JoshLOUISE SE OFERECE para me ajudar na empresa, pelo menos até a Anna voltar ou eu contratar uma nova secretária. Está sendo difícil achar alguém qualificado. Espero que tudo se resolva quando Alex finalmente for preso.— Quer que eu pegue um café? — Louise pergunta assim que entramos na minha sala.— Não precisa, minha princesa. — Sento na minha cadeira. — Estou cheio de coisas para resolver.— Ok. Até o almoço. — Ela me dá um selinho e se vira.— Senhorita Brown. — Chamo-a de volta.— Pois não, senhor Brown. — Ela se vira e sorri, um brilho provocante nos olhos.— É uma injustiça você vir trabalhar com esse tipo de roupa, não acha? — Louise usa uma saia lápis preta, uma camisa social branca, com os últimos botões abertos e o cabelo estava em um rabo de cavalo, que a deixa muito sexy. Nos lábios, um batom vermelho vibrante. Essa mulher vai acabar comigo.— Eu não acho — responde, sorrindo. — Caso o senhor se sinta incomodado, posso falar com o meu chefe…Sem esperar pela minha resp
JoshMERDA! MERDA! Merda!Não consigo me conter, jogo o meu celular no banco do carro e começo a socar o volante do carro. Dirijo feito louco para a casa da Lili, a chuva torrencial dificultando a visão, mas nada me impede de continuar acelerando para chegar o mais rápido possível.Estaciono o carro às pressas e, sem sequer bater à porta, entro com tudo.— Louise! Louise! — começo a chamar por ela, a voz desesperada ecoando pela casa. ― Louise, cadê você?De repente, Scar aparece, os olhos arregalados de susto.— Meu Deus, Josh! O que está acontecendo?— Cadê a Louise? ― exijo saber.— Eu… Eu não sei — quase gagueja, confusa e hesitante.— Scarlet, não minta para mim! ― digo, minha voz carregada de tensão.— Josh, não sei do que você está falando! ― insiste, a confusão em seu rosto.— Louise disse que ia te encontrar.— Você já tentou ligar para ela?— Claro, Scar! — respondo com sarcasmo, à beira do desespero.Como Louise pôde mentir para mim? Falei para ela não se envolver nos assun
Alex— VAMOS, TERESA.— Estou indo, meu amor.Espero por ela, a ansiedade preenchendo meu peito. Hoje vamos almoçar fora. Faz alguns dias que não fazemos nada diferente. Em poucos dias, Teresa completará nove meses e falta pouco para o nosso bebê vir ao mundo.O pai biológico do nosso bebê veio atrás da Teresa. Não faço ideia de como ele descobriu que ela está grávida, pois ela me jurou que não contou a ele sobre a gravidez. A intenção era dar o golpe da barriga, mas, no fim das contas, um enganou o outro. Ela parece ter sentimentos por ele, mas espero que tudo isso não seja coisa da minha cabeça. Não vou deixá-los ficarem juntos. Ela é minha.— Como estou? — ela pergunta enquanto para no topo da escada.— Maravilhosa.Teresa continua vaidosa em cada etapa da gravidez, sempre se arrumando.Usa um vestido de malha vermelho, a maquiagem é leve e o batom vermelho realça a cor da sua pele. Seu cabelo está curto na altura do ombro, o que a deixa mais sexy.O restaurante fica a poucas quadr
AlexACORDO DURANTE A MADRUGADA. Ayza continua dormindo nua em meus braços e, com todo o cuidado, me desprendo dela. Visto as minhas roupas e saio do seu quarto, sem fazer barulho. Pego o celular no bolso da minha calça e olho para o visor. Já passam das duas da manhã. Acendo a lanterna do meu celular, observando a casa de Ayza. Realmente é uma mansão elegante. Sua família tem dinheiro, e não entendo o motivo de ela estar trabalhando, ainda mais para o babaca do meu irmão.Desço as escadas na ponta dos pés, passo por uma porta enorme, que deve pertencer a um escritório, e decido entrar. Quando abro a porta, há vários livros na estante que fica aos fundos, uma mesa de madeira e, em cima dela, uma bola de cristal, cujo suporte é feito de ouro. Decido abrir as gavetas da mesa, encontrando em uma delas uma pistola. Na outra, há uma caixa de veludo azul. Dentro, um colar de esmeralda.— Ninguém vai sentir falta. — Pego o colar e o coloco no bolso.Guardo a caixa novamente na gaveta e pego
