Hoje vou contar um pouco sobre mim. Me chamo Henry Dias e fui criado pelo Alfa Moisés, depois que, infelizmente, meu pai morreu em uma das guerras que a alcateia enfrentou. Ele deu sua vida para salvar a do Alfa e, desde então, ele me criou como se fosse um dos seus filhos. Sei que ele não me trata como se fosse uma obrigação, mas sim como um filho mesmo. Moro aqui na casa da alcateia desde novo. Minha mãe, depois de cinco anos após a morte do meu pai, conseguiu ter sua segunda chance. Hoje, ela é casada com um bom homem, só que teve que sair da alcateia por ele ser humano. Ele sabe sobre nós, mas o Alfa deu a oportunidade de escolherem se iriam querer viver aqui ou no mundo humano, e então eles optaram por partir. Minha mãe quis me levar, mas eu preferi ficar por aqui mesmo. Eu ainda tinha muito que aprender sobre nosso mundo e não conseguiria deixar as pessoas que são importantes para mim. Não consigo ver minha vida longe dessa alcateia, embora sinta muita falta da minha mãe. Eu semp
Nossa noite de jogo até que foi divertida. Claro que dividimos em três duplas: Antony ficou com Helena, eu com Valentina e Henry com Ana. Artur foi o juiz. Helena e Antony ganharam a maioria das brincadeiras, e Ana disse que eles sempre empatavam quando faziam a noite de jogos deles. Acabamos juntando os melhores, por isso não tínhamos chance de ganhar deles. Nunca vi o Henry tão feliz quanto está agora; ele está se divertindo muito ao lado da sua companheira. Quando eu o via babando por ela, nunca imaginei que eu estaria do mesmo jeito ou até pior que ele, pois, se fosse por mim, Helena nem pisaria no chão. Vejo a forma como ela se divertiu com seus amigos aqui; só agora percebo que eles fazem bem para ela e que meus ciúmes eram sem fundamento. Vou fazer de tudo para vê-la bem, e se, para tê-la ao meu lado, eu tenho que aceitar os seus amigos e toda a carga que eles trazem consigo, então eu aceito isso tudo para ver minha oncinha feliz. Quando os jogos acabaram, eu me sentei perto de
Já faz um mês que estou morando aqui com Theo, um mês que decidi dar uma chance para nós dois. Nesse período, ele demonstrou ser um ótimo namorado. Ainda temos nossas desavenças, mas não demoramos nada para fazer as pazes. Eu não quero perder nem um dia do nosso relacionamento; quero curtir cada dia como se fosse o último. Não falei para ninguém porque não posso deixá-los preocupados, mas toda vez que saio para o jardim, sinto que estou sendo observada. Quando procuro, não vejo ninguém. Às vezes, penso que é coisa da minha cabeça, mas quando volto ao jardim, sinto aquela sensação estranha de que alguém está me vigiando. Não quero alertá-los, pois sei que não vão viver direito e ficarão em cima de mim vinte e quatro horas por dia, e eu não quero isso. Na primeira semana deste mês, quase fiquei sufocada com todos vigiando meus passos. Quando não era Theo, eram meus pais; quando não eram eles, era uma das pessoas que moram aqui. Isso já estava me sufocando, e pedi que me dessem um tempo,
Sabe o que é ser feliz? Eu achava que sabia até viver este mês com Helena e perceber que ser feliz é tê-la ao meu lado. Se bem que o apelido carinhoso que dei a ela caiu super bem, tem dias que ela está uma onça total. Já faz uns dias que ela tenta não demonstrar mais, mas fica evidente que ela está nervosa. Quando chego perto dela, ela sempre me abraça como se buscasse conforto ou um refúgio. Queria que ela me contasse o que tanto a está deixando nervosa, mas ela não me conta, e eu não quero perguntar para que ela se sinta livre e me fale quando achar melhor. Neste mês, estive muito ocupado com minhas obrigações de Alfa; é como se fosse um treinamento para quando eu me tornar o único Alfa da alcateia. Henry e Artur também estão junto comigo, e como falta apenas duas semanas para meus pais passarem a coroa para mim e Helena, estamos correndo para deixar tudo em ordem até lá. Nesse dia, tivemos que fazer uma reunião com meus sogros e meus pais para tentar colocar na cabeça de Helena q
