JosephUm mês depois…Estávamos indo para a sede da organização, hoje é a reunião do conselho, eu queria adiar, porque minha prioridade no momento era encontrar a Sarah e nossos filhos.Tales me reporta duas a três vezes ao dia como andam as buscas, mas o Brasil é enorme, não tem como saber qual foi o destino deles. A ligação do Ian não ajudou muito, pois infelizmente foi restrita e o cara do TI não está tendo sucesso.– Pronto? – Pergunta Tomás ao meu lado.– Sim, Tales está de volta?– Está, chegou a alguns minutos e está a caminho.– Ele tem novidades?– Sinto muito, mas não tem. – Eu abaixo o olhar triste, estou com muita saudade da minha família.Nesse um mês eu revirei a Itália, à procura da Melissa. Giulia e Laila não passaram de peões em um jogo no qual ela acha ter vencido, ela pode ter me afastado de Sarah e nossos filhos, mas ela nunca vai me ter, ela vai morrer, já chega de ser bonzinho.– Joseph? Joseph?– O quê?– Viajando de novo?– Vá a merda! – Falo e sorrio sem graça
MelissaAssim que a idiota da Sarah entra no avião, eu não consigo conter minha animação, finalmente tirei ela do meu caminho.Sei que não será fácil, mas irei conseguir conquistá-lo, ele vai deixar de me ver como irmã e vai me ver como mulher.Ver a cara da Sarah ao perceber que eu sou a sequestradora foi o mais gratificante, os olhos dela estavam fervendo de ódio, e eu só sabia rir, tamanha felicidade que sentia, dou tchauzinho e a olho com cara de deboche.O avião mal decolou e meu celular começou a tocar, atendo ao ver que é Julian, um dos caras que deixei cuidando das duas idiotas que vou eliminar, para não contarem o que fiz.– O que foi Julian?– Deu ruim, patroa, nos descobriram.– Quem descobriu?– Joseph, ele está aqui com seus homens.– Merda, não as deixem contar nada. – Desligo o telefone.Que merda, como ele descobriu tão rápido, me escondo e algumas horas depois com os contatos certos, descubro que as vadias deram com a língua nos dentes e contaram tudo, e óbvio morrera
SarahQuando entrei naquele avião, eu sabia que estava traçando meu destino longe do amor da minha vida, eu sabia o risco, sabia que poderia nunca ter o perdão dele, mas eu precisava salvar os meus filhos.Quando olhei pela janela e vi a Melissa, minha vontade era parar aquele maldito avião e me tornar uma assassina, eu não posso, jamais, deixar aquela víbora viva, não foi naquele dia, mas estou me preparando para esse dia.Nas primeiras semanas eu me vi perdida nesse novo país com costumes e idioma diferentes do meu, mas logo me adaptei.Meus pais e as crianças não saem de casa, eu saio e logo volto para casa, apenas para compras necessárias.Mas como todo mundo, tem um dia que temos recaídas, então passei a noite bebendo, em um barzinho de frente para o mar, quando o bar fechou eu decidi ir a uma cafeteria que tem próximo ao apartamento que aluguei.Eram cinco e meia da manhã, eu estava bêbada, e chorava sem parar, chegou ao ponto de soluçar, a balconista assustada me fez um café
Sarah– Por favor, me deixe em paz.– Porque vocês acham que uma pessoa que a ameaçam, vão se comover com um simples por favor, são sempre as mesmas frases, “Me perdoa; me desculpa; não faça isso; porque eu; me deixe em paz…” – Ele me olha com um sorriso sinistro, que sinto um frio na espinha.– Você é louco.– Pode se dizer que neste momento estou mesmo, louco de desejo. A Melissa é uma megera gostosa, mas você, você… é uma delícia, imagino o quanto deixou Joseph louco, porque só de olhar para você eu estou com o pau duro, e com certeza eu vou me divertir um pouco antes de decidir o que vou fazer com você. – Nesse momento o instinto de sobrevivência se aflorou dentro de mim, eu fiz alguns golpes da modalidade que estou treinando e vibro com o sucesso, ele não esperava minha reação então se desequilibrou com meu golpe caindo no chão, soltando a arma, eu me apresso a pegar a arma e saiu correndo em disparada, para a saída do estabelecimento, dando de cara com a Mila e seus capangas.–
