Ainda me sinto muito deprimido. Eu sinto que meu coração não está pronto para seguir em frente entre todas essas coisas negativas. Penso na minha vidinha que perdi, a vida tem sido injusta demais comigo. Eu não deveria ter passado por tudo isso, merecia viver a experiência e a maravilhosa oportunidade de ser mãe, mas infelizmente isso não poderia ser. Agora estou vagando sem rumo, exatamente como minha alma se sente. Eu deveria ver as coisas de outro ponto de vista, mas é impossível quando há tanta dor enraizada em meu coração.Ao longe vejo um banco. O lugar está desolado, não tem ninguém sentado ali. Com certeza não é muito seguro estar por lá neste momento, mas eu quero ficar lá. Refletir sobre a vida, pensar em todas as coisas ruins que me aconteceram. Não é uma coisa divertida de se fazer, mas o psicólogo com quem conversei me diz que eu deveria pensar sobre isso, e ter certeza de que estarei melhor e que qualquer coisa ruim pode acontecer a qualquer momento. É assim que me sinto
Estou muito animada para preparar minha mala para a viagem. Em breve estarei entrando em um avião e, embora no fundo eu tenha um pouco de nervosismo, já que nunca voei antes, Rebeca me garante que Não tenho com o que me preocupar. Ele me diz que voar não é como se o avião fosse cair de repente ou algo assim. No entanto, não posso deixar de me sentir ansiosa, mas também animada, porque o dia chegou. Será um sonho realizado conhecer uma cidade e um país que tanto ouvi falar.Rebeca me conta cativada sobre os dias em que costumava viajar com os pais. Ao contrário de Zared, ela tem algumas lembranças, mas nem todas eram divertidas, já que ela quase sempre tinha que ficar no quarto, enquanto seus pais estavam imersos no trabalho.Zared estava certo quando disse que eles não iam para outros países de férias devido a viagens de trabalho e Negócios para as quais costumavam levar Rebeca. Mas a maior parte do tempo ela ficava em casa, sob os cuidados de outra pessoa.-A verdade é que não quero c
- Bem, não. Já não tenho tanto medo. Agora confio que vai dar tudo certo. Mesmo que isso me assuste, eu sei que nada de ruim vai acontecer, porque você estará ao meu lado, Zared — eu respondo e dou um beijo curto nos lábios dela.- Tudo bem, Ana... - ele diz acariciando minha bochecha.A turbulência acontece durante a decolagem e é por isso que sinto medo, mas em nenhum momento Zared solta minha mão para transmitir aquela confiança que tanto preciso naquele momento. É por isso que posso ter certeza de que nada de ruim vai acontecer comigo.Agora o mais importante é que não demora muito para eu chegar a Paris, logo estarei naquele destino onde desejei estar; enfim, isso será possível. Sei que será uma coisa boa para nós. A atmosfera, absolutamente tudo, vai se sentir diferente. E essa será a minha primeira vez lá, e guardarei boas lembranças naquele lugar. Rebeca eu a observei durante toda a viagem e ela parece estar ouvindo música baixinho. Eu me pergunto o que está passando pela cabeç
P. O. V. RebecaPela janela vejo a Torre Eiffel, a vista é magnífica, poderia ficar emoldurada para sempre na minha cabeça. Meu quarto de hotel é incrível e ainda mais Quando posso sair na varanda e sentir a brisa noturna da cidade soprando meus cabelos. A viagem foi cheia de cansaço, mas finalmente é gratificante me encontrar aqui. Eu posso ver os carros e o transeunte ocasional passando.Se não fosse porque é um pouco tarde e com certeza meu irmão teria notado minha partida, eu já estaria do lado de fora explorando a cidade e me enchendo de várias lembranças.Esperar até amanhã será uma eternidade.Não consigo dormir, mesmo que tente de novo e de novo, apesar de estar em outra cidade... talvez seja a mudança repentina de horário e o cansaço que tive devido à viagem, tudo isso pode ter algo a ver com isso.Acordo um pouco depois de ter ido para a cama e penso seriamente em sair. No final das contas não é que eu vá me perder na cidade, eu consigo me orientar e não vou me afastar muito
