PerséfoneAcaricio sua barriga enquanto o silencio envolve o quarto, não um silencio incomodo e desconfortável, mas um silencio que provavelmente estava dando tempo o suficiente para Cosmo pensar em tudo que fizemos.Me sento desconfortável na cama e apanho seu pau semiereto nas mãos, tiro a camisinha com algumas manchas de sangue jogando-a no chão e olho fascinada enquanto o esperma escorre por sua base.Encaro Cosmo e consigo detectar o desafio em seu olhar. Aperto a cabeça de seu pênis aceitando o confronto e me ajoelho na cama inclinando bastante minha bunda para que tivesse a melhor visão de todas.Seu pau endurece totalmente nas minhas mãos e abro minha boca para experimentar pela primeira vez na minha vida o pênis de um homem. O gosto da sua ejaculação era salgada e estranha, quase agridoce, não era o melhor sabor do mundo, mas se tornou rapidamente o meu favorito.— Você quer que eu foda sua boca?Eu queria que Cosmo fizesse tudo comigo, queria todas as primeiras experiências
CosmoEstava cometendo o maior erro da minha vida e não tinha como voltar atrás dessa decisão.Poderia enganar a mim mesmo o quanto quisesse, mas não me arrependia de ter me entregado nas mãos daquela diabianha. Só não estava contando com o fato de que muitos sentimentos estavam envolvidos e não estava pronto para nomear nenhum deles.Eu tinha 45 anos e já tive minha cota de paixões, amores e decepções. E nada dessas experiencias anteriores me preparam para a carga emocional e turbulenta que Perséfone se tornou na minha vida.Ela não tinha um pingo de pudor no corpo, se entregou de forma tão espontânea que me surpreendeu, parecia a própria deusa do mal prometendo todos os tipos de desejos mais sombrios. Perséfone tinha o corpo mais belo que tive a oportunidade de tocar, a pele branca era extremamente sedosa, os cabelos longos, negros e caindo graciosamente em suas costas encarnavam a deusa do submundo, os seios cabiam perfeitamente em minhas mãos, como tivessem sido esculpidos exclusi
PerséfoneA semana seguinte chegou e com ela o frio insuportável, era um massacre levantar da cama todos os dias quando tudo o que queria fazer era ficar debaixo das cobertas.Será que eu sentiria vontade de transar no frio que chegava a quase 0° graus? Causava-me arrepios apenas de me imaginar tirando as roupas nesse tempo do inferno, sendo que já era um sacrifício tirar a roupa para tomar banho e abaixar a calça para fazer xixi.Imagina ficar nua!De qualquer maneira não importava, porque não tinha transado novamente. O abismo entre nós seguiu ao longo da semana e não fiz esforço nenhum para mudar isso.Sempre corri atrás de Cosmo e não me arrependo de ir atrás do que quero, mas as vezes queria me sentir valorizada também, queria que viesse me procurar por livre e espontânea vontade.Pelo jeito iria esperar sentada, pois o homem não deu nenhum sinal de que estava disposto a fazer um esforço a mais para tentar falar comigo, imagina então ir atrás de mim!A única coisa que estava me f
Perséfone— Seu pai está te esperando — Cosmo diz encostado no batente do meu quarto, puxo-o para dentro e ataco seus lábios macios deliciando-me no resíduo de café.— Perséfone — murmura contra meus lábios e me afasta rapidamente — Não vamos fazer isso dentro da sua casa. Ninguém está aqui, mas esse é um limite muito rígido para mim, já quebrei a lealdade do seu pai e não vou transar debaixo do teto dele.— Quem estava falando de transar? — pergunto inocentemente.— Muito espertinha — ele sorri e acaricia meu rosto — Vamos, hoje você irá acompanhar os trâmites de uma negociação de armas — meu coração bate forte em um misto de sensações, estava apavorada e ansiosa ao mesmo tempo.As responsabilidades aumentavam cada vez mais e muitas vezes, principalmente de noite e na escuridão do quarto, perguntava a mim mesma se poderia ser o suficiente para comandar uma cidade tão grande, se algum dia chegaria ao patamar do meu pai.Coloco um sobretudo por cima da roupa e amarro meus cabelos em um
