CAPÍTULO 2

Pedro

Acordo às 5h30, arrumo minha cama e vou direto para o banheiro.

Tomo um banho meio demorado e lembro da situação de ontem e dou risada pelo ocorrido.

Coitada, ela ficou muito envergonhada, acho que eu deveria falar com ela.

Saio do banho, seco meu cabelo com a toalha e passo um creme para barba.

Pego meu barbeador e dou um trato na minha barba.

Termino de secar meu corpo e coloco minha roupa.

Desço as escadas e encontro meus pais tomando café.

Carlos: Bom dia filho. - Diz sorrindo para mim.

Pedro: Bom dia, pai. - digo me aproximando dele e dando um beijo em sua cabeça.

Julieta: Bom dia, filho. Dormiu bem? - Minha mãe pergunta sorrindo pra mim.

Pedro: Dormi sim, mãe. - Respondo me sentando na mesa junto deles.

Carlos: Filho, vamos ter que ter aquela conversa agora, já que eu e sua mãe vamos viajar a negócios. - Respiro fundo já lembrando do que se trata aquela conversa. - Você sabe que aquela é uma das melhores faculdades do país, e me daria muito orgulho ver você se formando lá.

Pedro: É pai, eu entendo, mas não é uma vontade minha, não tenho vontade de entrar naquela faculdade. - Na mesma hora ele me olha com raiva.

Carlos: e você pretende ser um professor de escola pública a vida toda? Você já tem 24 anos Pedro, está na hora de crescer. - Respiro fundo e tento me manter calmo.

Pedro: Já acabou? - Meus pais me encaram. Minha mãe com uma cara meio triste e meu pai com a mesma cara de bravo.

Vejo que essa conversa não vai chegar a lugar nenhum, pego minha jaqueta e saio.

Ainda falta muito para entrar na escola, então passo em uma lanchonete para tomar um café da manhã de verdade.

Incrível como uma simples conversa com meu pai já consegue me estressar desta forma.

[...]

Assim que chegou na lanchonete peço dois pães de queijo e um suco de laranja.

Me sento em uma mesa e já dou uma pequena mordida em um dos pães de queijo.

Fico mexendo no celular e após uns minutos escuto a porta da lanchonete abrindo.

Em um olhar rápido vejo que é uma das minhas alunas do 3° ano.

Acho que se chama Isabella.

Assim que ela me vê, vem em minha direção com um sorriso.

Dou outra mordida no pão de queijo e um gole no suco.

Isabella: Bom dia professor! - Diz animada.

Pedro: Bom dia... Isabella, não é? - Pergunto sorrindo para ela.

Isabella: Isso mesmo. Posso me sentar? - Olho em volta meio nervoso.

Pedro: Claro, pode sim. - Sorrio novamente e volto a mexer no celular.

D

epois de uns minutos em silêncio ela tenta puxar assunto.

Isabella: Você mora aonde professor?

Pedro: Há uns 5 minutos daqui de carro. - Sorrio. - E você?

Isabella: Moro há 3 ruas daqui. Como é a lanchonete mais perto da escola, eu venho aqui as vezes para tomar café da manhã. Você vem aqui sempre? - Nego com a cabeça.

Novamente ficamos em silêncio, só que dessa vez já estava dando hora de nós dois irmos para a escola.

Pedro: Já está dando minha hora, já estou indo. - Digo me levantando e passo minha mão em seu ombro me despedindo.

Essa menina está dando em cima de mim.

Isabella: Professor. - Ela puxa minha mão, me fazendo ir para trás. - Pode me dar uma carona? Já que vamos para o mesmo lugar. - Eu não estou acreditando nisso...

Pedro: Acho melhor não Isabella, já é estranho nós estarmos juntos fora da escola, imagina se nos verem juntos chegando na escola, ainda de manhã. - Ela me olha séria.

Isabella: Ok. - Ela diz e sai com uma cara fechada.

Ela ficou brava, mas espero que agora pelo menos ela não fique mais no meu pé.

[...]

Letícia

A primeira aula foi de matemática, e eu não aguentava ficar 5 minutos olhando para cara daquele professor.

Ele não fala nada com nada e se recusa a nos explicar direito.

Na segunda aula, quase acabando a aula dele, peço para ir ao banheiro, pego minha mochila e fico enrolando no banheiro até dar a hora do intervalo.

[...]

Enfim toca o sinal e eu já vou direto me encontrar com Clara e Vinícius. Vinícius é nosso melhor amigo.

