"Eu sempre me perguntei por muito tempo o que havia de errado comigo, acreditava que não deveria estar viva, apenas isso.

Quando entendi isso comecei a minha queda, se é que você pode chamar assim.

Começou com uma frase simples e pequena em meio a uma tempestade, a primeira da qual eu me lembro.

Algo tão pequeno quanto "eu quero morrer" foi simplesmente o primeiro diante de uma série de eventos.

Uma sucessão de jogos com o objetivo de me autodestruir começou, repetidas vezes.

Foi assim que comecei minha queda, depois disso preferi sentir dor física invés da dor mental, meu corpo, meu estômago pediam por misericórdia, mas a dor causada no meu corpo não se comparava com a dor que causaram na minha alma.

E foi assim que demorei um ano e meio para sair do meu coma mental, e quando acordei, quase todos tinham seguido em frente.

Eu estando morta ou não.

Isso não sai da minha cabeça, as inúmeras internações que passei sozinha, os dias que tentei tirar de mim a vida, que não queria sair do meu corpo, eu tentei e tentei, mas ela não foi embora.

Hoje agradeço a ela por não ter desistido de mim."