Alyssa
Santiago está berrando de dor no quarto e disparando palavrões. Todos dirigidos a mim. Eu não olho para trás enquanto fujo dele ,correndo para alcançar a porta do trailer. O medo está congelando os meus ossos , mas não paro. Abrindo a porta ,eu saio pra fora. A faca que usei para feri-lo está suja de sangue , assim como as minhas mãos e roupas. Sinto náuseas e tonturas , mas não sei dizer se o motivo é porque estou suja com o sangue dele , porque eu acabei de enfiar a faca no estômago dele, ou porque estou com medo. Talvez seja por todos esses motivos . Não posso continuar aqui. Santiago não vai deixar isso barato. Ele jurou que vai me fazer pagar pelo que acabei de fazer e eu sei que ele vai tentar cumprir.
Ele vai querer fazer coisas piores comigo além de me estuprar. Dessa vez eu consegui escapar dele , mas não vou ter a mesma sorte na próxima. Ele disse que foi a minha mãe que o autorizou a vir até aqui para ter o seu pagamento, que no caso sou eu. Mas eu não acredito nele. A minha mãe pode ser uma péssima mãe , que vive mais drogada do que sóbria , e que na maior parte do tempo sequer se lembra que tem uma filha ,
mas aí entregar a sua própria filha para pagar as suas dívidas de drogas ?
Não. Ela não chegaria a tanto.
—Você me paga sua vadia !— Santiago grita num rosnado e eu ouço o som de alguma coisa se quebrando dentro do trailer antes de ouvir a porta improvisada de metal do meu quarto se abrindo , mas já estou do lado de fora e ele não pode ser mais rápido que eu ferido como está. O meu coração bate rápido feito tambor, minha cabeça está girando, e o medo tirando a minha capacidade de distinguir em que direção seguir para fugir dele. Uma direção segura. Uma direção que ele não consiga me encontrar. Mas e a minha mãe? Não posso deixá-la para trás. Santiago vai descontar o que eu fiz pra ele nela.
Então eu a vejo. Ela está sentada no capô do carro de Santiago fumando um cigarro. Ela parece tão calma. Talvez ela tenha acabado de chegar e é por isso que não ouviu os gritos de Santiago. E nem os meus gritos por socorro. Mas porque ela está sentada no capô do carro dele ,afinal ? Ela o odeia. Vive dizendo que ele é um explorador , machista e ditador de merda.
Que não importa o quanto de dinheiro dê pra ele que ele sempre diz que ela está devendo. Que não vê a hora de se mudar da cidade para ficar livre dele e etc..Etc..
—Mãe !— Eu chamo por ela e movo as minhas pernas bambas até o carro. Ela levanta os óculos de sol na cabeça e vira o rosto para olhar para mim. Os olhos dela ,tão azuis como os meus , estão mesclados de vermelhos e irritados. O vermelho dos olhos dela é o indício que ela já se drogou. Começou cedo. Geralmente ela faz isso a noite que é quando está trabalhando no bar.
No bar de Santiago. Bar esse onde ela deixa todo o salário que ganha em bebidas,drogas e cigarro. Mas ela sempre encontra um outro jeito de conseguir manter o aluguel do trailer em dia e comprar alguma comida para nós duas apesar disso. Uma refeição por dia ,na verdade. E sempre é pão e ovo. Eu nunca reclamo porque sei que considerando a situação dela, é uma sorte eu ter uma refeição por dia.
— Que merda você fez ?— Ela arregalou os olhos quando finalmente percebeu o meu estado digno de um filme de terror. —Temos de fugir, mãe. Santiago tentou me estuprar e eu o esfaqueei no estômago. Ele não vai deixar isso barato. Temos que ir. Vamos mãe! —Fico surpresa por ter conseguido falar com clareza. A minha mãe não se moveu. Ela continua me olhando ,desde o meu rosto ,as mãos sujas de sangue, que ainda segura a faca também suja de sangue, e as minhas roupas.
