Nicole Edgar parece meio indeciso se atende ou não o telefone olhando para mim com a expressão meio confusa. Estou envergonhada pelo que acabou de acontecer, não acredito no que fizemos. Fico calada apenas observando o que Edgar fará a seguir. Ele olha pra mim no segundo depois decide atender seu telefone, só pode ser algo importante. — Olá… Luciano? Edgar parece preocupado ao ouvir a pessoa do outro lado do telefone, o clima que antes fervia, passa a esfriar. — Entendo… iremos aí! Edgar desliga a ligação, e se aproxima de mim. Ele beija meu pescoço novamente, e cola seu corpo ao meu, falando sussurrando ao meu ouvido. — Temos que ir agora gata! Você não sabe o quanto eu queria continuar… você não tem nem ideia. Ao ouvir ele falar isso, posso sentir entre minhas coxas, ele está muito duro, eu não havia reparado enquanto ele me tocava. Sei que está escuro, mas meu rosto esquenta na mesma hora, nunca havia sentido tais coisas. Não sei o que falar, mas meu corpo
NicoleFico meio em dúvida se subo ou não no banco da moto, até que sou surpreendida por Edgar, que me pega pela cintura me sentando na moto.Fico sem reação, ele pareceu nem mesmo fazer força para me levantar.Permaneço da mesma forma que ele me colocou, e ele sobe logo em seguida, ligando a moto.Edgar acelera e seguro de leve em sua cintura, no primeiro momento ele dirigi calmamente, mas após alguns minutos, acelera passando entre os carros, a cada movimento acho que vamos bater.Meus dedos agarram forte sua cintura, meu vestido levanta um pouco mostrando minhas pernas por conta do vento, e Edgar parece se divertir.Ao pararmos na porta do prédio, vejo que o cabelo de Edgar está todo bagunçado, ele desce e me pega novamente, como se fosse uma boneca, me colocando no chão.— Não precisa disso… eu consigo descer sozinha.Falo ja quase me estressando, não sei o porque dele me tratar dessa forma tão derrepente.Ele dá um sorriso, e tira meu capacete.. Acabo perdendo a paciência e saind
Nicole— Bom, fico feliz que tenha gostado, Nicole, eu tenho que ir trabalhar, mais tarde posso passar aqui para terminarmos a conversa, ok? Sugiro que não vá trabalhar hoje, eu falo com o Senhor Hugo, e peço para alguém trazer sua bolsa, não se preocupe, por favor, fique em casa só por hoje, está bem? Agora tudo pode mudar Nicole, se não tivermos cuidado, e eu não quero te por medo, ok? Vamos resolver tudo.Assim que ele volta para a mesa, eu me levanto e respondo entendendo a situação…— Ok, vou ficar por aqui hoje, vou só no mercado comprar umas coisas, mas vou aqui mesmo no bairro, e temos mesmo que conversar mais tarde, quero entender tudo… Vou ficar aguardando minhas chaves chegarem para ir ao mercado, obrigada de novo.Falo olhando gentilmente pra ele.Edgar apenas assente e sorri para mim e acena.— Vou indo, até mais tarde então.Ele logo vai até a porta e sai, me deixando ali, sozinha e fico pensando sobre tudo que aconteceu, a confusão de ontem e sobre o momento que ele e e
NicoleSaio do prédio e vou diretamente para o mercado, ao mesmo de sempre.Não demora muito até chegar, assim que entro dentro do mercado, eu pego uma cesta e sigo andando sem dar muita atenção ao redor, vou na sessão de frutas e conservas, fazia tempo que estava com vontade de comer algumas ameixas em calda.Pego algumas latas, algumas frutas e vou até a sessão de carnes.Lá há algumas bandejas que ficam separadas no refrigerador.A peixes, crustáceos e carnes em geral.Fico super animada ao ver as opções, e imaginar os pratos que posso fazer .Começo a pegar algumas bandejas , até que alguém para ao meu lado.Pensei que poderia ser alguém que me esperava escolher, para poder pegar algo no refrigerador.Então me afastei um pouco, dando espaço para a pessoa.Mas percebi que ela não se moveu, apenas ficou ali parada, ao meu lado.Decidi então olhar quem era, e ao ver, me estresso.Era aquela garota que vive agarrada em Edgar, ela estava parada ao meu lado me encarando.Não acredito qu