SarahDois meses depois…– Bom dia, filha, temos que conversar.– Bom dia, mãe, – eu dou um beijo na bochecha dela – pode falar mãe, aconteceu alguma coisa?– Estou preocupada com você, com a empresa.– Não precisa, eu estou bem, vou para a academia agora, eu te amo, volto para o almoço. – Pego uma maçã, dou uma mordida e saio com a minha mãe balançando a cabeça.Coloco meu boné e capuz, e vou correndo para a academia que fica a algumas quadras de casa, eu costumo ir bem cedo, porque depois treino com a Mila e a parte da tarde fico com meus filhos.Ian está sentindo muita falta de Joseph, já peguei ele chorando durante a noite, me corta o coração, mas tenho medo de voltar e a bruxa da Melissa os pegarem de novo, meu plano já está traçado, só estou esperando a aprovação da Mila.Assim que ela dizer que estou pronto, vou trocar minha família de apartamento e voltarei sozinha, assim posso acabar com a Melissa e deixar minha família, seguros no processo.O treino de hoje foi pesado, como
JosephAlgumas semanas antes…Como previsto, os velhos asquerosos iniciaram uma guerra, dou graças a Deus que Sarah e as crianças não estão em casa.Hoje acordei com a porra de uma explosão e o alarme de incêndio, pois os idiotas decidiram soltar uma maldita bomba na minha casa, bem onde eram os quartos das crianças. O que me deixa possesso, e se meus filhos estivessem em casa? É óbvio que eles sabem que minha família fugiu, por causa da maldita da Melissa, e o ataque foi apenas um aviso.– Eu juro que vou matar um por um, o que vocês sabem do ataque?– Eu descobri que foi mandado do antigo conselheiro – Diz Mateu.– Figlio di puttana, onde ele está agora.– Os homens estão seguindo, ele está indo para o hangar.– Peguem ele, eu o quero vivo.Vou para o meu quarto, faço uma mala, dispenso todos os empregados, e digo que em dois dias vai cair o salário, abono férias, e se essa merda não estiver resolvida em um mês, eles manterão em casa, mas com seus salários normais.Ligo para a moça
JosephAlgumas horas depois…Estamos na casa do Tomás quando Giuseppe Grasso chega com sua equipe de homens, eu junto com Tomás, descrevo nosso plano, para atacar a casa de um dos velhos associados desrespeitosos, quando Mateu chega com o antigo caporegime do meu avô, Nicolau Palma, na sala de reuniões com um sorriso no rosto.– Pessoal, vocês não vão acreditar quem eu encontrei, estava escondido como um rato assustado! – Disse Mateu, apontando para o velho. – É o nosso querido Nicolau Palma, o guru dos negócios ilícitos!Todos se levantaram e o cumprimentaram, Nicolau parecia um pouco confuso, mas retribuía as saudações com gentileza.– Mateu, que surpresa boa! - disse Tomás – Como você conseguiu convencer o Nicolau a se juntar a nós nesse fim de tarde?– Ah, foi uma saga, viu? – Respondeu Mateu, sentando-se à mesa com o velho. – Eu estava fazendo as compras da semana quando vi esse senhor de bengala e chapéu com a cabeça baixa na seção de frutas. Achei que era ele, mas não tinha cer
JosephAlgumas horas depois…Já é madrugada, e eu estou um caco, com a sensação de que fui espancado, devido à tensão do dia de hoje, todos os meus nervos estão doloridos.– Chega por hoje cara, vai tomar um banho, já pedi para que preparassem um quarto para você.– Obrigada Tomás, mas vou para um hotel.– Vai porra nenhuma, minha casa é sua casa.– Eu sei e agradeço muito, mas eu preciso ir para um hotel, quero esvaziar meus pensamentos, relaxar, quero ficar sozinho.– Sentir a dor sozinho, você diz?– Sim, cara, estou com muita saudade da minha família, não vejo a hora dessa merda toda acabar, para eu poder ir buscar eles.– Eu não tenho família, nem filhos, mas sei que se estivesse no seu lugar, eu estaria louco.– Eu estou, meu amigo, eu estou. – Dou-lhe um sorriso amarelo, me despeço do meu amigo e sigo para o meu hotel no centro cidade.Meus seguranças entram no quarto, verificam se está seguro, assim que eles saem eu vou direto para o banheiro, ligo a banheira, só então retiro