— Pontual. - Comentei.
— Criei esse costume, terá que admitir que é um costume muito bom. - Disse, andando até seu carro que era uma BMW320i. O carro dele se encontrava no outro lado da rua estacionado na frente da padaria que costumo tomar café. Vou atrás dele e digo que tenho carro, ele então pediu para buscar o meu para segui-ló até o clube. Em alguns minutos de pista, acabaríamos chegando em um restaurante, mas este era diferente pela sua planta, ou seja, era um restaurante gigante onde até estacionamento existia, sem falar de elevadores que ligavam o estacionamento até o restaurante. Nesse dia, o restaurante não se encontrará cheio, por isso foi fácil para ele dá total atenção para o projeto dele.
— Como um restaurante como esse está assim vazio? - Perguntei na maior inocência sem levar em conta que ainda não era noite.
— Ainda não está em nosso segundo horário de pico de funcionamento, normalmente é nessa hora que vem outros tipos de clientes...
Apenas levantei minha sobrancelha e seguir ele, entramos na cozinha do restaurante, e ao passar da cozinha, tinha uma porta vermelha, paramos e ele pois a mão na manivela e disse: "Entrar aqui também significa sigilo ao sair, se por acaso aceitar a proposta de ser um orientador, terá que guarda os segredos desse lugar sem contar a ninguém, quer dizer, ninguém que seja importante." - Ele me j**a um olhar sério e sou obrigado a responder com seriedade. Depois dele analisar a minha resposta, acenou com a cabeça e finalmente abriu a porta. Me deparei com um lugar de aspecto escuro e pouca iluminação. Suas paredes pareciam feitos de pedra escura, as poltronas eram vermelhas e havia uma mesa marrom logo à frente. Era uma mesa redonda e grande, várias cadeiras. Mas a frente tinha um balcão onde se encontrará duas belas mulheres com camisas sociais amarradas e um pouco decotadas, uma de olhos verdes, morena dos cabelos pretos e a outra era uma loira de olhos azuis e o seu cabelo estava amarrado num rabo de cavalo, enquanto que a morena que eu podia jurar que era a Megan Fox estava com seus cabelos soltos abaixo dos ombros. No primeiro dia já percebi que a recepção seria tentadora, oh my good. Sem muita enrolação, Joseph me apresentou as belas mulheres do balcão.
— Olá garotas, este é o nosso novo candidato a nos ajudar no nosso pequeno clube de Como podemos dizer...
— Quer dizer sexo? - A loira foi logo objetiva sem nenhuma formalidade.
— Senhorita Álisson, não achas que não é boa hora para usar esses termos? - Cruzou os braços e olhou para a loira que eu acabara de descobrir o nome.
— O senhor Neris estaria procurando uma palavra que poderia ser resumida facilmente, sexo, é o assunto que nós trabalhamos, só não pense que só porque trabalhamos com esse tema, que você aqui, nesse recinto, poderá transar a vontade.
— Já informei dessa regra para o senhor Marcellus, fique tranquila, este não irá dar em cima de vocês, não como os outros.
— Como assim, os professores homens que entram aqui flertam ou praticam assédio com as duas?
A morena do lado da loira puxa um canivete embaixo do balcão e me mostra, parecia bastante afiado.
— Bom, eles tentam, mas normalmente acaba com um corte. Nós também somos orientadoras. - Ela diz, fazendo o sinal das aspas e continua. — E tipo, não damos somente aulas para mulheres, damos aulas para homens que não sabem o que uma mulher quer, deve ser por isso que as taxas de lésbicas e bissexuais cresceram.
— E que orientação sexual seria a sua?
- Perguntei cruzando os braços.
— hahaha! Não é da sua conta novato.
Após ela me dar essa queimada, rir do que ela falou e tirei de cara as minhas conclusões logo na mesma hora.
— Muito bem, tudo indica que você seja lésbica, se você for bissexual você ainda sim prefere mulheres do que homens, ops, parece que tem fundo de verdade nisso. - Joseph apenas olhava a baixaria generalizada de ambas as partes.
— Muito inteligente, parece que esse homem é diferente dos outros que entraram aqui, tem o meu respeito, mas... Respondendo sua pergunta, eu não sou lésbica, mas curto mais mulheres, elas fazem melhor, então digamos que sou bissexual mesmo.
— Excitante. - Digo de forma maliciosa, talvez ela tenha imaginado que eu tivesse pensado em um programa a três, mas se ela insistisse no assunto, iríamos quebrar regras, mas antes de qualquer coisa, Joseph cortou logo o assunto. — Apesar de ser fã de coisas eróticas, melhor vocês dois pararem por aqui, até porque, nós temos regras e não quero climão com meus funcionários.
