Não podia dizer ali o real motivo de sua aflição. Como iria dizer a eles que mesmo sem querer, ela trouxera desgraça para o nome de Apolo e para sua família?
Como dizer que foi a responsável pela morte de seus pais?
O escândalo não passou rápido, ao contrário, durou meses e a impressa podre pintou Apolo como um aproveitador da filha menor de idade do melhor amigo de seu pai.
Mentiras foram criadas por pura maldade e interesses mesquinhos. Não se importavam com o mal que estavam criando, queriam apenas lucrar em cima do nome deles.
E mesmo tentando contar a verdade, ninguém deu ouvidos a ela, só queriam
“Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja. Não quero o que a cabeça pensa, eu quero o que a alma deseja”.— O que? - sentiu uma leve tontura.Após tanto tempo ainda ficava abalada com relação a Apolo. Como naquela noite, ela queria que um buraco se abrisse para poder sumir dali. E rápido.Sentiu a nuca se arrepiar. O perigo se aproximava. De novo.Laerte segurou seu braço, talvez estivesse com medo que caísse. Ela queria muito correr, mas suas pernas estavam pesadas. Deveria ter ido embora no instante em que olhou em volta e
Na verdade ele não se importava com nada naquele momento, só com ela. Phoebe parecia muito nervosa, mas o encarava também. Estavam conectados.— Uma velha amiga que precisa ir embora - ela se aproveitou da chegada da mulher puxando a atenção dele e criou coragem para escapar dali antes que se arrependesse de novo _ Adeus, Apolo - se virou e saiu rápido se misturando com as pessoas. O coração batendo a mil por hora, a garganta seca e as mãos tremendo. Nem olhou para trás.Apolo ficou olhando enquanto ela sumia de sua vida. De novo. E isso era um pouco irritante.E não gostou da sensação. Já não se sentia mais aborrecido ou entediado após esse encontro repent
Seus pais lhe jogaram na cara a confusão e o problema que havia causado quando se insinuou pra cima dele. Pelo jeito a noiva e a família dela arrasaram com a reputação dele.— Não, você não quer, Apolo. Deixou isso bem claro anos atrás. Eu me lembro bem.— Bem, eu mudei de ideia - rebateu _ Isso foi há oito anos.Phoebe se surpreendeu dele saber a data exata. isso queria dizer que ele também recordava de tudo. Talvez estivesse contando o tempo até se vingar. Um alerta interno soou em sua cabeça.— Não quero ver você, Apolo - tentou parecer calma, mas só Deus sabia como estava nervosa por dentro.
“O tempo nos aproxima cada vez mais, nos reduz a um só verso e uma só rima, de mãos, olhos e de luz.O meu tempo e o teu amada, transcendem qualquer medida. Além do amor, não há nada. Amar é o sumo da vida.”Apolo salvou o número pessoal dela e ficou um tempo olhando para o celular, pensativo. Suspirou e apertou os lábios.Depois de oito anos que haviam se passado, tudo voltou em segundos á sua mente assim que a reconheceu na festa. Não conseguiu parar de pensar nela e ficou impaciente para se livrar de Camila, o que não foi tão simples como pensou que seria.A garo
Ela passou a chave do carro para o valet guardar na vaga e seguiu na direção do bar, sendo guiada por uma funcionária educada com um sorriso enorme. Gostaria de estar assim também, mas seu sorriso seria falso naquela noite. Era só para mostrar que estava tudo bem, mas dentro dela não estava. Internamente ela tremia de ansiedade.E lá estava ele. A esperando.Phoebe o viu sentado em um banco alto de ferro com um pequeno encosto alcochoado. Olhava para o copo, rodando o dedo na borda, distraído das pessoas que passavam ao seu lado. Parecia até que havia algo muito interessante no fundo daquele copo que o atraía. Parecia pensativo.
Compreendeu durante suas sessões com o terapeuta, que o álcool estava banido para sempre de sua vida, nem mesmo que fosse uma gota ou para comemorar uma vez. Seu corpo e sua mente não aceitavam e que o álcool estava ligado diretamente ao trauma de ter a vida mudada radicalmente e de todo sofrimento que passou depois.Ela teve uma curiosidade idiota, exagerou e perdeu o controle, causando um problema gigante para si, sua família e Apolo. Tudo o que veio a acontecer depois estava ligado a isso. Não poderia reclamar. Nunca mais perderia o controle por causa de álcool.— Pode me dizer logo o que deseja falar comigo? Nós não precisamos nem mesmo de um jantar. Você deve estar ocupado e eu estou cansada.<
“Amores estranhos e frágeis, prisioneiros, livres. Amores estranhos que não sabem viver, e eles se perdem dentro de nós.”— Você foi muito rápida - disse de modo crítico — Menos de dois anos após a morte de seus pais e você já saiu vendendo tudo?— Não foi bem assim... Eu era menor de idade e não entendia de negócios - verdade — Fiz o que parecia melhor na época.“E meu tio me roubou descaradamente, me usando e tirando o que era meu aos poucos”.— Uma boa desculpa, mas sem sentido.
Ele falou alto e de um modo tão seco que as cabeças se viraram. Eles estavam chamando atenção.— O acordo já estava feito. O pai dela e o irmão haviam investido fundos que eu precisava muito na época, para levantar a empresa do meu pai após sua morte - respirou fundo, acendendo as narinas — Não existia isso de amor. Eu não queria me casar, mas faria isso por obrigação à minha família. Sabe que tinha muitas pessoas ligadas à empresa que contavam comigo - novamente se inclinou para a frente e falou duro — O que você fez me colocou em uma posição difícil e delicada. Merecia uma boa surra depois do que me fez. Ela apertou os dedos com força, na palma da mão, travando os