Antônio precisava relaxar, sendo assim não pensou duas vezes e se dirigiu imediatamente para a casa de Karine, que ao abrir a porta já foi surpreendida com beijos, abraços, mãos salientes, enquanto seguiam pro quarto.
Completamente despidos, prontos para saciar a fome que lhes consumia como uma tempestade violenta em noite de inverno, Antônio dominava, comandava o ritmo sensual do toque, dos beijos em busca do prazer crescente a cada toque no corpo de Karine; em determinado momento enquanto Karine tocava o seu corpo e desfrutava do sabor do seu beijo, na sua mente se materializava a imagem sólida de Sérgio, como se fosse ele que estivesse ali naquele momento lhe tocando, lhe beijando, lhe levando ao prazer absoluto.Seus olhos reviraram e ele se contorcia pelo lençol de cetim, Karine se surpreendeu e continuou com seus estímulos preliminares ainda mais caprichados, as mãos de Antônio percorreram seus cabelos e, num retorno a realidade, viu que quem se encontrava ali eraSérgio não podia acreditar naquilo que seus olhos estavam vendo, qual o intuito? Qual a necessidade que ele tinha de participar de algo tão vazio e que não iria agregar em nada na vida de Antônio?Paralisado, Sérgio olhava fixamente para aquele grupo de pessoas, uma lágrima crescia no fundo de seus olhos e não se intimidava em rolar pelo seu rosto; voltando do choque momentâneo, foi tratando de voltar cuidadosamente para o canto escondido aonde estavam antes, para ver até onde tudo aquilo iria.- Sérgio, pra quê ficar aqui se torturando mais e mais? Tá mais do que na cara que o Antônio não tem jeito mesmo!- Eu preciso ver até onde ele vai... Meu Deus Cristina, eu não posso acreditar que ele, justo ele está no meio desse torneio nojento... Antônio recebia todos os cumprime
- Não se preocupe Doutor, eu me responsabilizo!- Tudo bem, preencha essa ficha aqui.- Eu posso vê lo doutor?- Ele está dormindo no momento, no entanto se preferir entrar e esperar ele acordar fica a seu critério.Sérgio ficou o resto do dia ao lado de Antônio esperando ele acordar, no entanto como estava muito cansado acabou adormecendo ali mesmo na poltrona. Após um longo intervalo de cochilo Sérgio ia abrindo os olhos aos poucos, despertando lentamente,assustou-se com uma voz rouca que vinha da direção aonde Antônio se encontrava.- Se-Sergio? O qu-que faz aqui?- Oi... finalmente você acordou hein! Dormiu bastante.
Durante todo o trajeto até o táxi que os esperava, Antônio e Sérgio se mantinham em silêncio, e enquanto percorriam o trajeto de volta Antônio arriscou a perguntar:- Você não gosta mais de mim?- Não!- Você Não Sente Mais Nada Por mim?- Sinto...- Ufa, por um momento pensei que não sentia mais nada por mim...- Sinto... eu sinto mágoa, ódio, desprezo, rancor e arrependimento de um dia ter me apaixonado por você...Antônio se surpreendeu com a declaração de Sérgio e disse cabisbaixo:- Eu confesso que preferia ter levado um soco forte no estômago do que escutar isso de você...- Você quem procurou tudo isso, a primeira lei de Newton lembra? Lei da ação e reaç
- Ainda não entendi...- Larga esse curso que não é o que você quer e vem pra Los Angeles comigo?Sérgio ficou em choque, era algo que ele não estava esperando mas que claramente era uma proposta tentadora.- Cleiton, ficou maluco? Como eu vou largar tudo assim e ir pra Los Angeles? Vou fazer o quê lá homem?- Los Angeles tem um lugar que eu tenho certeza que você conhece muito bem: Hollywood, a cidade das grandes produções cinematográficas!Neste instante os olhos de Sérgio brilharam como os olhos de um menino que vê diante de si o seu brinquedo preferido.- Meu Deus... Hollywood!- Hollywood é um distrito que fica ao noroeste de Los Angeles, ou seja: através de contatos nós cons
Os dias iam se passando, e a cada novo dia que nascia a dúvida persistia na cabeça de Sérgio a respeito da proposta tentadora de Cleiton; por outro lado Antônio se superava a cada dia tanto na sua recuperação quanto na sua forma de demonstrar seus reais sentimentos por Sérgio, o que lhe deixava cada vez mais confuso para tomar uma decisão. Numa manhã de Sábado, Antônio levantou-se mais cedo que o habitual, já conseguia caminhar sozinho, porém com passos lentos, fez sua higienização matinal e saiu na porta de casa para tomar um pouco de sol, nesse momento foi surpreendido pela presença inesperada de Karine:- Vejo que tem reagido muito bem a recuperação...- O que faz aqui? Pensei que não quisesse saber mais de mim! - disse com desdenho.- Ah amorzinho, eu estou arrependida sabe! Sinto tanto a sua falta... Falta do teu cheiro, do teu beijo... Do teu corpo... - dizia enquanto se aproximava de Antôni
Ao entrar e acender a luz Sérgio quase caiu de susto; Antônio estava em pé, vestido com um look esporte fino de tons meio escuros, em sua frente havia uma mesa posta com um lindo arranjo de flores vermelhas ao centro e duas velas paralelas ao buquê de flores.Sem entender o que estava acontecendo Sérgio perguntou:- Antônio... O que é que está acontecendo aqui homem? Tu não tava passando mal criatura?- Pegadinha do Malandro haha, desculpa garotão, se eu contasse o que era iria estragar a surpresa né, então me perdoa pela mentirinha kkkk- É, mas devia ter me dito alguma coisa, assim eu poderia ter me arrumado melhor; olha pra mim, estou praticamente de pijama! Antônio então se aproximou lentamente, segurou nas duas mãos de Sérgio e disse em seu ouvido:- Que diferença ia fazer? Daqui a pouco você não vai estar vestindo roupa alguma mesmo! Sérgio sentiu uma corr
Sérgio olhava para o celular constantemente, era preciso ter coragem, se antes ele não tinha muita certeza de sua decisão agora ele tem e a prova disso foi a noite maravilhosa que teve com o amor da sua vida.Eis que finalmente Sérgio cria coragem e resolve ligar:- Alô, Cleiton?- Estava aguardando ansiosamente pela sua ligação Serginho! Imagino que o motivo dela é pra dizer a sua decisão correto?- Exatamente, me encontre aqui na sorveteria da praça central pra conversarmos okay?- Okay, eu chego aí em 5 minutos, beijão. Os tais 5 minutos se tornaram 50 anos, era como se o tempo não passasse; as mãos de Sérgio soavam e seus batimentos cardíacos estavam mais acelerados, era evidente que contar que decisão havia tomado não era algo fácil de se fazer, pois tinha a consciência de que poderia deixá-lo chateado.A hora h
Janeiro, vindo na calada, anunciando o novo ano que se iniciava e com ele as aulas da faculdade também. Sérgio desceu do ônibus e ficou parado por algum tempo fitando maravilhado aquele conglomerado de muitos pavilhões que formavam a sua nova instituição de ensino.Após muito procurar encontrou o prédio do seu curso e posteriormente sua sala, a primeira aula já acontecia, apesar da sala se encontrar um pouco vazia.- Apresente se a turma por favor! - disse o professor.Todos em sua volta o fitavam esperando que se pronunciasse, meio intimidado soltou num fio de voz a pronúncia quase sem som de seu nome- Me.. me chamo Sérgio!- Seja bem vindo Sérgi