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Saída apressada

Rebeca

Quando eu disse que queria fazer sexo, eu falei realmente sério e nada poderia me impedir de extrair prazer desse belo homem, nem mesmo caras estranhos que aparentemente invadiram o lugar onde ele estava dormindo. Não esperava ter que usar o abridor de cartas, realmente não esperava, mas quando eu vi uma movimentação estranha do lado de fora da varanda, eu soube que ia precisar, não estou confortável com a ideia de ser baleada na hora do sexo. Falando nisso, meu humor está azedando rapidamente por causa da frustração sexual.

É pedir demais uma noite de sexo alucinante sem alguém tentando me matar ou ferir de alguma forma?

Bem, parece que é.

Quando eu abri a porta da varanda e saí inocentemente, fingindo que ia tomar um ar, senti a presença atrás de mim poucos segundos depois.

— Não se mexa. — alguém sussurra.

Fiquei quieta e não me virei em momento nenhum, continuei ocultando o abridor de cartas, feliz por estar um pouco escuro e a visão ser limitada. Quando o movimento da mão que segurava a arma vacilou por um segundo, fiz um rápido movimento e com a força certa, me abaixei e virei em rápida sucessão, cravando o abridor de cartas na garganta do homem e jogando sua arma para longe imediatamente. Essa não é a primeira vez que faço isso e não será a última, infelizmente, o desgraçado se debruçou por cima de mim e sujou meu vestido, eu gosto muito dele, me deixa com uma bunda bonita e agora pode estar arruinado por causa desse idiota.

Chateada, joguei seu corpo inerte no chão e o chutei, logo depois resmunguei acerca do estado atual do meu vestido enquanto checava rapidamente se estava muito sujo ou não.

Que droga.

Senti o cheiro do cara gostoso e me perguntei se ele estava por perto ou era só minha imaginação. Com minha visão periférica, percebi um movimento vindo da porta que leva para dentro do lugar e percebi que ele me observava em silêncio. Espero que ele não tenha muitas perguntas, porque eu não vou responder nenhuma delas, tampouco vou perguntar, não foi para isso que vim.

Deixei isso claro quando as perguntas começaram e resolvi apressar as coisas quando comecei a tirar a roupa, nada melhor do que ficar nua para desviar de suas perguntas.

Eu o chupei com toda maestria que reuni ao longo dos meus trinta e um anos de vida. Me dediquei e espero com todas as forças que ele devolva o favor, já estou frustrada o suficiente, se ele não fizer o mesmo por mim, vamos ter um problema sério. Eu sou exigente na cama, faço bem para receber da mesma forma. Esse é o meu lema na cama e quando isso não acontece é um problema que trato com seriedade.

— Minha vez. — foi o que ele disse quando gozou na minha boca.

Fiquei imediatamente animada e até esqueci que um cadáver estava na varanda na nossa frente.

O senhor incrível, me levou ao sofá e me chupou com a mesma dedicação que fiz. Puxei seus cabelos fartos e gemi enquanto rebolava em sua boca. Não demorou até que eu gozei, respirei pesadamente e sorri de forma relaxada enquanto ele me pegava nos braços e me levava para o quarto. Ele ainda está vestido, mas eu pretendo mudar isso no momento em que voltar a sentir minhas pernas novamente. Não sei quem é esse homem, mas ele tem uma boca mágica, posso atestar isso com sinceridade.

Ele me deitou na cama de forma delicada e se despiu na velocidade da luz, e logo estava em cima de mim novamente, dessa vez, ele se dedicou a beijar e mordiscar cada parte do meu corpo, eu só pude gemer impotente enquanto ele fazia seu ataque lento. Logo eu estava ligada novamente e com um pequeno impulso, empurrei-o para o colchão e montei-o imediatamente. Sem perguntar nada, encaixei seu pau em minha entrada e desci com força. Ele é enorme, e eu me sinto muito cheia agora, é quase doloroso, mas tão bom que o gemido longo que sai do fundo da minha garganta é prova suficiente do quão satisfeita estou nesse momento.

Me posicionei e subi e desci em um movimento rápido, quase frenético. Suas mãos estavam nos meus quadris e apertavam com força, me abaixei e mordi seu pescoço com força enquanto ele se movimentava embaixo de mim, gememos como dois loucos, e seguimos dessa forma frenética até que encontramos a libertação um depois do outro. Caí em cima dele com a respiração acelerada, mas satisfeita. Esse foi o sexo mais intenso da minha vida, foi o melhor que eu já tive e acho que estou um pouco apaixonada por esse cara. Certo, talvez seja só o meu corpo extremamente satisfeito falando. Enfim, eu poderia me apaixonar por ele, corro perigo. Ele é meu tipo ideal, bonito, perigoso, tatuado e faz sexo como ninguém.

Corro sério perigo de me apaixonar, mesmo que seja só por alguns dias.

Sim, sou volúvel dessa forma.

Eu estava longe de terminar com ele e realmente queria continuar ali, mas dando uma olhada rápida lá fora, percebi que não ia demorar para amanhecer e eu tinha compromissos durante todo o dia, compromissos importantes que não podem ser adiados por causa de uma foda alucinante. Levantei em seguida e comecei a vestir minha roupa sem dizer uma palavra, foi ótimo, mas eu não posso mais ficar, é melhor ir embora o mais rápido possível, o dia seguinte é sempre embaraçoso e eu estou fora disso.

