Logan Oconnor
Ela é irritante, chata, insuportável e fala demais. Alana poderia ir longe tanto na vida pessoal quanto profissional se não fosse ao um único detalhe: quando abre a boca irritante. Ela em silêncio dá até para dar algum elogio, mas quando abre aquela boca novamente me deixa irritado facilmente. Alana anda na minha frente sabiamente em silêncio, apenas passo as ordens para qual lado ela deveria ir. Poderia ser sempre assim. Não demoramos muito para encontrar Diego e as garotas, Diogo ficou surpreso ao me ver chegar com a Alana, as garotas, por outro lado, começaram a falar todas juntas e Alana se juntou a elas.
— Fizeram o pedido? — Pergunto ao Diogo, sentando ao seu lado.
— Você e a Alana… o que está me escondendo?
Reviro meus olhos. Lea, Mia, Hannah e Alana entraram em uma conversa entre elas, sendo impossível para mim fugir de conversar com Diogo.
— Não é nada que está pensando…
— O que estou pensando?
— Merda!
— Você está atraído pela garota, confessa. — Seus lábios se repuxa para o lado.
— E só está saindo mais merda…
— Então tudo bem para você, eu ficar com ela. — O olho e Diego ri, chamando a atenção das garotas. Ele balança a mão no ar fingindo que não é nada de mais e elas voltam para o mundinho delas. — Logan, meu amigo. Beijar não mata ninguém, sua implicância com Alana vai acabar virando outra coisa.
— Se concentra na Mia e me deixa em paz. — Esse assunto está me deixando desconfortável.
— Sim, eu com a Mia, Lea com a Hannah já que você dispensou a Hannah… E você com a Alana… aí!
Dou uma cotovelada nele. As garotas nos olham intrigadas novamente e eu faço o sinal para chamar o garçom, falar sobre trabalho era proibido nas férias quando estamos com esse grupo. Não sou uma pessoa cercado por amigos e não faço questão de fazer novas amizades, então é preciso aceitar algumas regras. Porque por um lado é bom. Queria que Valentina estivesse aqui. O jantar foi em um clima ótimo, Alana não estava nem um pouco desconfortável e insegura comparada como a encontrei.
Ela não está mais confortável com seu próprio grupo, mas não confessará para si tão cedo.
Com o fim do jantar cada um começou a seguir por um caminho, as intenções eram óbvias. O que queriam fazer agora tinha que ser feito em um quarto. Dependo da Lea seria em qualquer lugar.
— Precisa de companhia para voltar para o quanto?
— Não, tenho minhas pernas e uma mão pesada caso precise usá-la.
A olho e infelizmente não consigo segurar uma risada. Ela queria me provocar e demonstrar ser superior, mas olhando para o tamanho daquela mulher só me fazia rir.
— Com essas pernas curtas e mãozinhas de fada?
Alana me olha irritada, um pequeno bico se forma em seus lábios. Acontece sempre quando ela fica muito irritada, e parece que durante o dia fui o motivo.
— Logan, tenha uma boa noite. — Alana sai andando.
Vou tranquilamente atrás dela, colocando as mãos no bolso da frente da bermuda. A acompanho até seu quarto. Estamos em um lugar seguro, mas em tempo de muito movimento. Sempre tem um engraçadinho perturbando uma mulher e mesmo dizendo não, seu pedido não é atendido.
— Para de me seguir. — Ela para e me olha.
— A não ser que você tenha um lugar específico para ir, não vejo problema em acompanhá-la…
— Não pedi para vir.
— Não, mas tenho bom senso de saber que mesmo você sendo insuportável tem gente que consegue ser bem invasivo. — Não preciso dar exemplos e detalhes do que estava querendo falar, Alana sabia.
Ela suspirou.
— Meu quarto não é longe. — Sua pose de durona vai embora e até surge um sorriso em seu rosto. — Sério, não precisa… se não quiser.
Seu cabelo está preso em um rabo de cavalo alto, deixando seu belo rosto exposto. A mulher à minha frente é linda, não posso negar, mas ainda acho que não é certo a gente se envolver. Não saberia dizer o porquê, mas não sei se quero viver um casinho que acontece em férias… ou quero? Alana se aproxima, ficando na ponta dos pés e beija minha bochecha.
— Boa noite, Logan.
Deveria deixá-la ir.
— Boa noite, Alana.
