“Onde eu estou...” – Abri os olhos com dificuldade.
Tentei mover alguma parte do corpo, mas nada respondia. Só consegui virar um pouco minha cabeça para a esquerda inicialmente.
Não consegui focalizar de imediato, demorou um pouco para me acostumar com a iluminação, mesmo fraca do lugar.
“Que merda é essa?” – vários bipes se sobrepunham e faziam ecos estranhos na minha cabeça. Quando consegui identificar exatamente o que era e onde eu estava me apavorei. O aparelho que monitorava meus batimentos cardíacos começou a emitir bipes mais rápidos. – “Mamãe?! O que foi que aconteceu?”
Só consegui me lembrar do coiote de orelhas e rabos ruivos. E de uma luz forte.
Senti uma pontada na cabeça.
Virei a cabeça para o outro lado.
Ele estava ali.
Segurando minha mão, com a cabe
Título original: Nick & Phil Série: New Casterside Stories - Livro 1 1ª Edição Copyright do texto © 2021 Alex Mello. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito do autor. Foto da capa por Johnny Williams em unsplash.com Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) ------------------------- M527n Mello, Alex, 1977 – Nick & Phil / Alex Mello. – 1. ed. Rio das Ostras, RJ: Buenovela, 2021. ISBN 978-65-00-30789-4 Ficção brasileira 2. Romance 3. LGBTQIA+ Título II. Mello, Al
- Para de encarar. – o rapaz sentado à sua direita de óculos escuros comendo um sanduíche integral o alertava.- ...- Nick... para de encarar. – a menina à esquerda repetiu. Essa apenas bebia um shake de proteínas vegana- ...Ambos deram um tranco ombro com ombro nele e finalmente saiu do transe. Percebeu que estava segurando sua lata de Pringles semiaberta, e um copo de suco natural de laranja meio tombado já pingando nos seus pés.Os três inseparáveis mosqueteiros estavam sentados na arquibancada externa, no intervalo das aulas, como muitos faziam, para a dose diária de vitamina D, lanchar, paquerar, jogar conversa fora e relaxar antes de retomar as aulas em 30 minutos.- Qual foi a de vocês dois? – Nick fingiu estar irritado.- Você estava encarando de novo. – responderam juntos.- Não estava não. –
Ao chegar em casa, se atirou no sofá com a face virada para o assento, como se quisesse se sufocar. - NICK! É VOCÊ?! - Mmm-mmm – respondeu com a cara ainda enterrada na almofada. Sua mãe veio da cozinha enxugando as mãos. - Filho?! Algum problema? – ajoelhou-se na direção do rosto de Nick, entre o sofá e a mesa de centro. Ele virou o rosto e a olhou nos olhos. – Oh-oh... eu conheço esse olhar. O que te fizeram dessa vez? - Dessa vez foi o que fiz à mim, mãe. Aceitei ser tutor de um cara que... - ...que você está apaixonado. – Nick enfiou a cara novamente na almofada e a esmurrou. Sophia riu. – E isso vai ser um problema exatamente por quê? - Por onde começar? – Sentou-se tirando os tênis com os pés e cruzou as pernas. – ele é um dos atletas-estrela do Sr. Dodgeson, super-popular... - Humm... é um dos rapazes que costumam te perturbar? - Felizmente não. – sorriu sem jeito. – mas isso leva a outro problema: ele vive cerca
- Você faz parecer fácil. - É fácil, só tem que ter paciência. Olha só. – Nick mostrava como resolver os exercícios e fazia Philip pensar no exercício seguinte. – Anote o caminho que você está usando para raciocinar. A cada exercício ia ficando mais desafiador, mas Phil já conseguia pensar em formas de resolver as questões. - Tá vendo? Você consegue se parar para pensar um pouco. – Phil abriu um sorriso cheio de marfins brancos e brilhantes. Pelo menos era assim que Nicholas decorava seus pensamentos. Chegou a achar graça uma vez dos seus próprios pensamento e procurou esconder a reação. Só tinha uma coisa que desconcentrava o jovem quarterback. A porta da biblioteca. O tutor percebeu que isso o deixava nervoso e isso certamente estava atrapalhando em algum nível. - Algum problema, Phil? – A pergunta veio pouco depois de outro estudante abrir a porta para devolver uns livros. - Q-quê? Não, por quê? - Toda vez que a porta abre,