— Você já vai? — pergunta enquanto me segue para a sala, onde eu procuro minhas roupas e me visto.

— Tenho coisas para fazer e não vai demorar para amanhecer. — respondo.

— Você poderia ficar e podemos ter mais uma sessão de sexo, não vai ser um problema. — oferece.

— Seria ótimo, mas eu não posso. Realmente preciso ir. — procuro minha calcinha, mas não sei onde ela está e não quero perder mais tempo aqui, sinto minha determinação vacilar diante de seu convite despretensioso. — E não se preocupe, não vou falar nada sobre os visitantes dessa noite, espero que esqueça que eu matei um deles e limpe isso de forma silenciosa e de forma que eu não seja envolvida, seria um problema desagradável de lidar. — termino de me vestir e apanho minha bolsa.

Ele segura minha mão e parece muito interessado em me olhar, seu olhar me devora como se eu ainda estivesse nua.

— Você vai dizer seu nome? — pergunta.

— Não. Nosso encontro foi ótimo e eu adoraria ficar para mais, mas o dever me chama. Talvez nos encontraremos novamente um dia, bonitão. — dou-lhe um último e caprichado beijo e o deixo atordoado me observando enquanto abro a porta e vou embora.

Peguei um táxi até o meu apartamento, não muito longe dali e no caminho, senti uma emoção estranha ao pensar no homem e um pouco de arrependimento por não ter perguntado seu nome ou pegado seu número para contato. Acho que deveria ter feito isso, mas não fiz, agora se nos encontrarmos novamente, será puramente obra do acaso e eu confesso que, apesar de não acreditar muito no acaso, estou torcendo para que isso aconteça, não vou negar, eu quero vê-lo novamente, não só apenas ver, fazer o que fizemos hoje e muito mais.

Ao chegar em casa, dormi algumas horas e acordei com Ben, batendo na porta do meu quarto e chamando insistentemente. É nesses momentos que me arrependo amargamente de ter entregado a chave reserva para ele. O desgraçado sempre aparece quando estou dormindo e praticamente derruba a porta do meu quarto me obrigando a sair da cama, mesmo que eu não queira.

Esse merdinha, eu vou pegá-lo.

— Já acordei, porra! — grito enquanto atiro meu sapato da noite passada na porta.

Visto uma camisa enorme e um pijama e me arrasto para fora do quarto, dando um último olhar de saudade para a minha linda e adorada cama. Meu corpo todo dói e eu tenho certeza que há algumas marcas da minha aventura sexual ontem, não que eu me importe, já acostumei em cobrir tudo com maquiagem, leva um tempo extra, mas não é difícil de fazer.

— Finalmente saiu, pensei que estava morta e estava prestes a arrombar a porta. — ele me entrega uma caneca cheia de café fumegante e muito forte.

— Eu cheguei tarde. — resmungo como se isso explicasse tudo e talvez explique junto com minha aparência atual.

— Vejo que a noite foi boa, talvez mais satisfatória que a minha. — zomba.

— Foi sim, agora, porque diabos está na minha porta a essa hora? — pergunto.

— Você sabe que temos trabalho a fazer. Suspeitei que você precisasse de tempo extra para se arrumar e vim uma hora mais cedo que o combinado. — diz.

— O que vamos fazer hoje? — pergunto em meio a névoa de sono.

— Temos aquela missão que você vem se preparando há dois meses. — diz.

— A do clube, com aquele velho? — pergunto apenas para conferir se estou lembrando corretamente.

— Sim. Você treinou por dois meses para se aperfeiçoar para o papel, precisa fazer isso bem. — avisa.

— Não se preocupe, eu sei como chamar atenção quando quero e não vai ser difícil, todos sabem que aquele velho adora uma novidade e essa noite eu serei exatamente isso. — garanto.

— Perfeito, vamos nos preparar, o dever nos chama. — diz.

— Certo. — suspiro e dou um último gole no meu café antes de ir preparar um banho.

Como esperava, meu corpo está repleto de marcas de mordidas e também dos dedos daquele cara, sorrio satisfeita e começo meu dia de trabalho.

Quando a noite caiu, eu já estava totalmente pronta, como sempre, Ben vai me dar suporte e observar o ambiente enquanto eu faço a parte principal da missão. Nosso trabalho de hoje consiste em pegar um velhote asqueroso, um banqueiro muito conhecido, mas que leva uma vida dupla e adora trair a esposa, a pessoa que solicitou o trabalho, alguém próximo da esposa dele, que quer vê-la livre e desimpedida para tentar um relacionamento com ela. Por isso, eu vou atuar como uma dançarina de pole dance e me apresentar na frente dele hoje, vou atrair sua atenção e fazer uma dança privada quando for solicitada, vai ser naquela sala que eu vou terminar o trabalho de forma espetacular e nada suspeita.

— O palco está pronto e nosso alvo está em seu lugar. Vamos começar. — Ben avisa. Respirei fundo e entrei no palco e a primeira coisa que vi quando comecei minha apresentação, foi uma figura inesperada ao lado do meu alvo. Praguejei mentalmente e quase quis me esconder, mas já é tarde demais, ele já me viu, estou disfarçada e espero que ele não me reconheça, caso contrário, as coisas podem tomar um rumo inesperado.

O senhor incrível está aqui.

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