Nunca fiquei tão cismado com uma mulher como estou com a Alana. Não a conheço e não faço questão de conhecer, é aqui e agora. Só isso! Então… Seguro no seu braço e a puxo contra o meu corpo, Alana arfa ao ser pega de surpresa, mas logo minha boca está na sua.
Ela não se afasta, o cheiro de rosas-vermelhas que tenho sentido ao longo do dia ficar mais forte. Alana passa seus braços pelo meu pescoço, aprofundando mais o beijo. A abraço pela cintura, explorando sua boca com a minha língua. Alana faz o mesmo, nossas provocações e implicações aconteciam na luta que nossas línguas percorriam para conhecer mais a boca um do outro.
Acabei sorrindo, apertando minhas mãos ao redor da sua cintura. Alana sorri também parecendo saber o que pensei. Ela brincando com os fios do meu cabelo em minha nuca, me dá vontade de levar essa brincadeira a um outro nível. Logan, se controla! Meu celular vibra em meu bolso, fazendo um desejo maior de dissipar.
— Preciso atender. — Aviso me afastando o suficiente para pegar o celular no meu bolso.
Sabia bem quem estava ligando.
Alana ver o nome da Stella na tela do meu celular.
— Oi, meu amor. — Atendo, ansioso para ouvir sua voz.
Sinto Alana tensa ao meu lado.
— Papai, tô com saudades, papai. — Valentina diz com uma voz sonolenta.
Ouvi sua voz me desestabiliza por inteiro. Essa garotinha me tem na mão facilmente.
— Também estou com saudades, meu amor.
Alana mexe seus ombros se sentindo desconfortável e cruza os seus braços. Sorri, sabendo que a mulher ao meu lado está entendendo tudo errado. Quando Alana ameaça dar um passo maior para longe de mim, a agarro com apenas um braço ao redor da sua cintura, fazendo com que volte.
Ela se debate, mas não consegue se soltar de mim.
— Não podia mimi sem falar com meu papai lindão e favorito.
Fico tentado em dizer que era o seu único pai dela, mas reconhecer que Théo tem sido um bom padrasto e Stella soube escolher bem quem entraria na vida de nossa filha.
— E ainda bem que ligou, não podia ficar sem o meu boa noite da minha pessoa favorita desse mundo. — Valentina dar uma risada gostosa que me distrai e quase que deixo Alana escapar de mim.
A aperto mais contra meu corpo e chegou a erguê-la do chão, a fedelha que manterei esse apelido, fica emburrada e não tenta mais escapar.
— Boa noite, papai. Valentina te ama muito.
— Também te amo, querida. Fica com Deus. — A ligação é finalizada.
Valentina não foi planejada, Stella e eu nos relacionamos quase sempre que nos vimos e o resultado foi minha lindinha garotinha. Tentamos ficar juntos, mas não foi para frente. Apenas funcionávamos bem na cama e para criar Valentina mesmo estando separados. Não abdiquei da paternidade. Solto Alana que se afasta rapidamente.
— Você é casado! — Acusa.
Guardo meu celular no bolso tranquilamente.
— Não sou.
Pego o celular novamente.
— Ouvi a conversa, Logan. Terei que incluir mais adjetivo nada legal…
Vou à galeria do celular e procuro minha foto com Valentina que não é nada difícil de achar. Alana começa a falar e mostrar sua indignação por esta em Bahamas curtindo a vida e deixando minha esposa que não exite em casa. Viro a tela do celular para Alana e ela se cala. Sua expressão muda completamente, na foto estou com a Valentina em meu colo. Minha menina sorria, sendo muito comportada após dizer a ela que daria o chocolate que quisesse se parasse de implicar com o vestido que havia colocado nela.
— O nome dela é Valentina.
Alana pega o celular apreciando a foto.
— Stella seria a mãe dela? — Pergunta curiosa.
— Sim.
Stella foi uma das agenciada pela minha empresa.
— Tem certeza que essa foto não é uma montagem? — Me olha desconfiada.
Suspiro, esperando a provocação.
— Por que pensa isso, senhorita, Alana?
— Você sorrindo? E não é de deboche? Uau! Só essa linda menininha para tirar o melhor de você. — Pego meu celular da sua mão. — Com certeza para ser linda desse jeito, puxou a mãe.
— Alana?
— Oi?
