Antony viu Matteo saindo apressado da empresa e ainda que tivesse outras coisas para resolver, saiu antes do horário e dirigiu em alta velocidade em direção a sua casa. Os empregados da mansão estranharam o fato dele chegar tão cedo, ainda mais apressado como estava.Tomou um rápido banho e desceu avisando que não jantaria em casa naquele dia. Sua rotina era sempre essa, mesmo quando esteve casado com Giovana, costumava chegar tarde em casa e muitas vezes nem sequer dormia em casa.Quando estacionou o carro em frente à casa de Roberta, ela já estava na porta, o esperando ansiosamente. Era estranho para Antony olhar para aquela mulher e não sentir absolutamente nada. Se recordava, mesmo que brevemente, o quanto foi apaixonado por ela. Loucamente apaixonado, de modo que até mesmo pensou em passar por cima dos caprichos do Nicolau para saciar apenas os desejos do seu coração.Quando Roberta desapareceu, dizendo já não suportar vê-lo com outra mulher, Antony achou que morreria. Daquele di
Giovana olhava para Antony, a uma certa distância segura, perguntando-se quais eram suas verdadeiras intenções em estar ali. Ela não acreditaria, nem que ele contasse um milhão de vezes, que sua presença era uma coincidência do destino. Ele havia feito de propósito, com quais intenções ela jamais teria ideia.— Já escolheu o que vai querer para essa noite, Giovana? – Matteo perguntou, apenas para fazê-la olhar para ele.O incômodo tomou completamente o ambiente entre eles. Giovana não conseguia disfarçar o que a presença de Antony causava em seu corpo. Ele respondia como ondas magnéticas, a cada olhada que ele lançava a ela.— Me perdoe, Matteo – colocou a mão sobre a testa, alisando-a delicadamente, talvez tentando disfarçar as rugas de preocupação que predominavam –, eu vou querer o mesmo que você.Era clara que ela não estava prestando atenção em nada que acontecia ao seu redor, a não ser na presença de Antony. Se tivesse, saberia que Matteo não havia escolhido nenhum prato em espe
Os lábios quentes dele fizeram ela perder o sentido da realidade. A língua dele invadiu a sua e Giovana quase se entregou completamente.Matteo, paralisado no meio do salão, olhava para a cena sentindo o sangue ferver quase no ponto de ebulição. A vontade dele era correr até onde eles estavam e socar o rosto de Antony até ele aprender a não se meter entre ele e Giovana. Mas como se a própria Giovana lesse os seus pensamentos, o corpo dela se afastou e ela levantou a mão dando um tapa no rosto de Antony.Todo o restaurante ouviu o estalo que o tapa fez. O rosto de Antony ficou vermelho quase que imediatamente e quando ele olhou nos olhos de Giovana havia uma pequena pontada de arrependimento, mas não o suficiente para ela implorar pelo seu perdão.— O que você acha que está fazendo? – Seus olhos logo lacrimejaram, não sabia ela ao certo de vergonha ou da dor que aquele beijo causava em seu coração. – Eu não sou mais a sua esposa, Antony, sendo assim você não tem mais direito de me toca
Antony pegou Giovana no colo, quando percebeu que ela não acordava, e a levou de volta até o veículo, colocando-a desacordada no banco do passageiro. Só percebeu que suas mãos tremiam quando segurou no volante para dirigir até o hospital.O caminho até lá foi tenso e cheio de pensamentos ruins. Giovana continuava desacordada, enquanto o celular de Antony vibrava insistentemente ao seu lado. Ele olhou a tela várias vezes, percebendo que Roberta estava desesperada para falar com ele, mas Antony não pararia para conversar com ninguém até que Giovana estivesse bem.Dirigiu até o hospital particular, onde um dos melhores médicos era seu amigo de longa data. Pegou Giovana novamente no colo, percebendo que a temperatura corporal dela havia abaixado bastante. Ele teve medo de que ela morresse em seus braços, até inclinou o rosto na direção das narinas dela, apenas para se certificar que Giovana respirava. Entrou na recepção às pressas, quando viu uma enfermeira, implorou.— Eu preciso de ajud
