ISABELLA
Meus olhos percorreram seu escritório, ignorando sua pergunta. Nunca tinha estado em seu escritório, era tão organizado e perfeito. Passei os dedos levemente pela parede, minhas pernas me seguiram rapidamente. Ele me observava como um leão que se aproxima sorrateiramente de sua presa, eu parei no meio da sala.
—Pensei que fosse um fantasma—. Sussurrei, as palavras escaparam dos meus lábios, saíram ásperas e profundas.
—É mesmo?— Respondeu.
Em sua mão segurava um copo de uísque com apenas um cubo de gelo. Notei que nas vezes em que o vi bebendo suas bebidas alcoólicas, elas sempre tinham apenas um cubo de gelo.
—É sim.
Isabella, por que você é estúpida? Me repreendi mentalmente.
—Hoje foi interessante—. Charles se recostou em sua cadeira, com o dedo indicador no queixo. Observei cada um de seus movimentos, seu dedo começou a roçar sua pele suave como mel.
Meus olhos percorreram cada curva do seu rosto, eu não conseguia desviar o olhar. Ele era tão cativante e sensual que me deixava excitada. Seu cabelo, sempre penteado para trás, agora estava bagunçado e solto, ele usava a gravata desfeita e as mangas da camisa arregaçadas até o antebraço.
—Bella?— Um sorriso presunçoso apareceu em seus lábios.
—Sim—. Engoli em seco com força, fazendo o possível para manter a calma e a sanidade.
—Quem é Ryan para você?— Meu coração começou a girar dentro do meu corpo, sem saber o que fazer quando ele me fez a pergunta.
—Bem...— Sem palavras, não pude fazer nada além de hesitar nas minhas palavras.
Eu o ouvi levantar e caminhar em minha direção.
—Isabella, você precisa ir embora agora mesmo—. Ele fez uma pausa, inclinando minha cabeça para cima com seus dedos suaves. —Ou vou te tomar nesta mesa agora mesmo—. Sussurrou, um pequeno suspiro escapou dos meus lábios.
—Charles.— Seu nome tremia em meus lábios, saiu mais como um aviso. Sua boca se separou um pouco antes de se aproximar dos meus lábios.
—Eu deveria parar—. Ele disse suavemente.
—Você deveria.
Charles me puxou para o seu peito forte e capturou meus lábios. O choque me invadiu, mas meus lábios se moveram rapidamente com seus movimentos profundos e intensos ao redor da minha boca. Sua língua entrou suavemente na minha boca, enchendo-me com seu sabor.
Ele se afastou e apoiou sua testa na minha. Ambos sem fôlego pelo beijo apaixonado que acabávamos de compartilhar, ele lambeu lentamente seus lábios úmidos, me encarando.
Eliminei o espaço que nos separava.
—E agora?
Não sei de onde vinha essa confiança, mas ela veio.
Ele envolveu seu braço forte ao redor da minha cintura, e eu bati meus lábios contra os dele abruptamente. Minhas mãos subiram até suas bochechas, onde arranhei seu rosto enquanto mordia seu lábio inferior.
Eu nem sabia exatamente o que estava fazendo, me assustava que seus lábios estivessem nos meus, mas eu queria mais. Suas mãos desceram pelas minhas costas, me puxando contra seu volume visível.
Ele beijava de uma maneira incrível, aquela língua podia fazer maravilhas.
Ele me jogou sobre sua mesa antes de arrancar minha calcinha, seus papéis e o copo de bebida caíram no chão. Ele me puxou pelos quadris, tirei rapidamente a camisa enquanto ele desabotoava o jeans.
—Você toma pílulas?— Ele sussurrou, deslizando seus lábios até meu ouvido, me fazendo estremecer.
Eu assenti rapidamente.
Suas palavras travessas fizeram meu corpo esquentar, o calor de sua mão contra minhas coxas começava a derreter minha pele.
Puxei sua cabeça para perto da minha e levantei meu corpo nu contra o dele.
—Me faça sua, Charles. Como quiser—. Eu sussurrei duramente em seu ouvido.
