Alex Miller. Meu irmão e eu nunca imaginávamos que um dia iriamos acabar encontrando a nossa ômega, até porque eu pensava que nós não éramos dignos de ter uma. Nosso passado é algo que eu não gosto de comentar, somente pensar naqueles dias me deixa enojado comigo mesmo. Admito que eu fiquei muito feliz em compartilhar a mesma ômega com o meu irmão, porque desde crianças sempre fomos unidos, só tínhamos um ao outro para se apoiar, meu irmão é a minha força, meu apoio emocional, quer dizer, antigamente era assim, porque agora o meu apoio emocional é a nossa ômega. Só em tê-la perto de mim já me acalma, o seu doce cheiro deixa até o meu lobo manso. Ela é o nosso calmante, nosso apoio. Nosso pai nos transformou em monstros que a sociedade mais temia, eu confesso que eu gostava do medo das pessoas, gostava de sentir o sangue daqueles que eu batia nas minhas mãos, o cheiro do pavor deles me fazia sentir o maioral, o rei dele lugar. E eu não era o único que pensava assim, meu irmão também
Alex Miller. Neste exato momento me encontrava no banheiro da casa da nossa ômega, acordei muito cedo, porque eu não conseguia dormir, tive que sair de perto dela, foi muito difícil porque assim que eu me mexi, ela choramingou querendo o calor dos meus pelos. O Tom teve que distrair ela, para eu poder sair. Fui para casa na minha forma de lobo, como ainda estava meio escuro, foi bastante tranquilo chegar lá em segurança. Assim que eu cheguei lá, rapidamente fui tomar um banho e me trocar, voltei andando para a casa dela, já que o carro estava lá. Também aproveitei para trazer roupas para o Tom, porque eu sei que ele vai precisar. Não queria ser parado pela polícia por estar na minha forma de lobo, ainda me encontro muito irritado pelo o que aconteceu com ela. Como um primo pode ter coragem de fazer isso? Eu deveria ter arrancado a sua cabeça fora, não me importaria com as consequências. Ela é a minha companheira, tenho direito de matar aqueles que tentam a machucar. ‘’ Como está a
Alex Miller.Fui saindo do quarto de hóspedes e caminhando até o seu antigo quarto, parei na porta e vejo todo destruído por causa do maldito, ainda vejo algumas gotas de sangue. Eu realmente deveria ter arrancado a cabeça dele. Entrei no quarto e fui até o guarda-roupa dela, escolhi um vestido azul, uma calcinha branca e um sutiã branco. Assim que me viro para ir embora, acabo vendo o senhor Evans na porta do quarto. Lá vem. — Porque você está mexendo nas roupas da minha filha, hein? — Perguntou bem irritado.Esse vagabundo de merda não cansa de ficar implicando conosco não? Respirei fundo e soltei a respiração calmo. — A nossa ômega não está preparada mentalmente para vir neste quarto buscar algumas roupas para ela, então eu me ofereci para pegar algumas peças pra ela. — Expliquei bem educado. Não quero me estressar mais ainda e acabar matando esse puto. Porque eu tenho muita vontade de matar não só ele, mas sua esposa também. — A mãe dela poderia ter vindo buscar algumas rou
Aurora Evans. Soltei um pequeno suspiro quando os dois saíram do quarto. Não irei mentir, eu estou me sentindo muito mal com o que aconteceu. Mesmo que os dois falem que não seja a minha culpa, eu ainda sinto que é. Porque nós ômegas lúpus temos que sofrer tanto assim? Nós somos vistos como objetos sexuais, apenas para reproduzir. Não aguento mais isso, porque a sociedade é assim? Tenho medo que os meus alfas possam sofrer as consequências por me protegerem. Vai ser sempre assim, todas as vezes que eu estiver precisando de ajuda, os dois vão vir me salvar. Mas podem acabar se prejudicando por minha causa. Eu sei que sou uma ômega fraca, sei muito bem disso. Tenho medo que algum dia eles possam me odiar por está sempre dando trabalho, eu odeio ser fraca, odeio muito. Mas eu os amo mais do que qualquer coisa desse mundo, eles trouxeram para mim a vida, eu não consigo mais me transformar em lobo, eu amaria tanto sair correndo pela floresta com eles dois. Me senti perdida quando perdi