— Ainda não aceitei a oferta, pelo que vi, ainda não terminei de visitar todos os lugares, não acha?
— Acho que a recepção já foi suficiente para você aceitar, irá começar agora nesse exato momento, aposto que você gostou disso tudo. Aquela sala ali, é normalmente usada para alunos especiais, desculpe, quando o problema exige uma atenção particular. As outras salas tem diferentes temas, a sala a sua direita é onde apenas pode entrar mulheres, da esquerda apenas homens, e aqui, nessa mesa é aberta para homens e mulheres, aqui nós sentamos e fazemos diversas brincadeiras, as vezes vem grupos de parceiros, e às vezes essas pessoas não estão juntas, o que torna as coisas quentes. Nessa mesa geramos a vontade pelo sexo, nessa mesa os casais voltam para casa com "fome", isso aqui é o Attractive Club.
Foi a primeira vez que escutei o nome do clube. Aquela loira não parava de me olhar, sei que é um desvio de narração dos fatos mas.... Eu não consegui não comentar esse tema importante, enfim, vocês entendem que há uma atração grande entre nós dois, e vocês entendem que adoro loiras.
Bem, diante ao discurso do senhor Neris, tive que aceitar ser um dos professores do prazer, porém pedi para não atuar nesse mesmo dia porque eu queria saber como isso tudo funcionava, tinha boas dicas na ponta da língua e seriam dicas intermináveis, porém, queria observar o trabalho deles. Logo, um outro homem, que mais parecia um cozinheiro, veio com casais direcionando ambos para as mesas e servindo vinho para todos. Todos os casais daquela mesa eram ricos, podia notar não pelo fato das roupas mas o modo de falar, as expressões e jóias que não podiam faltar. Los Angeles se divide em muitas partes, porém apenas duas se destacam pela tamanha distância de renda e forma de vida. Sim, estou falando de bairros de Los Angeles onde há bastante criminalidade, gangsters. Na parte nobre de Los Angeles existe até crime organizado, porém chamamos de máfias para dar um toque diferente dos subúrbios por aí. O que pra mim, não deixa de ser a mesma merda. Enfim, os ricos evitam gangsters e abraçam os mafiosos gerando assim mais lucro, então foi essa explicação para logo notar que são ricos, pois em Los Angeles dificilmente pessoas que não são de classe média ou classe alta entrariam aqui, não que não seja impossível, mas é algo feito pelo governo para simplesmente separar, dividir as populações.
Mas chega dessa aula pois na verdade o foco é na aula que o senhor Joseph e o cozinheiro iriam dá, a princípio, coisas leves, as garotas que estavam no balcão não haviam se sentado mas ficavam nos arredores, estavam ali para fazer as pessoas da mesa se sentirem bem, enquanto que Joseph e o cozinheiro ficavam distribuindo dicas que para mim eram inúteis, pra não ser ofensivo ao trabalho de ambos, acho que eram conselhos fracos, uma conversa fraca que não iria encorajar ninguém a fazer algo melhor na cama.
Assim que compreendi toda a ideia deles, me levantei e comecei a fazer as minhas perguntas.
— E então gente qual a fantasia sexual preferida de vocês, na verdade é uma pergunta para cada um dos casais, porém cada um pode responder aos poucos. - Proponho essa ideia e os casais ficam meio receosos em responder.
— O que está fazendo? - Pergunta o parceiro de Joseph.
— É isso que eles querem saber, não querem saber do óbvio.
— Este não é o cronograma.
— Foda-se o cronograma. - O clima se fechou entre nós dois. Mas Joseph acreditava no meu potencial, por isso, deixou eu continuar a falar.
— Olha só gente, notei nessa conversa toda que vocês não fazem nada de criativo no quatro paredes, vocês estão juntos a muitos anos, são bem ativos até onde vi, mas ser somente ativo não significa tanto, vocês precisam de pré liminares, estímulos.
Dou voltas por eles e continuo com minhas ideias devassas.
— Vocês precisam resgatar todo aquele fogo que já hábitou, e que ainda habita. Precisam ter mais calma, mais sensualidade e reencontrar cada parte de seu parceiro. - Digo ficando no meio de um dos casais, pegando a mão do homem e pondo na coxa de sua mulher.
— Vocês precisam criar o clima antes de entrarem no quarto, agora depende do momento, as vezes exige brutalidade, outras vezes delicadeza, apesar que eu adoro uma selvageria onde todos ou todas lutam para dominar e isso é sexy. Uma dica para vocês mulheres, não sejam toda vez submissas, negativo, travem uma verdadeira guerra, e acreditem, terão resultados, isso deixa o seu parceiro com mais desejo, então não é apenas seu parceiro que é o responsável pelas ações e sim ambos, até porque, não são desconhecidos.
