A trilha para o leste parecia interminável, serpenteando entre colinas cobertas de névoa e florestas que pareciam cada vez mais densas e sombrias. Lis, Matthew e o estranho homem que se identificou como Kael mantinham um ritmo constante, mas o silêncio entre eles era pesado. O artefato pendurado no pescoço de Lis pulsava levemente, como um coração batendo, um lembrete constante da importância de sua missão.Kael caminhava à frente, movendo-se com a precisão de alguém familiarizado com aquele território. Embora tivesse revelado algumas verdades sobre o artefato, Lis sabia que ele ainda estava escondendo algo.— Quanto tempo mais até chegarmos ao próximo ponto? — Matthew perguntou, quebrando o silêncio.Kael olhou por cima do ombro.— Com sorte, antes do pôr do sol. Mas o tempo e o terreno não são nossos únicos i
Lis e Matthew estavam mais próximos do que nunca. Depois de tantas batalhas, de tantas incertezas e mistérios, o que começou como uma busca por respostas se transformara em uma jornada de descobertas e confrontos. Eles sabiam que as forças que os perseguiam não estavam apenas em busca do artefato que Lis carregava. Elas queriam algo muito mais profundo — o controle sobre o Véu, sobre a realidade que os cercava.O tempo na clareira parecia acelerar. Cada amanhecer trazia novas dificuldades, mas também revelações inesperadas. Lis estava cada vez mais conectada ao artefato, mas isso a fazia sentir uma pressão crescente sobre seus ombros. A sensação de que algo, ou alguém, a observava aumentava conforme o tempo passava.Era uma manhã fria quando Kael, o mago que havia se unido ao grupo, apareceu na entrada da clareira com uma expressão grave. Seus olhos estavam ma
O ar na floresta estava espesso, carregado com uma energia que Lis nunca havia sentido antes. A presença da mulher misteriosa, que se dizia a Guardiã do Véu, fazia o ambiente parecer mais pesado. As árvores ao redor pareciam sussurrar, como se estivessem em sintonia com o que estava por vir. O pulsar do artefato em seu pescoço era mais intenso do que nunca, e Lis sentia a estranha conexão entre a relíquia e a mulher à sua frente.Matthew estava ao seu lado, suas feições tensas, os olhos de Shadow, sua forma lupina, brilhando com cautela. Kael também parecia em alerta, a mão firmemente segurando um feitiço, mas ele sabia que a batalha seria difícil. Algo sobre aquela mulher não era natural. Ela não era uma simples inimiga, mas uma força em si mesma, conectada a algo muito maior do que qualquer um ali podia compreender.— Você não vai passar, — Kael declarou, seu tom sombrio. — Esta não é uma batalha que você pode vencer.A mulher sorriu, um sorriso enigmático e cheio de poder. Ela esta
A clareira estava imersa em uma penumbra densa, um silêncio opressor que parecia engolir cada respiração. O ar, normalmente fresco e claro, estava denso com a energia sombria da mulher à frente de Lis, que agora parecia estar mais do que disposta a transformar aquele espaço em um campo de batalha. As árvores, outrora imponentes e majestosas, agora pareciam pequenas e indefesas diante da força daquela presença.Lis, com o peito apertado pela tensão, sentiu o artefato em seu pescoço pulsando de forma frenética. Era como se estivesse sendo arrastada para dentro de algo que estava além da sua compreensão. O Véu, essa barreira misteriosa entre os mundos, estava mais perto do que nunca de se romper, e ela sabia, no fundo de seu ser, que o que acontecesse agora definiria o futuro de todos ao seu redor.— Você não pode me deter. — A voz da mulher ecoou, fria e sombria. Ela levantou as mãos, e o céu acima delas pareceu se contorcer, as nuvens ficando mais espessas e carregadas. — O Véu será li
