Acordei e fui trabalhar me sentindo um pouco mais relaxada.— Bom dia, Sara!— Bom dia, Estela!— Estive com Duran depois que sai do barzinho e...— E o quê? — Falei curiosa.— Ele disse que Paul gostou muito de você.— Como gostou? Mal falou comigo.— Pois é, embora você não ache, mas você é uma linda mulher, típica brasileira, chama atenção dos homens e principalmente de americanos.— Para, Estela não é bem assim. — Digo envergonhada.— É sim, é só você prestar atenção em Lucas como te olha, além do amor, te olha com desejo, com apreço.— Ele é meu namorado! Por isso. — Digo querendo justificar.— Como você adora se fazer de difícil, nem falo mais nada para você. — Me dá um tapa no braço, então começamos a trabalhar.Era sexta-feira, o pessoal queria sair para beber, um happy hour, mais estava cansada, insistiram tanto que concordei de ir ao barzinho próximo à empresa, até E
Domingo fomos todos a casa do Lucas para jogar conversar fora, inclusive Estela. Estávamos conversando, brincando um com os outros, Estela e Lucas voltaram à amizade, sem nenhum resquício do mal entendido. De repente o celular de Estela vibra, ela olha para tela faz uma careta e lê a mensagem. Ninguém percebe, somente eu que fico sempre atenta a ela, olha para mim e mostra a mensagem.*WhatsappDuran: Estela where are you? (Estela, onde você está?).Drop everything you're domingo and come to my house now! (Largue tudo o que está fazendo em venha a minha casa agora!).Understood? (Entendeu?).Estela: Yes! (sim!)Ela responde rapidamente e vai se levantando e diz que precisa ir embora. Acompanho até a porta.— Como você deixa ele falar assim com você? Ele age como se fosse seu dono. Não tenho nada a ver com isso, mas não gosto.— Ele sempre foi assim e por gostar deixei. — Disse cabisbaixa.— Você gosta tanto assim para ser submissa a ele? — Ela dá
Chego em casa, encontro meus pais acordados ainda, era muito raro isso acontecer, mais aí que percebi o clima no ar, eles namoraram por isso estavam acordados ainda, estava com cara de quem acabou de tomar banho. Nunca vi ou ouvi nada que pudesse dizer que meus pais transavam, é claro que faziam isso, eram jovens ainda, mas nunca deixaram que eu percebesse qualquer indicio da vida sexual ativa deles. Achei ótimo.— Bença pai, bença mãe!— Deus te abençoe! — Disseram em uníssono.— Nossa! Acordados ainda? — Disse com um tom sugestivo.— Estávamos assistindo a filme, tomei banho e vou deitar. - Disse minha mãe toda sem graça e saindo rápido.— Eu estava com sede, mas também já estou indo. Boa noite. — Disse meu pai já se retirando da sala.— Foi bom o filme mãe? — digo rindo. Minha mãe me olha toda vermelha e só balança a cabeça. Acho muito engraçado eles terem vergonha, sendo que eu abri que perdi a virgindade.Fui dormi, afinal tinha que estar cedo na emp
Paul TurnerDesde a primeira vez que eu falei com Sara pelo telefone, me encantei com sua voz. Ficava sempre ecoando em meus ouvidos Mr. Turner... uma voz suave, doce, gentil. Quando fiz a ligação pelo Skype para videoconferência, julguei que Mike estaria na sala, sempre chega cedo, mas não, me deparo com aqueles olhos verdes intensos, aquela mulata linda, lábios carnudos, vejo que a dona faz jus a sua voz e fico mais encantado ainda. Durante a reunião, estava prestando atenção em tudo e todos, mais não conseguia tirar os olhos dela, sentada, tímida no canto, fazendo as anotações para pauta de reunião, mas eu tive vontade de estar ali com ela. Ah… como eu tive vontade de estar com ela. Após a reunião meus pensamentos continuaram nela, praticamente o tempo todo...Adiantei minha ida ao Brasil só para poder vê-la pessoalmente, porque aqueles olhos verdes e aquela boca estavam presos em minha mente, minha vontade era tomá-la para mim, mais não sabia nada sobre sua vida pessoal, somente