Assim que terminei de dar as dicas, todos os casais ficaram em silêncio, se olharam e eu senti ali um espanto pelas minhas dicas. Depois de notar a merda que eu havia feito, pedir desculpas imediatamente dizendo que eu havia me excedido, porém.... Não foi isso que o retorno me reservou.
— Esse homem é um descontrolado, são dicas, acha mesmo que esses casais vão anexar tudo isso de uma vez seu amador!
- o cozinheiro me provoca. Não consigo debater, porém o empresário e os outros casais ficaram ao meu lado em um movimento que achei impossível de acontecer...
— Com licença, não está a perceber a tamanha merda que está saindo pela tua boca? Hahaha! Se não gostou dessas belas dicas desse incrível orientador, então você mesmo não deve fazer direito não achas?
— como é....
— Chega, não quero saber, a partir de hoje, não sei se vocês nessa sala iram concordar, mas quero este homem como orientador, não tu, que não consegue trazer algo novo para essa sala.
Depois desse dia, eu e esse cozinheiro que eu logo saberia que o nome dele é Marcílio, sempre nos olhamos torto, a tendência era piorar, mas vocês iram saber porque acho isso, até porque, não se esqueçam que eu ainda tinha um consultório para cuidar e trabalhar.
No mesmo dia no clube, havia acabado de assinar um contrato para da as orientações. Praticamente era um trabalho e eu ganharia por isso, sem falar de um desconto de poder comer de graça no restaurante, isso era bom demais até. Minha rotina acabou mudando, eu ia para o consultório nos dias de segunda, terça e sexta-feira. Sábado e domingo não trabalhava, mas agora eu teria uma jornada de trabalho no fim da tarde da terça feira, na quinta-feira e também na sexta feira. Ou seja, tecnicamente perdi as duas folgas da semana sobrando apenas sábado e domingo, que por sinal também não é ruim, até porque pouco faço em meu tempo livre, e além do mais preciso distanciar meus pensamentos de boates.... Por isso decidi desde a mudança de rotina que não iria mais para a boate atual e muito menos não tão cedo iria para uma nova.Na mes
Horas depois.... Pela tarde, às três horas, a rebelde entrava na minha sala, diferente da última vez, a garota estava com uma roupa mais comportada, um vestido branco cortado na perna, um decote de "v" sandália rasteirinha, sombra nos olhos, batom bem vermelho e seu cabelo diferente da última vez, estava arrumado e cobria parte de seu rosto. Estilo suficiente para imediatamente me fazer tomar um copo d'água e bater um pouco na mesa enquanto continuava a minha análise. A garota fez questão de cruzar as pernas e propor o início da sessão. — Então senhor Marcellus, por onde nós começamos? O senhor disse que iria me ensinar a não ser mais uma rebelde e aqui estou. - Ela abre suas mãos e seus pulsos estavam cheios de pulseiras de pedras que decorava mais ela. Ponho meu copo na mesa e finalmente consigo sair do transe que ela havia causado com a mudança de estilo dela. — Muito bem, acho que podemos começar pelo início, o que faz no seu tempo livre? — Afs um monte de nadas, deve ser u
Sim gente, quem estava em minha frente era aquela mulher da boate. Aquele rosto era impossível de esquecer. Fiquei até sem jeito, sem ideias para responder, então em um movimento involuntário, estendi minha mão para ela e dei boa tarde olhando no olho, porém eu desviava às vezes. Estava me sentindo como se fosse um adolescente. **** Pedi para ela se sentar no divã macio e marrom, e ela colocou sua bolsa rosa do lado e arrumou um pouco seus cabelos cacheados. Estava usando uma calça jeans apertada e assim que se sentou, fez o favor de cruzar suas pernas na maior classe. Sim, fiquei analisando cada expressão dela e também notei o que não queria, ela não estava ligando para mim de uma forma sexual, na verdade ela esperava eu dizer alguma coisa pois o profissional sou eu. Isso acabou sendo vergonhoso quando ela tomou a iniciativa parecendo que ela era a conselheira. — É... moço, podemos iniciar? Estou pronta para as perguntas e tudo mais que preciso. - Ela gira a mão, dando a entender
