Celina parecia não ter ouvido palavras de Miguel, falando consigo mesma. Seus movimentos não pararam, constantemente balançando o banco de madeira.

- Eu não quero ir para cadeia, não quero perder minha liberdade, você tem de me levar embora agora!

- Tudo bem, tudo bem, eu a levarei embora, mas você deve largar o banco primeiro.

Celina estava agitada, sua força era muito maior do que habitualmente, Miguel tentou bloquear duas vezes com suas mãos, mas não conseguiu tirar o banco de mãos dela.

Ele fingiu concordar com pedido dela para a estabilizar.

- Se eu largar o banco, você vai me levar embora?

Celina ainda tinha ilusões sobre Miguel, ela interrompeu seus movimentos e olhava para ele com esperança.

- Sim, seja boazinha, coloque o banco no chão e eu a levarei embora.

Miguel viu Celina vacilar, suavizou sua voz e se aproximou lentamente dela, procurando uma oportunidade para arrancar o banquinho de sua mão.

Tudo isso aconteceu de repente e, quando reagi, percebi que Miguel já havia sido