— Um beijo e já ficou apaixonada? Esse jogo de desinteresse não funciona comigo… — Me calo ao ver o olhar mortal dessa mulher. — Que tal uma trégua?
— Feito!
Alana PetersonTomo um banho demorado, foi difícil sair da cama essa manhã. Parece que o meu corpo está rejeitando as madrugadas acordadas e preferindo uma boa noite de sono. Me olho no espelho e mordo o canto da boca lembrando da noite de ontem, valeu muito a pena ter ficado acordado até tarde. Logan me fez caminhar durante a madrugada pela praia, não posso reclamar, ele me mostrou um lugar mais reservado e que não conhecia ainda.O melhor momento foi sentar de frente para aquele mar lindo e ser beijada por aquele homem, não houve provocações e implicância como de costume. Apenas trocas de beijos muito gostosos. Seus toques, fechei meus olhos e consigo imaginar perfeitamente, seus dedos deslizando pela minha nuca e adentrando os fios do meu cabelo. Seus lábios acariciavam minha pele, vindo de encontro a minha boca.Me arrepio de imediato, Logan sabe o que faz e faz muito bem. O beijo lento e a pegada em minha cintura faz com que suspire até agora, é claro que na hora fingir não está
Alana Peterson— Estamos aqui para curtir e distrair, logo cada uma vai estar em países diferentes. — Eva me interrompe mais uma vez. Suspira, arrumando o óculos escuro em seu rosto. — Podemos não ser tão responsáveis assim durante alguns dias? Sabemos como será quando voltarmos à “realidade”.Mordi o canto da boca, lembrando da minha conversa nada gentil com Erick. E tendo a certeza que meus pais devem estar pensando que estou querendo apenas chamar a atenção, Eva está certa. Ao voltar a realidade será bem cruel. A decisão de ter vindo para essas férias foi exatamente para não me preocupar com nada e ter alguns dias de paz.— É, você tem razão. — Dou um meio sorriso. — Pode fazer a festa.— Você é demais! — Eva pega o celular novamente e começa a digitar.Sento na espreguiçadeira, pensando em entrar na piscina. Não sei porque não estou muito animada. Ao longe vejo Lea que acena para mim, sorri e acenei para ela também.— Mentira que você está acenando para Lea Schneider. — Me assusto
Logan OconnorAlana pega seu suco de maracujá e sai, ignorando Diogo, que pedia para que ela se acalmasse e ficasse conosco. Pego meu corpo com o líquido delicioso de tequila, gostando do gosto da bebida em minha boca. Sorrindo, finalizo a minha bebida. Alana se irrita fácil de mais. Suas sobrancelhas tem o costume se juntar o máximo possível e o bico se formar em seus lábios.— Cara, por que você fez isso? — Diogo quer uma explicação. — Sabe como a irritar e faz de proposito.— Sim, faço. — Não nego. — É engraçado vê-la irritada.Diogo me olha desconfiado.— Quer ser o motivo dos sentimentos dela e escolhe justo a raiva?Ah, não. Ele já vai começar com essa conversa chata.— Diogo…— Não faço ideia do que fizeram ontem, mas não foi bom? — Continuou com seu tom de sermão. — Sim, mas…— Então aproveita a parte boa e para despertar o lado ruim. — Me interrompe. — Se você não gostasse dessa garota e não estou falando amorosamente, sabemos muito bem que faria ela ficar longe de nós. Quer
Logan OconnorAlana olha na direção que elas haviam saído sem entender. A mulher na minha frente demora um pouco para reagir. E nesse momento só queria está na frente do Diogo e apertar aquele pescoço com minha duas mãos mandando ele parar de se meter na minha vida pessoal.— Hum, atrapalhei alguma coisa? — Me pergunta ficando sem jeito.— Não, elas tinham que resolver umas coisas. — Menti. — Já estavam de saída.Ergo a mão no ar fazendo pouco caso com a conversa. — Ah… — Morde o canto da boca.Alana pela primeira vez não implica comigo, olhando para qualquer outro lugar, menos para mim. Passava a mão no braço, deslizando os dedos pela pele exposta em um jeito tímido. — Alana, você está bem?— Eva está dando uma festa em nosso quarto e não quero participar, então meio que fugir. — falou de uma vez sem parar para respirar. — Faz meia hora que estou procurando vocês, pensando que poderia entrar de penetra em seus planos, mas parece que todo mundo tem algo para fazer. Sem mim.A olho p