Foi como se um interruptor fosse acionado dentro dele, um sorriso perverso apareceu em seus lábios. Eu me agarrei ao seu pescoço enquanto ele se familiarizava com o meu encaixe apertado, assim que a dor aparecia, o prazer tomava conta.
—Charles.— Gemei.
—Droga.— Ele rosnou. Charles agarrou meu cabelo, puxando-o para trás, fazendo minha cabeça arquear enquanto ele empurrava com mais força.
Sua linguagem me excitava ainda mais, eu podia sentir ele bem dentro de mim, me deixando sem fôlego.
—Você é tão deliciosamente apertada—. Ele gemeu enquanto seus dentes começavam a mordiscar meu pescoço, deixando suas marcas, sua mão desceu pela minha frente entre meus lábios onde ele esfregou com mais força.
Eu gemia cada vez mais, enquanto gritava seu nome repetidamente.
Eu abri ainda mais minhas pernas enquanto meu corpo se apoiava contra o dele, tentando pegar a menor quantidade de ar.
Eu não podia aguentar muito mais, ele também não. Ele respirava tão forte quanto eu, ambos arfando como cães.
Ele me pegou bruscamente pelos quadris, fazendo minhas pernas apertarem ainda mais ao redor de sua cintura. Um pequeno gemido escapou quando ele me bateu contra sua estante e todos os livros caíram. Eu me segurei em seus ombros e afastei minha boca da dele.
Eu estava prestes a discutir com ele até que ele me empurrou novamente, fazendo minha cabeça bater contra a parede.
Meus lábios tremiam contra os dele, isso acabava de selar meu lugar no inferno.
Você deveria ser minha filha
Ouço a voz da minha mãe no fundo da minha mente, isso está errado. O que diabos eu estou fazendo?
Preciso parar isso agora.
—Charles, pare—. Minha voz saiu como um fraco sussurro.
Charles se afastou um pouco para me olhar, a percepção o atingiu como um caminhão. Ele me retirou de si e me colocou de pé com segurança, minhas pernas estavam como gelatina. Ele se virou para pegar sua cueca, e eu peguei a minha roupa lentamente e a vesti.
Eu fiquei ali desajeitadamente, olhando para ele, sem saber exatamente o que dizer depois do que tinha acabado de acontecer.
—Vá embora.— Charles exigiu sem qualquer emoção.
—Mas acabamos de...
—Eu só precisava saciar meu desejo rapidamente e você estava aqui—. Charles se sentou em sua cadeira, digitando algo em seu computador sem se preocupar em fazer contato visual comigo.— Eu quero que você vá embora imediatamente.
Ele é um desgraçado, acabei de trair minha mãe por ele e isso é tudo que ele tem a dizer, meus olhos começaram a se encher de lágrimas.
Por que todos os garotos me tratam mal depois do sexo? Será que é porque eu não sou boa o suficiente?
—Você é um filho da pu...—. Peguei meus shorts e saí furiosa do seu escritório.
As lágrimas corriam pelo meu rosto quando entrei no meu quarto. Bati a porta com tanta força que pensei que iria derrubar a m*****a casa inteira. Deslizei a porta do quarto enquanto passava as mãos pelos meus cabelos loiros, era um desastre, chorando.
Talvez fosse pelo fato de que eu dormi com o noivo da minha mãe ou talvez porque depois ele me tratou como uma prostituta.
Eu me odeio.