O vento soprava de maneira feroz, agitava as árvores ao redor da clareira e se fazia ouvir com o uivo distante que parecia carregado de algo mais profundo do que o simples movimento do ar. Lis sentia o peso do poder que havia liberado, uma energia antiga e poderosa que a conectava com algo maior do que ela mesma. Embora vitoriosa, ela não podia ignorar a sensação de que o Véu havia se rompido, não apenas em um plano físico, mas que algo havia sido liberado além da compreensão humana. Ao seu lado, Matthew permaneceu em silêncio, seus olhos fixos nas árvores ao longe. Ele sabia que as consequências de sua vitória ainda estavam por vir, e o que Lis havia feito não passava despercebido. O Véu tinha sido uma linha tênue entre os mundos, e agora, o que restaria depois de sua destruição? — Lis, o que realmente foi liberado? — Matthew perguntou, quebrando o silêncio. Ela olhou para ele, seus olhos refletindo uma profundidade que ele nunca tinha visto antes. Lis se inclinou para frente, sen
Lis e Matthew estavam exaustos. O confronto recente, embora vitorioso, havia cobrado seu preço. As sombras ainda pairavam sobre eles como um manto pesado, e os sinais de que o Véu havia sido rompido estavam começando a se tornar mais evidentes. A clareira, outrora um lugar de paz, agora parecia respirando de forma errática, como se o mundo ao redor estivesse tentando se ajustar a uma nova realidade, uma realidade sem a proteção do Véu. O que eles haviam liberado ainda estava desconhecido, mas uma coisa estava clara: o tempo estava se esgotando.As estrelas brilhavam no céu, mas Lis não conseguia deixar de sentir a pressão crescente, o peso de algo muito mais antigo e poderoso do que qualquer força com a qual ela já havia lidado. Era como se o universo estivesse se ajustando, equilibrando-se de alguma forma, e ela, como Luna do Alfa, sentia que o fardo recaía sobre ela. O que estava prestes a acontecer? As respostas pareciam distantes, como se estivessem bloqueadas por uma parede invis
O céu estava pesado e carregado com nuvens escuras, como se o próprio universo estivesse tentando esconder algo. A atmosfera na clareira estava estranhamente silenciosa, como se a própria natureza tivesse se detido para ouvir. Lis e Matthew estavam em silêncio, seus pensamentos emaranhados enquanto digeriam as palavras da bruxa remanescente. O que ela tinha dito ecoava em suas mentes, deixando uma sensação de inquietação crescente.Lis sentia o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Ela olhou para o artefato que agora estava pendurado em seu pescoço, mais uma vez pulsando com uma energia misteriosa. Algo dentro de si sabia que ele estava conectado ao destino dela de maneiras que ela ainda não compreendia. Não se tratava apenas de um objeto antigo ou de um símbolo de poder, mas algo muito mais profundo. A bruxa havia falado a verdade: o Véu estava rompido e o caos estava se espalhando lentamente pelo mundo, alimentado por forças desconhecidas e incontroláveis.Matthew estava a seu
O vento cortava a pele de Lis enquanto ela corria pela floresta, seus pés mal tocando o chão enquanto Matthew a puxava. O ar estava pesado, carregado com a sensação de uma presença sombria, uma energia que se arrastava pelas sombras. O som das árvores se quebrando e dos galhos se estilhaçando atrás deles parecia uma cacofonia ensurdecedora, e o vento forte que levantava as folhas do chão fazia a floresta parecer viva, ameaçadora.Lis estava ofegante, o coração batendo forte em seu peito enquanto seus olhos tentavam processar a situação que se desenrolava ao seu redor. Aquela figura misteriosa, com seus olhos enigmáticos e a energia poderosa que emanava de seu corpo, parecia mais do que uma simples ameaça. Era como se algo mais estivesse em jogo, algo que Lis não conseguia entender completamente.Ela olhou para Matthew, que estava à frente, sua postura ereta e alerta. Seus olhos estavam vermelhos, brilhando com a intensidade da sua forma lupina, a força e a ferocidade de um líder Alfa