Yulia Observo Renzo sair do apartamento com a nítida impressão que o que aconteceu nas últimas 24 horas entre eu e ele, já não tinha mais importância e que naquele momento visse tudo como um momento de carência e muito tesão acumulado.Kim ouvia música no volume alto, mesmo com a porta fechada, dava para ouvir o cantor dando o seu melhor em uma música com batidas românticas com um toque de rock. Não era nenhuma banda do momento, muito menos minha preferida, me fazendo acreditar que devia ser alguma banda dos anos 70.Entro no quarto de Renzo, encarando a cama desarrumada, lembrando nitidamente em como ele também era bom em outras coisas, como sempre imaginava na maioria dos homens mais velhos.Meus olhos continuam vagando pelo cômodo com decoração simples, até que resolvo olhar os móveis ao lado da cama, por estar sem fazer nada e principalmente por querer saber mais sobre Renzo. Não queria ser pega desprevenida novamente.Renzo sabia tudo sobre mim mas, eu não sabia nada sobre ele.
Renzo Meus pensamentos não estavam novamente sob controle, quando estacionei em frente ao prédio, pegando as sacolas do banco do carona.Havia esquecido completamente que Kimy passaria aquele final de semana comigo, havia esquecido deste detalhe por estar concentrado em Yulia e agora precisava lidar com duas garotas que se odiavam, quando na verdade queria estar esquecendo do mundo ao meu redor, enquanto me enterrava em Yulia. Esperava pelo menos as encontrar vivas.Encontro um apartamento mergulhado no silêncio, ao passar pela porta e o pensamento de que poderiam ter se matado passa por minha mente, a medida que ando até a cozinha, deixando as sacolas sobre a pia.No momento em que me viro para a porta, dou de cara com Yulia, vestida em suas próprias roupas, o que era frustrante, pois gostava de vê-la vestida com a minha camiseta.Quando me aproximo para beijá-la, ela vira o rosto para o lado, estendendo a mão empurra o meu peito. Antes que pudesse perguntar o que havia acontecid
YuliaA tensão durante o jantar dava para ser cortada facilmente por uma faca, se pudesse. O silêncio era tão absoluto que dava para ouvir os carros ao longe e pessoas conversando.Além disso, parecia que ninguém estava com apetite. Mesmo com o olhar fixo no prato basicamente colorido em minha frente, contendo legumes e vegetais, o que faria Kate ficar orgulhosa de mim; Podia perceber que Renzo não havia se quer tocado em sua comida, assim como Kim que, dava mais atenção para o celular em suas mãos, do que a comida.Renzo por outro lado, havia tomado praticamente quase todo um conhaque, enquanto assim como eu, evitava fazer contato visual.Minha mente dizia que tinha que odiá-lo por alguma razão, qualquer que fosse, mas eu não conseguia, temia por ter me apegado à ele de alguma forma ou até mesmo que tivesse me apaixonado, o que poderia ser péssimo.Assim como ele, deveria estar com raiva de Kate, por ter traído meu pai durante anos, mas ela não nos abandonou, mesmo com a ausência de
Renzo O cheiro de Yulia estava em mim quando acordei na manhã seguinte, com ressaca por ter tomado quase 1 litro de conhaque sozinho, em uma tentativa inútil de afogar as minhas mágoas. Por causa disso, não sabia o que havia acontecido no meio da noite havia sido real ou não, só sabia que havia dito que amava Yulia e não havia mentido.A sala ao meu redor gira quando levanto, arrastando os pés em direção do banheiro. Reviro os olhos, ao tentar abrir a porta do mesmo e notar que estava trancada, o que me obriga a praticamente esmurrar a porta. A porta abre de repente, Kimy me olha de cima abaixo com o cenho franzido.— Você está péssimo.— E querendo usar o banheiro — Puxo pela pelo braço para fora, entrando no banheiro.— E por que não usa o seu banheiro?! — diz antes de fechar a porta em sua cara. A água fria do chuveiro se espalha rapidamente pelo meu corpo, a medida que mantinha a cabeça para trás, esperando que surtisse algum efeito sobre meu corpo e acabasse com os resquíci