ISABELLAMinha mãe tem passado os últimos dias batendo na minha porta, implorando para que eu fale com ela ou até mesmo para que a deixe entrar, mas eu me recusei.Como posso olhar minha mãe nos olhos depois do que fiz? Não ouvi nada de Charles, ele nem mesmo me implorou para não contar à minha mãe.—Bunny, tem alguém aqui para você—. A doce voz da minha mãe veio de trás da porta. Tirei os lençóis brancos de cima de mim e me aproximei da porta na ponta dos pés, inclinei-me e encostei o ouvido na porta, tentando captar uma voz familiar.—Sou eu, Heidi.O que ela está fazendo aqui?Abri a porta apressadamente e joguei meus braços em volta do pescoço dela, puxando-a para mais perto de mim. Heidi se assustou no começo, mas logo se recuperou e retribuiu o abraço. Heidi é minha prima por parte de pai, é basicamente como minha irmã. Sempre fomos eu, Grace e Heidi, mas depois que meu pai nos deixou, ela também me deixou.—Não acredito que você está aqui—. Eu disse, muito emocionada com minhas
ISABELLA—Isabella, você sabe perfeitamente quem eu sou — disse Charles, aproximando-se de mim.—Fique aí! — Gritei, exigindo que ele permanecesse onde estava. —Eu não sei quem você é, olhe para todas as pessoas que você acabou de matar —. Gritei, apontando para a marca de mão ensanguentada na parede.Eu estava mais do que furiosa, mas acima de tudo, morrendo de medo.—Eram pessoas más, Bunny — sibilou, irritado com tudo.—E talvez você também ache que eu sou uma pessoa má, lunático.BeepBeepCharles levou o telefone à orelha.—Venha limpar essa maldita bagunça, agora — gritou muito alto, e depois jogou o telefone no balcão.—Você mentiu para minha mãe — sussurrei, ele levantou os olhos para encontrar os meus. —Isso vai muito além de simplesmente transar com a filha dela.Ele estava prestes a dizer algo, mas parou.—Eu não acredito.—Você vai sair da cidade comigo, e nem pense em dizer não, porque eu prometo que mato seu primo patético — ameaçou-me com uma voz cheia de veneno.Eu não
ISABELLA—Vai ficar aí parada como uma estátua?Revirei os olhos e fechei a porta atrás de mim, tentando correr em direção ao banheiro, mas antes que minha mão tocasse na maçaneta, a mão de Charles se interpôs à minha frente, impedindo-me de continuar.—Sai da frente—. Exigi, irritada. Ele está começando a me pressionar, qual é o problema dele comigo?—Estou te deixando nervosa?— Ele diz baixinho ao meu ouvido, fazendo um arrepio percorrer minha espinha.Infelizmente, ele confundiu minha raiva com nervosismo, os dois têm significados bem diferentes.—Muito pelo contrário.—Então olhe nos meus olhos—. Ele diz. Eu praticamente podia ver o sorriso dele na minha cabeça, arrogante desgraçado.Meus olhos estavam fixos no chão, tinha medo de fazer contato visual com seus olhos pecaminosos.Finalmente, fiz contato visual com ele, engoli o enorme nó na garganta enquanto lamia meus lábios secos e necessitados. Seus olhos desceram até meus lábios, de repente eles brilharam com curiosidade.O ar
ISABELLAO sol entrava abundantemente no quarto, brilhando contra a minha pele pálida e sedosa. Abri os olhos e me virei suavemente para encontrar a cama vazia, apenas eu nela. Segurei com força os lençóis ao redor do meu corpo e me levantei. Procurei Charles por todo o quarto, mas ele não estava em lugar algum, até que ouvi a porta do banheiro se abrir, e ele apareceu, muito elegante, com uma calça jeans preta e um suéter preto de malha.Aquele suéter me parecia muito familiar.— Onde você conseguiu esse suéter? — Eu me levantei sobre os joelhos, minhas bochechas ficaram coradas só de pensar na noite passada.— Sua mãe me comprou. — Ele virou de costas para mim e pegou seu café que estava sobre a mesa.Minha mãe mentiu quando disse que era para um colega de trabalho.— Isso é fantástico. — Disse, agora zangada porque ele estava usando aquele suéter depois de passar a noite comigo. Levantei-me completamente e tentei caminhar até o banheiro, mas sua mão agarrou a minha, bruscamente.—