Vinícius: Oii amores, como estão? - Diz dando beijos na nossa bochecha.

Letícia: Nada bem. Assim que cheguei na escola já vi todos me olhando e comentando de ontem. - Vinícius me olha confuso.

Vinícius: Por que? Faltei ontem, não soube do babado. Já podem ir me contando. - Ele cruza os braços e encara eu e a Clara.

Clara: Essa safada ontem foi tirar a blusa, e acabou puxando a de baixo, mostrando os PEITOS para todos da sala. - ela diz peitos dando um ênfase e praticamente gritando.

Vinícius: Na frente da sala inteira? - Ele me olha chocado.

Clara: Sim! - Clara diz rindo da minha cara.

Vinícius: Ainda bem que eu faltei ontem e eu não sou da sala de vocês, deus me livre peitos. - ele se mexe como se tivesse com nojo, nos fazendo dar risada. - Qual era o professor?

Clara: O Pedro, o professor novo.

Vinícius: M.e.n.t.i.r.a - Ele diz pausadamente parecendo estar ficando cada vez mais chocado com o que Clara diz. - Menina ele é tão gato... Sonho de consumo de todas as meninas.

Clara: Realmente. Todas as meninas da escola já sabem dele e estão dando em cima já.

Vinícius: Aparentemente estão sabendo sobre a Letícia também. - Ele diz rindo e tampando a boca e eu o olho séria. - Não está mais aqui quem falou. - ele olha pra trás com uma cara de cínico.

Letícia: Que vergonha... Ele deve estar me achando com cara de vagabunda. - Ponho a mão na testa lembrando novamente da situação.

Clara: Ah amiga, mas que ele deu uma encarada BOA em você, ele deu. - Reviro os olhos.

Letícia: Tá bom, agora vamos ali para eu comprar alguma coisa para eu comer. - Eles concordam com a cabeça e vamos até a cantina.

Depois de comer vemos uma menina chegando perto de nós.

XXX: Opa. - Chega com uma expressão de deboche.

Letícia: Oi. - Olho confusa e encaro ela de cima a baixo.

XXX: Você que é a menina que ficou nua na frente do novo professor? - Ela diz e Clara e Vinícius seguram a risada, enquanto eu fico corada.

Clara: Ela Mesma. - Clara diz dando um sorriso de deboche também.

XXX: Todos estão falando que você está dormindo com ele. - Ela diz olhando com deboche pra mim também.

Letícia: O que? - Falo assustada. - Por quê? Quem espalhou isso? - Digo me levantando já ficando exaltada.

Xxx: Uma menina. - diz cruzando os braços.

Letícia: Qual o nome dela? - Falo já sentindo o sangue subir na minha veia, me dando uma raiva já imaginando quem seria.

Xxx: Acho que era... Isadora? Isabel...?

Letícia: Isabella?

Xxx: Isso. - Nossa que raiva daquela garota. Quem ela pensa que é para espalhar um negócio desses? E por quê? Desde quando dei motivos para ela pensar isso? Saio andando rápido de raiva procurando a Isabella, Vejo ela lá no fundo da escola conversando com as amigas dela e rindo.

Letícia: Que história é essa Isabella? - Chego com a raiva já tomando conta de mim.

Isabella: O que foi menina? - Fala me olhando com cara de Deboche.

Letícia: Por que você espalhou pra todos que eu estou dormindo com o professor? - cruzo os braços.

Isabella: Ué, e não está? - Diz me encarando com mais deboche ainda.

Letícia: Lógico que não, da onde tirou isso? O que aconteceu ontem foi um acidente, não tem nada a ver com ele, e muito menos com você. - Falo tentando me controlar o máximo possível para não voar na cara dela.

Isabella: Letícia.. Todos sabem que você é uma putinha que estava se jogando pra cima do professor desde que ele chegou. Por isso arrancou a roupa, e fez todos comentarem de você pela escola. Ela diz isso e sai andando. 

Não sei o que deu em mim, mas eu estava com tanta raiva dessa garota que ela não dá 3 passos e eu puxo o cabelo dela, fazendo ela cair no chão.

Na mesma hora já subo em mim dela e começo a socar a cara dela.

Ela estava tentando me bater também, mas não teve nenhum sucesso.

Isabella: VOCÊ TA LOKA MENINA? ALGUÉM TIRA ELA DE CIMA DE MIM? - Ela grita mas mesmo assim tenta me bater.

Depois de uns segundos, sinto braços puxando minha cintura e me tirando de cima dela.

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