Aurora Evans. Estávamos bem coladinhos, é tão bom ficar assim com ele, mas queria que o Tom estivesse aqui também. Ter os meus dois alfas juntos é maravilhoso. — Meu amor, você precisa comer. — Falou de repente. — Quero ficar assim mais um pouco. — Falei bem manhosa. Passei meus braços envolta da sua cintura, ficando mais ainda perto dele.— Eu sei, minha princesa. Mas você precisa comer, não queremos que fique doente. — Fez carinho nas minhas costas. — Não queremos que pegue uma anemia. Soltei um pequeno suspiro, eu sei que ele está certo. Não quero ficar doente e dar mais trabalho para eles. — Tudo bem, Alex. — Eu ia sair do seu colo, mas ele me impediu. — O que? — Porque sinto essa incomodação vindo de você? Seja sincero comigo, baby. — Pediu gentilmente.Soltei um suspiro, ele segurou o meu rosto fazendo eu o encarar.— Eu… Eu só sinto que estou dando trabalho, Alex. Vocês fazem tantas coisas por mim, mas eu sempre acabo colocando vocês em risco. Os dois podem acabar sendo
Aurora Evans. 12:50 — Residência dos Evans. — Sala de estar. — EUA — Nova York. Estou esperando os dois na sala de estar, porque foram se trocar, a Laura também foi para sua casa se arrumar, então pegamos ela lá. Mas confesso em dizer que estou com um pequeno pressentimento ruim, será que algo vai acontecer? Não quero ficar pensando muito nisso, mas é impossível não pensar, minha cabeça está bem cheia. — Porque eu acho que algo vai acontecer? — Questiono para mim mesma. ‘’ Pare de ficar pensando nessas coisas, porque é capaz disso acontecer mesmo.’’ Soltei um suspiro. — Deve ser apenas ansiedade. Você está certa, não devo ficar pensando muito nisso. ‘’ Ainda estou achando isso bem estranho, ela nos convidar do nada para irmos ao shopping. Ainda queria que vocês duas fossem sozinhas. — Pare de pensar assim da Laura, ela é uma boa amiga. — Ela riu. ‘’ Amiga? Que ficou contando coisas pessoais suas para aquelas garotas? Ainda disse que não era nada? Brigou com você por nada. Eu
Aurora Evans.O Tom estacionou o carro na frente da casa da Laura, como ela já estava nos esperando, somente entrou. — Cheguei! — Falou entrando no carro bem animada. — Demorou demais. ‘’ Então compra um carro para você e se manda.’’Revirei os olhos pelo o que a minha loba disse. — Teve alguns engarrafamentos, querida. — Ela bufou me fazendo rir.— Não começa com os seus deboches. — Eu! Sendo debochada? Jamais. — Os meus alfas soltaram uma pequena risada. — Você não presta, Aurora. — Soltei uma risada. — Nós duas não prestamos, querida. — Ela bateu de leve em meu ombro. — Estou sendo agredida aqui. — E vai ser mesmo se não parar com seus deboches. — Continuei rindo. Logo ela se juntou a mim na risada. Esses momentos são preciosos para mim. — Estou feliz por ter me chamado para ir ao shopping, amiga. Eu realmente estava precisando, quer dizer, nós estamos precisando. Faz muito tempo que não temos um tempo só para nós. — Ela acenou.— Você ainda está me devendo. — A olhei sem
Autora Evans. Escuto alguns bip ao meu lado, minha cabeça está tão pesada, meus olhos também, mas com muito esforço consegui abri-los, rapidamente os fechei por causa da claridade, foi então que percebi que estou em um quarto de hospital. Respirei fundo e tentei mais uma vez abrir os olhos, com muito cuidado consegui me acostumar aos poucos com a claridade da luz em meus olhos.O que aconteceu? Porque estou aqui? . Mas logo as memórias inundaram minha mente. Senti uma enorme vontade de vomitar, mas consegui me conter. Aquele desgraçado está morto? Com muita dificuldade consegui me sentar na cama, minha cabeça ainda doía um pouco. Assim que me acomodei melhor, a porta foi aberta pela minha mãe. — Aurora! — Correu até mim e fiquei tensa quando ela me abraçou. — E-Eu fiquei tão preocupada, minha filha. — Se afastou e segurou o meu rosto. — Como se sente? Está doendo algum lugar? Afastei o meu rosto das suas mãos. — Somente com dores de cabeça. — Respondi sem encará-la. — Quer que