— Segundo a lenda, o homem era um grande curador, tanto de si mesmo quanto dos outros. Depois de muitos anos praticando essa arte, ele concluiu que aquilo que podia dar vida também poderia tirá-la, então fez um pacto com 'o diabo'.

Minha expressão se contorceu em ceticismo, e meu avô, percebendo isso, fez um gesto de descaso.

— Claro que era uma metáfora, menina. — Ele continuou. — Mas isso me fez pensar. Em toda grande mentira, existe um grão de verdade. O mesmo se aplica às histórias, e algo nela continuava me incomodando, então comecei a... experimentar com meus poderes. Mas nada funcionava, e depois de meses, finalmente desisti. Porém, a ideia permaneceu, e conforme envelheci, ela me assombrava.

— Sempre fui um mau perdedor, então ocasionalmente ainda tentava, mas falhava. Só tive algum sucesso quando me deparei inesperadamente com um grupo de Caçadores numa escala muito maior do que qualquer coisa que nós, das Sombras Carmesim, já tínhamos visto.

Perguntei o que aconteceu, e ele m