Dylan ParkerSaímos do shopping sem clima para irmos ao restaurante, pedi para que entregassem o nosso jantar em casa. Val ficou o tempo todo quieta, silenciosa, em meus braços, parecia refletir sobre o ocorrido. Quando chegamos a casa, troquei de roupa, aguardei ela acabar seu banho, minha vontade era ficar junto dela e fazer o nosso habitual amor debaixo do chuveiro, mas ela precisava de um tempo, de ficar sozinha.Espero sentado na poltrona e assim que ela termina descemos para jantar. Durante o jantar Val nos contou que teve uma sensação de estar sendo seguida, chegou a comentar com Catarine. Quando deu de cara com aquele homem, sentiu algo ruim, chegou a ficar arrepiada.Ouvi todo seu relato com atenção, precisava de todos os detalhes para poder agir. Tenho certeza que esse serviço foi encomendado, mas por quem? Catarine ficou revoltada com o tratamento diferenciado que teve, segundo ela o segurança se referiu a ela como loirinha, a liberou em seguida, ela o disse que se as acusa
Dylan Parker — Estou muito puto com a armação que fizeram para a Val. — Posso ser sincero irmão, para mim, não tem nada a ver com a empresa. — Como assim?— Você é inteligente, Dylan, pense bem qual é a única pessoa que a Val desagradou. — Não, ela não seria capaz, a Val não fez nada contra ela. — Você acha mesmo que ela não faria nada depois que você a expulsou da sua casa por causa da Val? Você não conhece Charlotte, e te digo mais uma coisa, não vai parar por aí.— Cristian ela é nossa mãe, não posso acreditar, ela é arrogante, metida a besta, mas isso é demais para mim.— Dylan há muitos anos que você não convive com Charlotte. Quando você ficou no Brasil, tinha dezessete anos, você a ver com outros olhos por conta do amor que nosso pai sentia por ela. Depois que nos mudamos para Nova York, aos poucos Charlotte foi mostrando as garras, ou ela sempre foi assim e eu que não havia percebido, pois, tínhamos o amor de Solange. Papai trabalhava dia e noite para o crescimento da Par
Valeska SuhaiTive uma semana inteira de provas, por conta disso saí cedo todos os dias. Meu amor deixou seu motorista a minha disposição, pois, não tinha horário certo para sair, ele ficava me esperando sem uma previsão correta.Na sexta-feira disse para ele que precisava ir em casa ver como estavam as coisas e pegar as contas para pagar, já faziam dias que eu não aparecia em casa. Dylan não gostou da ideia de dormir longe de mim, mas eu estava sentindo falta do meu cantinho, das minhas coisas. Ele pediu que eu entregasse a quitinete e fosse morar com ele, mas achei melhor não fazer isso, porque não sei o dia de amanhã e se por acaso acontecer alguma coisa, sei lá, a gente terminar, eu tenho para aonde ir.Fico esperando-o me ligar, ele não liga, deve estar chateado comigo, fazendo birra igual criança, resolvo ligar para ele para dar boa noite.— Dylan — Fala Val— O que é isso amor, por que está sendo tão seco comigo? — Você sabe. — Para de bobeira amor, amanhã estou aí.— É que si
Valeska SuhaiEle encostou sua cabeça em meu peito, ficamos ali até acalmar nossas respirações, depois Dylan me pegou no colo e me levou para o quarto. No quarto ele me deitou sobre cama e foi para o banheiro. Demorou um pouco, quando voltou me pegou outra vez em seu colo e me carregou até banheira, ele entrou e eu fiquei sentada virada de costas para ele.— Me perdoa amor, não queria brigar com você.— Essa foi a nossa primeira briga de casal, rimos.— Eu sei que extrapolei.— Amor, depois que meus pais faleceram tive que me virar sozinha, de uma hora para outra, tinha aluguel para pagar, luz, água, alimentação e eu tinha apenas 17 anos, e acabado de entrar para a faculdade. Não imagina como foi difícil, tinha que ser forte na marra para não esmorecer, só me permitia chorar na hora de dormir no meu travesseiro. — Não me relacionei com ninguém até os vinte e um anos, no último ano do meu curso na faculdade, não podia perder o foco, as meninas não entendiam eu não querer relacionamento
