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A mulher perfeita

Sebastian

Que saco.

Faz tempo desde que me senti entediado como hoje. Não há nada que me anime, uma sensação de apatia tem me tomado por todo o dia e mesmo estando ocupado, não encontrei prazer algum em nada que fiz até agora. Pensei que seria uma boa ideia tentar sair e me divertir um pouco, agora percebo que me enganei, da área VIP observei a multidão abaixo de mim e não sinto mais do que uma sensação enfadonha, lembro que minha vida já foi mais divertida que isso.

Walter Graham, meu melhor amigo e homem de confiança, estava sentado ao meu lado, uma mulher em seu colo, praticamente fodendo na minha frente, o que estava me irritando ainda mais.

Bufei e tomei mais um gole do meu whisky. Não foi de grande ajuda, mas manteve minhas mãos longe dele e da garota.

— Você precisa de uma mulher, Sebastian. — ele diz ao perceber meu humor nada convidativo.

— Você não sabe do que eu preciso. — resmungo.

— Bem, talvez você precise matar alguém. — devolve.

— Isso não seria má ideia, sinto que isso aliviaria meu humor. — murmuro.

— Calma, eu disse isso brincando, não faça nada precipitado, lembre que não estamos aqui para chamar atenção. Além do mais, é meu aniversário e eu só quero me divertir um pouco. Faça isso, por favor. — ele pede em tom gentil.

Bufei novamente, mas fiz o meu melhor para suportar aquilo. Milão é uma cidade legal, mas eu não estou de bom humor e nada disposto hoje. Sinto uma inquietação maior que o normal e isso está me deixando nervoso e como se não bastasse, todo o barulho está me deixando mais nervoso.

Foda-se, vou sair daqui antes que mate alguém.

— Walter, aproveite a noite, estou indo. — aviso. Sem esperar uma resposta do cara que tinha a língua na boca de uma mulher, saí dali e desci as escadas apressadamente, alguns caras estavam observando o movimento do andar de cima e apontando pessoas, provavelmente escolhendo quem levaria para casa ou para qualquer canto desse lugar. Confesso que não seria uma má ideia aliviar o estresse no corpo de uma mulher ou duas, mas eu não estou sequer disposto a sorrir hoje. Com cara de poucos amigos, tentei sair o mais rápido possível, mas o lugar está cheio e a massa de corpos se mexe como se fosse um só.

Quase esbarrei em uma mulher que parou na minha frente, a centímetros do meu peito. Ela é realmente alta e sua cabeça chega no meu queixo, cabelos loiros, um vestido provocante, lábios cheios e vermelhos e um sorriso no rosto. Ótimo, ela faz meu tipo, se está sorrindo desse jeito, vai servir para o que tenho em mente.

Antes que eu pudesse fazer um movimento, ela segurou meu braço e se aproximou do meu ouvido. Senti seu cheiro doce e algo mais que chamou minha atenção, parece ser algo que eu já senti antes, mas não consigo pensar no que pode ser.

— Eu quero transar com você e quero duro e rápido. — diz acima do barulho alto.

Confesso que me surpreendeu a sua abordagem bastante direta e pela primeira vez na noite, eu sorri. Enlacei sua cintura imediatamente e mordisquei seu pescoço.

— Muito bem. — respondi e sem esperar sua resposta, peguei sua mão e a levei em direção à porta, ela me acompanhou sem resistência e isso me deixou mais satisfeito.

Do lado de fora, peguei meu carro e acelerei até o meu quarto de hotel. Ela não perguntou nada por todo o caminho, apenas acariciou meu pau por cima da roupa e lambeu os lábios como se estivesse faminta. Quando cheguei no hotel, minha ereção já estava quase explodindo fora da minha calça e seu leve toque me fez sibilar.

Não querendo fazer isso no carro, porque apesar de estar com pressa, ainda acho desagradável pra caralho transar no carro, é apertado e eu gosto de me movimentar e preciso de espaço para isso, por isso, estou levando-a para a cama enorme que tenho no andar de cima, não vai sobrar um centímetro daquele lugar intacto, eu vou tê-la por todo o lugar e só vou parar quando estiver satisfeito.

No elevador, tomei seus lábios nos meus e rodopiei minha língua por sua boca em uma carícia deliberadamente lenta, ela gemeu e levou minha mão para baixo de sua saia, pelo tecido da calcinha eu já soube que ela estava molhada e sedenta por mim, me separei dela no momento em que o elevador abriu no andar do meu quarto e segui apressadamente até a porta, enquanto abria a porta, ela se pôs atrás de mim e acariciou meu corpo com suas mãos rápidas e sedentas. Dei um gemido profundo quando ela voltou a apertar meu membro excitado e quando a porta se abriu, praticamente a arrastei para dentro e voltei a beijá-la com força. Eu não sou um cara de beijar muito, mas, surpreendentemente, eu quero fazer isso com essa mulher desconhecida, seus beijos são viciantes e eu fico mais excitado a cada movimento que a língua dela faz na minha boca, deve ser ainda melhor no meu pau.

Não percebi até que fosse tarde demais, temos companhia no quarto e eu não faço a mínima ideia de quem são.

