Capítulo 5

Logan Oconnor 

Ela é irritante, chata, insuportável e fala demais. Alana poderia ir longe tanto na vida pessoal quanto profissional se não fosse ao um único detalhe: quando abre a boca irritante. Ela em silêncio dá até para dar algum elogio, mas quando abre aquela boca novamente me deixa irritado facilmente. Alana anda na minha frente sabiamente em silêncio, apenas passo as ordens para qual lado ela deveria ir. Poderia ser sempre assim. Não demoramos muito para encontrar Diego e as garotas, Diogo ficou surpreso ao me ver chegar com a Alana, as garotas, por outro lado, começaram a falar todas juntas e Alana se juntou a elas.

— Fizeram o pedido? — Pergunto ao Diogo, sentando ao seu lado.

— Você e a Alana… o que está me escondendo? 

Reviro meus olhos. Lea, Mia, Hannah e Alana entraram em uma conversa entre elas, sendo impossível para mim fugir de conversar com Diogo.

— Não é nada que está pensando…

— O que estou pensando?

— Merda!

— Você está atraído pela garota, confessa. — Seus lábios se repuxa para o lado.

— E só está saindo mais merda…

— Então tudo bem para você, eu ficar com ela. — O olho e Diego ri, chamando a atenção das garotas. Ele balança a mão no ar fingindo que não é nada de mais e elas voltam para o mundinho delas. — Logan, meu amigo. Beijar não mata ninguém, sua implicância com Alana vai acabar virando outra coisa.

— Se concentra na Mia e me deixa em paz. — Esse assunto está me deixando desconfortável.

— Sim, eu com a Mia, Lea com a Hannah já que você dispensou a Hannah… E você com a Alana… aí!

Dou uma cotovelada nele. As garotas nos olham intrigadas novamente e eu faço o sinal para chamar o garçom, falar sobre trabalho era proibido nas férias quando estamos com esse grupo. Não sou uma pessoa cercado por amigos e não faço questão de fazer novas amizades, então é preciso aceitar algumas regras. Porque por um lado é bom. Queria que Valentina estivesse aqui. O jantar foi em um clima ótimo, Alana não estava nem um pouco desconfortável e insegura comparada como a encontrei.

Ela não está mais confortável com seu próprio grupo, mas não confessará para si tão cedo. 

Com o fim do jantar cada um começou a seguir por um caminho, as intenções eram óbvias. O que queriam fazer agora tinha que ser feito em um quarto. Dependo da Lea seria em qualquer lugar.

— Precisa de companhia para voltar para o quanto?

— Não, tenho minhas pernas e uma mão pesada caso precise usá-la.

A olho e infelizmente não consigo segurar uma risada. Ela queria me provocar e demonstrar ser superior, mas olhando para o tamanho daquela mulher só me fazia rir.

— Com essas pernas curtas e mãozinhas de fada?

Alana me olha irritada, um pequeno bico se forma em seus lábios. Acontece sempre quando ela fica muito irritada, e parece que durante o dia fui o motivo.

— Logan, tenha uma boa noite. — Alana sai andando.

Vou tranquilamente atrás dela, colocando as mãos no bolso da frente da bermuda. A acompanho até seu quarto. Estamos em um lugar seguro, mas em tempo de muito movimento. Sempre tem um engraçadinho perturbando uma mulher e mesmo dizendo não, seu pedido não é atendido.

— Para de me seguir. — Ela para e me olha.

— A não ser que você tenha um lugar específico para ir, não vejo problema em acompanhá-la…

— Não pedi para vir.

— Não, mas tenho bom senso de saber que mesmo você sendo insuportável tem gente que consegue ser bem invasivo. — Não preciso dar exemplos e detalhes do que estava querendo falar, Alana sabia.

Ela suspirou.

— Meu quarto não é longe. — Sua pose de durona vai embora e até surge um sorriso em seu rosto. — Sério, não precisa… se não quiser.

Seu cabelo está preso em um rabo de cavalo alto, deixando seu belo rosto exposto. A mulher à minha frente é linda, não posso negar, mas ainda acho que não é certo a gente se envolver. Não saberia dizer o porquê, mas não sei se quero viver um casinho que acontece em férias… ou quero? Alana se aproxima, ficando na ponta dos pés e beija minha bochecha.

— Boa noite, Logan.

Deveria deixá-la ir.

— Boa noite, Alana.

