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Pov's Sophia Carson

Depois de deixar o menino na cama, cercado de travesseiros e orientando ao meu chefe quê não saísse de seu lado enquanto eu não terminasse o banho, finalmente pude tomar a tão sonhada ducha.

Assim que entrei no box e deixei que a água escorresse por meu corpo, o estresse e as preocupações entravam em segundo plano.

Acreditei de verdade que teria um pouco de paz e até mesmo peguei o shampoo para começar a lavar os cabelos, mas levei um susto com o barulho da porta se abrindo.

O choro invadiu o banheiro e depois de limpar o vidro embaçado do box, percebi que meu chefe estava com o bebê no colo e no mesmo espaço que eu.

— O quê está fazendo dentro do banheiro?! — Disse irritada já fechando a ducha e agarrando a toalha.

— Ele acordou de repente chorando, e quer você. — Ele entregou o menino tão pronto me viu, nem me dando tempo para prender corretamente a toalha.

— Droga! — Exclamei quando a toalha caiu, me deixando nua a sua frente.

— Se quiser eu viro de costas. — Ele disse, mas já havia visto tudo e um pouco mais.

— Pega ele, preciso pegar a toalha! — Digo nervosa.

— Ele não gosta de mim. — falava se recusando a pegar o garoto de volta. — Eu pego a toalha, é mais fácil. —  Tinha um sorrisinho malicioso e agachou para pegar o pano no piso.

— Droga Samuel! — Gritei sem conter a frustração.

Agora meu chefe tinha um conhecimento profundo das medidas de sua secretária e eu tinha um conhecimento ainda maior do significado da palavra “transparência”.

— Não fica brava, já vou saindo. — Ele agia como se gostasse de me ver vermelha. — Belos seios, com todo o respeito.

Minha cara caiu no chão.

Maldito seja Samuel Heughan!

[...]

Fui para o quarto depois de um tempo acalmando o bebê e também me acalmando pra não matar o infeliz.

O expulsei de seu quarto e quando ele tomou a postura de “ CEO mandão”, fiz com que envolvesse o rabo entre as pernas, com apenas uma frase.

— Se não sair agora mesmo eu vou embora. — Falei séria.

Claro que não pensava em deixar o pobrezinho com um desnaturado como ele, mas as vezes as ameaças são a única coisa que o faz se mexer.

Vendo-o sair do quarto, tranco a porta e deixo o pequeno no chão, pego nas sacolas algumas peças de roupas “ básicas”, o quê significava que aquela aparentemente simples calça legging que eu segurava devia valer um salário mínimo.

Logo depois de vestida, banhada e de dentes branquinhos como os da marca Colgate, resolvi enrolar um pouco com meu bebezinho.

— Ma! — Gritou pulando em meus braços.

— Sabe de uma coisa, já não posso te chamar de garoto, bebê ou menino sabe-se quanto tempo mais. O quê de um acha de nome?

Ele me olhava perdido, era claro que não entendia tudo que eu dizia.

— Seu papai chama Samuel, eu sou Sophia, creio que você também pode ter um nome com a letra S ... — Disse rindo da coincidência.

Pensei por um tempo e me perdi no mundo da lua, quando voltei a mim, o CEO estava ao pé da cama com os braços cruzados me olhando mortalmente.

— Não bate na porta, não?

— Francamente, essa é minha casa. Mas mesmo assim eu bati na porta sete vezes, quem não ouviu foi você.  — Ele estava tão bravo, mas ignorei tudo aquilo focando em apenas uma parte de sua frase.

— Peraí, quantas vezes você bateu mesmo?

— Sete vezes, e você não me abriu. Por sorte tenho uma chave reserva dessa porta.

— É isso! — Pulei da cama.

— Isso o quê?

— Enquanto este assunto estiver se resolvendo, podemos chamá-lo de Seth. — Disse pegando o pequeno. — Você vai ser meu fofinho Seth.

— Nome estranho.

— Tem uma ideia melhor?

— Não.

— Então quieto, não me desanima. — Deixei o CEO insuportável de lado e passei a dar atenção para o pequeno.

Ali era o princípio de um cruzamento de caminhos, em que algumas dessas trilhas jamais se separariam.

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