A lágrima que começou a escorrer por seu rosto foi parada na mesma hora. Ela não iria chorar na frente de todo mundo. Antigamente, ela corria para os braços de seu irmão ou sumiria por um tempo da escola, era o que fazia quando se sentia tão pequena diante de olhares e risadas causadas por alguma pegadinha que Apollo tivesse inventado.Mas eles não estavam mais no colegial, ela era uma mulher adulta e estava lutando todos os dias para ser melhor, para crescer e não abaixar a cabeça. Livrou-se das mãos de Apollo em seu braço e começou a andar em direção a Spencer que tinha um sorriso bonito no rosto, mas esse sorriso foi morrendo aos poucos quando no meio do caminho, Ivy pegou uma cadeira colocando rende a mesa onde a outra tentava a todo custo aparecer, subiu ainda sem desgrudar o olhar da líder de torcida.Sua vontade era sim de chorar.De correr e se esconder.De socar o rosto de alguém e se arrepender depois.Mas ela sorriu debochada, virou para o resto das pessoas engolindo um gem
Então ele foi ali só para rir da sua cara mesmo?— Você pode falar, ou simplesmente passar direto para o seu quarto. - Apollo demorou a erguer a cabeça para encarar a garota — Você não precisa ser tão filha da puta hoje.— Mas eu ainda não fui um filho da puta hoje… - Ivy assentiu tornando a olhar para seus pés cobertos — Eu até te ajudei quando precisou.— Só diz logo. - Pediu deixando uma lágrima cair. Apollo estranhou, olhou ao redor vendo Amber parar no topo da escada, porém, sorriu se sentando ali.— Mas o que diabo você quer que eu diga? - Voltou a olhar para Ivy que continuava a encarar seus pés.— Pode jogar na minha cara que você estava certo. Você disse que ele não parecia uma boa pessoa. - O olhou, e Apollo passou alguns segundos sérios, antes de voltar a sorrir.— Conheci o Kirt tem menos de duas semanas, com que caralhos eu vou saber se ele é um homem bom ou ruim? - Ivy entreabriu os lábios, mas não disse nada — O motivo de eu reclamar foi totalmente egoísta. Eu sou uma p
Naquela noite um circulo se quebrou, dando pedaços para um novo pensamento, e um novo amanhecer.Quando o sol chegou, Apollo já estava de pé, ou mais ou menos, fazia seu exercício e todas as abdominais para começar o dia com o pé direito. Tomou seu banho de sempre no mesmo horário e reclamou para si mesmo por não ter visto Ivy, mas tudo bem porque aquele dia era especial. Precisaria foder uma pessoa para depois ter um beijo da garota que gostava. Valeria a pena? Claro que valeria, era da Ivy que estava falando.Jogou sua mochila e as chaves da moto e saiu do quarto passando pelo de Ivy, podia ouvir alguma coisa, certeza que ela tinha acordado, mas passou direto. Desceu as escadas encontrando Jones jogado no sofá. O mais engraçado é que todo mundo tem um quarto e Madison consegue o fazer dormir no sofá. Mas isso aí é problema seu? Claro que não. Desceu até sua moto e tirou do bolso o celular para reler outra vez o endereço. Ah, está tudo certo. Dirigiu até a casa a qual jurou não ir, m
— Será que eu posso falar com você?— Pode falar na frente de todo mundo. Não estou a fim de ir para um lugar onde apenas eu e você possamos nos falar.— Não confia em mim? - Ela negou.— Eu não confio em mim. - Virou para a fila novamente — O que você quer?— Pedir desculpas, apenas isso. Eu sei que errei, não apenas com você, mas com todas as outras garotas que já passaram nessa faculdade e foram coroadas - Ivy não disse nada — Eu vim pedi desculpas pessoalmente e é bom que seja aqui, porque todo mundo está vendo eu pedir desculpas.— O que está ganhando por vir me pedir desculpas? - O olhou, Jacob engoliu a seco — Quantas garotas você coroou antes? Só você? - Ele olhou ao redor abrindo e fechando a boca — Quantas?— Cinco, ou seis - Ivy sentiu o sangue ferver — Dezessete.— Dezessete? - Ela sentiu uma lágrima aparecer no canto do olho, mas essa mesma lágrima não derramou — Pedir desculpas, não vai trazer a dignidade dessas garotas de volta.— Eu sei que não vai, mas é um começo. Es
