ALEX PADILHA
Eu caminhe ao lado de Marco totalmente estática, podia não ser ou podia ser coisa da minha cabeça, mais eu me sentia observava por todo mundo. Era constrangedor, ao mesmo tempo insano e louco, eu queria voltar para aquele banheiro e ficar com Marco de novo e de novo.
Havia acontecido de novo com ele, foi diferente dessa vez e pude ver a fome por sexo nos olhos dele e ver o quanto ele queria aquilo, parecia uma pessoa que estava com fome a dias, porém ele não estava, eu sabia e sentia aquilo na pele, mas toda vez que ele me tocava girava minha cabeça eu sentia na pele que não era apenas um desejo dele, era uma vontade absoluta por fazer aquilo e ter aquilo.
Marco era diferente.
Marco não se saciava, eu começava a perceber isso.
Entramos na sala e escondi tudo dele e tudo de mim e fiquei neutra, eu falaria com o juiz, era a primeira vez e eu morria de medo disso. Suspirei fundo e me sentei de frente para o homem que havia tentado me perseguir
MARCO POLOOlhei para o advogado e olhei para o papel assinado na minha frente, perante juiz, então eu quis ficar novamente na frente do deputado, por um segundo que fosse, sozinho, eu e ele.– O encaminhamento será dado de acordo com a ordem judicial e o prazo para a retomada dos bens dela de acordo com a conta dela e os dados pessoais e extradição das joias para Londres, para as mãos dela – O advogado suspirou e finalizou.– Seu cliente será indiciado por agressão e desacato, pode responder na Califórnia, mas responderá direito a mim – O juiz falou e eu girei a caneta impaciente nos meus dedos. – Todos os termos refeitos devem ser seguidos a risca, o processo será descrito de acordo com os termos que foram anunciados.– Meu cliente está liberado? – Eu olhei para o relógio no meu pulso e suspirei fundo. Já fazia horas e eu não conseguia me concentrar em mais nada.– Não, será liberado amanhã de manhã, enquanto isso de encaminhamento para o cumprimento
MARCO POLOAinda tinha vestígios dela em mim, olhei para ela e movi minha mão por baixo da roupa dela e senti a abertura molhada dela, enquanto eu olhava para mim com um sorriso que só eu sabia o que era.Eu a vi segurar meu braço, a vi abrir a boca e fechar, ela mordeu o lábio inferior e se desmanchou em um orgasmo, eu sorri e recolhi minha mão, apertando a coxa dela por baixo do vestido e deixando ela mais relaxada.– Eu só queria um pouco de atenção, não isso tudo – Ela beijou minha boca e suspirou, saltando do meu colo e puxando o livro da minha mesa. – Também está estudando?– Sim Alex, antes de entrar na promotoria eu preciso estar pronto – Ela olhou para as coisas na mesa.– Queria conversar com você.– Estou ouvindo - Me ajeitei de volta na cadeira.– Já faz alguns dias que aquilo tudo passou, que eu não estou mais oficialmente casada – Ela parou. – Eu peguei o dinheiro, as joias e ele não veio atrás de mim, quero arrumar
MARCO POLO– Você quer mais? – Alex desceu do carro e a vi segurando um algodão-doce colorido, enquanto dava a volta no carro e parava na minha frente. Então ela se inclinou e me beijou.– Tem certeza que quer me abandonar naquele apartamento? – Perguntei olhando o prédio e votando a atenção. – Não precisa se mudar, lá já e até sua casa, conhece tudo por lá, tem eu lá dentro– Eu marquei de ver esse lugar e eu quero provar morar sozinha – Ela sorriu e mordeu mais um pedaço de algodão-doce. – Você pode vir aqui e eu lá.Eu estava quase pegando ela é jogando nas minhas costas e a levando de volta, porque não tinha coisa melhor que saber que não se estava sozinho dentro de uma casa, saber que você poderia ver uma comédia na televisão ou um filme mais adulto, compartilhar coisas pequenas e grandes.– Eu espero você aqui... – Então eu olhei para trás e vi a figura de um homem de preto olhando para nossa direção, com metros de distâncias de mim e dela, olhand
