Juliana me abraçou tão apertado que por um momento me senti sufocada.
— Desculpe por não entrar em contato — falei, estava me sentindo uma péssima amiga.
Minha mãe foi a primeira a entrar no carro, estava cansada, mas por ter feito o nosso jantar, estava totalmente com razão de estar cansada.Recebi novamente um apertado abraço de Juliana, e Marcos apenas acenou para mim e para Erick.
Enquanto Erick se juntava a Brito, eu esperava no lado de fora da casa de Queiroz. Havia colocado uma maquiagem mais forte que surpreenderia os garotos, mas era para que a empregada de Queiroz não me reconhecesse, na verdade estava torcendo que ela nem estivesse na casa.Queiroz abriu a porta sorrindo.
Meus olhos se abriram lentamente, uma náusea repentina me fez querer sentar, mas braços me empurraram de volta para permanecer deitada. Uma dor insuportável havia tomado conta do meu abdômen.
Os dias se passaram assim: sem progresso na investigação e as minhas visitas iam embora ao anoitecer.No dia da alta quem estava comigo era Erick. Enquanto trocava de roupa, ele esperava no lado de fora do quarto.
Passamos primeiro em um mercado, o filho do dono nos passou o endereço de seu pai, que era quem cuidava do estabelecimento.O senhor nos ofereceu até mesmo um café, mas parecia um pouco nervoso com nossa presença.
Meu abdômen doía, mas Erick estava tão animado com a investigação que não poderia simplesmente abandoná-lo.—É engraçado — falou.
Abri meus olhos e diante de mim havia uma cortina que cercava toda a minha maca. Para variar estava em um hospital, pigarreei para chamar atenção, e, ao invés de uma enfermeira, foi Erick quem abriu a cortina.—Gosta de me assustar
Antes de largar o celular para me defender do primeiro golpe, ouvi a voz de Brito aos fundos:—Catarina! Faça-o admitir.