Dylan ParkerQuando Cristian e eu chegamos na empresa a polícia havia feito uma varredura e ninguém foi encontrado, não havia sinal de arrombamento, o segurança informou que o alarme tocou sem motivo aparente.Realmente é muito estranho, na segunda-feira pela manhã solicitarei a empresa responsável para verificar o equipamento. Liguei para Val, o celular dela tocou no meu bolso, esqueci que ela tinha o deixado comigo, fiquei tão preocupado com a Parker que não lembrei de entregar seu aparelho. Cristian ligou para Catarine, para saber se elas ainda permaneciam no local. Minha cunhada atendeu e confirmou que ainda estavam na boate, então voltamos para lá.Assim que chegamos avistamos nosso grupo de amigos, porém, a Val não estava com eles, perguntei por ela eles me informam que estavam na pista e Val tinha ido ao banheiro, depois disso não a viram mais. Meu coração dizia que algo estava errado, a procurei em todos os lugares dentro da boate e não a encontrei.— Puta que pariu, aonde ela
Valeska SuhaiJá não aguentava mais ficar reclusa dentro da cobertura do Dylan, meu noivo com seu cuidado exagerado não permitiu que eu fosse trabalhar, ele me liberou somente para ir à faculdade. Acabei de fazer minha prova, fui liberada bem antes do horário que combinei com meu CEO gostoso, caso vá embora sozinha, ele não vai gostar, então, faço hora até ele chegar. Enquanto o espero em frente ao prédio, foleio algumas páginas do meu livro de gestão de marketing, alguns minutos se passam e me sinto estranha, minha pele se arrepia, como se algo ruim fosse acontecer. Uma sombra estaciona ao meu lado, temerosa pelo sentimento ruim em meu peito, viro-me devagar, infelizmente constato que quem está ao meu lado com um sorriso debochado e com seus olhos perversos sobre mim, é ele, aquele homem da loja, o que colocou a pulseira em minha bolsa para me incriminar.— Caminha sem dar bandeira, ele diz num tom baixo, porém, rude.— Ele coloca algo nas minhas costas, meu corpo gela.Ele me leva a
Valeska SuhaiEsses dias que estou de licença, tenho acordado cedo e trazido o café da manhã para o Dylan no quarto, mas hoje em especial tomarei café na cozinha com ele, a Sol e o Cristian. Será uma oportunidade de disfrutar da companhia deles mais uma vez antes de partir. Essa semana, Dylan e eu não pedalamos, Cristian tem ido sozinho, desde que ele chegou ao Brasil, Dylan comprou uma bicicleta para mim e nós três passamos a pedalar juntos.Durante nosso café da manhã, Sol me observava atentamente, como se estivesse vendo meu interior, parecia ler meus pensamentos. Cristian foi a sua suíte pegar sua pasta para ir trabalhar, sem que ninguém percebesse fui atrás dele. Entreguei-o um envelope, não comentei com ele, que dentro tem três cartas, uma para ele, uma para a Sol e outra para o Dylan.— Cristian me faz um favor, abra esse envelope a noite, não antes disso. Outra coisa, não comente nada com seu irmão, ele maneia a cabeça concordando e me pergunta. — O que está acontecendo, cunh
Cada dia que passa amo mais minha preta, ela está sempre me surpreendendo, hoje tivemos uma tarde maravilhosa, aquela maluquinha me sequestrou em meio ao expediente, estava sedenta, fodemos como se o mundo fosse acabar. Se ela não fosse tão comprometida com os estudos ainda estaríamos no hotel.Mesmo sentindo a sua entrega total tinha algo diferente na forma com que ela me amava, não sei dizer o que, mas tinha. Já são nove horas, daqui a pouco irei buscar meu amor, pelo jeito que ela se despediu de mim, creio que teremos uma longa noite.— Sol, sabe me dizer se meu terno cinza foi para a lavanderia, eu não consigo encontra-lo, amanhã tenho uma reunião e queria usá-lo.— Ah! Meu menino, isso são coisas dessas diaristas que você arruma. Sol fecha o cenho.— Vem cá sua ciumenta. A dou vários beijos.— Dylan para! Me escuta, hoje achei a minha menina muito estranha, você percebeu alguma coisa? Olho bem para a Sol e fico confuso. — Sol ela estava normal, passamos a tarde juntos.Não posso