ALEX PADILHAHavia quase três horas que ele estava dentro de uma sala com médicos e mais médicos e a cada vez que uma pessoa saia de lá a minha cabeça girava e meu coração acelerava, o cheiro de sangue invadia minhas narinas e eu estava coberta dele, do sangue dele. Eu não iria poder ser feliz com alguém com George tentando fazer as coisas contra mim ou quem estivesse comigo. Me sentia culpada.- Senhorita Alexandra – Ergui meu olhar e encarei um rosto familiar, os olhos conhecidos. Me levantei e ergui a mão para o homem, que ignorou meu gesto, fiquei encarando ele. - Vejo que eu não estava errado em pensar que a senhorita estava envolvida com Marco, estou certo? - Não respondo o pai dele, o mesmo que tentou defender George tempos atras. - Eu vou pedir que saia daqui e o deixe em paz, Marco já tem os problemas dele e não precisa de você para complementar isso.- O que?! - Eu quase grito para o homem.- Isso mesmo que você escutou, quero que deixe
MARCO POLOEncarei o teto branco e as imagens se reproduziam automaticamente dentro da minha cabeça, que doía como o inferno, assim como meu corpo que eu mal conseguia mexer. Ergui a mão e segure o fio do meu rosto e o puxei, sentindo uma coceira no meu nariz e a boca seca.- Ei, fica calmo – A voz grave me fez erguer o olhar para o homem de preto ao meu lado. - Como se sente? - Eu mexi a cabeça por todo o quarto e quando eu não encontrei Alex eu tentei me levantar, mas senti a tontura e duas mãos que me seguraram. - Relaxa, Marco, está com pontos.- Tira suas mãos de mim – Ele se afastou e eu me encostei na cama. - Alex? Onde ela está? - Eu ergui o braço e vi as agulhas enfiadas, seguindo pelo tubo transparente até o alto, olhando para aquilo minha cabeça girou de novo. - O que está acontecendo comigo?- Você está sob efeito da anestesia, vai sentir sonolência e vertigem, você passou por uma cirurgia para e para retirar a bala, você fraturou uma costel
ALEX PADILHAEu limpei os olhos com o pedaço de papel e sorri para a mulher na minha frente, enquanto o cheiro de álcool entrava na minha narina. Eu havia sido pega.- É isso que aconteceu, eu disse que não era maldade – Encarei a roupa branca que eu usava. - Não me entrega, isso poderia me afastar dele, o pai dele colocou dois homens lá de fora, eu custei entrar aqui, eu só preciso saber dele, ele fez tanta coisa para mim, você me entende?- A história é inacreditável – A enfermeira sorriu e desviou o olhar. - Isso pode custar o meu emprego, senhorita.- Eu nunca vi você – Tento. - Já faz quatro dias e eu não tenho uma maldita notícia dele.- É o homem do 204, ele está medicado já faz um tempo – Fico parada.- Não entendi – Ela olhou para o relógio.- O rapaz e o que levou o tiro, ele mesmo – A mulher baixa e de cabelos curtos faz uma pausa. - Ele deu crise nervosa, ele está sob medicação para se acalmar.Me levanto.
MARCO POLOEstava sob o efeito de calmantes, eu sabia disso pela forma que eu estava lento e devagar, minha cabeça lenta e meu corpo ruim.Eu quis gritar com ela de primeira.Mas eu não fiz isso.A assimilação do que o meu pai havia falado entrou rasgando dentro de mim e eu só abri a minha boca uma vez, não conseguindo falar, mas na segunda, falando a única coisa que eu sentia naquele momento.Dentro de mim.- Ela é minha vida - Toquei o braço da mulher ao meu lado e o olhar dela caiu sobre mim. O olhar castanho se iluminou e eu tive certeza que era ela ali.Minha Alex, que ela não me deixaria.Que ela ficaria comigo, assim como eu havia ficado com ela quando ela mais precisou, ela não precisava e não era obrigada, mas eu seria magoado demais se ela não ficasse, eu iria sofrer.Com o tempo, depois de tanto tempo, eu sabia que eu não queria sofrer por ela.- Marco - Ela se moveu para ainda mais perto e colocou suas mão
MARCO POLOColocar os pés em casa me dá uma paz que se instala em mim, eu me mexo devagar pelo apartamento e me aproximo do sofá e me sento, vendo Alex caminhar em silêncio e me acompanhar.- Quer alguma coisa? - Balanço a cabeça. - Você ficou calado o caminho inteiro.- Estou bem, não se preocupe - Volto a me levantar. - Na verdade eu preciso sim de algo, vem comigo - Me mexo devagar até entrar no escritório, indo até o armário e puxando papel atrás de papel, até ter uma pilha em mãos e ir para mesa, puxando a lata de lixo de debaixo da mesa e colocando sobre a mesa de madeira.- Marco? - Eu abro a primeira gaveta, pegando cada caixinha ou cada cartela ou comprimido solto que eu encontro, levando tudo pro lixo. - Esta...- Me livrando disso, chega, eu sou isso - Minha voz sai baixa, quando termino eu encaro a lixeira sobre minha mesa. - Nunca cheguei a usar isso, não tenho a necessidade de estocar isso, é inútil.Alex dá a volta na mesa e se apro