Nunca fiquei tão cismado com uma mulher como estou com a Alana. Não a conheço e não faço questão de conhecer, é aqui e agora. Só isso! Então… Seguro no seu braço e a puxo contra o meu corpo, Alana arfa ao ser pega de surpresa, mas logo minha boca está na sua. 

Ela não se afasta, o cheiro de rosas-vermelhas que tenho sentido ao longo do dia ficar mais forte. Alana passa seus braços pelo meu pescoço, aprofundando mais o beijo. A abraço pela cintura, explorando sua boca com a minha língua. Alana faz o mesmo, nossas provocações e implicações aconteciam na luta que nossas línguas percorriam para conhecer mais a boca um do outro.

Acabei sorrindo, apertando minhas mãos ao redor da sua cintura. Alana sorri também parecendo saber o que pensei. Ela brincando com os fios do meu cabelo em minha nuca, me dá vontade de levar essa brincadeira a um outro nível. Logan, se controla! Meu celular vibra em meu bolso, fazendo um desejo maior de dissipar.

— Preciso atender. — Aviso me afastando o suficiente para pegar o celular no meu bolso.

Sabia bem quem estava ligando.

Alana ver o nome da Stella na tela do meu celular.

— Oi, meu amor. — Atendo, ansioso para ouvir sua voz.

Sinto Alana tensa ao meu lado.

— Papai, tô com saudades, papai. — Valentina diz com uma voz sonolenta.

Ouvi sua voz me desestabiliza por inteiro. Essa garotinha me tem na mão facilmente.

— Também estou com saudades, meu amor. 

Alana mexe seus ombros se sentindo desconfortável e cruza os seus braços. Sorri, sabendo que a mulher ao meu lado está entendendo tudo errado. Quando Alana ameaça dar um passo maior para longe de mim, a agarro com apenas um braço ao redor da sua cintura, fazendo com que volte.

Ela se debate, mas não consegue se soltar de mim.

— Não podia mimi sem falar com meu papai lindão e favorito.

Fico tentado em dizer que era o seu único pai dela, mas reconhecer que Théo tem sido um bom padrasto e Stella soube escolher bem quem entraria na vida de nossa filha.

— E ainda bem que ligou, não podia ficar sem o meu boa noite da minha pessoa favorita desse mundo. — Valentina dar uma risada gostosa que me distrai e quase que deixo Alana escapar de mim.

A aperto mais contra meu corpo e chegou a erguê-la do chão, a fedelha que manterei esse apelido, fica emburrada e não tenta mais escapar.

— Boa noite, papai. Valentina te ama muito.

— Também te amo, querida. Fica com Deus. — A ligação é finalizada.

Valentina não foi planejada, Stella e eu nos relacionamos quase sempre que nos vimos e o resultado foi minha lindinha garotinha. Tentamos ficar juntos, mas não foi para frente. Apenas funcionávamos bem na cama e para criar Valentina mesmo estando separados. Não abdiquei da paternidade. Solto Alana que se afasta rapidamente.

— Você é casado! — Acusa.

Guardo meu celular no bolso tranquilamente.

— Não sou.

Pego o celular novamente.

— Ouvi a conversa, Logan. Terei que incluir mais adjetivo nada legal…

Vou à galeria do celular e procuro minha foto com Valentina que não é nada difícil de achar. Alana começa a falar e mostrar sua indignação por esta em Bahamas curtindo a vida e deixando minha esposa que não exite em casa. Viro a tela do celular para Alana e ela se cala. Sua expressão muda completamente, na foto estou com a Valentina em meu colo. Minha menina sorria, sendo muito comportada após dizer a ela que daria o chocolate que quisesse se parasse de implicar com o vestido que havia colocado nela.

— O nome dela é Valentina.

Alana pega o celular apreciando a foto.

— Stella seria a mãe dela? — Pergunta curiosa.

— Sim.

Stella foi uma das agenciada pela minha empresa.

— Tem certeza que essa foto não é uma montagem? — Me olha desconfiada.

Suspiro, esperando a provocação.

— Por que pensa isso, senhorita, Alana?

— Você sorrindo? E não é de deboche? Uau! Só essa linda menininha para tirar o melhor de você. — Pego meu celular da sua mão. — Com certeza para ser linda desse jeito, puxou a mãe.

— Alana?

— Oi?

— Um beijo e já ficou apaixonada? Esse jogo de desinteresse não funciona comigo… — Me calo ao ver o olhar mortal dessa mulher. — Que tal uma trégua?

— Feito!

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