SarahLevanto a cabeça e vou até o escritório, chego lá e o vejo, tão lindo, com seu terno de corte impecável, sem nenhum amassado que molda seu corpo perfeito, acho que ele fica lindo nesse terno, ele está com o semblante sério, preocupado, mas também com tudo que está acontecendo.Me culpo por abandoná-lo justo agora que ele está com problemas na organização, mas infelizmente terei que fazer.Demora um pouco para ele perceber minha presença e mesmo em meio a essa tempestade ele abre um lindo sorriso ao me ver. Sigo até ele sem falar nada e o beijo, beijo como se não houvesse amanhã, o que, na verdade, será, nosso último beijo, último toque. Sei que é errado, pensar em sexo nesse momento, mas preciso me despedir dele.Eu começo a afrouxar a gravata, olhando em seus olhos, ele retribui o olhar, vejo que está um pouco em dúvida se me agrada ou continua procurando nossos filhos, então eu digo.– Preciso de você agora. – Sem pensar duas vezes, ele atacou meus lábios, eu pulo enlaçando mi
JosephEu estou ao telefone falando com Tomás quando Sarah entra no escritório, ela assim como eu está muito preocupada com nossos filhos.Quando ela disse que me queria, eu confesso que hesitei um pouco, mas percebi que ela queria se desligar de tudo então nada como fazer um sexo gostoso. Realmente nos doamos um para o outro, mas no fundo eu sentia que ela estava me escondendo alguma coisa, é como se fosse uma despedida.Vejo algumas lágrimas cair de seus olhos e tenho a certeza.Após fazer uma sexo gostoso e esquecer dos problemas por um tempo fomos tomar banho.Eu peço para ela não se afastar de mim, não fugir de mim, pois dá para ver nos seus olhos que ela fará isso.Eu a deixo na casa dos pais dela e digo, que não vai ser fácil fugir de mim desta vez, deixo cinco seguranças e vou para a sede da máfia que fica no subsolo do restaurante da minha família.– Como ela está? – Tomás pergunta assim que eu entro na sala.– Ela está pensando em se entregar, ou melhor, ir embora pelos noss
JosephSeguimos as pistas que alguns soldados nos mandaram e chegamos em um galpão.– Esse galpão, não era do Vito?– Sim, – Pegamos nossas armas e seguimos pela entrada dos fundos enquanto os soldados entraram pela frente.Assim que os antigos seguranças e homens do meu tio nos viram, começou um tiroteio, então vejo que meu amigo estava certo, olho para ele que dá um sorriso de lado, como se dissesse “eu disse”, eu reviro os olhos o que faz ele dar uma gargalhada.– QUERO ELAS VIVAS. – Grito e meus soldados seguram elas, eu, os outros soldados e Tomás, acabamos com todos os capangas de Vito, sobrando apenas seu braço direito que olha para mim com um sorriso de lado.– Chegou tarde, seus pirralhos já foram levados. – Eu travo o maxilar e rosno para ele.– ONDE ELES ESTÃO?– Bem longe daqui? – Ele diz sorrindo e apontando a arma para mim.– Quando cansar de brincar de mafioso, vem falar comigo, quem sabe posso dizer onde está a sua esposa gostosa e seus pirralhos.– Eu vou te matar seu
JosephEu nunca torturei uma mulher, nem sei como fazer isso, Tomás corta meus pensamentos dizendo.– O que vai fazer com elas?– Eu não faço ideia, por mais que essas vadias mereçam, e eu queria matá-las com minhas próprias mãos, fere meu código de ética, nunca bati em uma mulher.– Eu entendo, e imaginei que estava pensando isso mesmo, posso dar uma sugestão.– Claro.– Temos soldados mulheres – Ele diz sério.– Chame-as, hoje elas vão se divertir, mas eu preciso torturar psicologicamente elas, bora se divertir comigo? – Ele sorri de lado, pois gostou do convite.– Olá meninas – Digo assim que chego, as duas me olharam assustadas, mas nenhuma responde. – O gato comeu suas línguas?– Vai a merda Joseph – Retruca Laila.– Giulia e Laila, vocês estão se dando bem aqui, não é? Eu sei que vocês realmente não têm nada a ver com isso, mas vocês fizeram o que fizeram, e isso resultou em minha esposa Sarah ir embora com meus filhos. Vocês vão sofrer as consequências do que fizeram. Eu posso
