Logan OconnorAlan se espreguiça ao entrar no quarto do hotel, o suspiro pesado demonstra o seu cansaço. Ela não faz nenhuma reclamação ou tocar no assunto de hoje mais cedo, caminhando em passos lentos pelo quarto e a vejo fazer leves exercícios. Um alongamento para encarar a cama que deve chamar por ela.Me pego seguindo os seus passos, sem deixar que nenhum dos seus movimentos saia do meu campo de visão. Tiro minha camisa, deixando a peça cair em um canto qualquer. Alana deixa a cabeça para o lado, quando a abraço por trás. O suspiro dengoso escapa de seus lábios e mordo de leve a pele exposta de seu pescoço.— Você se arrepende? — Sua voz sai por um fio, um sussurro quando não ouvido. Deslizo minhas mãos por cima da camisa folgada que usava. — Se pudesse voltar no tempo…— Não. — A palavra sai firme de minha boca, como uma faca afiada. Começo a desabotoar os botões. — Faria o mesmo. Tomaria as mesmas decisões.Não há possibilidade de voltar no tempo. Tiro a sua camisa. Seria impos
Alana PetersonMuito se houve que a menina tem muito apego com o pai, principalmente em algumas fases da vida. Cresci ouvindo isso e minha mãe, negando. Dizia que seria a sua menininha. Cresci, queria correr muitas vezes para os braços dos meus pais, mas ouvi que precisava ser forte. Não chorar, é uma das que mais ouvia. E por anos acreditei que Erick nunca chorava, então vi meu irmão como o meu herói.Erick era uma versão perfeita de nosso pai, mas com ele podia chorar e contar meus medos.Não fui a menininha da mamãe, tão pouco do meu pai.Nossa família tem muita influência, a ponto de Secrennor não ser minha única opção, mas ser única que poderia entrar por mérito próprio e sem ficarem puxando o saco da minha família.Ainda, sim, poderia seguir na área artística como quero. Éden poderia ter me ajudado, saber que ele é dono de uma… ao mesmo tempo que sinto raiva e mágoa, não sinto nada. Decepcionada? Sim, mas anos que essa decepção me persegue. Trocas de farpas constantes, uma provo
Alana Peterson Entramos no meu quarto e fecho a porta. Erick olha ao redor, olhando tudo que é possível. Em buscar da certeza que estou bem, se ainda não reclamou da escolha do hotel significa que a escolha foi certa. Ao contentar com o que ver, suspira balançando a cabeça, virando para me ver dá um meio sorriso. — Será que posso abraçar minha irmã?Reviro os olhos.— Como se eu fosse negar.Erick sorri e de braços abertos me recebe para um abraço. Deito a cabeça em seu peito e fecho meus olhos, envolvendo os meus braços em sua cintura. Erick beija minha cabeça, podemos ter as nossas desavenças e sempre está discordando de algo, mas não recusaria seu abraço.— Está tudo bem? — Pergunta, me mantendo firme em seus braços. — De longe parecia que vocês estavam discutindo.— Diogo não queria me abraçar. — Resmungo. — Ele está me acusando que o troquei pelo Andrey. E desde quando você e Andrey são próximos?Me afasto um pouco para olhar em seu rosto, mas me mantenho por perto.— Não somos
Logan OconnorOs últimos dias foram se passando mais rápido do que eu esperava, em meio a correria. Todas as empresas envolvidas querendo dar o seu melhor nas horas que restavam, Éden foi visto poucas vezes e em todas parecia não estar muito bem de saúde. Ela não queria tocar no seu nome na minha frente, mas eu notava facilmente a sua aflição e preocupação pelo pai. Claro que não diria para Alana que a morte do seu pai seria um presente maravilhoso para mim, não querendo desejar mal a ele, é claro. Nem tenho motivos, não é? Infelizmente ainda assim Éden é o pai de Alana.Evitamos falar sobre ele quando estamos juntos, então é justo me manter neutro em sua presença. Porém, de mim ela não encontraria palavras de conforto em relação ao Éden. Impossível!— Último dia. — Diogo diz em um suspiro.Ele conta os segundos para se afastar dessa rotina. As chances de convencê-lo a pelo menos fazer algumas fotos como modelo fotográfico serão mínimas.— Último dia. — Repito suas palavras.Olha ao r