Yulia Dormir na cama de Renzo, chegava a ser melhor do que dormir na minha própria cama e depois da nossa transa no meio da noite, era como se ainda fosse nós dois ainda naquele apartamento.Mas obviamente não estávamos mais sozinhos — penso, quando acordo abruptamente com Kim me chamando o mais alto que podia.— Levanta. Vieram buscar você.— O quê? — digo baixo, parcialmente ainda dormindo. Kim não me responde, invés disso, dá as costas para mim, saindo do quarto.Saio da cama a contra gosto, bocejando ao andar para fora do quarto, acordando completamente quando encontro meus avós na sala de Renzo.Vovô encarava a vista pela janela, vestido em um suéter marrom de gola alta, com uma calça que combinava perfeitamente com o suéter; Assim como vovó, que usava um de cashmere e parecia até um pouco mais nova com seu cabelo branco, sentada no sofá ao lado com as pernas cruzadas.Estavam praticamente iguais da última vez que nos vimos.— Yulia — diz vovó, vindo ao meu encontro com um leve
Renzo — Por que algemaram ele com enforcadeira de nylon? — Wilson pergunta ao entrar em sua sala e me encontrar com ambos os pulsos “algemados” para trás.— A algema não deu nele, então tivemos que improvisar — diz o policial na porta. Wilson massageia as pálpebras, suspirando, antes de gesticular para ele ir. Mantenho meu olhar fixo em Wilson, quando se senta em minha frente.— Isto é ridículo. E você sabe disso.— Quer saber o que eu sei? — Viro o rosto para o lado, ao ouvir sua pergunta retórica — Matou um homem na UTI e por causa disso, agora está sendo indiciado por homicídio.— Não matei ele e você sabe disso! — digo incrédulo. Como ele poderia acreditar que eu tinha alguma coisa haver com a morte de Ivan Sidorov?— A pergunta que não quer calar é: Por quê? — Ele continua, como se não tivesse dito nada — Ele era a chance de descobrirmos quem está por trás dos ataques. Dou de ombros.— Acabou de responder sua própria pergunta — Wilson bate com força na mesa, apenas se estress
Yulia A casa dos meus avós era aquela típica casa branca no campo, cuja grama era cortada todo final de semana pelo meu avô, enquanto minha avó cultivava algumas flores em seu jardim.— Enfim em casa — diz vovô assim que estaciona o carro.— Fiz uma torta para você, Yulia. Espero que ainda goste de torta de maça — diz vovó, andando em nossa frente, indo em direção da porta.A casa por dentro parecia igual desde a última vez que estivera ali. A decoração clean misturada com elementos vintage me fazia questionar se não havia voltado no tempo. Havia fotografias da minha mãe desde o nascimento até a adolescência, e depois algumas minhas das poucas vezes em que minha mãe me levou até ali.Meus olhos continuavam a vagar pelo cômodo enquanto vovó falava sobre alguma coisa.— Você ainda lembra aonde fica o quarto de hóspedes, não é? — Vovô pergunta de repente em minhas costas, assinto de imediato, forçando um breve sorriso antes de seguir para a escada.Óbvio que não fazia ideia de onde fic
Renzo — Pelo menos ela disse aonde está, antes de desligar na sua cara? — Rocco, meu irmão caçula, pergunta com um meio sorriso no rosto.— Ela não desligou na minha cara — digo sério — E ela me disse aonde está e é bom você dirigir mais rápido.Rocco era a única pessoa que poderia confiar naquele momento, mesmo ele sendo instável ao nível ao matar sem perceber e podendo piorar bem mais a situação, continuava sendo a única pessoa, além de mim, que confiava Yulia.Minutos mais tarde, Rocco diminui a velocidade do carro quando nos aproximamos de um conjunto de galpões abandonados.— Qual é o plano? — Rocco pergunta, desligando o carro e me olhando.— Não temos um — digo saindo do veículo, olhando atentamente ao redor em busca de algum sinal de Yulia.— Então vamos improvisar?— Na guerra na maioria das vezes improvisamos, quando não sabemos qual é a localização exata do inimigo — Apoiado no carro, ele solta o ar dos pulmões, os olhos semicerrados enquanto observava o cenário.Ele abre