EDGAR O fim de tarde em Madrid parecia pintado em tons dourados e carmim. O sol começa a se esconder atrás dos prédios históricos, tingindo o céu de um laranja intenso que aos poucos dava lugar ao roxo suave da noite. O ar esta fresco, com uma brisa leve que traz o cheiro distante de jasmim misturado ao movimento da cidade. E quase seis horas, e a transição entre o dia e a noite parecia intensificar o sentimento de expectativa no ar.Com o passar das horas, termino minha última entrega, limpo o suor da minha testa e subo na moto novamente para ir para a casa da Nicole. O vento já esta mais frio agora, e as luzes dos postes começam a acender pelas ruas. A moto ronca suavemente enquanto me preparo para a jornada.Felipe me mandou uma mensagem, dizendo que conseguiu o número da Nicole. Ainda bem. Foi ele quem pegou a bolsa dela, e como o celular estava lá dentro, foi fácil pegar o número.Agradeço a ele e já salvo o contato dela."Minha Nicole".Oi Nicole, sou o Edgar. Meu amigo consegui
NICOLE O aroma da comida enche a kit-net, trazendo um pouco de conforto para o clima tenso da conversa. Eu respiro fundo, tentando absorver tudo o que Edgar acabou de me contar, mas decidi que, por ora, preciso focar em algo mais leve.— Bom... Já que você veio até aqui, pelo menos vai comer o que eu fiz — digo, abrindo um pequeno sorriso. — Eu fiz uma tortilla espanhola. Espero que goste.Edgar me observa por um instante, antes de assentir com um meio sorriso.— Ah, então além de gata, manda bem na cozinha? Tô com sorte mesmo. - ele falando assim, aliviou um pouco o clima, da nossa conversa séria. Reviro os olhos, mas acabo rindo, indo até a cozinha para pegar os pratos. Ele me segue, puxando uma cadeira e se sentando à mesa, observando-me enquanto eu sirvo a comida. A tortilla dourada e apetitosa, acompanhada de uma salada simples e um pouco de pão, faz meu estômago roncar. Edgar escua o barulho e ri, de um jeito fofo, admito. — Pelo jeito, eu estou com muita fome. - digo, coloca
NICOLE A manhã seguinte começou como qualquer outra, mas havia uma leve ansiedade pairando no ar. Depois de me arrumar para a faculdade, vesti uma calça jeans confortável, um moletom leve e prendi o cabelo em um rabo de cavalo rápido. Enquanto tomava um café apressado, meu celular vibrou na mesa. Peguei-o imediatamente e vi o nome de Sara na tela. Meu coração se aqueceu.Sara: "Nicole! Bom dia amiga! Como está sua faculdade? Estou animada desde que peguei meu celular que não paro de te mandar mensagem, sabe como é o último ano da faculdade, né? É uma loucura! Como você tá?"Sorri automaticamente ao ler a mensagem. Sara sempre foi minha amiga mais próxima, mas com a correria da faculdade dela e a minha, acabamos nos falando menos do que eu gostaria. Eu sentia falta de ter alguém para conversar de verdade.Eu: "Sara! Eu tô bem, que saudade! Que bom que está me mandando mensagens, pode me encher de mensagens, senti sua falta, sério. A faculdade está bem, mesmo que seja puxado pra gente
Edgar A manhã começou cedo, mas eu não fui para a faculdade. Nem tive tempo para olhar o celular. O chefe, senhor Luciano, mandou me chamar, e eu sabia que o assunto era sério. Quando ele quer falar com alguém pessoalmente, é porque tem algo grande acontecendo. Me arrumei as pressas, mal consegui comer alguma coisa, tomei um copo de agua e comi uma fruta, apressadamente. Coloco minha jaqueta preta e subi na moto, pilotando apressado, até a mansão do chefe. Chego à mansão por volta das dez da manhã. O lugar era luxuoso e imponente, como sempre. Passei pelos seguranças sem dificuldade e fui direto ao escritório dele. Assim que entro, o cumprimento com respeito.— Olá, senhor Luciano. O que gostaria de falar comigo? Aconteceu algo? - disse, me aproximando dele, curioso para saber o que ele queria comigo. Luciano me analisou por alguns segundos enquanto tragava seu cigarro. O silêncio dele era sempre um teste de paciência. Respiro fundo, esperando que começasse logo.Meus pensamentos,