Olá, meu nome é Sarah Bummer, tenho vinte e cinco anos e atualmente sou dona de casa, mas sempre que tenho um tempinho desenho joias, sou formada em administração e design de joias, com pós em gemologia, estudo especificamente de pedras preciosas, eu nunca trabalhei na área, fiz apenas alguns estágios.
Tenho um filho de quatro anos chamado Ian. Atualmente, ele mora com os meus pais. Ele tem leucemia e os médicos solicitaram que ele tivesse um ambiente tranquilo e fosse monitorado constantemente. Como a residência dos meus pais é mais tranquilo, tem mais espaço, além de estar mais próxima do hospital, optei por mantê-lo lá por enquanto.
Não dormi muito bem durante a noite, mas desperto cedo, faço café, logo Enzo levanta e ele gosta que a mesa esteja posta.
Enzo é meu esposo, ele tem vinte e oito anos, altura mediana, loiro, olhos cor de mel, tem cavanhaque baixo, é forte, mas não com porte atlético, ele trabalha na empresa Bella Signora’s, uma empresa na qual minha família o ajudou a fundar.
— Bom dia querida, o cheiro está bom, senta para tomar café comigo. — Sento e tomamos um café tranquilo, conversando sobre coisas aleatórias.— Vou ver o Ian hoje, você vem comigo? — ele nega com a cabeça, mas já imaginava essa resposta, então pergunto — depois vou ao supermercado, você quer que eu traga algo?
— Não esquece a minha cervejinha e está tudo certo. — Ele me dá um selinho e vai para o trabalho, eu arrumo a cozinha e vou na minha mãe, o Ian ainda estava dormindo, então decidi ir ao supermercado e voltar mais tarde.No supermercado compro tudo o que tinha para comprar e sigo para casa, quando estou chegando meu celular começa a tocar, com muita dificuldade eu pego o celular e vejo.
— Oi, amorzinho, sim, a mamãe foi aí, mas você estava dormindo — atendo a ligação enquanto abro a porta, quando olho para a sala vejo a cena mais nojenta do mundo, eu pisco várias vezes para ver se o que estou vendo é real. — Amorzinho, a mamãe vai precisar desligar agora, daqui a pouco a mamãe te liga meu anjo. — Desligo a ligação. — Que porra é essa Enzo? — Enzo e Giulia estavam aos beijos no meu sofá, detalhe a vadia estava deitada pronta para abrir as pernas.Enzo se afasta e olha para mim. Seu olhar é duro e frio. Minhas pernas tremeram, mas me forcei a não desviar o olhar. Ele me viu e se negou a se desculpar. Então, ele se virou para Giulia e disse algo que eu não conseguia ouvir.
Giulia olhou para mim com desprezo e começou a me humilhar com palavras. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Estava sendo humilhada na minha própria casa. Eu não sei mais o que fazer, fico perdida, sem chão. Quero sair daqui, mas não consigo me mover. Fico parada, olhando para eles, sentindo-me pior a cada palavra que eles dizem.
Me recupero e pego Giulia pelos cabelos, a puxei para fora da minha casa. Giulia é mais baixa que eu, loira de olhos azuis, não tem muito busto, mais em compensação tem o quadril e bumbum avantajados, ela não é nem magra e nem gorda, é normal.
— Me larga sua louca, eu não tenho culpa que você não é suficiente. — Giulia grita.— Posso até não ser suficiente, mas sou mulher de caráter, não saiu com homem casado como você.— O que quis dizer com isso? — Giulia pergunta.
— Para um bom entendedor meia palavra basta. — Digo com muita raiva.
— Largue-a Sarah, você é louca? — Enzo grita.
— Você ainda não me viu louca, Enzo, como pode fazer isso comigo, com nossa família? O que direi para o nosso filho? — Eu seguro o choro e tento me mostrar forte, assim que falo, ele vem para cima de mim, eu desvio do seu golpe, e fico em choque não acreditando que além de me trair, ainda tenta me agredir.