O sangue parou de circular pelo seu corpo e Antony ficou branco. Ele só ouvia ruídos e com a visão embasada observou Caleb se aproximar dele às pressas. Quando recuperou a consciência, estava deitado sob a maca do hospital e achou realmente que havia tido um sonho.— Se eu soubesse que você iria ficar assim com essa notícia, eu não teria falado sem antes sedá-lo – Caleb riu, quando terminava de medir sua pressão.— Do que você está falando, Caleb? – pareceu ainda mais confuso, colocando as mãos na cabeça e esperando que a tontura o deixasse em paz.— A Giovana está grávida, Antony – repetiu as palavras que ele não queria ouvir – e pelos exames a gestação já vai para o quarto mês.Ele se levantou tão depressa, que quase desabou novamente. Se segurou na mesa, quando Caleb o fez sentar novamente.— Eu sei que é uma notícia assustadora para você, que se divorciou dela recentemente – deu a ele um copo d’água – mas precisa se acalmar.— Eu estou calmo – disse com pressa.Contudo, a verdade
Quando a empregada bateu na porta, Antony percebeu que o dia havia amanhecido sem que ele sequer tivesse dormido. Ordenou que ela entrasse e se deparou com o patrão quase nu na sua frente. Virou-se rapidamente, de modo que não pudesse ver ele em seu momento íntimo, e só então disse:— O doutor Caleb ligou essa manhã, para informar que a senhora Giovana recebeu alta – começou a arrumar a cama dele –, o que aconteceu com a senhora Giovana?Tania até esqueceu que Antony era o seu patrão, virou-se dessa vez sem surpresas, ele já estava vestido e com o semblante preocupado no rosto.Antony não queria responder aquela pergunta, muito menos falar sobre Giovana. Travou o maxilar e o silêncio foi o que Tania obteve por alguns poucos segundos.— A senhora Giovana não é mais a sua patroa para que você se preocupe com ela – foi duro com as palavras –, e se o Caleb ligar novamente, diga que tenho outras prioridades do que me preocupar com uma traidora.Antony saiu apressado do quarto, já pronto pa
Antony estava muito próximo da casa de Giovana, quando um barulho alto surgiu do lado de fora do carro. O carro foi se movimentando de maneira estranha e logo Antony descobriu o que era.— Droga! — Esbravejou, quando pisou no freio e parou o carro, desligando o motor.Quando saiu para ver o que havia acontecido, percebeu que o pneu dianteiro havia furado. Colocou a mão sobre o rosto, lamentando-se e tentando se acalmar. O celular vibrou no bolso. Ele pegou ligeiramente o aparelho e viu que era uma ligação de Ricardo. Já havia outras dezenas de chamadas não atendidas e ele resumiu que era urgente.Quando atendeu a ligação, não teve tempo nem ao menos de se justificar ou pedir por ajuda.— Você precisa voltar para a empresa imediatamente — a voz tensa do outro lado da linha indicava que o assunto era realmente sério.— Eu não posso voltar agora, o meu pneu acabou de estourar — chutou o pneu com um dos pés, colocando para fora toda a sua indignação — seja lá o que for, Ricardo, marque pa
Antony seguiu apressadamente em direção a Giovana, segurando-a pelo braço, arrastando-a para longe de todos sem cerimônias.— O que você acha que está fazendo? – Ela o obrigou a soltá-la, agora, já do lado de fora do escritório.— Impedindo você de fazer uma bobagem – disse ele, encarando-a perto demais. – Você nem sabe se eles estão falando a verdade ao ler outro testamento, que eu duvido que meu pai tenha feito.— Aquele rapaz ali dentro alega ser o seu irmão – o comentário dela deixou Antony furioso. – E vamos combinar, ele se parece muito com o Nicolau.Antony até abriu a boca para ofendê-la, mas acabou desistindo. Tinha muitas outras coisas em mente para resolver com Giovana e não podia mais perder tempo.— Pelo visto você se recuperou muito rápido do mal-estar de ontem à noite – foi irônico porque sabia que aquilo irritava Giovana. – Engraçado que o Matteo, a qual você alega ser o pai dessa criança, nem tem conhecimento da sua gravidez.O comentário de Antony fez o sangue de Gio