algum conforto e paz. Ela passou a maioria do seu tempo na sala de pintura, onde se dedicava a suas telas e pincéis, tentando expressar suas emoções e pensamentos através da arte. A sala de pintura tornou-se seu santuário, um lugar onde ela podia fugir das tensões e da frustração que sentia. Cada pincelada era uma tentativa de lidar com o vazio que a ignorância de Mattia deixava em seu coração.Mattia, por outro lado, quando estava em casa, se isolava na academia. Ele passava horas treinando, levantando pesos, correndo na esteira, e praticando artes marciais. O exercício físico não só mantinha seu corpo em forma, mas também oferecia uma válvula de escape para suas próprias frustrações e pe
Naquele momento, a governanta saiu apressadamente, cruzando o corredor com passos largos. Ela subiu as escadas com cuidado, seguindo até o final do corredor. Chegando lá, bateu levemente na porta antes de abri-la e anunciar sua presença. Ao entrar, encontrou Kalie ainda mergulhada em seu trabalho, com o pincel em mãos e uma expressão concentrada.— Kalie querida, o senhor Parganno quer vê-la no escritório. Disse ela, com gentileza e respeito.Kalie, mesmo ocupada em suas atividades, respondeu prontamente:- Sim, Felícia. Assim que terminar aqui, eu desço. Obrigada por avisar.Com isso, a governanta se retirou, deixando Kalie voltar ao que estava fazendo, enquanto ela mesma se preparava para atender ao chamado de Mattia Parganno.Imediatamente, a governanta saiu do local, dirigindo-se rapidamente para o espaço gourmet da mansão. Enquanto seguia pelo corredor, seu caminho foi interrompido por Aline, que a chamou.— Felícia, preciso de um biquíni. Minha amiga esqueceu o dela. Disse Aline
Uma jovem vestida com o uniforme da loja aproximou-se deles com um sorriso gentil e educado.— Olá, senhor e senhora Parganno. Sua encomenda já está embalada, deixamos do lado de fora, exceto pelas duas peças que o senhor pediu. Disse ela, indicando o sofá onde as peças estavam dispostas.Mattia sorriu para a jovem, agradecendo, e dirigiu-se a Kalie:— Ela vai experimentar as duas peças. Disse ele, com um sorriso malicioso, enquanto se acomodava elegantemente em um sofá próximo.Voltando sua atenção para as peças que tinha em mãos, Kalie pareceu surpresa.— Quer que eu vista isso aqui? Questionou ela, incerta.Mattia assentiu com um gesto de cabeça, mantendo seu olhar fixo nela.— Sim, qual é o problema?Kalie hesitou por um momento, lembrando-se de Aline e ponderando sobre a situação. Apesar das dificuldades que enfrentava com a presença daquela mulher na casa, ela sabia que precisava fazer algo para chamar a atenção de Mattia.Após um instante de reflexão, Kalie seguiu para o provad
Enquanto retornavam ao carro, Kalie permaneceu em silêncio, mergulhada em seus próprios pensamentos. Ela entrou no veículo e se sentou, aguardando a chegada de Mattia. Ele logo se juntou a ela no banco traseiro do sedã, enquanto o motorista cuidava de colocar os pacotes no carro.Durante o trajeto de volta para casa, o silêncio prevaleceu. Kalie considerou a possibilidade de iniciar uma conversa, mas acabou desistindo da ideia. Quando finalmente chegaram à mansão, Kalie saiu do carro imediatamente e dirigiu-se a Mattia, expressando sua gratidão:— Obrigada.Mattia também saiu do carro e, olhando para ela, respondeu:— Eu estarei na piscina, caso precise falar comigo.Com essas palavras, os dois se separaram, cada um seguindo seu próprio caminho dentro da mansão.Ela não disse nada, apenas observou enquanto ele se dirigia à casa da piscina. Kalie, por sua vez, seguiu para o quarto, seus pensamentos em turbilhão. Enquanto caminhava pelos corredores da mansão, tentava entender o que esta
Antes do jantar ser servido, Antony e Pietro estavam na sala de estar, conversando e bebendo. A atmosfera estava descontraída quando Luigi chegou, saudando os amigos com alegria ao passar pela porta.— Luigi! — exclamou Antony, levantando seu copo em saudação.— Finalmente, você chegou! — acrescentou Pietro com um sorriso.Enquanto isso, no quarto das convidadas, Aline e suas amigas estavam se arrumando para o jantar e conversando entre si. A inquietação era evidente nas vozes delas.— Quem é essa mulher, afinal? — perguntou Deise, ajustando seu vestido diante do espelho.Margô se jogou na cama e respondeu, olhando para Deise:— Deve ser namorada dele.Aline, ainda caminhando de um lado para o outro, falou com irritação:— Há algumas semanas, o Mattia me repreendeu por causa dela. Ele está diferente, nunca quis namorar sério com ninguém, e agora está todo meloso com essa mulherzinha.Margô, com um ar de malícia nos olhos, falou:— Eu sei quem tem respostas para nossas perguntas.Aline