Antes de ir para a faculdade verifiquei se a Tau tinha chegado, ela não estava em casa.
Mas é bom, Tiffany é uma boa pessoa e a Tau precisa de alguém forte para ajudá-la.
Quando eu estava tomando café meu celular vibra com a mensagem da Joanna.
"Estou indo te buscar, estou insuportável. Chego em 10 minutos". Lá vem ela com aquele belo humor pra variar mas já estou acostumada.
Terminei meu delicioso café quando minha prima entrou na cozinha.
ー Bom dia raio de sol... - ela entrou sorrindo.
Arqueei a sobrancelha e perguntei ー Que felicidade é essa?
Ela sentou na cadeira e olhou para a entrada da cozinha pra verificar se minha mãe não estava lá ouvindo nossa conversa.
Tau está radiante!
ー Eu tive a melhor noite da minha vida, rolou um clima com a Tiffy sabe? - balancei a cabeça já entendendo tudo o que aconteceu, mas eu nunca iria imaginar que a Tau fosse bi. ーEu nunca tinha passado dos beijos com uma mulher, já fiquei c
Quando entramos no clube já tinha bastante pessoas, o que mais me chamou a atenção foi os garçons. As mulheres estavam de calcinha de renda que quase não dava pra vê, salto alto e tampões em formato de coração. E os homens de cueca quase transparente. ー Simon é exigente com eles, mas também soube que ganham bastante para fazer assim. - Joanna fala ao perceber que eu estava olhando. ー Bom pra eles, não é tão diferente do que faço. - dei de ombros e peguei uma taça de caipirinha, Joanna fez o mesmo pegou duas taças e ofereceu uma para a Tau.ー Eu não bebo. - ela disse recusando.ーÉ uma festa, é só não beber exageradamente. - Joanna disse olhando pra ela. Tau pensou um pouco mas acabou aceitando. ー cuido de você se ficar bêbada. - Joanna deu um sorrisinho malicioso e Tau ficou sem graça. ー Deu até ânsia de vômito. - falei brincando. ーCala a boca... - Joanna riu e eu acompanhei. Vi minha prima tomar o primeiro gole e fazer um
Acordei com os raios de sol batendo no meu rosto, estava sentindo um dor muito forte na cabeça. Parecia que um trator tinha passado por cima de mim.Vicente ainda estava dormindo.Passei a mão em sua costas nua fazendo carinho e me levantei para pegar algo para comermos. Chegando na cozinha encontrei Joanna preparando uma bandeja com diversas coisas.ーSua cara está horrível. – ela comentou.ーVejo que está bem alegre por sinal. – falei pegando uma bandeja para preparar café. ーA noite foi quente. – ela riu.ーMe poupe dos detalhes. – falei cortando alguns pedaços de bolo.ー A sua pelo visto também foi, os dois irmãos? – ela já sabia mas sempre quer que eu fale.ー Foi. – falei.ー Gostou? – ela insiste.ー gostei. – falei terminando de arrumar tudo. ー Dormiram os três numa cama? – ela perguntou curiosa. ー Jonathan foi embora ontem ele nem se despediu de mim. – olhei para ela.ー Jonathan nunca fi
Tauane narrandoFoi algo inesperado o que aconteceu entre mim e a Joanna. Não vou colocar a culpa na bebida porque eu não tinha bebido nem dois copos cheios de caipirinha, foi algo que eu quis. Eu não sei exatamente o que me deixou com desejo de tocar nela, ou de sentir sua boca junto a minha.O jeito mandão dela e o jeito que ela me envolveu na dança e a conexão que tivemos quando nossos corpos estavam nus.A conversa sobre qualquer coisa pra me deixar à vontade ao seu lado, ela foi uma experiência totalmente nova e diferente.Os olhares e os sorrisos direcionados a mim me fez se sentir especial, não foi apenas coisa carnal, pra mim não foi.Foi como se tivéssemos apenas nos encontrado novamente, foi como se eu conheci ela a bastante tempo.Quando seus lábios tocaram os meus eu prendi a respiração e minha barriga revirou, foi inesperado era como
Narrado por Ana Chegamos no hospital rápido e tivemos a notícia que minha tia estava fazendo uma cirurgia para drenar um coágulo no cérebro. Tinha alguns policiais falando com a Tauane e eu estava prestando atenção.Segundo eles os vizinhos fizeram a denúncia que o marido estava agredindo a esposa, mas quando eles chegaram só encontraram ela desacordada e muito machucada aí chamaram a ambulância.No momento em que os policiais se distanciaram da Tau eu me aproximei dela e a abracei. Ela chorou, segurei minhas lagrimas até onde eu aguentava mas não foi o suficiente, então eu chorei. Não consigo pensar como o ser humano é capaz de fazer isso, capaz de agredir até a morte alguém que jurava amar.ㅡ Ela deveria ter escutado a gente, deveria ter deixado ele. - ela falou entre soluços. ㅡ Foi a decisão dela ficar. - falei enxugando as lagrimas dela. ㅡ Agora vamos mandar energias positivas para ela. - tentei falar isso para mim mesma.