Logan Oconnor — Então vamos. — Saímos do quarto. — Quanto passar pela recepção, acho que não tem mais quarto disponível, mas acredito que não vai ter problema você dormir no sofá da recepção.Temos o mesmo tom de cor nos olhos, um castanho escuro que muitos diriam ser pretos. Me seguro para não sorri ao ver que mais uma vez Alana caiu na minha provocação. Com seus olhos castanhos escuros em minha direção, Alana ergue uma sobrancelha. — Logan, vai se ferrar?— Estou sendo gentil em te orientar o melhor lugar para dormir. — finjo está triste. — Está sendo muito ingrata.Alana revira seus olhos.— Pelas minhas contas teria dois quartos vazios, meus novos amigos parecem estar se pegando muito. — Dá de ombros. — Aposto que Dylan cederia o quarto dele, pelo menos por essa noite. Ele passa bastante tempo com a Mia…— Você não vai dormir no quarto do Dylan. — acabei falando o mais rápido do que pensei. Alana para e me olha com o olhar mais inocente que poderia fazer. — Onde poderia dormir
Alana Peterson Não faço a mínima ideia o que deu em mim, quando montei em cima de Logan naquele corredor. Sério! Foi um momento de raiva momentânea, nos provocamos, implicamos um com outro constantemente, mas insultar daquela forma foi além do limite. No Brasil, quando é chamado de piranha, são mulheres da vida que sai dando para todo mundo. Lembro de uma cena nada agradável quando estava em um bar no Rio de Janeiro com meus amigos e um homem chamou a mulher desse jeito, ela não deixou o insulto passar e ambos foram parar na delegacia.— Mas ainda achei muito injusto ele falar que a gente estava transando no corredor. — Dou um gole no meu drink. — Tentativa de sexo no corredor. — Me corrigiu.Logan não fazia questão de me olhar. Afasto alguns fios de cabelos do meu rosto, me sentindo mal pelo que passamos minutos atrás. Fui impulsiva demais e não sou assim. Nem com Erick que me tira a paciência facilmente quando quer. Um grupo subiu ao palco para dançar, a música animada e contagia
Alana PetersonLogan e eu tinha os nossos preferidos e claro que a nossa opinião era diferente um do outro. Será que algum dia concordamos com a mesma coisa? Não é como se fossemos conviver para sempre. Dias, poucos dias.— Aposto que o casal de senhores ficam em primeiro lugar. — Dou um gole no meu drink.Logan balança a cabeça, discordando.— Não vai, Alana. O ruivo está empenhado demais, é uma aposta perdida.— Para! Aqueles idosos são fofos. Vão ganhar com certeza. — Olhei para Logan. — Você vai querer apostar ou não? Está com medinho e por isso não quer apostar.Agora tinha atenção dele.— Ok, Alana. — Logan apoia o braço no encosto de atrás da cadeira. — Me diz o que você quer apostar?— Seu quarto. — Sorri. — Sem você.Logan deita a cabeça para trás, passando a língua preguiçosamente pelos lábios e um sorriso sarcástico logo aparece.— E se eu ganhar? — Faltava pouco para a dança terminar e anunciarem o ganhador. Logan vira sua cabeça lentamente em minha direção, seus olhos se
Logan Oconnor Fui imprudente demais falando de Eva. Não sou de me meter na vida de ninguém, tão pouco me importo de alertar alguma coisa se essa tal coisa não me afetar ou afetar alguém que me importa. Alana está sendo totalmente averso aos seus planos ao vir para Bahamas, ela está se sentindo melhor comigo e meus amigos do qual conheceu em dois dias do que seus próprios amigos que provavelmente conhece há anos. Vejo a situação da Alana como se ela estivesse presa a esses anos de amizade e vem aceitando tudo o que dizem sem questionar ou se impor.— Logan, estou com fome. — Resmunga, deitando a cabeça em meu braço.Havia se formado uma pequena fila para o corredor dos quartos.— Alana, acabamos de comer.— Mas não foi o suficiente.— E por que não falou quando estávamos na mesa ainda? — Seguro em sua mão e fomos para o restaurante do resort, isso é se estiver aberto.O rosto da mulher do meu lado, que antes era uma careta, tinha um sorriso.— Porque não estava com fome naquela hora.