Àllison ficou em silêncio após a minha pergunta, meu coração estava batendo tanto que fazia eu sentir que não devia ter proposto isso, acho que estou adiantando as coisas, mas o que posso fazer?— Desculpa... eu sei, você quer ir devagar... - A loirinha cala minha boca com seu dedo. — Querer eu quero, só que... nunca tentei isso, sabe? - Ficou tímida.— Bom, eu também não.— Ah, claro que não, você era um homem de uma única foda, igualmente a um cara de um livro LGBT que eu estava lendo. — Humm, e qual é o nome do livro?— Retratos de um Outono Intenso, deveria ler esse qualquer hora. Não é sua fruta mas acho que você vai curti. — Pode ter certeza que vou, mas gosto mais de ler seu corpo. - Brinco de forma devassa.— Como sempre não perde uma.Ficamos de joelhos na cama segurando um ao outro. Ela deixou beijos em minha boca e eu perguntei novamente — E então amor, aceita? Ela ergue sua cabeça em sinal que está pensando e em instantes volta a me olhar. — É, até o final do dia
Parte narrada por Àllison Renzo antes de ir embora, buzinou e acelerou tanto que em poucos instantes tinha cruzado a esquina, como eu disse, ele deveria entrar para algum filme de velozes e furiosos. Antes que eu pudesse respirar, Sabrina veio me pressionar para eu atualizá-la sobre as coisas que rolaram....— Amiga, quero exclusivas agora! - Me segura enquanto andávamos até o restaurante. — Você gosta disso né sua sem vergonha. - Arqueio a sobrancelha. — Horas, gosto dos babados que você conta. — Mentira, sou uma mulher discreta.— Tão discreta que trabalha em um clube que fala de sexo. Dou risada e paro na frente dela antes de entrarmos no restaurante— E o seu livro preferido é cinquenta tons de cinza. - Seguro na manivela da porta e abro, mas antes de entrar, a safada ainda meio que confirma. — Vai me dizer que é ruim? No vestiário....— Ali, sério, me conta. - Pede ajeitando as roupas e indo pegar a toca, pego a máscara para poder disfarçar minha vermelhidão e meus sorri
Com um pouco de dificuldade levo alguns dos quadros que eu planejava decorar alguns cômodos de casa. Aquela garota até onde pude vê, é ótima com organização, talvez eu precise dela para alguma festa que eu vá organizar, isso tudo somente para dar oportunidade de trabalho para ela, já que eu não sei qual profissão ela quer seguir. Desço novamente pela garagem, guardo as pinturas, olho os arredores e vejo que o carro do Joseph está aqui. Espero que o velho tenha achado algo para se entreter, devo ter demorado uns quarenta minutos. Subi pelo elevador do estacionamento ajeitando meu terno como costumo fazer, aproveitando também para jogar meus cabelos para trás, eles eram medianos, então eu podia manter no mesmo estilo, só fazia pentear para trás ficando pronto.**** Em instantes o elevador havia chegado no andar onde pego a minha prancheta para saber quais pessoas irei atender hoje. Na bancada, estava Rose com a lista atualizada.- Roseeee - Prolongo a letra final do nome dela
Joseph ficou impressionado pelo argumento da Nanny, continuando a olhar o celular até chegar a uma conclusão final.- Você tem razão senhora Brachmann, gostei da ideia, só não aprovo os adolescentes, nada disso. - Por tanto que o senhor me aceite no clube, farei um excelente trabalho, contanto que eu tenha as ferramentas que pedir.- Vou providenciar, terá sua sala de dominação senhora Brachmann. - Joseph se levanta fechando seu paletó. Olho atravessado estranhando pois faltava informação, mas ele logo fala sobre...- Ah, nesse clube temos regras, é claro. - E quais seriam senhor Neris? - Ergue o cenho imaginando quais seriam.- Bom, falarei melhor sobre elas na sexta-feira às dezenove horas, mas a principal é.... - Ele me olha e completa- Nada de fazer sexo nas dependências do clube. Nanny começa a rir, parecendo que Joseph havia contado uma piada.- Minha sala terá uma cama redonda, o que você acha que os casais farão nela? - Joseph fecha a cara na hora e eu só fico à espera