ISABELLADesviei o olhar para a mesa e coloquei as mãos sobre o colo. Algo estava definitivamente errado com esse homem, ele estava vestido exatamente com as mesmas roupas pretas que os homens que Charles matou usavam.—O que está acontecendo agora?— Charles perguntou, percebendo meu nervosismo.—Nada.— Minha voz saiu como um mero sussurro.Charles continuou digitando em seu celular, sem prestar realmente atenção em nada, enquanto o homem suspeito se sentava na cabine atrás de mim. Lentamente, coloquei a mão no bolso de trás para pegar o celular e enviar uma mensagem sobre o cara que me dava arrepios, mas antes que pudesse fazer isso, a doce senhora trouxe nossa comida.Mantive minha mão no bolso de trás, congelada, tentando não fazer movimentos bruscos para não chamar a atenção.—Obrigada— Eu disse.—Não se preocupe—. Ela disse com um forte sotaque italiano.Charles começou a cortar suas panquecas, enquanto eu olhava para a comida à minha frente, perdida em pensamentos.Dei-lhe um ch
ISABELLALevanto a mão para aliviar a dor de cabeça e abro os olhos suavemente. Estou em um quarto, um quarto laranja que nunca tinha visto antes. Comecei a sentir pânico, levantei-me apenas para que a gravidade me abandonasse e caí no chão. Ofeguei de dor quase imediatamente. A porta se abre de repente, mãos agarram meu rosto.—M-mãe—. Disse, surpresa.—Sou eu, querida—. Minha mãe sorri enquanto me ajuda a me levantar do chão e me coloca de volta na cama. Não me lembro de ela ter aparecido, apenas da arma apontada para Charles e para mim.—Onde está o Charles? Ele está bem?— Perguntei apressadamente. Minha mãe me olhou com desconfiança antes de acenar com a cabeça. Minha mãe baixou o olhar para suas pernas, ela está agindo estranho. —O que está acontecendo?—O que está acontecendo é que você está dormindo com meu noivo. E o que é ainda pior é que você está apaixonada por ele—. Grita minha mãe, zangada. Eu não entendo, Charles contou a ela que dormimos juntos.—M-mãe, n-não—. Chorei.
ISABELLAEstava na varanda, esperando por Charles. Eu usava um vestido preto justo e elegante que me caía perfeitamente.— Você está...Virei-me para encontrar os olhos errantes de Charles, seus olhos escureceram quando se concentraram totalmente em mim. Ele estava elegante com seu smoking preto, simples mas sexy.— Como a filha da minha mãe.— soltei, irritada. Estava começando a me incomodar, como ele podia trair minha mãe assim?— Eu ia dizer deslumbrante—. Ele disse.Abaixei o olhar timidamente, mordi o lábio contendo qualquer comentário maldoso e me limitei a dizer um rápido "obrigada". Ele me pegou suavemente pela mão e me indicou o caminho até o carro.As mudanças de humor de Charles estão me deixando tonta, um dia ele gosta de mim, no outro não, e então ele pensa que estou deslumbrante, é demais. Na rádio tocava uma música suave, era desconfortável.— Espero que você não tenha colocado Ryan em apuros—. Eu disse.— Ele vai enfrentar mais que isso.Virei-me para olhá-lo, suas mão
ISABELLA— Eu preciso de você, Ryan.— Estou aqui, Bella. — Ele segura meu rosto com a palma da mão, e eu absorvo seu calor.— Por quê? — Chorei suavemente.— Por que você me deixou? — Perguntei com a voz trêmula, sua mão não se afastou da minha bochecha. Olhei profundamente em seus olhos, tentando encontrar algum tipo de verdade, mas não encontrei nada; seus olhos apenas brilhavam de arrependimento.Ele baixou o olhar, lutando para encontrar as palavras certas, o que me deixou ainda mais ansiosa. Eu só precisava saber um motivo, talvez isso pudesse responder por que todos os outros me abandonaram.— Eu era um adolescente tolo que dava tudo por garantido. Assim que te deixei, soube que cometi o maior erro da minha vida. — Ele me disse.Ele se aproximou mais de mim, e eu permaneci imóvel. Nossas bocas estavam a poucos centímetros de distância, e eu não sentia nada estando tão perto dele.— Nunca parei de te amar, Isabella.Ele tomou meus lábios, mas não era a mesma coisa. Na verdade, e