— Que merda você fez, porra ?— Ela joga o cigarro no chão e vem pra cima de mim.
Eu não entendo. Não era para estar aliviada por eu ter conseguido evitar que Santiago me estuprasse ? Era o que a mãe deveria parecer em uma situação dessa. Mas ela não está aliviada. Pelo contrário, ela está muito irritada.
Ela para a minha frente e me encara com fúria.
— Você esfaqueou Santiago ?
Eu aceno ,dizendo que sim.
— Sua vadia ! Quer me ferrar ?, É isso ? —Ela agarra o meu cabelo e eu gemo de dor enquanto a confusão nubla os meus sentidos.
— Mãe ? ..O que ..—Eu tento me soltar , mas o aperto dos dedos dela no meu cabelo fica mais forte , chegando a ser insuportável a dor no couro cabeludo.
— Eu mandei ele vir aqui, sua cadela ! Estou devendo uma grana alta pra ele e não tenho como pagar.
Eu congelo e o meu coração parece ter parado de bater.
Então era mesmo verdade ? Santiago não tinha mentido ?
— Até hoje sustentei você, sua vadia ingrata ! —Ela se move e vai na direção do trailer ,me puxando pelo cabelo com ela. Ela nunca falou comigo nesse tom antes. Já me xingou como está fazendo agora , mas não tão irritada. —Custa retribuir um pouco pelo que fiz por você ? Agora, escute. —Ela pára e me obriga a olhá -la ,puxando o meu cabelo para trás até que a minha cabeça esteja inclinada e o meu rosto sobre o seu olhar irado. —
Você vai voltar pro Santiago ,pedir desculpas e dar o que ele veio buscar. Você entendeu? Ou é isso ,ou estamos mortas.
—Eu prefiro morrer a fazer sexo com um porco como ele ,mãe. —Usando uma força que não sabia que tinha ,eu a empurro e consigo escapar. Ela vem pra cima de mim novo ,gritando coisas horríveis , mas dessa vez, eu estou longe o bastante do seu alcance e corro ,sem me importar com a direção que estou indo. Os meus olhos estão embaçados pelas lágrimas e o meu peito doendo de tristeza quando olho uma última vez para trás ,para ela. Para a mãe que por mais que estivesse longe de ser uma boa mãe ,eu nunca esperei que as suas atitudes e escolhas chegassem tão longe e tão cruel ao ponto de vender a própria filha para pagar dívidas de drogas. Eu tinha esperança que assim que fizesse dezoito anos, arrumaria um emprego e tiraria ela dessa vida. Mas agora, essas esperanças se foram e a decepção tomou o seu lugar. Eu não tenho ideia pra onde eu vou e o que fazer sem nenhum tostão no bolso , mas tinha certeza de uma coisa , que eu não podia voltar lá.
E foi a partir daí que o meu inferno começou.
Seis meses depois....
Maldita gripe que não vai embora.
É a terceira vez no mesmo mês que ela me pega.
Hoje já faz uma semana.
Uma longa e angustiante semana com febre , dor de cabeça, tosse , garganta inflamada e estômago vazio. Por falar em estômago vazio, ele está roncando de novo.
Ele está implorando desesperadamente por comida , mas não aceita mais ser enganado por água e nem pelos biscoitos envelhecidos que eu encontrei na lixeira perto da casa abandonada onde estou vivendo há dois meses. Casa essa que eu tive muita sorte de ter encontrado em umas das minhas tentativas desesperada por um lugar seguro para dormir.
Antes dela , eu dormia em galpões abandonados , debaixo de delicatessens e às vezes , principalmente no inverno , eu tentava uma vaga nos abrigos para sem tetos para passar a noite. Mas eu nunca pregava os olhos. Não era seguro.
Talvez alguns deles até fossem seguros , mas eu não sentia mais essa confiança.
Eu preciso reagir e logo. Preciso encontrar alguma coisa pra comer.