Narrado porÁllison Mesmo sendo uma terça-feira, não impediu que o movimento fosse grande no restaurante. Vários pedidos chegaram na cozinha e eu não tive folga nenhuma. Estava ao lado de Ashley e a mesma ainda continuava emburrada por conta do acontecimento de ontem...- Amiga.... - Ela me dá gelo e continua a cortar a carne parecendo que queria cortar outra coisa.... - Como eu ia saber que você estava se pegando com o velho? Digo, Joseph.- Depois que você começou a se envolver com o Renzo, ficou mais engraçadinha. Seguro até o riso na hora.- Bom, novinho ele não é, vamos combinar...- Tem algum problema com minha preferência? - Ela cruza os braços. - Não era você que dizia que curtia mais mulheres? - Eu sei que no fundo ela quer rir.- Curti.... - Ela se segura. - Não significa que eu não vou pegar homens.- Se você tivesse pegado o Marcílio eu até entenderia.... - Joguei o verde.- Já ficamos....- Eu sabia!! - Dou risada.- Foi na festa, aquela festa que você deve lembrar
- Magia, o sobrenatural existe sim. Renzo deveria ser uma prova disso, entretanto você pode ter pensado que pelo fato dele ser belo e por ser um psicólogo, entende um pouco da mente das pessoas e das mulheres também. Isso fazia parte do pacote da maldição dele. No fim, a maldição que joguei sobre ele foi muito querida e favorável. Devo continuar, senhor Lewis? Parece nervosa. Ela falou tudo que eu pensei.... isso, isso não pode ser possível. - Acho que preciso de uma bebida. - Chamo o garçom, e de quebra nós duas fazemos nossos pedidos. Estava tão tensa que nem prestei tanta atenção no cardápio, olha que eu ainda trabalho aqui, mas o que eu prestei atenção foi no que ela pediu!!- Ah eu quero um frango frito com molho de alho e ervilha, feijão feito com caldo de peixe e um purê de cenoura, e uma pequena porção de batata frita.... Ergo minha sobrancelha e quando o garçom foi embora, ela olhou direto para mim só que desviei rápido. - Não precisa disfarçar, achou meio peculiar me
Aproveitei meu horário do almoço para falar com a Àllison, eu estava curioso sobre o encontro dela com a cartomante, mas pelo clima que senti na chamada, elas conversavam divertida mente e pelo que parece a Ali agora acredita. Foi até mais fácil do que eu pensei, diferente de mim, ela não pagou por não acreditar... Às quatorze horas da tarde volto para minha sala para pegar minha prancheta. Nesse último horário eu teria que ir para minha sala de conselhos amorosos, então tranquei a minha sala de psicologia e fui para a outra esperando a primeira pessoa entrar. Eu já sabia pelo menos que a Clarice ia vim e também sabia que a Ariana vinha. Fatos que estou curiosa para saber o motivo da vinda delas. Ah, parece que tem uma adolescente na lista também. Pego o papel para puder ler melhor, vendo as informações lendo em voz alta.- Caroline Fernandez, dezenove anos de idade, solteira, porém está indecisa sobre qual pessoa escolher. - Telefono para a bancada daqui de cima pedindo para liberar.
Escuto batidas na porta após um longo tempo, autorizo a entrada da pessoa que está atrás da porta e como imaginei, era Clarice com seu vestido amarelo acima dos joelhos. Tinha desenhos de flores que se você forçasse a visão, dava para ser visto. Minha prima era morena e seus cabelos eram ondulados igual os da Àllison só que mais longos e totalmente pretos. Seus olhos eram verdes em um tom bem claro, quase chegando na tonalidade dos meus. O que não chegava perto da minha característica era sua altura, ela tinha menos de 1,60 e eu a zoava bastante quando nossa família se encontrava, por isso, assim que ela colocou os pés na sala, olhei para baixo para ver se ela estava de salto e sim, estava. Sorri de forma descarada pensando se zoava ou agia naturalmente. Levantei da minha cadeira e fui até ela, a mesma carregava uma bolsa branca, melhor eu tomar cuidado, vai que ela tenta me bater com ela.- Boa tarde primo, faz tempo, nem mensagem você me manda.- Boa tarde loli - Dou risada pois