- Pai, e aí. Como eu vou, de cabelo preso ou solto?
- Vai com ele solto, filha.
- Eu pareço mais velha assim!
- Então vai com ele preso.
- Também acho, preso fica mais bonita! Por que está se arrumando em casa? Tem um salão ótimo aqui embaixo, quer eu vou ali falar com elas.
- Não, Tales! Eu gosto de me arrumar...
- Deixa, ela sempre foi assim, se duvidar vai se arrumar até no dia do próprio casamento!
- Irei mesmo, pelo menos fico como eu quero, não parecendo o um alienígena com dor de barriga.
- O que isso minha, filha?
- Calma Felipe, ela está fazendo referência a uma banda japonesa.
- Você gosta, Tales?
- Escuto algumas músicas, mas não morro de amores...
- Conhece o DIV´s?
- Não, essa não!
- Pena que estamos em cima da hora, mas vou te mostrar, eles são muito fofos.
- Achei que você gostasse de boy band.
- Também gosto! Vou casar com um astro.
- Filha, quando terminará o levantamento da área que te passaram? - Já terminei, está com a assistente responsável. - Ah! Desculpe, não imaginei que fosse fazer tão rápido. - Eu já fiz tudo na verdade, estou esperando o Tales me passar as áreas dos bairros. - Um ano já, nunca imaginei trabalhar com você. - É, já faz tudo isso, eu já estou há um mês sem ver o Verni. - Ele está onde? - No Japão. Acho que ele volta na segunda. - Vocês não se falam? - Nos falamos, mas eu não gosto de estar perguntando, não quero que ele se sinta pressionado. - Está certa, filha. Não pode deixar ele nervoso... - Pai, eu vou para minha sala, quer mais alguma coisa? - Não, meu amor, pode ir! Filha, só mais uma coisa, tirou sua carteira? - Faço os testes semana que vem! - Certo, era só isso. Pode ir. - Alô. - Gaby, pode vir na minha sala, por favor!? - Estou indo! C
Copyright © 2021 por Jê AgneTítulo original: Meu melhor amoramigoRevisão: Shainnee e MSLJerusa Agne mais conhecida como Jê Agne, nascida e criada em um bairro pobre de Porto Alegre, em meio a tantas adversidades começou a escrever para tentar superar uma crise de síndrome do pânico, começou a pegar gosto pela escrita e surge a primeira obra publicada em 1º de novembro de 2018. Amante de séries, filmes e literatura, divide o seu tempo entre a família e o trabalho. Hoje Jê mora com sua família em uma pequena cidade de Santa Catarina, Taió, onde continua escrevendo.Jê diz que sua vida está no auge da juventude. Alegre, extrovertida, tem a música como companheira para escrever e se inspirar. Além de trazer em suas histórias um pouco de sua personalidade e vivência pessoal.