- Não, mas... Você poderia me dizer quantos anos você tem?- Vinte e quatro. Quer dizer, você é mais jovem... - amarre e sente-se.- Não vá fugir, hein? - Só estou brincando. Quase cheguei à maioridade, ou seja, dezoito anos.Como esperado, sua expressão me mostra que ele está pasmo e eu simplesmente não esperava que ele fosse menor de idade, isso de alguma forma torna isso um problema, embora eu não saiba por que seria um problema.- Nossa, achei que você teria mais. Então não demora muito para você atingir a maioridade?- Sim, faltam alguns meses, na verdade dois meses... A cidade é muito bonita. Você é desta cidade? Pergunto porque sendo da França você tira fotos como se fosse um turista. Eu só digo-Eu emito e ele ri um pouco.Realmente o cara parece tão amigável.- Não, Não é isso. Sozinho... Está vendo essa câmera? - ele me diz e eu vejo que ele é grande, ele parece profissional, eu aceno-. Bem, é o que eu faço no meu tempo livre. Sempre gostei de fotografar, mas meu trabalho não
Eu não recusaria, já era tarde demais e eu não queria correr o risco de algo ruim acontecer comigo. Então fui com ele até a entrada do hotel. Foi estranho andar assim com um cara. Com Daniel, não houve tanto cavalheirismo. Balancei a cabeça. Não valeu a pena fazer uma comparação. Eram pessoas muito diferentes.- O restaurante...?- É do Papai. tenho certeza que você vai gostar, então você pode ir com seu irmão e sua cunhada. Se me avisar com antecedência, a comida anda pela casa-completou.- O que você acha? Temos que pagar por isso. Mas agradeço...- Não é isso, é cordialidade da minha parte. Podemos trocar números. Se você se sentir inseguro, não faça isso. Vou te dar meu número e você pode anotar.- Parece-me bem.Ele ditou seu número de telefone para mim. Anotei no diário e salvei. Sorri para mim mesma. Como é que um cara conseguiu me tirar do inferno em que eu estava me sentindo? E eu poderia dizer que só a simplicidade dela fora um estímulo melhor do que toda a ajuda psicológica
P. O. V AnastasiaDe manhã cedo, recebo Rebecca no quarto. Ao contrário de outros dias, hoje ela parece estar muito feliz, ainda mais do que quando foi informada sobre a viagem. É como se algo tivesse mudado em sua vida... pelo menos é o que penso.- Anastasia, espero que esteja bem. Só vim te contar uma coisa... Sei que posso confiar em você. Mas, por favor, não diga ao meu irmão o que eu vou lhe dizer. Eu o conheço e sei que ele pode ser um pouco superprotetor comigo - diz rapidamente, quase sem me dar tempo de entender o que ele está dizendo.- OK, claro que você pode confiar em mim. Seu irmão saiu, mas vai voltar logo-respondo.Ela pega minha mão e me leva até a beira da cama, sentada ao meu lado com um sorriso nos lábios. Seus olhos parecem brilhar mais do que antes, eu me pergunto o que ela quer me dizer.- Ontem à noite, na verdade, não fiquei no meu quarto. Saí porque estava um pouco entediada e não conseguia dormir. Andei um pouco, mas não me afastei muito do hotel. Não disse
- Farei todo o possível para convencê - lo de que você quer ir para outro lugar, prometo que vou manter minha palavra, mas tenha muito cuidado Rebeca-peço a ela, apertando o aperto nas mãos e ela acena.Ela sai da sala. Hesito, tentado a contar a Zared o que está acontecendo, porque parece a coisa certa a fazer, atualizá-lo sobre o que está acontecendo. Por outro lado, já fiz uma promessa para a Rebeca e não sou o tipo de pessoa que costuma quebrar a palavra dela. Então eu não vou contar nada pra ele.Zared vem com o café da manhã, mesmo que ele possa pedir serviço de quarto, ele realmente perdeu o café da manhã que eles vendem a uma quadra do hotel e ele quer que eu experimente também. Deve ser muito bom para mim ter saído cedo para procurá-lo.- Sentiu minha falta? - ele questiona e eu sorrio.- Um pouco sim.- Aqui, vamos comer.- Obrigado. Zared... - Ligo-lhe mais tarde. Sabe onde vamos sair hoje?- Sim, vamos visitar a cidade, conhecer seus cantos... Mas podemos fazer várias parad