Eu sou um maldito paranoico e sempre fico alerta, hoje não foi diferente, infelizmente, os beijos dessa mulher me deixaram um pouco relaxado demais e eu esqueci por um momento que não estou em minha própria casa, isto é, até o momento que percebi que as coisas não estavam do jeito que eu deixei.

Merda.

Não sei quem são esses filhos da puta, mas vão morrer por dois motivos, o primeiro é porque procuraram a morte e o segundo, é porque vieram e atrapalharam minha foda.

— Temos companhia? — ela pergunta subitamente.

Isso me surpreende, eu fico imediatamente desconfiado dela. Como diabos ela sabe?

Ela levanta os braços em rendição. — Eu não tenho nada com isso, só vi uma movimentação atrás de você. — sussurra.

— É melhor você ir embora. — aviso.

Não quero uma mulher histérica gritando e chamando atenção desnecessariamente.

— Eu vou ficar bem aqui, vá e faça seu negócio. Eu só saio daqui depois de gozar. — avisa e segue para o sofá calmamente.

Que diabos?

Me pergunto se ela está sob o efeito de alguma droga, ela não parece nada preocupada com intrusos ou o que pode acontecer a seguir.

— Se você contar o que vai acontecer aqui, eu te mato. — aviso friamente.

Não vai ser a primeira pessoa que eu mato, nem a primeira mulher.

— Não se preocupe, eu tenho a minha língua muito bem guardada e eu só uso para coisas essenciais, eu posso te mostrar depois. Oh, eu vou pegar isso emprestado por enquanto. — pega um abridor de cartas e continua sentada tranquilamente.

Confesso que não esperava esse desenrolar quando a trouxe para casa, mas agora, vou deixar que fique apenas porque estou muito curioso para ver qual será sua reação quando perceber que está prestes a foder em um lugar com gente morta bem do lado.

Me pergunto se essa fachada calma vai finalmente cair.

Peguei a pistola que estava guardada embaixo da mesa e verificando se estava carregada, segui cuidadosamente pelo corredor, encontrei meu primeiro alvo um pouco à frente e fui rápido em terminar com sua vida, ele não estava ali para conversar, seu objetivo estava claro quando apontou uma arma para a minha cabeça, infelizmente, eu sou mais rápido e atirei primeiro. O segundo alvo estava escondido no quarto atrás de mim e por muito pouco não me pegou, vi sua sombra no chão e me abaixei atirando, procurei apressadamente por mais algum idiota, mas não havia mais ninguém. Voltei para a sala me perguntando se ela estaria no mesmo lugar e não fiquei surpreso ao ver que não havia ninguém no sofá, caminhei silenciosamente checando se ela ainda estava no quarto e se havia mais algum intruso, encontrei-a na varanda, resmungando sobre alguma coisa, percebi o que era quando me aproximei mais. A luz estava apagada e estava ligeiramente escuro, mas a sombra no chão era inconfundível, um homem tinha o abridor de cartas enterrado na garganta e o todo o sangue no chão significava que ele já estava morto. Ela estava suja de sangue e reclamava sobre algo relacionado ao seu vestido novo, não havia indício de pânico ou medo, ela matou um homem com um abridor de cartas e está resmungando que seu vestido está arruinado.

Quem é essa mulher?

— Você terminou? — pergunta sem se virar na minha direção.

Porra, como ela me descobriu?

— Como sabia que eu estava aqui? — questionei realmente interessado em ouvir sua resposta.

— Senti seu cheiro. — Dá de ombros e vem para mim.

— Você o matou? — pergunto apontando para o homem no chão.

— Foi em legítima defesa. — responde.

— Quem é você? — pergunto.

— Isso não é importante. Eu não vim aqui para conversar, eu quero sexo, do tipo selvagem e rápido. Se terminou, vamos prosseguir com o que estávamos fazendo. — diz e segue para dentro.

— Você não se importa com o que aconteceu? — continuo com as perguntas curiosas.

— Não. Você se importa se eu estiver suja de sangue ou prefere que eu tome um banho? — indaga.

Admito que estou tão surpreso que não sei exatamente como agir perto dessa mulher muito indiferente com a morte. Parece que tudo o que importa para ela é o sexo.

Foda-se, isso é um pouco excitante, é a primeira vez que encontro uma mulher como ela e estou curioso e interessado. Ela chamou minha atenção, estou totalmente focado nela.

— Não me importo. — respondo sua pergunta.

— Perfeito. — começa a tirar a roupa como se não fosse nada.

Há respingos de sangue em sua pele, mas ela parece não se importar com isso enquanto se despe tranquilamente. Fico observando como um idiota enquanto ela faz isso e depois se aproxima devagar até estar na minha frente.

— Você está usando roupas demais. — começa a desabotoar minha camisa e depois desafivela o cinto enfiando a mão por dentro da minha calça e agarrando minha ereção com firmeza. Porra, estou muito excitado agora, é uma situação bizarra, mas eu sou um filho da puta estranho, então era de se esperar que eu continuasse excitado.

Quando ela se ajoelhou e colocou meu pau em sua boca bonita, fechei os olhos e gemi.

Perfeita, foi isso que eu pensei, essa mulher é perfeita.

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