Caso contrário, não vou durar por muito tempo.
Há uma lanchonete perto daqui. Em um dia de sorte , dá para encontrar alguma coisa boa na lixeira de lá. Que Deus me ajude que eu encontre. Por que eu me recuso a fazer aquilo de novo pra matar a fome. Foi tão nojento que só de pensar ,o meu estômago dolorido e faminto embrulha de náusea.
Tateando ao redor do colchão, eu encontro a vela e a caixa de fósforos . Um bônus que veio com a casa , assim como o colchão e os cobertores.
Acendendo a vela , me levantei e fui tomar um banho , levando a vela acesa comigo para iluminar o caminho. Já no banheiro,
deixo a vela sobre a pia e me livro das roupas. Um rápido olhar no espelho trincado na minha frente me fez gemer de desespero.
Estou muito magra. Mais do que já estive antes.
Os meus olhos azuis cercados por profundas olheiras escuras, parecem enormes no meu rosto pálido e ossudo. E o meu estômago está tão fundo que os fios das costelas estão visíveis.
Eu sabia que não estava nada bem , mas não imaginava que a minha aparência estivesse tão ruim assim ao ponto de eu me sentir mal olhando para a minha própria imagem refletida no espelho. Vocês devem estar se perguntando por que eu não arrumo um emprego.
Eu tentei . Por várias vezes . Mas sempre era a mesma coisa. Eu era expulsa antes mesmo de entrar no estabelecimento enquanto ouvia " Vaza daqui sua mendiga! Se colocar os pés aqui de novo vou chamar a polícia! Se ao menos eu tivesse roupas melhores, eu teria alguma chance ,mas eu não tenho.
Já é o suficiente tentar não morrer de fome para me preocupar em não parecer uma sem teto quando eu sou uma.
Desviando os meus olhos rapidamente do espelho , enrolei o meu cabelo num coque e entrei debaixo da ducha gelada.
A água gelada batendo no corpo febril era quase uma tortura, mas aguentei firme e agradeci por ter água. Mais um bônus. Um bônus quando dificilmente a vida me dava um.
Minutos depois, vestida com a minha melhor calça jeans e casaco, eu estava indo atrás do meu tênis quando o barulho furioso de uma moto me fez pular de susto ,e em seguida, veio o estrondoso som de uma batida provocando um forte tremor na casa pelo impacto. A moto permaneceu rugindo por alguns minutos até silenciar. Antes que eu pudesse me recuperar do choque , a porta da casa foi chutada com tanta força que a madeira rachou no meio. Eu estremeci e o meu coração entrou num colapso de pânico pela força e fúria daquele homem que não parecia nem um pouco afetado pelo acidente.
Fraca como estou , eu não tenho nenhuma chance de me defender caso ele tente me atacar.
A porta foi chutada novamente e dessa vez , o chute foi acompanhado por um gutural grunhido feroz. Santo Deus. Ele quer entrar e parece tão ameaçador e furioso, que sinto-me como se uma nevasca tivesse me atingido e o meu coração disparou furiosamente.
A porta não vai durar muito. Eu preciso reagir. Encontrar uma maneira de fugir.
Pegando a minha faca no bolso da mochila , joguei a mochila sob o ombro e apaguei a vela.
Vai ser mais fácil escapar dele na escuridão.
Com mais um chute e grunhido , o homem estourou a porta e tropeçou para dentro da casa , caindo em seguida sobre o assoalho de madeira ,fazendo um som forte e intimidante com o seu peso. Seu vulto é grande e escuro e ele está respirando freneticamente e profundamente pelo nariz e grunhindo baixo, como um animal prestes a atacar a presa. Nada de bom pode vir de um homem que está se portando como um animal selvagem.
Merda. E ele
está no meu caminho agora. Como eu vou sair daqui sem que ele me veja?
—Eu sei que você está aí. Será que você pode acender a maldita luz? — O homem rosna ,arrastando corpo grande e pesado pelo assoalho.
