CAPÍTULO 6

Letícia

Saio do banho em choque por esse segundo sonho que eu tive.

Ele foi bem mais real do que o primeiro.

Saio dos meus pensamentos e coloco minha roupa, já pegando minha mochila e descendo as escadas para tomar café e assistir televisão até dar o horário de ir para escola.

Letícia: Bom dia Luana. O que faz acordada tão certo? - Digo colocando minha mochila em uma das cadeiras e  indo até o armário para pegar alguma coisa para comer.

Luana: Eu que te pergunto, o que faz acordada? - Ela diz com um sorrisinho no rosto e a sobrancelha arqueada.

Letícia: Tive um pesadelo, e não consegui mais dormir. - Digo pegando um pacote de torradinhas no armário.

Me sento na cadeira e abro o pacote para comermos. - E você? Por que está acordada tão cedo?

Luana: Nem dormi. - Ela diz de cabeça baixa pegando uma torrada e comendo.

O olho confusa.

Letícia: Por que não dormiu? - Pego uma torrada e dou uma mordida.

Luana: Fiquei brigando com meu namorado, e nem consegui descansar. - Vejo ela de cabeça baixa.

Letícia: Quer conversar sobre isso? - Pergunto pondo minha mão sob a dela.

Luana: Não precisa. Eu estou bem. - Ela diz seca e curta, saindo da mesa e indo até o banheiro.

Reviro os olhos tentando entender o porquê eu ainda me preocupo com ela, sendo que toda vez é isso.

[...]

Assim que chego na escola, já penso em contar pra Clara sobre os dois sonhos que tive, ontem e hoje.

Mas estou com um pouco nervosa com sua reação.

Entrando na escola já logo vejo ela.

Ela está conversando com o professor, tomara que não fique brava por eu interromper.

Letícia: Oii Clara, bom dia Professor. Posso roubar ela um minuto? - Digo sorrindo.

Professor: Imagina, pode roubar. - Puxo a Clara para um canto e o professor sai de nossa vista.

Clara: É bom que vc tenha uma boa explicação por me tirar dali. - Diz cruzando os braços e fazendo uma cara séria.

Letícia: Meu deus, Clara, você não vai acreditar... - Falo desesperada.

Clara: Calma, me explica o que aconteceu. - Ela puxa minha mão para um canto mais afastado.

Letícia: Ontem e hoje eu sonhei com o professor. - Ela me olha ainda sem entender qual o problema nisso. - Estava mais para um porno do que sonho... - Assim que eu falo ela abre a boca como se estivesse chocada.

Clara: L.e.t.í.c.i.a - Fala pausadamente colocando as mãos sobre meus ombros e me olhando de boca aberta. - Eu não faço a mínima idéia do que te falar. Me conta como foi o sonho. - Assim que ela termina de falar o sinal para ir para sala toca.

Nós andamos rápido até a sala e já nos sentamos no fundo para eu contar como foi o sonho.

Letícia: O primeiro eu não lembro muito bem, mas nós estávamos em um hotel fazenda, tipo uma cabana.

E com uma janela enorme de vidro com madeira, bem rústico.

E então ele metia em mim de quatro enquanto puxava meu cabelo, ao amanhecer. - Ela arregala os olhos novamente. - O sonho de hoje foi diferente, foi melhor não sei. Acho que porque parecia bem mais real.

Nós estávamos na minha casa, de madrugada, na minha cama.

No sonho, quando eu abro os olhos, eu vejo ele me chupando.

Eu podia sentir os movimentos que ele fazia Clara, eu acho que iria gozar. - Ela continua me olhando da mesma forma do começo. - E então, quando ele foi por em mim, eu acordei.

Clara: Sim, isso não foi um sonho normal de se ter com um professor. - Ponho a mão na testa. - Mas significa que você tem um desejo secreto por ele. - Fala sorrindo convencida.

Letícia: Será? Eu acho que não. Ele é meu professor, sonhar com esse tipo de coisa é muito errado.

Clara: Amiga é normal. Principalmente ter sonho erótico com as pessoas. - Ela diz tentando me tranquilizar, mas eu a olha com uma sobrancelha arqueada.

Letícia: Já que é tão normal, você já teve um sonho erótico com algum professor?

Clara: Não.. - Faço uma expressão de tédio. - Mas já tive com meu padrasto. - Olho chocada para ela.

Letícia: O que? Meu deus Clara, que nojo! - Viro meu rosto para o outro lado pensando no quão nojento é isso.

Clara: Amiga meu padrasto é gostoso. - Fala olhando para mim como se fosse algo extremamente normal. O que não é. - Mas enfim, Isso é normal amiga, todos podemos ter sonhos eróticos.

Letícia: Então tá. - Mexo no meu cabelo e olho para frente para ouvir o que a professora está falando.

[...]

Assim que toca o sinal para o intervalo e estamos saindo da sala, Vinícius já está nos esperando na porta da nossa sala.

Clara: Veio ser nosso chofer? - Ela diz e ele revira os olhos rindo.

Vinícius: Tenho um babado fortíssimo e que vocês vão adorar. - Quando ele diz eu e Clara nos olhamos e logo corremos para sentar em algum lugar para ouvir.

Vinícius: Conheci um cara pela internet a mais ou menos uns 3 meses.

