Cibele Floros QUARTA-FEIRA | 06:00 · • • • • • • · · Acordei com uma preguiça e para falar a verdade não quero nem levantar. Continuei deitada e fechei meus olhos novamente por um segundo. 08:10 Tornei a abri-los como se tivesse acabado de encostá-los, me espreguicei pensando que daria tempo de dar uma corrida, mas quando admirei a tela do meu telefone tive noção que dormi 2h, levantei tão rápido que senti uma tontura e quase caí de cara no chão. — Meu Deus! Eu só fechei os olhos. — choraminguei sabendo que ontem apaguei e nem separei uma roupa para ir trabalhar — Que porcaria! Ah! Cibele sua irresponsável. Corri para tomar um banho gelado ou não despertaria. Não levei muito tempo, ainda molhada fui para minha mala atrás de roupas e descobri que todas estão sujas. — Socorro! — cobri a boca para não chorar — Que merda, tudo é motivo de choro agora. Respirei fundo me esquecendo que provavelmente vou me atrasar e com calma fui em busca de algo decente para ir trabalhar. — Ser
THOMÀS CAPUTO Connessione incorporata | 11:00 · • • • • • • · · Ver Cibele saindo apressada me faz acreditar que ficou chateada por tê-la empurrado com brutalidade. Me levantei e fui até minha mesa com um pouco de dificuldade, visto que essa prótese não pode receber água e aquela chaleira cheia virou bem cima dela. — O que aconteceu? A água chegou a te queimar? — neguei com a cabeça — Por que andas assim? — Ela não pode receber água que as engrenagens do joelho ficam agarrando. — informou indo buscar um pequeno secador — Possuo três, uma para banho e mais uma como essa. — Entendi, mas o que aconteceu para levar todo esse caos? — ele perguntou — Me assustei com o barulho e fui ver o que havia acontecido. — O advogado disse que o investigador tem notícias sobre a explosão… estava lendo as mensagens quando ela me deu um susto. — alisei a nuca para conter minha impaciência, porque sei que fui bruto — ela tocou minhas costas e com o contato bati com a mão na chaleira que virou
CIBELE FLOROS CASA DA CIBELE | 19:00 · • • • • • • · · Chegamos no cortiço e como sempre recusa, não fiz o convite para subir, estava prestes a sair quando segurou minha mão. — Hoje não vai me convidar? — Cansei de ouvir um não. — fui curta e grossa por ser ignorada o dia todo — Até amanhã. — me despedi. Saí do carro sem olhar par traz, segui para o portão, estava prestes a entrar quando ouvi um barulho de porta se fechando e olhei para o carro dele. — Quero comer uma omelete maravilhosa que uma grega que mora nesse cortiço faz! E digo mais, é uma delícia e… — parou a centímetros de mim — pedi desculpa por ser um idiota. — A grega está chateada, porém, ela tem um coração mole. — aquele sorriso desconcertante foi direcionado a mim — Vamos. Entramos e no elevador ele me puxou pela nuca, arrepiando-me por inteiro. — Thom! Amigos não fazem isso! — supliquei antes de ter seus braços ao redor do meu corpo, me puxando para um abraço — Ardiloso, estou chateada com você. — Me pe
THOMÁS CAPUTO CASA DO TIERRY | 21:400 · • • • • • • · · Depois que a peguei em meus braços, está se tornando impossível não transformar um momento simples entre dois amigos em alguma coisa lasciva. — Infelizmente fui ouvir o conselho do meu pai e agora quero estar próximo dela, sentindo seu cheiro e a quentura do seu corpo — murmurei no segundo em que entrei em meu carro — Cibele é pequena e bem magrinha, pegá-la no colo não foi nenhum sacrifício, o problema é que já me vi tendo-a sob meus cuidados em milhões de posições diferentes e isso está fodendo com o meu raciocínio. Liguei o carro e durante o percurso até a casa do meu pai fui com a porra de uma ereção dolorosa. A cada sinal que eu parava apertava a mesma por cima do tecido grosso da minha calça jeans. — Ah! Cibele, a gente não pode entrar nesse caminho, pois sei que vou me foder com isso! — balbuciei no segundo em que parei na casa dele — Parece que de alguma forma me dá sinais que quer isso tanto quanto eu. Al