Meu melhor amoramigoDedico este exemplar para todos os amigos, revisores, parceiros e divulgadores que acreditaram e me apoiaram a realizar mais este sonho, em especial minha família, meu marido e minhas filhas que estão sempre ao meu lado me incentivando. Aos que em momento algum duvidaram do meu trabalho e se mantiveram firmes em todas as ocasiões, em cada conquista, em cada decepção, alegrias e tristezas. Fica um forte carinho por tudo que cada pessoa fez e faz por mim, e minha sincera gratidão para todos que de um
- Gaby, podemos fazer o trabalho hoje à tarde?- Tenho que ver, eu estava preparada para hoje de noite depois que o papai chegar. Sabe como é complicado se a senhora Lea estiver em casa.- Eu queria jogar hoje.- Eu te ligo se estiver sozinha. E podemos jogar depois.- Está bem! Pensei em sentarmos lá na frente de casa.- Vernoin!- Que?- Nada não! Esqueça depois te ligo!Entrei em casa rezando para minha madrasta não estar. Na frente do meu pai ela me trata até que bem, assim por dizer, mas passar o dia sozinha com ela é um sacrifício, ainda bem que ela vive viajando. Quando o papai foi transferido para cá sendo diretor da filial de Paris, eu tinha quatros anos, logo depois os pais do Vernoin vieram morar aqui na casa do lado quando ele tinha cinco anos. Meu pai conheceu a Jennie Lea quando a Sofia, irmã do Vernoin nasceu há oito anos,
- O que faz aqui na cama?- Não enchemos direito aquela coisa, ou melhor nós não fechamos a válvula, o colchão murchou...- Vernoin, você está brincando com fogo...- Crianças, venham tomar café. Ai filho, você pegou o colchão furado, eu ainda não arrumei...- Tá explicado o motivo de ter murchado.- Não quero mais vocês dois dormindo juntos, já estão grandinhos para isso! Levantem e desçam depois se trocam... Vamos!- Trocou o shampoo, Gaby?- Troquei.- Gostei muito do novo perfume! Vem, vou te ajudar a levantar...- Não me puxa, vai me derrubar... – Blum. – No chão...- Isso foi pelas cinco derrotas consecutivas... Vamos.- Bom dia, tio e tia!- Bom dia, crianças, estão pegando o colchão errado há dias, né Vernoin? E
- Pai, você irá agora conosco ou só na hora do jogo?- Eu irei apenas na hora do jogo junto com eles. Ontem nós nem conseguimos conversar direito, vocês chegaram tão eufóricos. Parabéns, minha filha!- Obrigada, pai.- O amigo de vocês irá também?- Não sei pai, o Chang é amigo do Vernoin, não meu. Acho que ele estará lá, o time deles ficou em terceiro e a premiação será hoje.- Ele não é seu amigo? Quanta informalidade para quem não é amigo, ele até pegou sua mão. Achei que fossem um pouco mais que isso inclusive.- Mas não é! O senhor está enganado. Nós sempre nos tratamos assim, somos jovens, pai. Para que usar formalidades?... Vou ali na tia, o Vernoin deve estar me esperando.Cheguei correndo, ele já estava me esperando.
- Passei na avaliação!- Que avaliação?- Na verdade, eles me viram lá no saguão da escola e fizeram algumas perguntas e as provas.- Jura! Que legal. Como funciona agora?- O papai e a mamãe tem que autorizar, e depois eu irei para o seminário em janeiro...Nos abraçamos muito forte.- Estou feliz por você!- Eu também estou feliz por mim!Voltamos para casa como todos os dias de mãos dadas, ou abraçados. Chegamos na casa dele para darmos a notícia. Depois fui para casa, cheguei e para minha infelicidade Jennie havia voltado da sua viagem. Baixei a cabeça e passei.- Boa tarde!- Onde esteve? Já liguei para o seu pai dizendo que estava atrasada. Ele mandou você ficar no seu quarto sem lanche! E deixe seu note na mesa da sala...- Sim, senhora!Larguei o note e me tranquei no meu quart
Estávamos brincando na árvore e conversando sobre a separação do meu pai. Eu estava muito feliz, apesar do meu pai não estar, só que eu não ter que precisava mais me preocupar com horários, nem com apanhar ou ficar sem comer um dia inteiro, ter que fugir pela janela e pedir comida para a tia.- Oi, gente!- Oi, Krys. Vou deixar vocês dois sozinhos...- Não, fica! Estou feliz por você, Gaby. O Verni me contou tudo!- Para mim está sendo um paraíso. Mas meu pai voltou a beber e isso não é bom para ele e pode não ser bom para mim também. Mas isso não importa. Vou achar outros pra incomodar e deixar vocês namorarem.Saí e deixei os dois embaixo da árvore namorando, sentei em um banco do outro lado do pátio e fiquei lendo.- Gaby, quer jogar xadrez? Duas duplas.- Gente, obrigada, mas n&atil