O medo me impedia de reagir, de me mexer um músculo se quer do meu corpo. “Enzo, meu marido, me enfrentou, tentou me agredir” — fico repetindo em minha mente, para acreditar, que o marido amoroso que tinha, se tornou um monstro.
Como pode uma pessoa ser tão sem escrúpulo, em um dia jurou amor eterno e no outro, tenta te agredir devido a sua amante? — é difícil de acreditar, de aceitar.
Ele me empurrou para longe de Giulia. O olhar dele estava carregado de raiva e desprezo. Fico me perguntando, “o que fiz para ele? Para ele me odiar tanto!”
Ele começou a me xingar, me agrediu com palavras duras, dizia que não me amava mais, que eu era burra, sem graça na vida e na cama. Eu estava aterrorizada, tremendo por dentro. O medo e o ódio tomavam conta de mim. Não conseguia me mexer, ainda em choque, mas, ao mesmo tempo, queria matar os dois por essa humilhação.
Fiquei ali, parada, jogada no chão, pois acabei tropeçando na hora que ele me empurrou, Giulia me olhava com um sorriso vitorioso no rosto.
— EU, QUERO O DIVÓRCIO E VOCÊ LONGE DESTA CASA. — Ele grita
— Eu lhe dou o divórcio, não ia querer jamais ficar nessa relação tóxica, mas para sair de casa quero setenta por cento da empresa. Foi a minha família que o ajudou a construí-la e não vou deixar para você e sua amante puta. — Não é justo que ela se aproveite disso. Mereço essa parte da empresa, e lutarei por ela.— Eu te dou os setenta por cento, mas suma da minha frente agora.
Enzo
Eu e a Sarah nos conhecemos na faculdade, na época eu namorava a Giulia, mas desejava estar com a Sarah.Sarah sempre foi uma mulher belíssima, alta, magra, com cabelos longos e castanhos-claros, olhos brilhantes e verdes, um busto avantajado e perfeito, e uma cintura fina como um violão, simplesmente perfeita. Naquele momento, eu me sentia um fracassado, pois ela nunca olharia para mim, ainda mais com Joseph a rodeando constantemente. No entanto, quando Giulia e eu nos separamos, ela me consolou, ficamos próximos, logo o Joseph sumiu sem ao menos terminar com ela, então foi minha vez de consolá-la, o que acabou nos aproximando mais, e iniciamos nosso relacionamento. Quando percebi, já estávamos nos casando.
Eu estava muito feliz, pois tinha a mulher mais linda ao meu lado. Com o tempo tentamos ter nosso filho, mas ela não conseguia engravidar, então decidimos adotar o Ian, no início estava ótimo, mas depois ela começou a se dedicar mais à casa e ao Ian, e me deixando de lado.
O casamento foi desgastando e quando vi já estava me relacionando com a Giulia novamente, e tudo o que eu não tinha em casa eu tinha com a Giulia, ela era fogosa, boa de cama.
Como sei que Sarah estaria fora por um tempo, eu convidei Giulia para vir aqui em casa, quando estávamos nos amassos no sofá a Sarah chega, e a merda estava feita, não tinha desculpas, ela havia visto. Eu sabia que o nosso casamento estaria acabado, então terminei de vez.