Nicholas dormia enrolado em um saco de dormir na sala enquanto Lance e Isis dividiam o sofá. Ele acordou com o cheiro das panquecas de baunilha com gotas de chocolate de sua mãe, o que acabou por acordar os outros dois.- Sra. Miller, acho que vou me mudar oficialmente para cá. – brincou Lance entre um bocejo e outro. – Acordar com esse aroma no café da manhã é divino.- Obrigada, Bunny. – Ela agradeceu enquanto colocava a louça na mesa do desjejum.Aos poucos os amigos foram se recompondo, arrumando a pequena bagunça que fizeram durante a madrugada, e sentaram-se todos à mesa pouco tempo depois. Nicholas foi até os pais, os beijou.- O que vocês fizeram de bom ontem à noite, hein? – perguntou Joshua.- Conversamos muito, assistimos alguns episódios... – foi interrompido por Lance.- Correção, assistimos metad
A mansão dos Fisher era uma das maiores casas da cidade, se não fosse a maior. Timothy chegou com uma comitiva, incluindo Philip que estava no carro junto com ele, porém no banco de trás, já que na frente estava a garota que teria a honra questionável de passar a noite com ele. Junto dele no banco de trás estava outra do esquadrão das líderes de torcida e Big J.Philip olhava para o lado de fora sem dizer uma palavra, o som estava tocando um hip hop exageradamente alto, só isso já faria qualquer conversa ser impossível. Cada batida do grave, fazia o subwoofer instalado atrás do encosto reverberar cada osso e órgão do corpo mesmo não ficando encostado.Ele estava visivelmente incomodado, irritado. Em outras palavras puto e estava fazendo um esforço sobre-humano para esconder isso dos outros, mas precisaria de tempo, por isso ficava fitando o nada do lad
Tudo que Nicholas menos queria era ter mais um problema para se preocupar. Teve que ser levado para a escola pelo pai, não tinha condições nenhuma de ir de bicicleta como o de costume. E já tinham combinado que quando estivesse liberado da tutoria ele voltaria para casa de Lyft.- Ligue para mim ou para sua mãe se precisar de qualquer coisa, mas prefira ligar para mim, ok? Eu dou meu jeito de vir.- Obrigado pai, pode deixar.- Não se esforce demais. – Nicholas deu um beijo no pai e saiu.Já caminhava um pouco melhor. Se dirigiu até seu armário, usando uma tática já usada no passado, margeando os armários que pudessem proteger seu lado esquerdo, onde bateu com mais força o quadril. Usava uma pasta a tiracolo no lugar da mochila ainda por conta dos machucados das mãos.Chegou em seu armário, colocou a pasta dentro, pegou um livro e um de se
Como se já não bastasse tudo o que já tinha passado no final de semana, Timothy não facilitou em nada. Em, literalmente, todos os intervalos possíveis entre as aulas, inclusive no almoço. - Hoje Timothy está especialmente insuportável. – reclamou Lance. - E quando não está? – Ele e Ísis estavam sentados do lado de fora, nas arquibancadas, como o de costume. - Verdade. Onde está Nick? - Vocês estão sempre juntos, pensei que ele estivesse com você. - Ele disse que ia ao banheiro e que nos encontrava aqui, mas tá demorando. - Hoje é dia que o refeitório fica mais cheio, já viu o tamanho da fila do refeitório? - Vou esperar mais um pouco só, estou faminto. Enquanto isso, Nicholas lutava para despistar um dos membros do grupo do círculo mais próximo de Timothy, ainda no segundo andar do prédio principal. Passou por um grupo que tinha acabado de sair da sala de aula e aproveitou para entrar no banheiro próximo. Se tra