Paul TurnerChego cedo na empresa, quando vou passar pela recepção, vejo que Mia fica me olhando com as bochechas rosadas, não sei se é dela ou se é por minha causa.— Bom dia, Mia! Como está?— Bom dia, Tudo bem Mr. Turner. E o senhor?— Bem, mas me chame de Paul e deixe o senhor para Mike que é um chato.— Tudo bem, Paul! — ficou mais rosada, acreditei ser por minha causa então, aliás eu não entendo... dou risada.— Estela já chegou?— Ainda não, quer que eu dê algum recado?— Pede para ela ir a minha sala, por favor.— Aviso sim.— Obrigado!Vou até minha sala, começo a verificar meus e-mails, ligo para Carly, minha mãe, quando estou longe da Califórnia, se eu não ligar pelo menos duas vezes ao dia, ela quase surta. Falo também, com minha irmã Annie, que ficou muito brava por eu não ter a trazido comigo, por mais que eu tentasse convencer, que logo eu estaria de volta ao Brasil e na próxima ela viria comigo, mas sabe como são essas adolescentes de 18 anos, então falava com ela semp
Fico aflita esperando Estela sair da sala, embora tenha certeza de que seja algo profissional, mais fico ansiosa não sei nem explicar por quê. Mas, querendo que ela me conte, mesmo tendo quase certeza que ela não fará.Ela finalmente sai da sala dele, vem séria, fico olhando esperando qualquer sinal e nada, se senta em sua mesa e volta a trabalhar, mentalmente bufo, tento trabalhar, mais não consigo.— Tubo bem, Estela? Algum problema? — Pergunto como quem não quer nada.— Nenhum problema, quer dizer, depende do ponto de vista. — Pareceu meio voando na resposta.— Como assim, depende do ponto vista? — Falo confusa.— Fique tranquila que está tudo bem por aqui, Paul só queria desabafar. Não te falei que acabamos nos tornando amigos durante esses anos, desde que ele descobriu meu caso com o Duran, ele tentou fazer minha cabeça para largar dele, pensar em mim e na família que ele enganava, mais eu já estava envolvida demais e desde então, so
Quando chego na empresa, Mia disse que Estela já chegara e pediu para levar café para ela, achei estranho, porque sempre chegamos antes das 8h, quando chega primeiro sempre me espera no café. Peguei seu café, o meu e subi para o escritório.— Bom dia, Estela! Tudo bem? Nem me esperou no café hoje, o que aconteceu?— Bom dia, Sara! Tudo bem sim e você? Não aconteceu nada, só queria adiantar umas coisas. — Disse sem olhar para mim.— Estou bem. Olhe para mim. — Digo quase que como ordem! Ela olha sem dizer nada, vejo seus olhos vermelhos. — Esteve chorando?— Não. — Disse abaixando olhar.— Estela! — Advirto-a— Sara...— Sou sua amiga, me fale!— Duran para variar... Pensa que estou muito alegrinha com a chegada de Paul. Sabe que nos tornamos amigos, mas também sabe que Paul não concorda com nossa relação, devido à família dele. Sempre acreditou que Paul dava em cima de mim, porque temos idade próxima, mais é fal
Encerramos o expediente na sexta e fomos para minha casa, comemos o lanche que minha mãe preparou para gente e ficamos conversando.— Como está tudo com Duran, Estela?— Mesma coisa, mas decidi que vou colocar um ponto final. Tantos anos perdidos da minha vida, quero alguém que eu possa sair, me divertir, como você e as meninas fazem, não viver escondida. Quero ter minha família também, acho que meu relógio materno está batendo de certa forma. — Da um sorrisinho amarelo.— Fico feliz que tenha tomado essa decisão, acredito que será o melhor, mas também sabe que estarei ao seu lado para tudo, não é?— Sei sim, obrigada.— Você e o Lucas? Como ele quando ficou sabendo que vai viajar?— Ficou um pouco triste, mesmo tentando disfarçar, mas acredito que levou na boa. Também é pouco tempo, de certa forma perto. Acho que foi o que contou.— Que bom! E Paul?— O que tem ele? — Pergunto um pouco aflita.