O dia passou tão rápido que eu nem consegui respirar direito. Tudo estava agitado, faculdade, clínica e agora a casa do Vicente.Ester e Jasmim pareciam está esgotadas, a cara delas estavam de mera frustração e tristeza.Eu estava checando as mensagens para ver se tinha alguma novidade sobre minha tia quando Jonathan entrou na sala de estar, deu um beijo na testa de sua mãe e de sua tia. ㅡ Oi Ana. - ele disse e eu me incomodei com a frieza em sua voz e olhar. ㅡ Oi. - esbocei um sorriso.Ele olhou para a mãe e perguntou ㅡ Cadê ele? ㅡ Trancado no escritório, você precisa ajudar ele. - ela diz triste. ㅡ Estão obrigando ele a ir, não quero que meu menino se perca. - Jasmim fala.Eu acho tão lindo a relação dos quatro, a mãe deles são as duas mesmo sendo tia e mãe mas para os dois são duas mães. ㅡ Eu estou tentando mas ele é o mais velho, não posso fazer muita coisa. - ele passa a mão nos cabelos. ㅡ Foda que nosso avó nunca se
Eu tinha chegado em casa tarde da noite, passei horas conversando com o Vicente e foi uma coisa boa.Entrei e não encontrei ninguém na sala. ㅡ Mãe cheguei. – falei alto o bastante.ㅡ Estou na cozinha. – ela respondeu. Deixei minha bolsa no sofá e fui até lá, chegando lá estava Joanna, minha mãe e Tauane conversando. Estranhei o fato da Joanna vim até aqui sem me avisar, mas acho que ela não veio me ver.ㅡ Vim te chamar pra jantar fora. – Joanna falou.ㅡ Estou cansada. -falei me sentando, ela virou pra Tauane e perguntou se ela queria ir porque não gosta de comer sozinha, e foi ai que eu entendi que era uma tática de levar a Tauane pra jantar sem levantar suspeitas para minha mãe.ㅡ Deixa pra próxima, ok? – Tauane falou, ela estava um pouco abatida.ㅡ Vamos pedir pizza. – falo ㅡ Temos que conversar Joanna. – olho para ela. ㅡ Lá vem merda! – ela assobia.Revirei meus olhos e perguntei ㅡ Mãe como minha tia está? ㅡ
A semana tinha passado rápido, minha tia não teve nenhuma melhora infelizmente. O caso dela só piorou, os médicos já estão desenganados com ela e todos estamos mal por isso.Vicente tinha viajado ontem a noite para Itália, não teve despedidas, não fui no aeroporto leva-lo. Ele estava distante, estranho.Ele havia dito que era melhor assim, sem choro e sem tristeza. Eu respeitei sua vontade, eu não seria a menina chata que sufoca o cara.Se ele quis assim então ele teve seu desejo realizado. Claro que eu gostaria de ter me despedido já que nossa semana foi tão corrida e não deu para a gente se ver uma última vez antes dele ir.Eu já tinha me mudado e a adaptação com o apartamento foi super tranquilo, eu só não consegui dormir direito nos três primeiros dias por causa da mudança de lugar.A faculdade
Nunca soube como era perder alguém querido.Fiquei quase um dia todo para fazer a liberação do corpo para o sepultamento, eu já estava exausta quando começamos o velório da minha tia.Foi bastante pessoas, todos conhecidos da igreja onde frequentávamos quando eu ainda morava com minha mãe.Tauane estava medicada, ela passou mal várias vezes antes de vim.O pai dela foi ao velório ele não saiu um minuto do lado da filha, pelo menos nisso ele havia apoiado.A pior parte foi a hora do sepultamento, é o momento em que realmente sabemos que não vamos mais vê aqueles que amamos.Que nunca mais iremos ouvir sua voz ou risada, é onde a dor se torna saudade e começamos a refletir sobre o tempo.Que podemos ter tido mais tempo com a pessoa, que podíamos ter feito mais, ajudado mais.O pastor fez uma oração,