Chegamos ao shopping e, na mesma hora em que saio do carro, Ana me agarra, me abraçando. Essa menininha é cheia de energia, complemento. Tony e assim entramos, as meninas na frente dos meninos, e logo atrás de nós vêm Theo, Tony, Henry e Artur. Quando adentramos o shopping, Ana já nos puxa em direção às lojas de roupas, e eu pensei que os meninos iriam para uma mesa esperar por nós, mas não, aqui estão todos eles nos esperando como se fossem nossos seguranças. É até engraçado de ver, e do jeito que gosto de ver o Theo sem graça, eu vou até ele e peço para ele segurar minha bolsa, e detalhe: minha bolsa de correntinha toda rosa. Ele pega ela, me fuzilando com os olhos. — Oh! Meu amor, assim fica mais fácil para experimentar as roupas, e se eu levar, vou ter que jogar em algum lugar na hora da troca de roupa. — Só vou segurar porque tu usaste a palavrinha mágica. — Obrigado, meu amor. — Falo, piscando um olho para ele, e me viro para ir onde as meninas estão, ainda escutando os menino
Estava tudo ocorrendo bem. Tivemos um bom almoço e, depois do almoço, fomos para o shopping. Eu jurei que minha oncinha teria a tarde que tanto queria por ficar trancada em casa por mais de um mês, mas não; tinha que acontecer algo para atrapalhar. Quando Vanessa entrou na loja, eu já sabia que ela iria aprontar, mas tudo ficou pior quando os olhos de Helena mudaram para a cor dos olhos da sua loba e a sua voz ficou de uma forma que parecia duas pessoas falando. Quando percebi que daria ruim, tentei correr para impedir Helena/Rania de quebrar o pescoço de Vanessa, pois sei que ela iria se sentir culpada por agir na hora da raiva. Mas, com uma ordem, ela fez com que nos voltássemos para o lugar em que estávamos e ficamos presos por uma força poderosa; não conseguimos nem mexer os braços de tão forte que foi a força. — Meu amor, olha para mim. — Eu a chamei e nada. Dá para ver a raiva que ela está de Vanessa, mas tenho que agir antes que seja tarde e que não tenha volta. Tenho que dar
Eu nasci para ser Luna. Não consigo ver outra coisa que caia melhor em mim do que governar, e ainda mais se eu me tornar Luna do Lobo dos Lobos, para me tornar a companheira de Theo. Eu tive que passar por muitas coisas, e vou contar um pouco da minha trajetória até hoje. Meu nome é Vanessa; sim, sou a vilã da história, se é isso que contam por aí. Eu nunca amei Theo; muito pelo contrário, sempre fui apaixonada por Antony. Aquele garoto mexe comigo de uma forma tão absurda que, por causa dessa paixão, eu comecei a odiar Helena. Meu sentimento por ele começou quando, um dia, eu estava correndo no corredor da escola que dava para minha sala de aula e escorreguei. Quando pensei que iria cair de cara no chão, alguém pegou minha mão e me puxou, me girando. Quando parei de girar, eu estava praticamente abraçada nele, e pelo meu corpo passou uma sensação de eletricidade. Afasto Antony para longe de mim; não queria sentir isso por ele. Não, eu tinha que gostar era do futuro Alfa, isso sim. Ma
Tivemos uma tarde muito agradável. Depois das compras, fomos para a lanchonete do shopping, comemos e depois fomos ao cinema assistir a um filme. Após uma votação, onde quatro pessoas queriam assistir a um filme de ação ou até mesmo uma comédia, e três queriam romance, perdemos por três a quatro. A verdade é que eles ganharam, mas não queriam irritar as namoradas. Sentamos Ana entre eu e Valentina, Theo ao meu lado, e Tony entre Artur e Henry. Como o cinema estava quase vazio, ficou perfeito. Eu e as meninas estávamos amando o filme, enquanto as crianças que estavam conosco quase nos fizeram ser expulsas do cinema. Eles começaram a jogar pipocas uns nos outros e, como estávamos no meio, acabamos cheios de pipocas. Quando o filme acabou, nos despedimos de Ana e Tony e fomos para casa. Quando Theo abriu a porta para eu entrar no carro, antes de entrar, vi Ana se despedindo das pessoas e dando um abraço em Henry. — Ele ganhou o dia com esse abraço. Como você acha que ela vai agir amanhã