Sarah Enzo foi rápido. Enquanto arrumava as minhas coisas e as do meu filho, ele acionou os advogados e elaborava o acordo do divórcio. Após assinado, eu peguei as minhas coisas e as do meu filho, e me instalei em um hotel no centro da cidade. Deixei as minhas coisas na casa da minha amiga Mariah. Precisava desabafar, pois sabia que, na casa dos meus pais, seria julgada, ao contrário do que minha amiga faria. Durante o caminho, pensei nas coisas que aconteceram hoje, confesso que continuo tentando entender onde foi que errei. Sei que meu casamento não estava as mil maravilhas, mas se não me queria mais, era simples, terminasse comigo e não me traísse, e pior ainda levou a amante para dentro da nossa casa. Por mais que eu seja forte, nós temos nosso limite, e eu estou no meu limite. Sinto por ter anos perdidos ao lado de alguém que não teve um mínimo de consideração por tudo que abandonei para servir a ele, a nossa família, deixei minha carreira e meus sonhos de lado, e para quê? Te
Sarah Estou na minha sala analisando os balanços dos últimos anos, quando Giulia e sua mãe entram na sala. — Até a sala dele você tirou, como pode ser tão oportunista. — Giulia diz. — Quem te deu permissão para entrar na minha sala? — Posso entrar a hora que eu quiser, meu marido é acionista aqui. — Não, minha querida, seu amante, porque infelizmente ainda não saiu a merda do divórcio, devido às burocracias, sendo assim ainda é meu marido. Sai da minha sala, eu tenho mais o que fazer, não tenho tempo para perder com vadias desqualificadas. — Do nada a louca começa a se bater e a arranhar o próprio rosto. — Para de fazer isso, você é louca? — Eu disse sem acreditar no que via. — Quem você pensa que é para agredir a minha filha? — a mãe dela me dá um tapa no rosto, essas mulheres só podem estar loucas, neste momento o Enzo chega para socorrer a amante, como se ela precisasse, na verdade, o que ela precisa é ser internada. A mãe dela vem para cima de mim de novo, eu seguro sua mão.
Joseph — Oi, você lembra de mim? — Eu falo olhando sério para o cara a minha frente. — Estou com uma ressaca filha da puta, o que estou fazendo aqui? — Você tocou no que não é seu, tentou assediar uma pessoa na qual me importo muito. — Vai se foder, seu merda. — Resposta errada, meu amigo, hoje vou ser bonzinho, lhe darei só um aviso, mas se eu ver você perto dela de novo, eu te mato com as minhas próprias mãos. — Ele me olha assustado e fala gaguejando: — O. que. vai. fa. zer. co.mi.go. seu.lou.co? — Tomás, quero que quebre todos os dedos nas duas mãos dele. Tenha uma boa tarde, senhor? Olha como sou sem educação, como é seu nome mesmo? — Vai para o inferno. — Continua me respondendo assim, que é para lá mesmo que vou te mandar — Falo pegando ele pelo colarinho da camisa, coloco-o no chão e repito a pergunta — qual o seu nome? — Luiz Couto. — Muito prazer, Luiz Couto, eu sou o seu pesadelo — Dou um sorriso sínico e falo para Tomás — Divirta-se, meu amigo. — Saio do galpão e
Joseph Estou na minha sala assinando e analisando alguns documentos quando escuto a voz da Sarah, o que será que ela está fazendo aqui? Fico próximo à parede para ouvir o que ela dizia, e fico admirado com a inteligência e talento que ela tem. — Bom dia, senhor Gutierrez, eu sou Sarah Bummer, a design que o senhor recusou hoje mais cedo, por não ser conhecida. — Se te recusei o que veio fazer aqui? — Como ele pode ser grosso assim? — Sei que não tenho nome no mercado, mas não posso admitir que me recuse por isso, como vou ter nome no mercado, se nem ao menos me dão uma chance de mostrar meu potencial! E outra coisa, duvido que olhou minhas peças. — Como se atreve, olhei meio por cima, e não gostei do que vi. — Ele responde com desdém. — Então me diga, como é um item dos meus designs? — Eu admito, ela é boa, dou um sorriso pela audácia dele, o Gutierrez nem soube responder. — Como imaginei, nem olhou o que te enviei. Mas posso te garantir que as peças são perfeitas. Eu crio cada