JoshO QUE ME DEIXA intrigado é que Matthew está ligando para ela neste momento. Só então me lembro de que não coloquei o meu celular para carregar. Como Louise está sonolenta, decido atender por ela.Me levanto e visto o meu robe.— Alô! — digo, saindo do nosso quarto.— Louise, Josh está com você?— Sou eu. O que aconteceu?— Por que não atendeu a bosta do seu celular? — Ele está furioso.— Estava resolvendo uns assuntos com Louise, e a bateria do meu celular acabou — explico.— Estou no hospital central, seu pai brigou com o Alex.— E como o meu pai está?— O seu estado é delicado. Teresa também foi baleada.— Estou indo pra lá agora.Volto ao nosso quarto e Louise ainda está dormindo. Decido não a acordar, pois o seu dia foi muito cansativo. Vou até o closet e pego algumas peças de roupas, tentando não fazer barulho enquanto me troco. Saio nas pontas dos pés.— Vai sair, senhor Brown? — um dos seguranças me pergunta.— Sim.— Só um minuto. — Ele vai em direção ao estacionamento bu
Louise— MATTHEW ME CONTOU assim que eu cheguei. Minha mãe ainda está muito abalada. — Ele encara o nada, perdido em pensamentos. — Ela presenciou tudo e não sabia se socorria meu pai ou Teresa.— Quem ligou para Matthew?— Uma das empregadas.— E por que não ligaram para você?— Na verdade, ela ligou para o escritório e, por sorte, para o ramal errado. A ligação caiu para Matthew.Terminamos de tomar o nosso café, Josh e eu devolvemos nossos celulares um para o outro, pois, agora que o dele está com carga, pode devolver o meu.O lembrete do meu celular toca, avisando que hoje tenho uma consulta de rotina, para ver como o nosso bebê está.— O que foi? — Josh pergunta.— Tenho uma consulta hoje — conto. Ele me encara sem jeito. — É de rotina, não me importo de você não ir.— Mas você vai sozinha?— Sim.— Louise...— Josh, é apenas uma consulta de rotina. Se você quiser, eu posso remarcar.— Não. O nosso bebê é mais importante.Seguimos para a sala de espera.— Então já vou indo.— Vei
Alex— Por que ele teve que me desafiar? Não era para as coisas saírem do controle. Merda! Merda! — digo para mim mesmo.Quando eu vi Teresa caída naquele chão, o meu mundo desmoronou, mas eu precisava me manter em pé. Saí de lá às pressas, antes que a polícia chegasse, e em vez de ir à minha casa, eu fui para um hotel barato de beira de estrada. Tenho certeza de que ninguém vai me encontrar.Quando chego aqui, pago para um menino da vila comprar roupas novas para mim. Preciso me livrar daquelas roupas ensanguentadas, e é claro que também preciso de um baseado. Tenho que esquecer tudo o que aconteceu, pelo menos por ora. Não demorou muito e o menino apareceu com algumas peças de roupas. Tomo um banho e depois de me enxugar, acendo o baseado.Agora, sei por que eles me tratavam com tanta indiferença: não sou um legitimo Brown. Mas serei o único, pois Josh terá que renunciar a tudo o que tem, se não quiser que eu mate Louise e seu filhinho.Por que a Teresa tinha que estar no meio daque
LouiseTENTO ABRIR OS OLHOS, mas eles estão pesados. Minha cabeça lateja, parecendo que vai explodir. Respiro fundo e, mais uma vez, forço os meus olhos a se abrirem. O ambiente ao meu redor é estranho e desconhecido. Estou deitada numa cama e, ao tentar me apoiar para me sentar, percebo que minhas mãos estão amarradas. Tento gritar por socorro, mas há algo em minha boca que impede qualquer som.. Droga! O que aconteceu?As lembranças voltam em partes: eu saindo da clínica, o carro preto do outro lado da rua, alguém me agarrando por trás. Essas são as últimas coisas das quais me lembro.O quarto onde estou é pequeno, de cor marrom. Uma televisão ocupa um dos cantos, uma poltrona está próxima à janela, e há uma porta perto da cama. Meu olhar se fixa no criado-mudo ao lado da cama, onde estão meu celular e minha bolsa. Eu preciso ligar para o Josh, mas quando ameaço me levantar, a porta se abre com um rangido.— Louise, achei que ia dormir por mais tempo — Alex fala. — Eu trouxe comida