JosephUm mês depois…Estávamos indo para a sede da organização, hoje é a reunião do conselho, eu queria adiar, porque minha prioridade no momento era encontrar a Sarah e nossos filhos.Tales me reporta duas a três vezes ao dia como andam as buscas, mas o Brasil é enorme, não tem como saber qual foi o destino deles. A ligação do Ian não ajudou muito, pois infelizmente foi restrita e o cara do TI não está tendo sucesso.– Pronto? – Pergunta Tomás ao meu lado.– Sim, Tales está de volta?– Está, chegou a alguns minutos e está a caminho.– Ele tem novidades?– Sinto muito, mas não tem. – Eu abaixo o olhar triste, estou com muita saudade da minha família.Nesse um mês eu revirei a Itália, à procura da Melissa. Giulia e Laila não passaram de peões em um jogo no qual ela acha ter vencido, ela pode ter me afastado de Sarah e nossos filhos, mas ela nunca vai me ter, ela vai morrer, já chega de ser bonzinho.– Joseph? Joseph?– O quê?– Viajando de novo?– Vá a merda! – Falo e sorrio sem graça
MelissaAssim que a idiota da Sarah entra no avião, eu não consigo conter minha animação, finalmente tirei ela do meu caminho.Sei que não será fácil, mas irei conseguir conquistá-lo, ele vai deixar de me ver como irmã e vai me ver como mulher.Ver a cara da Sarah ao perceber que eu sou a sequestradora foi o mais gratificante, os olhos dela estavam fervendo de ódio, e eu só sabia rir, tamanha felicidade que sentia, dou tchauzinho e a olho com cara de deboche.O avião mal decolou e meu celular começou a tocar, atendo ao ver que é Julian, um dos caras que deixei cuidando das duas idiotas que vou eliminar, para não contarem o que fiz.– O que foi Julian?– Deu ruim, patroa, nos descobriram.– Quem descobriu?– Joseph, ele está aqui com seus homens.– Merda, não as deixem contar nada. – Desligo o telefone.Que merda, como ele descobriu tão rápido, me escondo e algumas horas depois com os contatos certos, descubro que as vadias deram com a língua nos dentes e contaram tudo, e óbvio morrera
SarahQuando entrei naquele avião, eu sabia que estava traçando meu destino longe do amor da minha vida, eu sabia o risco, sabia que poderia nunca ter o perdão dele, mas eu precisava salvar os meus filhos.Quando olhei pela janela e vi a Melissa, minha vontade era parar aquele maldito avião e me tornar uma assassina, eu não posso, jamais, deixar aquela víbora viva, não foi naquele dia, mas estou me preparando para esse dia.Nas primeiras semanas eu me vi perdida nesse novo país com costumes e idioma diferentes do meu, mas logo me adaptei.Meus pais e as crianças não saem de casa, eu saio e logo volto para casa, apenas para compras necessárias.Mas como todo mundo, tem um dia que temos recaídas, então passei a noite bebendo, em um barzinho de frente para o mar, quando o bar fechou eu decidi ir a uma cafeteria que tem próximo ao apartamento que aluguei.Eram cinco e meia da manhã, eu estava bêbada, e chorava sem parar, chegou ao ponto de soluçar, a balconista assustada me fez um café
Sarah– Por favor, me deixe em paz.– Porque vocês acham que uma pessoa que a ameaçam, vão se comover com um simples por favor, são sempre as mesmas frases, “Me perdoa; me desculpa; não faça isso; porque eu; me deixe em paz…” – Ele me olha com um sorriso sinistro, que sinto um frio na espinha.– Você é louco.– Pode se dizer que neste momento estou mesmo, louco de desejo. A Melissa é uma megera gostosa, mas você, você… é uma delícia, imagino o quanto deixou Joseph louco, porque só de olhar para você eu estou com o pau duro, e com certeza eu vou me divertir um pouco antes de decidir o que vou fazer com você. – Nesse momento o instinto de sobrevivência se aflorou dentro de mim, eu fiz alguns golpes da modalidade que estou treinando e vibro com o sucesso, ele não esperava minha reação então se desequilibrou com meu golpe caindo no chão, soltando a arma, eu me apresso a pegar a arma e saiu correndo em disparada, para a saída do estabelecimento, dando de cara com a Mila e seus capangas.–