Joshua — O problema com a inspiração é tão grave? — pergunto. O modo como me olha é quase como se gritasse como não tenho ideia do que é importante para o seu trabalho e não tenho muito conhecimento sobre escritores, é a primeira a pedir pelos meus serviços, e nenhuma mulher nunca foi tão sincera com tudo. Aproveitar refeições juntos foi o que pude incluir como programas de casal desde o primeiro dia. Claro, ela não se recusa, mas é óbvio que o silêncio é muito importante para o seu trabalho. — Considerando que posso acabar com as expectativas de muitas pessoas em mim, sim, é um problema gigantesco — fala Kendra, antes de morder uma torrada com vontade. — Seu trabalho inclui estar comigo 24 horas por dia? Porque não esperava você aqui tão cedo. — Cada cliente é diferente e acho que esse t
Kendra— Ontem enquanto não estava um cara veio aqui — fala Joshua enquanto desvio dele para ir em direção a geladeira pegando um pote de sorvete, mas sou parada por ele antes que prossiga. — Não pode comer direto do pote.Faço minha melhor expressão de irritação, mas isso não o comove, assim, preciso assistir enquanto põe uma boa quantidade em uma tigela de sobremesa e me entrega. Como se dissesse: “viu, é assim que seres humanos fazem”.— E quem era? Não tem muitas pessoas que saibam onde moro — profiro ligeiro, me encaminho para perto do meu notebook sorrindo por ver que consegui escrever algumas milhares de palavras. Joshua — Fominha, já voltei, você vai largar esse notebook ou não? — pergunto com entusiasmo. Paro depois de ver que Kendra está acompanhada, que a mulher parece muito perto de ter um colapso nervoso após ver minha presença, como se acreditasse que um fantasma vai pegá-la. — Olá, sou o Joshua, namorado da Kendra. — Ponho um sorriso encantador no rosto, ergo minha mão para cumprimentá-la, no entanto, a minha ação parece piorar a minha situação diante dela. — Puta que pariu, é incrível o que pode conseguir com algum dinheiro. — fala a convidada. Kendra sorri, pede silenciosamente para que vá fazer o que tinha como intenção antes de notar que estava com visita, mas é claro como o dia que a mulher em sua companhia não para de me en09. Dia 4: Não tem dinheiro que pague
Kendra— Então está indo tudo bem com o namorado falso gostoso? — questiona Kitty.Curiosa por minha vida que dá volta estranhas e que às vezes sequer controlo, Kitty pediu por um encontro fora da minha casa para que pudesse falar mais à vontade, mas me pergunto, como não pensei na possibilidade de ela apenas querer arrancar todas as informações possíveis sobre Joshua.— Aquele Thor jovem é uma tentação sem limites. Você está bem? — investiga após notar meu silêncio.— Pareço a ponto de ter um colapso nervoso por ele ser simplesmente perfeito? — Ela nega. — Nossos anos de amizade n&at
Joshua— Uau. — Exclama com os olhos brilhando, cintilando com tamanha força que atrai a atenção de quem está ao redor para olhá-la, apenas querem vê-la brilhar mais forte, e não conheço muitas pessoas que tenham esse tipo de magnetismo, mas Kendra o possui, no entanto, não parece se dar conta disso.Até mesmo eu, a pessoa que tem plena consciência de que nosso relacionamento atual não passa de uma troca de favores se vê mirando o que está na direção dela. Tudo aquilo que pode representar com um sorriso encantador enquanto põe uma mecha de cabelo para trás ou quando sibila sem parar sobre uma cena que precisa descrever em seu novo livro.Cada uma dessas
KendraSequer preciso abrir a porta inteira para que ela seja pressionada por meu ex para adentrar na minha casa como se tivesse todo o direito de estar aqui e não o possui. Perdeu qualquer coisa que podia ter comigo quando me traiu e me trocou como papel usado.— Está em casa dessa vez — fala Roger, coloca a sua pasta em cima do sofá sentando-se ao lado dela.Quando tínhamos um relacionamento me dava a sensação de que éramos próximos, de que se sentia em casa aqui e que por isso poderíamos até mesmo morar nesse apartamento tranquilamente, sem a necessidade de se mudar, coisa que ele comentava constantemente.Porém, acreditava que era apenas pelas dific
KendraMordo meu lábio com força para tentar me parar, para que não tenha ideias ainda mais insanas sobre como seria esconder um cadáver quando a porta se abre. Os cabelos movendo-se ligeiro quando passa pela porta com pressa para colocar as sacolas no chão são a primeira coisa que noto, antes que possa abrir a boca a voz atrás de mim reverbera.— Você deu a senha da sua porta a esse cara? — pergunta Roger, esbravejando sua raiva.Joshua me olha, em seguida analisa Roger que deve estar com o dedo apontado para mim enquanto mantém uma expressão dura, uma que conheço bem, que sempre é marcada pelo queixo quadrado, pelos olhos afiados.Os olhos de Jo
Kendra— Não acredito que o desgraçado teve a coragem de vir aqui — xinga Kitty, se esbalda com muita vontade na sobremesa feita por Joshua que saiu quando ela chegou para ir assistir as suas aulas. — É muita cara de pau — reclama, dando uma outra garfada na comida. — Tenho que comprar uma motosserra.— Por que você compraria uma? — Questiono, já que às vezes não consigo acompanhar a sua loucura e sou eu que acabo quase pirando por pensar nisso com muito afinco. Desse modo, aprendi que é muito mais fácil questionar a veracidade dos fatos.— Como você acha que vou destruir a cara dele? — pergunta minha amiga. Entendo o motivo para a motosserra, mas ela parece ter se esquecido do fato de i