Inalando uma respiração profunda , eu segurei a faca em posição de ataque. E
contando até dez, andei na direção da porta com cuidado pra não fazer barulho ,mas as malditas tábuas soltas do assoalho estão entregando a minha tentativa de fuga . Elas rangem a cada passo que eu dou independente do quão cuidadosa eu esteja tentando ser.
—Se der mais um passo, eu atiro em você. —Ameaçou-me ele num grunhido , e em seguida, o som de um clique soou na escuridão antes mesmo que eu alcançasse a porta . Eu congelei no lugar enquanto esperava em pânico pelo o que viria a seguir.
—Acenda a porra da luz!
Eu me perguntei se ele me acertaria na escuridão. Talvez não. Mas se ele fosse bom o bastante para me acertar?
—Tudo bem. Mas por favor, não me machuque. — eu pedi num fio de voz baixo e trêmulo.
O estranho ficou em silêncio. E segundos depois, o que pareceu uma eternidade . Ele resmungou:
—Acenda a luz.
Perambulando pela escuridão com as pernas bambas , eu chego até onde deixei a vela . Encontro o fósforo e acendo-a. Então , vagarosamente , como eu estivesse em uma câmera lenta ,
eu me viro para o estranho.
O estranho mais lindo que já vi na vida.
Cabelos escuros embaralhados , olhos de um intenso tom de verde escuro e brilhante como de um tigre , e um rosto esculpido por traços fortes e marcantes sombreado por curta uma barba escura por fazer.
E ele está muito ferido.
A mão que ele está mantendo no estômago está suja de sangue. Santo Deus! Porque ele não está em um hospital? Será que é por isso que ele me quer aqui? Para chamar a ambulância." Claro que não sua idiota ! Acorda! Está na cara que é um criminoso.
Eu não quero morrer. E há uma grande possibilidade de ele me matar. Depois de fazer o que quiser comigo.
Tristan Slater.Merda. É uma garota. Uma garota de cabelos escuros preso num coque grosso no alto da cabeça , grande olhos azuis e um rosto magro de pele muito clara.Eu acabei de ameaçar atirar em uma garota , porra!Tudo que vi quando eu invadi a casa velha na base do chute , foi a lâmina da faca brilhando na escuridão e o movimento de um vulto tentando fugir.Que diabos ela faz aqui sozinha nesse barraco ? Isso não importa . Ela é a única ajuda que tenho agora. Se eu não der um jeito esse sangramento logo, estou fodido.A garota deixa a vela no chão e se afasta rapidamente para um canto , longe da luz da vela , se escondendo como ratinho assustado.— Essa é a única luz que tenho aqui. —Ela diz quase num sussurro .&nbs
Alyssa A única farmácia do bairro, aberta por vinte quatro horas, ficava há quadras do abrigo.E pra lá que eu estou indo agora ,movida por um tipo de energia e adrenalina que eu não imaginava que um corpo tão fraco e doente como o meu fosse capaz de produzir de uma hora para a outra. O vento gelado chicoteando o meu rostoJunto com a fina e fria garoa umedecendo o meu único casaco de moletom , não me incomoda como me incomodaria em outra situação. A febre também não parece mais tão incômoda. E o meu estômago parou de protestar ,apesar de ainda doer de fome.Eu continuo andando.Tudo para salvar a vida de um estranho motoqueiro assassino.Um lindo estranho motoqueiro assassino que como um toque de mágica , me fez c
Allyssa.Ele parou no da porta porta. Semicerrou os olhos e ,em seguida ,piscou com força como se estivesse com uma certa dificuldade para distinguir se eu era real ou não.Ele não usava mais a camisa e nem a jaqueta, mas a compressão que eu fiz para conter o sangramento ainda estava no lugar. O meu coração pulou uma forte batida e um estranho friozinho deslizou pelo meu estômago por vê-lo pela primeira vez de pé.Eu tinha uma ideia que ele era alto , mas não que era tanto assim. Se ele não tivesse um e noventa e alguma coisa de altura, chegava bem perto disso. E ele é forte. Muito forte, na verdade.Os ombros largos, braços e o torso musculoso e tatuado estavam ali , bem na minha frente , pra provar o quão forte ele era.