Quando voltou para a aula, agradeceu por Madison ter levado suas coisas e não ter comentado nada do que aconteceu naquele refeitório até o horário da saída. Embora o silêncio entre as garotas fosse grande, Madison e Amber acompanharam Ivy até o carro de Josh novamente encontrando todos os garotos reunidos. Mas parecia uma reunião de machos prontos para começar uma treta.— O que aconteceu? Quem de vocês aprontou alguma coisa? - Amber cruzou os braços em frente aos outros que não disseram nada. — Preciso saber se tiverem envolvidos em outra confusão. Assim vou parar de andar com vocês.— Para de drama, nem nos seus sonhos você iria querer parar de andar com a gente. Somos a sua metade. - Josh cruzou os braços em frente ao corpo — Apollo e Ivy vão para uma missão e eu vou junto, e o Jones também.As meninas olharam rapidamente para Ivy que abaixou os olhos. Voltaram aos garotos.— Que tipo de missão? Vocês não são confiáveis, preciso saber para onde vão levá-la. - Madison se colocou a f
— Você mora aqui? - Josh quase gritou dentro do carro quando pararam diante de um prédio quase caindo aos pedaços. Olhou em volta naquela rua deserta e em tudo que Misy talvez passasse correndo por ali. Que droga de lugar era aquele que Kirt mantinha a mulher, rapaz?! — Quero dizer, com certeza aqui moram uns animais muito loucos que não dar para cuidar direito.— Josh - Jones chamou sua atenção pela terceira vez apenas naquela noite. — Misy, você não tem tanto tempo assim. Vá pegar suas coisas e a gente te espera aqui, a menos que queira ajuda.— Talvez eu precise - Avisou ao sair do carro, Josh abriu um sorriso e saiu do carro quase correndo atrás da mulher.Jones olhou o relógio, a lua, o carro inteiro e tornou a encarar os dois que seguiam para dentro daquele prédio, sabia que eles iriam demorar uma eternidade se não fizesse alguma coisa.— Eu vou lá.— Ela disse que não ia demorar. Se todo mundo sair ai sim vai demorar - Contou Apollo já começando a se emputecer. Estava com frio
Assim que voltou para ao carro, deu partida em silêncio sabendo q eu logo mais teria uma longa conversa com seu pai, ou não tão longa assim. Athilas não era o tipo de homem conseguia falar sério como um homem normal, então a conversa de verdade seria com Mei. Tinha mandando uma mensagem explicando boa parte, então ela já tinha uma breve noção do que estava levando dentro daquele carro, correto?— Ela é a sua namorada? - Misy perguntou do banco de trás. Apollo a olhou de relance voltando à estrada — A garota que saiu batendo a porta, aquela que o Kirt…— Se ela fosse a minha namorada, eu teria matado o Kirt quando ele chegasse perto. E eu provavelmente iria para a cadeia e você iria morrer de fome lá naquele guarda-bicho - Sem nenhum pingo de paciência ou simpatia, contou um futuro que não existiu.— Você poderia ter dito apenas “não” - Ele assentiu, mas gostava de falar tudo que vinha em sua mente, então porque ficar guardando? — Ela ficou muito brava porque você teve que me levar?—
— Você está me provocando, Ivy? Você está mesmo me provocando e eu tenho que fazer o que? - Se aproximou mais, ela deu um passo para trás se se encostando ao corrimão. — Ficar parado e escutar essa sua boca foder toda a minha mente?— Você está parado porque quer. - Ele a encostou ali agarrando seu rosto, e a beijou rapidamente. Dessa vez, não queria um selinho demorado ou algo do tipo, e recebeu um beijo de verdade sentindo as mãos dela rodear suas costas subindo até seu peito e desceu outra vez subindo pela frente e parou no peito malhado e com certeza forte demais.Os lábios ainda eram doces e gostosos e aquilo era muito bom. Deixou-se ser guiada e envolvida naquele abraço, no beijo e mais ainda quando se afastou aos poucos para poder respirar e sentiu os lábios dele descendo por seu pescoço até o colo e subir novamente para seus lábios.Pegadas.Beijos.Abraços.E aquela mão que percorreu todo seu corpo.Porque ele tinha que ser tão bom? Voltaram a se encarar no meio daquele escur