Depois da correria de mais cedo, todo o meu corpo estava tenso. Minha cabeça se manteve o tempo todo entre o trabalho e A. Eu não via a hora de chegar em casa e relaxar enquanto falava com ela.
Por sorte, consegui achar os documentos da apresentação a tempo e tomei o tempo de Alan por justa causa. O sr. Sheppard ficou admirado comigo, e disse que se eu continuasse daquela forma, garantiria a vaga. Ele puniu Alan por ter roubado a minha apresentação, mas nada muito severo. Fiquei envergonhado pelo modo que tratei Annelise. Ela não merecia aquilo. Mas pareceu não se importar depois que expliquei o porquê do meu mau humor.
Enrolei a toalha no meu corpo e percebi minha ereção pulsante debaixo do tecido. Eu tinha que dar um jeito nisso o mais rápido pos
Bobby arrastou Abby, eu estava logo atrás, carregando Nick e Dick. Eles avançavam como se ao fim do dia fossem receber um prêmio para quem fosse mais empolgado. Eu apertei a coleira com tanta força, que os nós dos meus dedos ficaram brancos.— Espera, garota! — Mike correu, passando por nós. Nelly o levava para passear com sua coleira rosa de matar — literalmente. — Mais devagar.— Segura, Mike! — Gritou Abby, logo depois caindo na gargalhada. Eu sequei as gotas de suor que desciam por minha testa. Abby sentou-se e Bobby choramingou. Ela puxou sua coleira, e ansioso, ele pulou em cima dela, cobrindo seu corpo quase que por completo. Bobby era enorme. — Bobby! — Repreendeu Abby. Ela tentou retirá-lo de cima, mas a cada tentativa fracassou, sendo eng
— Anne… você precisa de ajuda. — Eu lancei um olhar sério. — Anne… — insistiu ela.Eu me desvencilhei de seus braços e levantei, correndo para longe. Abby começou a gritar, me chamando. Eu não queria que visse as minhas lágrimas e não me importava se parecia uma louca correndo. Eu só precisava de um tempo. Eu precisava respirar.Minhas pernas ganharam velocidade, e enquanto corria com a cabeça baixa, sentia as lágrimas escaparem dos olhos.Eu as amaldiçoei.De repente, dei de cara com alguém. Caí, soltando palavrões.
Olhei em minha volta e percebi que não tinha ninguém por perto, então, tirei do bolso do short um bombom que derretera por causa do calor e o entreguei a Madeleine. Seus olhos gentis pousaram em mim, um sorriso largo se desenhou em seu rosto, e as mãos enrugadas roçaram as minhas.— Oi — eu disse, levando a mão até sua cabeça. Acariciei seus cabelos louros desbotados, e notei que ela tentava se esforçar para me reconhecer. — Sou eu, Annelise. — O tom da minha voz era calmo e agradável.Quando eu fico muito confusa com alguma coisa, ou se um problema parece ser impossível de ser solucionado, venho até a casa de repouso e converso um pouco com Madeleine. Todas as vezes, eu acredito, mesmo que por alguns segundos, ela lembra de mim, mas ao contrário d
Eu não sabia até onde isso iria parar, e talvez tivesse receio de como fosse acabar, mas também sentia falta de como estava.Eu respirei fundo.De repente, escutei três batidas na porta. Virei a cabeça na direção e mandei entrar. Chris, a enfermeira que cuidava de Madeleine entrou, com as mãos enfiadas no uniforme azul claro. Ela ostentava um sorriso enorme, a pele negra dava um tom celestial aos olhos marrons.— Olá — ela disse, parando ao meu lado. — Alguém aqui precisa descansar um pouco.Eu sempre tinha um tempo delimitado para conversar com Madeleine. Entendia o motivo, mas,
Porra.Porra. O. R. R. A.O notebook havia apitado, eu não fazia ideia de que seria ela. A única explicação que consegui obter era de que a conta do People Secret Chat estava salva no notebook, sincronizada a do aparelho que lancei na parede. Eu achei que nunca mais fosse ver aquele nome de novo, e por mais que meu coração estivesse latejando de empolgação, não sabia se era realmente uma boa ideia.Bom, isso não durou muito mais do que um minuto. Não tinha como responder um "não", principalmente porque isso me daria a chance de uma vingança. Em menos de alguns segundo
Eram quase três da tarde.Abby me convidou para o almoço e eu não recusei. Ainda estarrecida com a minha mais nova situação, esperava me livrar da constante paranóia chamada Chase. Aquele cara me perturbava até nos sonhos.Ontem à noite, dormi agarrada com Chase, meu gatinho e o outro Chase — meu demônio particular — me provocou durante toda a noite. Sem dúvidas, pensar naquele abdômen definido e no…— Tia! — Berrou Hannah, me tirando das minhas divagações mais impróprias. — Toma.Eu não sabia como estava, mas não esperava nada menos que parecer uma daquelas pinturas abstratas qu
Eu corri para a casa de Susan alguns minutos depois que recebi a mensagem de Chase. Todo o meu corpo tremia. Meu coração batia tão forte, que achei que fosse explodir a qualquer momento. Por sorte, Susan não morava muito longe de mim, e cheguei bem a tempo. Liguei um minuto antes para avisar a ela.Se eu quisesse que tudo isso desse certo, teria que contar com ela, mesmo que a situação não fosse bem algo que pudesse encaixar uma ajudante inesperada — o que aconteceu contra a minha vontade — e que, agora, não me vejo sem.Plantada na porta de seu apartamento, respirei fundo. Eu tinha certeza que o ar se perdia em alguma etapa do processo, porque não conseguia respirar direito. Ela abriu a porta, um sorriso grandioso no rosto, e apontou com o queixo
Eu não sabia se ainda estávamos em Manhattan quando nos aproximamos de uma mansão gigantesca. Meus olhos se arregalaram. Chase era um dos homens mais ricos de Nova York, mas eu não fazia ideia de que sua fortuna fosse tão ampla a ponto de comprar uma mansão dessas.O motorista passou pelos portões e, mais à frente, parou numa das vagas. Eu vi o jardim que se estendia em arbustos, cercas vivas e fontes. A mansão se erguia esplendorosamente, roçando o céu azul escuro da noite.O motorista saiu do carro, contornou-o e abriu a porta. Ele estendeu-me a mão educadamente e eu a peguei, agradecida. Saí do carro.Eu não tinha certeza, mas na varanda, havia um homem m