CosmoEu te amo.Eu te amo.Eu te amo.O eco dessas palavras me faz despertar abruptamente.O cheiro asséptico e a luminosidade me cegam por um momento, as paredes estéreis e brancas junto do som do monitor me dizem que estou no hospital, mas não há tempo para isso.Me sento sentindo a ferida na minha barriga queimar, mas essa dor não era nada comparada ao que estava sentindo.Arranco o acesso venoso do braço e a porta é aberta nesse momento, Axel entra e o que vejo me atordoa fortemente, apenas vi essa expressão quando Caim morreu.As mãos dele estavam tremendo, uma reação que tinha escondido no passado e uma reação que pensei ter sido superada há muito tempo, as mãos trêmulas me diziam como seus sentimentos estavam desestabilizados e que a situação estava fora do seu controle.— Porra, Cosmo! Você não pode fazer isso! — cambaleio ao me levantar e seguro na borda da maca por alguns segundos tentando me estabilizar.— Dormi por quanto tempo? — esperava que não tivesse se passado dias,
Cosmo— Axel, um pen-drive chegou na portaria do condomínio — aviso e estendo-o em sua direção — Você quer que eu o acompanhe? — pergunto. Estava aflito para descobrir o conteúdo que estava armazenado ali, porém também estava com medo do que iria encontrar.— Não — nega fazendo meu coração se contorcer em aflição — Preciso fazer isso sozinho, te chamarei se precisar de ajuda — ele some dentro do escritório deixando-me de mãos atadas. O pior é que eu não tinha o direito de reivindicar nada, mas em breve teria, Perséfone nunca mais deixaria a segurança dos meus olhos.Ando impaciente pela sala aguardando uma resposta de Axel. Yesenia estava refugiada na cozinha tomando uma xícara de café e Azazel não tirava os olhos da mãe consolando-a, todos estavam atordoados e com medo, esse momento me lembrava de quase 20 anos atrás quando Yesenia foi raptada pela irmã gêmea de Axel e eles perderam seu primogênito.Eu não aguentaria perder Perséfone.Estava prestes a bater na porta do escritório qua
PerséfoneA agitação me acorda bruscamente.Abro os olhos com esforço e me vejo dentro de um carro em movimento e a conversa anterior volta rapidamente a minha mente.Decolar!Porra!Não posso deixar minha família.Não posso deixar Cosmo!A encarnação do meu pai está sentado ao lado de Henric, enquanto o maldito dirige calmamente com um cigarro nos lábios.— Tenho um pressentimento de que essa puta ainda vai dar trabalho. O principal erro de Axel Devenuto foi dar liberdade demais a garota e colocá-la como sucessora no comando.Uma morte dolorosa aguarda esse babaca, irei adorar arrancar suas tripas com minhas próprias mãos, pode não ser hoje ou amanhã, mas já está predestinado a acontecer.Ao tentar me mexer percebo que meus pulsos e tornozelos estão soltos, porém estou com tanta dor que não sei se conseguirei dar conta de dois homens, parece que meu corpo foi fatiado e passado em um moedor logo em seguida, nunca me senti tão impotente assim.— Você é retardado mesmo, nem ao menos fal
PerséfoneMe aconchego no conforto e no calor sentindo-me em paz.Paz?Não era normal sentir paz se estava sendo torturada.Acordo assustada e o alívio recai tão forte dentro mim que volto a fechar os olhos.Estava no meu quarto e na minha cama envolvida pelas cobertas.— Filha? — olho para a ponta da cama e encontro papai, sua expressão denotando todo o cansaço que estava sentindo — Como você está?Me sento devagar tentando evitar que uma careta de dor e um gemido escape, ela tinha amenizado bastante e enfim conseguia respirar em harmonia, o inferno tortuoso finalmente acabou.— Bem melhor do que estava nas mãos daqueles bastardos — papai fecha os e parece estar passando pelo seu próprio inferno pessoal, mas nada do que aconteceu é culpa dele.Não há culpados nessa história, apenas Henric com a sua loucura descabida.Minha loucura pode ser comparada um pouco com a sua, a diferença é que nunca sequestraria Cosmo para submetê-lo as minhas vontades.— Está tudo bem, acabou pai — arrasto