Estou me sentindo sufocada, parece que estou em uma prisão, não tenho com quem conversar, as empregadas da casa entram e saem dos quartos, tem dois dias que ele saiu e disse que voltaria no outro dia para conversarmos, saio do quarto e vejo um quarto de hóspedes a porta está entreaberta, a Maira sai de lá e o tranca assim que eu chego na porta, ela leva um susto ao me ver em sua frente.
- Que susto menina...- Estranho, muito estranho.
- Desculpa Maira, não foi minha intenção.
- Tudo bem, desculpa mas os deveres me chamam.- Ela sai apressada eu permito que ela desça as escadas que levam à sala de visitas, então começo seguir seus passos um pouco de longe, ela olha para os lados desconfiada, entra em um quartinho na lateral da casa, do lado de fora.
Alguns minutos depois ela sai, olha para os lados novamente e eu me escondo, jogo uma pedrinha em uma das lixeira
Sílvia MendesEm menos de trinta minutos chegamos a uma pista de vôo, numa pequena cidade da Argentina, a moto para e eu desço e aguardo ele descer, em segundos ele desce e vai falar com um homem todo de preto, deve ser algum funcionário dele ou da empresa aérea, eles conversam enquanto eu observo seus movimentos, ele é elegante, dá para perceber que é um homem poderoso.Ele me chama e se aproxima do jatinho que está nos aguardando, pega minha mão e seu calor me envolve, segura minha mão até entrar no jatinho, coloca o cinto de segurança e parece gostar do que está fazendo, se senta ao meu lado também colocando cinto nele e fala algo em outro idioma em uma espécie de fone de comunicação, retira o fone e segura minha mão novamente. Ian MassarovSei que não deveria, mas foi mais forte do que eu, ver tanta beleza e não tomar um pouquinho para mim, seu sorriso brilha como a luz do sol e aquece tudo em mim, meus amigos diriam que fiquei boiolinha com essa mulher, e daqui a pouco vou começar a recitar poemas, mas eu não ligo, não luto contra, apenas aceito e esqueço tudo quando estou com ela, e vê-la tão menina brincando com aquele pulguento me fez tomar uma decisão, mostrar a ela algo inesquecível, joguei a consciência para o espaço e enquanto ela se arruma, ligo para meu piloto de confiança.Eu que já estava me cansando daquela brincadeira de dominar me vi sendo dominado por um par de olhos castanhos e um sorriso inocente, sei que ela é inocente, seu jeito, seu sorriso até sua pele cor de café tem o cheiro de inocência, não meCapítulo 15
Bônus LéiaOlá minhas queridas olha eu aqui de volta só pra dizer que estou me roendo de curiosidade, minhas unhas quase entraram nessa também, só não fiz isso por causa da Sebastiana minha manicure, que me mataria, enfim, estou subindo pelas paredes, mas não é tesão nem falta de sexo, enfim, vou contar para vocês tim tim... por tim tim...Estava brincando com minha prole cheia de energia, uma criança cansa imagina duas?! Enfim, quando aquele ruivo chegou com cara de preocupado e muito, muito sério, estranhei pois ele sempre brinca com as crianças, mas ele parecia em missão, então se trancou no escritório com meu querido esposo, e quando fui chamar os dois para jantar o ouvi dizer que alguém n&ati
Sílvia MendesAcordo sozinha, não queria me sentir abandonada, mas me sinto vazia assim que abro os olhos e vejo que o sonho acabou, mas me lembro dos nossos momentos e isso preenche meus pensamentos, ele não me prometeu nada, então tento não me sentir mal, ele me proporcionou uma noite maravilhosa, me fez sentir desejada, amada de uma forma que eu nunca fui.Foi loucura me entregar assim, mas de tantos riscos que já corri, esse com certeza valeu a pena, vou lembrar para o resto da minha vida, seu carinho, o cuidado, cada toque, a intensidade, posso estar me enganando mas ele sentiu o mesmo que eu, sua entrega também foi completa.Maira entra com um carrinho de café da manhã digno de uma rainha, sinto meu rosto esquentar de vergonha, mas a mulher faz de conta que não percebe meu embaraço.–Senhora, seu café da manhã.– Me oferece um sorriso e sai com a mesma discrição e agilidade que entrou.Me levanto, embolo os lençóis e jogo no cesto de rou
