CAPÍTULO 05

Alguns semanas depois

- 9h30 da manhã Seul -

Não achei que fosse possível uma pessoa querer tudo perfeito, mas como minha mãe sempre falou "a gente vê de tudo nesse mundo". Estou pedindo aos céus que eu memorize todas essas agendas de uma vez, mas para que estou cansada de levar bronca do Sr. Perfeitinho.

Estou exausta, queria saber onde eu estava com a cabeça para aceitar esse emprego. Ah! Claro, estava desempregada, é óbvio tudo bem, Ana chega, vamos pensar calmamente. Bom, ao menos o salário é ótimo.

Respira, calma ....

Ouço a porta do elevador abrindo, é quem poderia ser não é mesmo? O Sr. Perfeitinho. Mas como sempre meu coração acelerou, com a curiosidade de sempre, com o desejo irresistível, como se estivesse faltando algo em minha vida. Como sempre ele estava perfeitamente bem, cabelos escuros, parecia estar dividido ao meio, sua pele branca, que brilhava na luz do sol, com aquele belo terno que parece ser feito exatamente na medida para ele.

— Bom dia, Sr. Valentim — os olhos deles como sempre me queimavam.

— Bom dia, Srta. cooper — senti uma pontada, uma queimação só pelo jeito que ele fala meu nome. Que droga!

Organizei as agenda, separando-as quais eu irei atualizar hoje. Meu Deus! Espero que desta vez eu não erre, ouço o som da porta chegar atrás de mim.

O telefone toca e atrás da linha ouço o mesmo chamar meu nome, com sua voz forte e áspera. Meu coração estava batendo tão forte que eu jurei que a qualquer momento ele pularia para fora, entrei em sua sala, silêncio absoluto, a não ser apenas os clicks do mouse ou da tecla do computador.

Como sempre o senhor perfeitinho faz, fico minutos esperando ele falar algo, ele não olha, silêncio.... Hora ele olha os papeis ou o computador. Fiquei olhando cada canto da sala, olhei, olhei e olhei....

— acabou de olhar tudo, Srta?

— Desculpe. — ele olha como se eu tivesse cometido um crime, ele não fala nada e agora também não posso olhar nada?

— As agendas, Srta. — disse, indicando as mesmas nas minhas mãos.

— Pronto, Sr. Valentim. — ele me dá aquele olhar cínico que eu odeio, e sorrir cinicamente sexy para mim.

— Continue, meu tempo é precioso Srta.

— O Sr. Tem uma reunião com os gerentes da fábrica de automóveis às 9h.

Ele me olhava como se quisesse encontrar algo além do que ele via, uma parte minha queria que ele encontrasse algo que está latejando. Porque esta mania exagerada de querer e desejar o proibido Ana Cooper? Pare com isso! Ele é insuportável, arrogante, lindo, sensual e claro era algo que eu nem sequer poderia sonhar em desejar.

— Primeiro a agenda branca, Srta cooper. Já esqueceu?

— Desculpe — olhei para as agendas em minha mão.

— Pare de pedir desculpas.

— Reunião às 12h com os americanos. — ele anota alguma coisa no papel, não sei porque ele sempre faz isso, então para que serve essa agenda? Imbecil!

— qual horário de saída? De que iremos? — cadê, onde eu anotei, puta que pariu!

Estou procurando e não acho, será que eu anotei? Merda! Ele irá me comer viva!

Pingo! Achei!

— às 15h. Iremos de jatinho particular.

— em qual hotel iremos ficar? — esse cara não cansa, em.- pronto, agora não lembro mais de nada, a saga da procura continua...

— precisa de ajuda Srta.?

— Não!

— hum..

— iremos ficar no hotel cinco estrelas internacional.

Parece que a cada minuto eu erro, o que parece que estou longe dos acertos. Continue olhando as agendas, páginas, branca, azul, e cinza... estou perdida!

— O que está fazendo? — me olha sério.

Estou puta, quem ele pensa que é para me humilhar assim, são semanas da mesma coisa, só porque ele é rico, bonito e sensual, não dá o direito de fazer isso comigo ou qualquer outra pessoa. Babaca!

— Desculpas, se eu não sei usar suas agendas de arco-íris, por um lado eu sei muito bem entender e usar meu celular, senhor. Além de me ajudar a marcar seus compromissos, ele sabe me indicar graciosos e excelentes hoteis, sem falar que posso agendar voos para sua chegada no horário certo de reuniões. E outra coisa, não vejo problema algum em ficar olhando sua sala, enquanto o senhor não fala uma palavra sequer comigo, da mesma forma que seu tempo é precioso senhor Valentim, o meu também é.

Paro e respiro um pouco, estou cansada desse imbecil.

— Talvez eu não seja a pessoa certa para o cargo, mas eu sou a melhor pessoa que vocês conseguiram para cá, porque o que me parece, ninguém conseguiu aguentar o senhor perfeitinho por muito tempo.

Ele me olhou sério, e eu pude notar que entrei numa fria, e das grandes.

Então sai da sala, batendo o pé forte no chão, sem olhar para trás, não me importando com nada! Eu poderia arrumar outro emprego.

Que Lion Valentim se foda! Ele e suas agendas!

Estava na minha mesa arrumando minhas coisas quando ele apareceu em minha frente.

— Senhorita cooper, volte para minha sala por favor. — Eu olho para ele, e pensou por alguns minutos. — Por favor, me acompanhe. — e assim o faço, acompanho o mesmo.

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