Cibele Floros UM MÊS DEPOIS SEGUNDA-FEIRA | 08:00 · • • • • • • · · Dois meses já haviam se passado desde a minha chegada a Florença. Ainda não turistei, entretanto, vou assim que o contrato de Boston for finalizado, visto que depois de tudo que o banqueiro Lucian nos fez passar esse último mês, meus dias foram sufocantes. Hoje vamos ao seu encontro e Thomás disse que se ele vier com um contrato abusivo desistirá dessa transação. — Ontem saí da empresa às onze horas da noite, porque tínhamos que ter tudo pronto. — levantei da minha cama e fui até meu guarda-roupa pegar minha mala — Essa falta de alimentação está acabando comigo! Senti uma tontura forte, quando consegui me recuperar segui para cozinha e percebi o bolo de cenoura que está morando em cima do meu armário já faz dois dias, fui até ele e cheirei. — Ainda dá para comer. — murmurei enfiando boa parte dele na boca — Meu Deus! Corri para o banheiro desesperada. Após vomitar até meu pâncreas, tomei logo um banho. —
THOMÁ CAPUTOBOSTON/MASSACHUSETTS | 16:40 · • • • • • • · ·Chegamos em Boston e reparei que Cibele estava pálida, creio que seus enjoos são persistentes.— Está tudo bem contigo? — ela disse que sim — Tem certeza? Não parece que você esteja.— Juro por Deus que nunca mais vou comer esse bolo na vida! — ela parou, notei que seus lábios estavam perdendo a cor e me aproximei — Thom! — Ei! — a sorte é que estava próximo e pude ampará-la antes que seu corpo fosse direto para o chão — Cibele! Desferi algumas tapinhas na sua face para ver se acordava, contudo, isso não aconteceu. Peguei-a em meus braços e olhei à minha volta procurando por ajuda. Algumas pessoas que passavam por perto ficaram me encarando e não demorou muito para o socorro médico do aeroporto vir nos amparar.— Bom dia, poderia me informar o que aconteceu? — um dos socorristas me questionou.— Viemos da Itália, nosso voo saiu de Florença sentido Boston e quando estava com ela pela manhã mencionou que havia comido um
BOSTON - MASSACHUSETTS | 17:30 · • • • • • • · ·Fui atrás do Dr. e o encontrei conversando com uma enfermeira, assim que me viu, veio até mim. — Olá! Podemos ver como está o bebê? — disse que sim — Ótimo, queria frisar uma coisa muito importante! — Diga! — Ela está com anemia e é de extrema importância que se alimente bem. — concordei e juntos voltamos para o quarto— Vamos ver como está esse bebezinho? — com o narizinho vermelho por causa do choro insistente, disse que sim e fui para seu lado — Vamos lá.Segurei em sua mão e dei alguns beijinhos sobre a mesma até ganhar um sorriso. O doutor fez suas verificações. Fiquei apreensivo quando marcou um lugar específico, visto que já passei por isso quando descobrimos a Matilda. — Olha elezinho aqui. — me levantei para ver de perto — pelo tamanho, está de 7 a 8 semanas e se quiserem podemos tentar ouvir o coraçãozinho do bebê, o que acham?Trocamos olhares e em uníssono ficamos de acordo. O silêncio deu lugar a um abatimento forte e
THOMÁS CAPUTOBOSTON - MASSACHUSETTS | 21:00 · • • • • • • · ·O jantar não foi tão ruim, Cibele chorou algumas vezes e agora estamos deitados em sua cama com a própria balançando o pé buscando o sono. O ninar que se dava estava me dominando e fiquei com medo de pegar no sono com a prótese novamente.Ia levantar, mas escutei seu choro baixinho.— Ei! Calma… — ela se virou e me abraçou.— Estou com medo, não tenho mais a minha mãe Thom, quem vai me ensinar como lidar com a maternidade? — fiquei em silêncio, porque não faço ideia do que dizer — Estou desesperada.— Não cheguei a ter essa experiência de ser pai, porém se quiser, posso ajudar. — concordou sem titubear — Tem a Gil, ela pode nos explicar, o que acha de exploramos a idosa.— Para de falar dela desse jeito! Você acredita que seu pai a chamou de cretina, mãos traiçoeiras — não aguentei e comecei a rir — para, eu gosto dela.— Ela é, já presencie tirando cartas do decote! — compartilhei contendo o riso — Antonella também, duas