Chegamos em São Paulo e desembarcamos em uma pista de vôos particulares, a Léia fala mais que o homem da cobra, conseguiu me fazer rir várias vezes, mostrando os vídeos dos filhos e os avós fazendo palhaçadas para eles rirem, ela é apaixonada pelos filhos.Antes que eu percebesse já estava em um carro luxuoso desses antigos seguida por vários seguranças, me senti em um filme de ação, a mulher ao meu lado segura minha mão.–Você prefere ir para o seu apartamento ou quer que te deixe em outro lugar?! –E antes que eu perceba meu sorriso se abre e com a falta de costume sinto minhas bochechas doerem.–Obrigada, quero sim, quero ver meu irmão. Sílvia MendesSigo com minha rotina de faculdade, casa, a única coisa que mudou foi o contato com meus amigos, tem também o João Miguel que anda me cercando, me pediu uma chance para ser meu amigo e eu aceitei, tenho estudado mais, ainda tenho esperança de que ele apareça a qualquer momento e me tome em seus braços, mas sei que é besteira, ele não deve se lembrar de mim.Meu celular vibra sobre a mesinha de cabeceira e já sei quem é, olho a tela e o nome Nat brilha mostrando seu sorriso perfeito em uma chamada pelo WhatsApp atendo quando o telefone ameaça desligar.–Pronto… – Falo calmante–já está pronta raputenga, estamos na sua porta.Ao fundo escuto Titi a repreender: –Não chama a rapariga assim senão, o que ela vai pensar da gente.Ele sabe que estou ouvindo e não consigo não rir desses malucos, nunca fui de chamar alguém assim, mas arrisco timidamente, gaguejando no final.–Já estou indo rá...pu...piranhCapítulo 19
O pequeno aparelho vibra em baixo do colchão puído da cama de cimento, não foi fácil me adaptar a essa vida, mesmo sendo por pouco tempo, meu pai contratou um advogado criminalista que abrandou minha pena de reclusão, por ser ré primária, devo sair logo desse buraco, não aguento mais, se ficar aqui mais alguns meses vou enlouquecer, pego o pequeno aparelho e o número desconhecido aparece no pequeno visor, estou sem acesso à internet, falo apenas com o papai que faz tudo que eu quero, inclusive um pequeno acidente para levar uma certa chimpanzé ao inferno, a odeio com todas as minhas forças e vou livrar o mundo dela e daquela família horrorosa dela, vou começar por ela, afinal acidentes acontecem.–Senhora, seu pai pediu para informar que o plano foi executado e o alvo está a caminho do hospital…– Ela morreu? – pergunto exultante, ansiosa para saber se me livrei daquele lixo.– Não sabemos ainda senhora, vi ela sendo colocada desacordada em uma maca.–Informe-
Alguns anos depois...Estou no meu último ano de faculdade, esses anos foram os mais difíceis da minha vida, depois que acordei daquele acidente que sofri, vieram várias tentativas de assalto a mão armada seguida de tentativa de feminicídio, uma tentativa de sabotagem no estágio remunerado que consegui em uma clínica reconhecida no mundo inteiro, mas nenhuma das tentativas deram certo para os bandidos, pois na primeira tentativa de assalto meu pai e Rute colocaram seguranças para me proteger, e hoje em dia não saio sem ter um segurança, também aconteceram coisas boas, como ter encontrado um trabalho em uma clínica de renome, ter conhecido o André filho do dono da clínica, tenho sido mais aberta apesar de carregar tantos traumas, c