Alyssa.— Para onde exatamente quer me levar ?— Para a minha casa. E já adianto que se está pensando em fugir de mim. —Sorriu torto—Desista, não cometo o mesmo erro duas vezes.Eu não sabia o que dizer em resposta, mas tratei de não levar a sério o que um cara sob efeito de bebida e drogas dizia. Contudo, eu não vou mentir o quanto considero a ideia de ir com ele muito tentadora. Um teto , comida de graça, e proteção era muito tentador. Tentador demais para a dizer a verdade.&
Tristan SlaterEu acordo ,mas reluto para abrir os meus olhos por alguns momentos porque receio que quando eu fizer ,a sensação tão boa de paz e um outra sensação que desconheço,mas tão boa quanto a de paz ,se evapore. Suspirando fundo ,eu me avalio.Eu estou bem. Porra ,eu realmente no meu estado quase normal.A dor fodida se foi e sensação de estar pegando fogo também. Ela fez isso. Ally. A garota que tinha todos os motivos para fugir de mim para as montanhas ,mas não fugiu. Ela ficou e cuidou de mim. Não por bajulação , por esperar algo em troca ou até mesmo para ter um crédito comigo para futuras exigências , como obviamente qualquer puta do clube faria se tivesse no lugar de Ally. Mas Ally não. Ela não sabe quem eu verdadeiramente sou
Tristan SlaterTristan— Solte-a, Miles, agora. Está assustando ela, porra ! —Tristan praticamente rosnou para o homem que estava atrás de mim, segurando -me pelos pulsos. Graças a Deus ! Eles se conhecem. Dando uma risada rouca e abafada , o homem me soltou.— Está tudo bem, pequena. —Tristan estendeu uma mão para eu pegar e eu aceitei de imediato antes de ficar de frente para o recém-chegado,um homem tão alto e forte quanto Tristan, cabelos escuros num corte baixo e olhos azuis-escuros.Notei que, assim como Tristan , ele também tinha a tatuagem da figura estranhamente sombria e assustadora da morte segurando um penado no braço esquerdo ao lado de outr
TristanEu não consigo desgrudar os meus olhos dela que está sentada num tronco de uma árvore em frente da casa. É como se eu estivesse enfeitiçado pelo seu lindo rosto de anjo . E é o que ela parece. Um lindo anjo. Um lindo anjo doce de boca atrevida , com uma boa ,pura, e generosa alma que eu não deveria sequer pensar em desvirtuar. Mas é o que estou fazendo. Eu a estou levando para o meu mundo ,onde luxúria ,mortes e muita violência são constantes. Merda. A cada segundo que passa , os planos que fiz para ajudá-la enfraquecem na minha cabeça e novos planos ganham forças, mesmo sabendo que eu não posso mudar o que prometi. Eu devia dar dinheiro o suficiente pra ela se virar e deixá-la em paz antes mesmo de irmos pro clube , mas eu estaria mentindo para mim mesmo se dissesse que eu n&
Alyssa.Droga.Eles pararam pro café da manhã no mesmo restaurante que fui expulsa pelo segurança quando fui pedir um emprego . Tudo porque ,ele viu revirando a lata de lixo uns dias antes disso e nem me deixou passar pela porta . Ele me disse coisas horríveis também.Fiquei nervosa e constrangida só de pensar em ser reconhecida pelo segurança na frente de Tristan e de seus amigos.Respirei fundo e disse a mim mesma que ia ser corajosa e enfrentar isso. Não quero parecer uma ratinha medrosa por coisas pequenas como entrar nesse restaurante por exemplo só porque o seguran&ccedi