No dia seguinte, em uma terça-feira, eu teria que trabalhar de forma dupla. Pela manhã até às cinco horas da tarde iria ficar no consultório, após cinco horas, teria que ir para o Attractive Club. Normalmente em dia de terça os casais não vão, pois eles deixam para tomarem essas aulas nas sextas. Também havia notado que eles estavam até bens, entretanto eles vinham para as aulas porque de fato gostavam de mim e isso me alegrou, me incentivando a dar mais e mais conselhos como um poço infinito. Todas as minhas dicas, o modo de falar, só deixava a loirinha Àlisson com vontade de provar da minha experiência. Uma vez a peguei mordendo o fundo da caneta enquanto olhava para mim, quando percebeu que notei, a mesma se recompôs. Foi na sexta-feira, a aula que Joseph me elogiou e muito. Aquela aula só foi tão boa pelo fato de eu ter focado minha vontade nela. Acho que a loira no momento desejou que seu decote fosse maior e desejou ter um ventilador em sua frente para aliviar seu calor. Diferen
Quarta-feira foi minha folga, fiquei esse dia todo pensando na aula que eu daria para a morena no dia seguinte. As regras do clube são claras, nada de transar, apenas dicas, mas tenho medo de que com Keyla eu não consiga me conter e acabe fazendo "merda". Ainda não sei ao certo se ela é casada, mas tudo indica que sim, pelo que a Àlisson disse, provavelmente ela é, mas de alguma maneira o destino fará ela ser minha! Vamos dizer que depois de muito tempo estou botando minhas esperanças em uma mulher que não sente o mesmo por mim. Para se ter ideia da dificuldade, a mesma provavelmente é casada. Esse homem deve ser muito sortudo de tê-la, mas se ela está indo atrás de conselhos amorosos, então quer dizer que a relação dela não está às mil maravilhas do mundo, provavelmente tentando salvar a relação, uma prova disso é que ela encontrou o Attractive Club. Na verdade eu tenho muitas perguntas para fazer a Keyla, mas isso só na sala de conselhos amorosos, no caso, na sexta-feira, apesar qu
" Oiii gato, espero que vc se lembre de mim, vc me passou seu número no dia que veio no posto que eu trabalho." Olhei a mensagem e lembrei da mulher de imediato. Branca, cabelos longos e pretos e olhos castanhos. Ainda lembro do decote absurdo que ela usava em pleno posto de gasolina!"Ah sim, estou lembrado, não ia conseguir esquecer nunca, onde vc está, gata?""Acabei de ser liberada do trabalho, ainda estou no posto, é muito distante de onde você mora?""Onde você quer ir?""Sua casa seria uma boa, apesar que antes... gostaria de uma bebida.""Chegarei logo logo aí, darei todo o prazer que você merece."Eu não imaginava menos que isso." Avisei a ela que não ia demorar, e fui tomar um banho rápido para também espantar o calor causado pelos meus pensamentos que envolviam Keyla. Assim que saí do chuveiro, comecei a me secar e secar também o meu cabelo. Aparei algumas pontas e também barbiei outras partes do meu corpo, já que a ocasião estava pedindo. Entrei no meu quarto, busquei p
*** Finalmente meu despertador havia tocado. Levantei com calma da cama, apesar de eu já querer correr para o chuveiro. Me levantei com cuidado para não acordar Andressa, e fui para meu banheiro para fazer minhas higienes, e depois entrei no chuveiro. Após sair do box, olhei em uma gaveta meio aberta e vi que meu colar de pedra escura estava dentro, fazia um certo tempo que eu não usava. Esse colar está comigo desde que ganhei a minha maldição, na verdade foi meio que um presente da cartomante ou bruxa... por alguma razão coloquei a culpa nele por tudo que aconteceu, mas com o tempo vi que isso não era verdade, o estrago que a cartomante causou não seria culpa do colar em meu pescoço. O coloquei no pescoço, passei o pente no meu cabelo, olhei para o espelho e disse mentalmente: " até Apolo teria inveja de mim". - Ri da minha presunção e fui para meu quarto para pegar minhas roupas. Por incrível que pareça, Andressa ainda estava dormindo, só veio acordar quando me sentei na ponta da ca
— Vai querer se aventurar nessa? - Ele me pergunta com um ar de dúvida. — Sim, e qual o nome dela? — House GOD. — Interessante. - Digo gesticulando com a cabeça. — E quando pretende ir? - Ele me pergunta com uma certa animação. Demoro para responder, pois estava pensando em um dia, porém quis cumprir o que eu disse. — Provavelmente esse ano eu não vou mais entrar em uma boate.Leônidas abre um sorriso por conta do que eu disse, e em seguida ele fala: — Isso inclui também nada de fodas?— O que é uma vida sem isso? Nunca disse que deixaria de fazer. - Jogo o sorriso de volta, e foco minha visão novamente na praia. — Okay, bom, ainda é uma hora da tarde, o que pretende fazer nas quatro horas restantes? Reunimos a galera de antigamente, e jogamos basquete em uma quadra próxima, no final resenhamos. O tempo passou rápido, olhei para o relógio e vi que já estava na hora, usei um chuveiro e me aprontei novamente. Provavelmente chegaria uma hora ou trinta minutos mais cedo, porém, i