E ele nos convidou para ir numa balada hoje e depois dormir na casa dele. Eu disse que só iria se fosse com as minhas amigas, e ele falou que tinha dois amigos héteros para apresentar para vocês. - ele diz sorrindo.

Letícia: E as amigas somos nós?

Vinícius: Claro mulher, quem mais seria? - Ele revira os olhos. - Vocês vão, né? não me deixem na mão. - olho para Clara que está com a mesma expressão que eu.

Clara: Vamos. - Assim que Clara responde, Vinícius dá um pulo e um grito.

Letícia: Agora vamos comer.

[...]

Novamente a fila estava gigante e provavelmente iríamos nos atrasar para entrar.

E o lado ruim, é que é a mesma professora chata de ontem.

Quando toca o sinal esperamos uns minutos e fomos para sala.

Mas quando batemos na porta ninguém abre.

Já começamos a nos desesperar e bater quase que descontroladamente.

Xxx: O que as senhoritas estavam fazendo fora da sala? - Fala com uma voz enjoada.

Letícia: Desculpa professora, nós estávamos se pegando. - Digo segurando o máximo a risada mas Clara gargalha na cara da professora me fazendo rir também.

Xxx: AS DUAS, Diretoria, agora!

Letícia: Tudo bem...  - Saimos de lá dando risada e fomos até a diretoria. Bom, ganhamos uma ocorrência e tivemos que ficar esperando a próxima aula pra entrar. 

Ficamos um tempo para fora e logo deu a hora da outra aula.

Biologia...

Respiro fundo porque sei que vou lembrar do meu sonho, e isso é errado em tamanho mil.

Professor: Bom dia meninas. - Ele nos responde.

Letícia: Dia, porque de Bom não tem nada. - Falo sussurrando mas ele escuta.

Professor: Eu sou muito bom em alegrar o dia das pessoas, depois te ajudo com isso. - Diz me encarando e eu fico congelada. Isso realmente aconteceu? Ele realmente disse isso?

Foi só por brincadeira? Foi já inocência? Ou ele realmente falou isso com um duplo sentido?

Me perco nos meus pensamentos e quando volto a realidade, escuto algumas pessoas falando "hummm".

Letícia: Clara, você ouviu isso? - Digo meio paralisada ainda.

Clara: Eu ouvi amiga. Eu a sala toda. - Ela diz rindo. - Vem, vamos nos sentar. - Vou caminhando até meu lugar sem olhar para o professor.

Eu não posso acreditar que ele disse isso.

Ele é tão ridículo quanto as outras pessoas. Ele só disse isso porque ele e todos já viram meus peitos.

Reviro os olhos nos meus pensamentos.

Letícia: Meu deus. - Falo me referindo a alguma coisa ter escorrido pelas minhas pernas. Tinha que ser agora? - Clara, ei. - Sussurro mas ela não me escuta. - Clara! - Chamo novamente e ela olha para mim. - Tem absorvente? - Falo baixo.

Clara: Não, mas acho que a Rebecca tem. - Ela aponta para uma menina na sala.

Letícia: Por que acha?

Clara: Porque ela sempre tem quando eu preciso. - Olho para Rebecca e peço para outras pessoas chamarem ela.

Letícia: V-o-c-ê T-e-m A-b-s-o-r-v-e-n-t-e? - Falo soletrando para ela. Mas ela não é retardada, eu poderia ter dito normalmente.

Rebecca: Tenho, um segundo. - Não sei porque, mas quando minhas amigas me pedem absorvente ou eu peço para elas, nós agimos como se fosse contrabando de Drogas, querendo que ninguem veja, Cada movimento minimamente pensado, olhando para todos os lados para ninguem nos ver.

Professor: Teremos prova hoje.

Mas não fiquem assustados. É para eu saber o quanto vocês sabem para montar as próximas aulas e saber quem está entendendo ou não.

Letícia: Professor, Antes eu posso ir ao banheiro? - Levanto a mão pedindo.

Professor: Claro, mas vai rápido por favor. - Vou rápido ao banheiro e volto Correndo. 

Ele passa a prova para gente e estava muito difícil.

Assim que todos terminaram a prova somos liberados mais cedo da escola.

[...]

Chego em casa e não faço nada, apenas me sento no sofá e assisto televisão até a hora de me arrumar para tal balada.

Arrumo minhas roupas e já vou entrando no chuveiro.

Assim que sinto a água quente caindo sobre mim começo a relaxar.

Sempre que tomo um banho quente e demorado eu relaxo com facilidade. Como se o estresse do dia a dia acabasse.

Saio do banheiro me secando com a toalha e ainda com a toalha no corpo seco meu cabelo no secador.

Termino de arrumar meu cabelo e coloco minha roupa.

Vejo que falta 30 minutos para Vinícius aparecer aqui em casa com Clara e me apresso.

Tento fazer minha maquiagem o mais rápido possível.

Coincidentemente, assim que termino de me maquiar, escuto alguém batendo na porta.

Desço correndo e assim que abro são eles.

Clara: Uau, se produziu toda! - Clara diz me abraçando e segurando minha mão, me fazendo rodar.

Vinícius: E nem demorou, essa vai pro Guinness book. - Ele diz dando um tapa na minha bunda e eu dou risada.

Chamo eles para subir pro meu quarto e termino de passar o rímel e o batom.

Pego minha bolsa e Vinícius chama chama o Uber.

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