Tenho que confessar que trabalhar na editora se tornou muito mais entediante depois que eu tive que levar a Sofia pra todo canto.
Conforme os dias se passavam mais eu percebia que não era uma cisma boba da minha cabeça: Realmente ela me odeia sem que eu tenha feito nada.
Ela só me trata mais ou menos bem quando alguém da chefia da editora está por perto.
Estava na sala do editor chefe e estava muito puta da vida com toda a situação em si:
- Tem alguém dessa editora que é um sem caráter, isso sim - retruquei.
- Caroline, se acalme, nós mudaremos tudo e faremos o seu ex perder a credibilidade, fora que a editora vai processá-lo por direitos autoraisEstava sentada com o Ivan no refeitório da empresa e estava esperando a opinião dele sobre a minha intuição:- Tudo bem, eu concordo que tudo isso é muito estranho e que ela não gosta da gente, mas você já não acha que é brisa demais achar que isso do Noah tem alguma ligação com a Sofia? Parece até coisa de teórico da conspiração.- Quem garante que ela não foi #TeamNoah - fiz a hashtag no ar - ano passado?- De novo essa coisa toda - falou Ivan passando a mão pelo rosto - eu custo a acreditar que teu ex é insistente nesse nível.- Pois acredite porque ele é!- Que merda, hein? Onde você foi arrumar um cara desses?- É tudo culpa da Natália que me apresentou para ele.- Que dedo podre!- Ne
No dia seguinte Sofia chegou no escritório e logo se aproximou de mim e do Ivan e falou toda simpática:- Bom dia, gente.Nos entreolhamos, essa mulher nunca foi simpática com ninguém exceto os chefões da editora:- Bom dia - falei.- Teve boas notícias? - o Ivan perguntou.- Estou terminando de escrever o penúltimo capítulo do meu livro.Eu e meu namorado nos entreolhamos novamente:- Deixa eu te perguntar uma coisa, qual o gênero do seu livro?- Terror psicológico.Levantei as sobrancelhas, então o Ivan disse:
Estava no refeitório com o Ivan quando vi o Miguel se aproximando de nós três, Sophia, obviamente, estava junto.Miguel chegou com a cara fechada e só perguntou:- Carol, podemos conversar? Em particular...- Claro.Dessa vez eu fiz merda e eu sei muito bem disso. Saímos do refeitório e eu levei ele na minha sala.Assim que fechei a porta ele disse:- Desculpa a minha sinceridade, mas você não é mais a mesma.Rolei os olhos. Mais uma pessoa vindo com essa conversa fiada pra cima de mim:- De todas as pessoas que ela
Joguei a cabeça para trás e puxei o cabelo do Ivan e gemi:- Ah, assim!Puxei mais o cabelo dele e senti a urgência aumentando, então ele fez um movimento e tudo explodiu.Deixei o meu corpo cair no colchão fofo, então ele levantou do chão e deitou do meu lado na cama.Assim que me recuperei minimamente eu me virei para ele:- Hoje foi bom.- Deve ser porque nós bebemos.Nos beijamos, então eu disse:- Vamos beber mais tarde de novo e repetir a dose.- Eu topo, amor.
Assim que o táxi estacionou eu vi o meu irmão na escadaria do prédio me esperando.- Tá frio, por que não entrou?- O porteiro não deixou.Olhei para a guarita. Toquei o botão e esperei o barulho, quando ouvi eu empurrei a porta e nós entramos no prédio.Fomos até o elevador e subimos até o meu apartamento.Girei a chave e entramos no lugar pequeno, porém elegante:- Qual é o problema?- Tem dois.- Então me conte.Ele sentou no sofá e eu fui para a cozinha americana e comecei a passar um café expresso para a gente:- Eu e a Camila estamos brigando muito, chega a ser ridículo.- Eu sei que morar junto é complicado, mas vocês se amam.Ele me olhou de um jeito be
- Não me odeie por isso, tá bom?- Tá - falei pra lá de desconfiada.- A mamãe foi lá em casa esses dias visitar a Ju e conversou um pouco comigo...- De novo essa merda? - interrompi meu irmão - a vovó já veio aqui fim de semana retrasado conversar comigo sobre como a mamãe sente minha falta e blá blá blá... Eu não ligo, eu quero que se foda ela e a saudade que ela sente de mim.Thiago ficou parado me olhando e disse:- Vovó estava certa, você não é mais a mesma, você mudou...- A minha relação com a mamãe acabou, ela não teve o mínimo de empatia por mim, ela só quis mandar em mim e na minha vida por um prazer mórbido de ser mandona.- Você tá mudada, não joga a culpa na mamãe por isso!- Voc&eci
Brigar com o meu irmão me fez muito mal, foi como se eu tivesse rompido de vez com a minha família de sangue e agora estivesse por conta própria nesse mundo.Alguma coisa dentro de mim mudou, do nada fiquei mais quieta e mais introspectiva e senti uma necessidade enorme de dar continuidade na história da Marina.Ivan e Sofia estavam do meu lado no escritório enquanto eu arrumava os últimos detalhes da turnê de lançamento em uma planilha quando eu saí do transe:- Terra pra Carol! - gritou Ivan.- Oi! - falei.- Você esqueceu de dois estados - falou a Sofia.- Dois?- Sim! Amapá e Minas gerais.- Mas isso significa que eu vou ter que ficar mais um fim de semana fora - lamentei.- É isso que dá conquistar o Brasil - falou Sofia.Cada dia mais a Sofia tentava ser simpá
Como se eu já não estivesse mal o bastante com a situação da minha família e estressada com o lançamento do segundo livro, Noah ainda decidiu atacar mais uma vez.Estava escrevendo o quinto capítulo do terceiro livro de Amarina quando a minha assessora me ligou:- Oi...- Desculpa te ligar essas horas.- Já sei!- Acho que é o que você está pensando mesmo.Coloquei o telefone no viva voz e já comecei digitar a maldita URL.Dito e feito, ali estava mais um post novinho para entreter gente curiosa e tentar acabar com a minha carreira:TODOS OS DETALHES QUE EU SEI QUE VOCÊ QUER SABER SOBRE AMARINA 2Trago novidades acabadas de sair do forno sobre o segundo volume da série AMARINA da Carol Bernardes.<