Logan OconnorNão consigo ficar parado, não consigo me sentar para dialogar sem senti que eu não estou fazendo absolutamente nada para achar a minha filha. Stella voltou para casa logo após o desfile, são algumas horas de voo. Quando ela teve a certeza de que Valentina havia sido sequestrada, eu estava no avião a caminho de Los Angeles com Alana.Grande parte do meu pessoal está em Moscou, muitos preferiu ficar e descansar para depois seguir viagem de volta ou até mesmo seguir para outro lugar. Scott é um deles e Diogo também, ambos estão ciente sobre sequestro da Valentina. Stella tentava não chorar em uma tentativa falha, mas sendo acudida pelo noivo.— Você precisa comer… Alana coloca a mão em meu braço.— Estou sem fome.Há pessoas de minha confiança a procura da minha filha. Parece que não é o suficiente, não importa o que faça. Tudo que sabemos é que Valentina estava na casa da vó dela, mãe da Stella, quando um dos nossos seguranças foi buscá-la para levar para a casa da Stella,
Alana PetersonOuço Stella me chamando, não paro, apenas pego a minha bolsa em cima do sofá, deixando tudo para trás. Minha cabeça dói, tontura me atinge, fecho as minhas mãos em punho quando começo a sentir a tremedeira. O motorista de Logan prontamente vai até o carro quando me ver, não queria ir com ele, não queria fazer parte de nada que pertence a Logan. Mas não tem condições alguma de chamar um carro de aplicativo, e meus pés me guiam para dentro do carro. O sentimento é único: tem que sair daqui.Não posso deixar que as palavras de Logan me sufoquem, quero acreditar que está nervoso e tudo que falou foi da boca para fora. Claro que ia considerar que meu pai fizesse isso, Éden não é esse monstro. Não é esse tipo de pessoa! Logan está com raiva, sua filha foi sequestrada e por mais que as suas palavras tenham doído… Porque doeu! Posso não ser mãe, mas tenho sentimentos, tenho empatia. É a Valentina! Pode não sei a minha filha, sou a sua madrasta e ela é minha enteada, mas a amo c
Alana Peterson— Uma criança foi levada sem o consentimento dos seus pais. — consigo dizer. — Os pais dessa mesma criança estão desesperados sem saber o que está acontecendo com ela. — Meu peito dói pela decepção que sinto deles. — Uma criança de 3 anos!Olho para Tabita. Tão frágil e ainda assim concordando com as atrocidades que Éden faz. — Se fosse eu no lugar da Valentina? — as palavras sai do fundo da minha garganta ressecada. — Como você se sentiria mãe? Como você se sentiria alguém tirando sua filha de você?O suspiro desdenhoso de Éden faz com que fecho meus olhos. Não seja fraca…— Não seja fraca. — sorrir, amargurada. Acertando encher as suas palavras. — Já falei que a garota está bem. Falei com você, escolheu não ouvir. Falei com aquele cretino e ele tomou a mesma decisão. Não se brinca com um…— Peterson. — Sussurro nosso sobrenome.Seu olha vitorioso me enoja.— Ele escolheu mexer com a minha filha primeiro.Nego.— Fui eu que escolhi ir para Secrennor, eu que aceitei fi
Logan OconnorPerco a noção do tempo ao sair do quarto de banho tomado, foi alguns minutos que me pareceu horas. O tempo suficiente para odiar, me culpar e sentir todas as piores emoções. Meu peito queima, é como se tivesse levado um tiro. Passo a mão pelo cabelo respirando fundo e desço as escadas na esperança de ter alguma notícia da minha filha. Stella se levanta quase que imediatamente quando termino de descer as escadas.— O que aconteceu lá em cima? — Exigiu saber.Mexo a cabeça de um lado para o outro me alongando e passo por ela sem dar uma resposta de imediato. — Nada.Stella dá uma risada sem humor. — Esse “nada” me pareceu muita coisa quando Alana passou por aqui. — Stella, não se envolve. — Théo pede.— Logan…— Escuta o seu noivo, Stella. — A interrompo, olhando irritado.Já temos muita dor de cabeça para ela vim discutir algo desnecessário nesse momento. Stella faz que não e solta um sorriso, por que ela está sorrindo? — Pensei que a amava.— Stella…— Não, não tenho