Sarah Passam-se alguns dias e Pedro retorna na empresa, percebo que, na verdade, ele não está lá para prestar ajuda e sim para zombar de mim, como se ele tivesse ganhado de mim, pela primeira vez a propósito, coitado (risos), então que os jogos comecem. — Está querendo ser contratado Pedro? — Ele olha para mim e sorri com deboche. — Não, minha cara, eu tenho uma empresa sólida. — Então, ao que devo a honra da sua visita? — Vim reforçar que eu e minha empresa estamos aqui para ajudar. — Fico feliz em saber que posso contar com você e sua empresa — Sei que ele sempre teve uma quedinha por mim, então vou usar os meus dotes femininos. Vou até ele seguro sua gravata, ele engole em seco e dá um sorrisinho de lado, achando que finalmente vai ficar comigo, então vou até seu ouvido e falo: — Posso ser a mocinha ingênua, quer saber como? — Ele ajeitou sua postura, como se realmente esperasse algo, então eu começo a gargalhar, ele olha para mim sem entender o que está acontecendo. — Você é
Joseph — Acredito que foi apenas uma falta de comunicação, pois se a senhora Sarah tivesse nos explicado desde o início que vocês eram nossos cooperados, não precisaria desta reunião, desculpe a inexperiência dela, e fazer com que o senhor viesse até aqui. — Diz Enzo, Joseph o olha com um sorriso zombeteiro e lhe diz. — Deixe-me lhe corrigir em duas coisas — digo sentado, bem relaxado — primeiro que ela é senhorita, pois você foi burro o suficiente para trocá-la por outra, segundo que ela é a mais inteligente desta sala. — Todos o olha sem entender, então ele continua, com um sorriso de deboche nos lábios. — A partir da analogia que vocês usaram na reunião, simplificarei para que vocês compreendam. — Ele diz, um a um, — enquanto estavam desesperados, correndo de um lado para o outro, vendo o barco afundar, alguns até queriam abandonar, a única pessoa que segurou o leme e tapou os buracos foi a senhorita Sarah, com seu talento extraordinário. — Obrigada pelas palavras, senhor Joseph.
Sarah — Oi, mãe, estou entrando — Minha mãe vem me abraçar. — Oi, meu amor, que saudades, que carinha é essa? — Ela pergunta, fazendo um carinho no meu rosto. — São tantas coisas, que nem sei por onde começar. — Digo soltando um suspiro alto. — Foi o Enzo? — Ela pergunta preocupada. — Aí mãe é tudo, a empresa, eu estar longe do Ian, sua doença, o contrato com a empresa Martinelli, o Joseph, o contrato de casamento — coloco a mão na boca, quando percebo que falei de mais. — Que contrato de casamento Sarah? — Ela pergunta surpresa, conto tudo para ela, que fica um tempo me olhando, depois segura em minhas mãos e fala: — Tem certeza, que está preparada para entrar em um casamento de fachada, minha filha? Ainda mais com Joseph! — Eu o amei uma vez, quem sabe não o amo de novo. — Digo com os ombros encolhidos, com tamanho constrangimento ela sentia naquele momento. — Não se iluda, minha filha, aja com a cabeça e não com o coração. — Onde está o Ian? Estou morrendo de saudades! — M
Joseph — Nossa, você realmente está maravilhosa! — Digo, ela cora um pouco, fica mais linda ainda. — Obrigada! — Eu tenho que odiá-la, mas quando estou com ela, eu fico parecendo um adolescente na puberdade, postura Joseph. Eu estou levando-a no restaurante que nos vimos pela primeira vez, há muitos anos, é um restaurante pequeno, mas muito aconchegante, costumávamos nos encontrar aqui. — Tem reserva? — A recepcionista diz assim que adentramos o local. — Sim, Joseph Martinelli. — Ok, me sigam por favor. — Eu puxo a cadeira para ela. — Que cavaleiro! — Brinca comigo, então assim que sentamos, vou direto ao ponto. — Bom, vamos direto ao ponto. — Quero acabar logo com isso, porque está sendo impossível odiá-la, eu só quero pegá-la, jogar na minha cama e amá-la até não aguentar mais. — Eu, eu confesso que ainda não tenho uma resposta, se fosse apenas eu, já teria aceitado, mas não sei se você sabe, mas tenho um filho. — Ela diz meio sem jeito. — Sim, o pequeno Ian, tem quatro ano